sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Cartas de Cotovelo 2014 (4)
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
Agora compreendo a aspiração de todas as famílias, independentemente de condição social ou econômica, em possuir um ponto de referência alternativo, fora do seu habitat natural, para o deleite do que costumamos chamar de veraneio.
Funciona, de certa forma, com se fora uma viagem que se faz a outro lugar do país ou do estrangeiro, para amenizar um pouco a dureza do cotidiano.
O veraneio, em meu sentir, se apresenta mais aconchegante face a sua maior duração e pelo contato mais intenso com a natureza, com a simplicidade e pelo relacionamento interfamiliar.
Outra vertente, ainda, se descortina nesse espaço de tempo – a reflexão sobre a vida, seus problemas e soluções.
Tenho testemunhado em meu já alentado caminhar, a variedade de tons e sons da vivência, num impressionante contraste – nos veraneios vivi os momentos mais significantes da minha existência – telúricos na adolescência passados nos recantos da Redinha, a qual conhecia em todos os seus regalos, mesmo nas noites sem luar, numa época em que a energia elétrica era desligada pelas 21 horas. Ali senti as transformações comportamentais, mercê dos primeiros impactos da puberdade.
Naquela aprazível instância de veraneio escrevi os meus primeiros poemas, onde encontrei inspiração na simplicidade dos encontros no  Redinha Clube, jogos de toda ordem, festas inesquecíveis. Participei de serestas nos alpendres dos veranistas, um dos quais que muito me marcou – Dr. Túlio Fernandes, cultuando as tradições do lugar, proporcionando folguedos como a “Cavalhada”.
Era encantador ficar no trapiche à espera dos barcos à vela ou lancha dos passageiros, pois pela estrada era uma perigosa aventura. A passagem dos navios de passageiro ou de carga, deixando aquele cheiro de óleo diesel e a rapaziada nadando até próximo do canal para uma troca de acenos. A revoada de barcos em direção ao mar aberto para a pesca ou a puxada da rede nas pescarias da costa.
Foram muitos anos de encantamento, de passeios de bicicleta com a meninada no Rio Doce e do ‘brechar’ os casais em seus momentos de amor, quando atrevidamente jogávamos areia e partíamos em disparada para casa.
Com a velhice dos meus pais foi vendida a nossa casa do Maruim, ainda remanescente juntamente com a do ex-vizinho Seu Nelson. As demais desapareceram na saudade.
Agora o veraneio ficou por conta de cada filho já multiplicados com novos componentes e, no meu caso, fiz incursões em Pirangi até o encontro com a praia de Cotovelo, onde resolvi fazer a minha nova ‘Passargada’.
A paixão foi imediata e aqui encontrei novas formas de amar trazendo a família, já florescente, para recompor esse tipo de felicidade.
Não direito que tudo correspondeu a flores, pois percalços da existência trouxeram também dor e a tristeza visitou algumas vezes o nosso cantinho, desafiando a minha pena com poemas de sofrimento e desencanto.
Tal qual o fluxo natural das marés, a cada ano acontecem episódios que promovem encontros e desencontros, os quais vão sendo superados com sabedoria e fé.
Nos últimos veraneios, de um total de 24, as coisas se acertaram de tal maneira, que resolvi registrar os acontecimentos em forma de Cartas de Cotovelo, onde faço narrativas do cotidiano e dos devaneios dos bons momentos praianos.
Assim espero que continue nos próximos anos, embora não possa tanto com o porvir, pois o tempo não para e a velhice vem inexoravelmente ao nosso encontro, como aconteceu com os nossos pais.
Seja como DEUS quiser!   





Cartas de Cotovelo 2013/2014 (3)
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

