quinta-feira, 26 de julho de 2012

QUANDO A EFICIÊNCIA SE FAZ PRESENTE

Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

O Rio Grande do Norte assistiu e aplaude, a recente ação da nossa Polícia no resgate do jovem Popó Porcino, após um longo cativeiro de mais de 30 dias.

A inteligência da Polícia foi notável e uma vida foi preservada para a alegria de sua família e o alívio da população.

Nesse episódio lembro que o nosso eterno “Xerife” Maurílio Pinto, em entrevista, admitia que seria possível uma operação de sucesso, apesar do tempo e a sua experiência se confirmou.

Não podemos pensar que o acontecimento foi suficiente por si mesmo, mas ao reverso, pedimos à Senhora Governadora, que olhe com mais atenção para a nossa Polícia, tanto na questão do seu aparelhamento, quanto do seu plano salarial, pois o que espera o cidadão é o mínimo que lhe assegure segurança, saúde e educação.

O acontecido nos leva a meditar e concluir sobre comportamentos, uns de forma positiva e outros, nem tanto.

Primeiramente, a Polícia, sob o comando competente da Delegada Sheila Freitas, soube manter afastamento a pedido da família Porcino, embora continuando a sua ação específica, paralela; a imprensa, de uma maneira geral, também teve um comportamento irrepreensível, não alimentando comentários sobre o caso que pudessem prejudicar a ação de resgate. Contudo, alguns blogueiros ainda não alcançaram a importante missão desse canal de comunicação e expandiram informações desencontradas, descaracterizando a importância desse meio rápido de difusão de notícias, que corresponde, em maior alcance, ao que representa a rede de rádio-amadores.

Precisamos valorizar o blog e censurar aqueles que ingressam nessa atividade sem o objetivo maior de bem servir à rede social de notícias.

Outro aspecto relevante que nos deixa o episódio é o de manter maior cuidado por parte das famílias em relação aos seus filhos, quando participam de eventos e até mesmo quando excursionam, com os próprios pais, para estâncias de repouso e recreação,pois hoje a insegurança cresce com maior velocidade do que pode receber o combate da Polícia.

Que o triste exemplo nos impulsione para o redesenho da missão da segurança pública e exigência efetiva, livre da conversa sem futuro de alguns dirigentes da Administração Pública, que insistem em divulgar números sem o respaldo da realidade.

Vamos aprender a lição e passar a identificar as prioridades das necessidades públicas e não gastar tantos recursos com obras secundária, faraônicas como a Arena das Dunas, sobre as quais começam a cair as máscaras, com o reconhecimento de que os chamados “legados” realmente não virão no tempo proclamado, isto é, antes da realização da Copa de 2014, enquanto convivemos com a indignidade dos estabelecimentos hospitalares, prisionais e de educação, numa omissão que pode até ser considerada criminosa.

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