            Vivemos neste findar de 2013 uma experiência diferente – mudança no período natalino, de Natal para nossa casa em Cotovelo.
            Depois do açodamento inicial da viagem, saindo do conforto da Capital para a simplicidade de uma praia de passagem, começamos a sentir a essência da vida familiar e a proximidade com a natureza.
            Na praia, logo cedo, acordamos com o som vindo das quebradas sucessivas das ondas e o odor característico da maresia, que nos oferecem forças para a jornada do dia.
            Regar as plantas e ver o nascimento do sol coincidindo com o gorjeio dos passarinhos que aqui existem em abundância. Um bom café matinal com a família, coisa que não é tão comum na cidade, onde cada filho tem a sua própria casa e que na praia todos ficam juntos, regado com inhame, tapioca e um pão fresquinho e depois as obrigações domésticas, em intensidade bem menor, prevalecendo a preguiça, cevada numa rede da varanda.
            As coisas da cidade grande não são tão comuns aqui - uma certa dificuldade de ter o conserto do telefone (a Oi passou 15 dias), a aquisição dos jornais do dia e outras facilidades que rareiam, como um bom sinal de internet etc.
            Mas estamos no veraneio e a coisa funciona assim mesmo, pelo menos diferente da cidade de origem.
            Hoje vivemos a expectativa das comemorações da chegada de 2014, com a ceia especial programada, música e a alegria, renovando-se a esperança de que melhorias virão, com menos violência (e bote violência nisso em 2013), mais igualdade, a oportunidade cívica da escolha de novos governantes, para o que rogamos a proteção Divina de nos ofertar maior lucidez nas escolhas.
            Os telefonemas não param – são os amigos e parentes daqui e de além mar nos desejando venturas no ano que vai nascer.
            A internet nos traz mensagens benvindas.
            Deus de amor e bondade, Fazei descer de Vossa mansão Celestial uma centelha de luz para acalentar os sofridos, alimentar os desvalidos e aplacar os desencontros, renovando as esperanças de um tempo de melhor qualidade de vida para o povo paciente do nosso Estado e do Brasil querido.
FELIZ 2014!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

            

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O velho catador de lixo
Por Augusto Leal, engenheiro.

                Estava sentado no alpendre de minha casa, olhando o mar e o nascer do sol, sentido a orquestra tocando a canção da vida, com os acordes do vento, das ondas do mar, o abanar das folhas dos coqueiros. Quando procurava conversar com Deus, lembrando que este ano perdi a convivência material de muitos amigos, espiritualmente eles continuam comigo. Como estarão suas famílias, nesta época de festas – Natal e Ano Novo- muitas, acho consoladas com a Paz de Cristo, outras talvez não. Senti uma tristeza, mas procurei entender os passos da vida, todos nós seguiremos o mesmo caminho.
                Um pouco distante, vejo um senhor velhinho,já com a sua coluna vertebral se curvando, fazendo com que a sua aparência seja de uma pessoa que sempre olha para o chão e com passos lentos revirando o lixo, procurando ali o seu sustendo e provavelmente dos seus dependentes. Lembrei-me que aquele cidadão que é brasileiro igual a mim, faz este triste percurso há mais de trinta e oito anos e nada ou quase nada foi feito neste lugar para que as pessoas melhorem sua posição social, para que se viva com um pouco mais de dignidade, que já é hora para os políticos tomarem vergonha na cara e parar de ser hipócritas, para que pelo menos as crianças que nasceram nas próximas décadas não vejam cenas tristes como eu estou vendo.
                O velho homem passa por mim lento e triste, em um esforço físico procura levantar o rosto e me dar bom dia,  para minha surpresa deseja-me Feliz Natal. Olhei para a minha consciência, os olhos lacrimejaram. Como eu que venho há trinta e oito anos neste local, nunca dei um grito de alerta para que me poupassem daquela cena, ao contrário, sempre assisti calado. Eu uma pessoa que tive bem mais oportunidades na vida, eu uma pessoa que pude estudar, não fiz nada e como a maioria dos veranistas da Praia de Cotovelo, não fez nada por aquelas pessoas que tanto poderiam ter sido ajudada por nós. Erramos sim, só olhamos do portão das nossas casas para dentro, até para o lado, não olhamos, para dar um alô ao o vizinho. É difícil, esta é a nossa sociedade consumista, “venha a nós o vosso reino.” Vivemos em uma sociedade, que pensamos em ter um super carro, sem termos uma boa casa, que temos uma boa casa, mas vendemos para comprar uma em um condomínio de luxo, pois lá estão as pessoas ditas ricas. Não vamos aos hospitais fazer um pouco de caridade, não passamos nos bairros humildes para levarmos um cobertor aos que não tem roupas, não levamos uma ceia para os que mendigam nas ruas, para os que tem fome, e ainda falamos que somos Cristãos.
                De longe no imaginário ouvi uma valsa que minha tia Cristina tocava muito em seu piano na casa de meu avô, Fascinação – Os sonhos mais lindos sonhei /De quimeras mil/Um castelo ergui. Pensei comigo, quais foram ou são os sonhos deste velho homem, quais são os seus castelos? Será que foi ou é justo ele ter passado a sua vida assim? Não sei, talvez se Charlie Chaplin tivesse visto este senhor e esta cena, ele fosse um dos seus personagens nas suas tristes comédias. Embora tenha aprendido cantando: “Que na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer, enquanto o outro ri,” não me sentia confortável, para mim era triste.
Mas o ato daquele simples homem mostrou-me que podemos viver cordialmente, aprender que ao passar por outro devemos pelo menos dar um bom dia, uma boa noite, de sentir a dor alheia, de falar com Deus e pedir perdão das nossas omissões, dos nossos pecados, de procurar amar o próximo. Que mesmo tendo as adversidades da vida é possível olhar para o seu semelhante e desejar pelo menos um Feliz Natal.

                “Este ano quero paz no meu coração, quem quiser ser meu amigo, me dê à mão.” Vamos fazer um novo ano mais caridoso, vamos compartilhar amor e amizade, vamos procurar amenizar a dor dos mais carentes, vamos procurar valorizar a família, vamos não só ir aos cinemas, teatros, boates, restaurantes caros, vamos também aos hospitais, as casas de caridades, aos lares mais carentes. Esses são meus desejos de um Feliz Ano Novo.

Rinaldo Barros
Para rbEu
Dez 28 em 10:09 AM
O tempo está acabando
"O contrário do amor não é ódio, mas a indiferença". (Friedrich Nietzsche, 1844 a 1900)

(*) Rinaldo Barros
            Grandes terremotos na China... Ciclones em Mianmar... Furacões no Caribe... Tsunamis na Ásia, incêndios na Austrália, Califórnia... Falta d’água na Austrália... Inundações na China, Alemanha, Coréia, Peru, Espanha, Paquistão, Brasil...
            Essas são mensagens de catástrofes naturais que diariamente nos chegam das mais variadas partes do mundo, e de tal forma já incorporadas ao nosso dia-a-dia, que não nos causam mais tanto espanto. Integra o quadro da banalização da vida.
            Vale registrar que, segundo relatórios da ONU e Cruz Vermelha Internacional, nos últimos 10 anos, o número de catástrofes naturais aumentou em 60% e o número de mortes passou de 600 mil para 1 milhão e 300 mil pessoas! Só o Tsunami na Ásia matou 230 mil pessoas e os recentes ciclones em Mianmar na Ásia e terremotos na China mataram mais de 150 mil pessoas. Esses números são catalogados como catástrofes naturais e tendem a aumentar.
            Apesar da seriedade da situação, a Terra continua também a receber diariamente notícias sobre a contínua devastação da floresta amazônica, vazamentos de óleo nos oceanos, derretimentos das grandes geleiras, buracos na camada de ozônio, poluição do ar e águas, aquecimento global, resultando no iminente esgotamento dos recursos naturais.
            Na outra face da moeda, a desvalorização do ser humano, o aumento das drogas, o efeito devastador do desequilíbrio ecológico, a perda da dignidade, a inversão dos valores sociais, o aumento da massa humana sem rumo, a fome, as desigualdades sociais, os preconceitos, as guerras, o terrorismo, a globalização da miséria, a insegurança, o medo, a incerteza do futuro, tudo isto cria uma névoa espessa de energia negativa em volta de nosso (?) mundo.
            É a aura doente do planeta, como conseqüência de milhões de almas doentias.
            Relembro que tudo está ligado! A degradação do ser humano e a do planeta estão intimamente unidos
e da mesma forma as soluções para o problema. 
            A Terra está sendo saqueada por quem deveria protegê-la! Separamo-nos da Natureza.
            O progresso materialista e tecnológico sem cuidados, a ganância sem ética; cobra um preço alto.  
            Concordo com Nietzsche, apud "Nietzsche para estressados", de Allan Percy; quando nos ensinou "voltar à Natureza não significa ir para trás e sim para a frente!"
            ─ "Ajuda-me, diz a Mãe-Terra, a dissipar essa nuvem escura que está ofuscando a luz, exaurindo minhas forças, acabando com minha vida!"  
            É a mãe pedindo para que seus filhos escutem seu apelo.
            A seu modo, o planeta está gritando aos quatro ventos, mas o Homem está tão desequilibrado que perdeu a capacidade de ouvir e ver os sinais.  
            Aprendi que tudo é energia, tudo é uma simples equação de ação e reação. Trate bem que será bem tratado! Destrua e será destruído!
            Ame e será amado! É plantar e colher! Esta regra vale para qualquer situação, desde uma simples equação de física elementar ou convivência pessoal até uma relação Homem-Homem ou Homem-Terra.
            Dar coisas boas e receber coisas boas! Dar ódio, destruição e receber ódio e destruição! É uma regra válida para tudo e para todos! Vale para o microcosmo e para o macrocosmo da mesma forma.
            É uma lei cósmica! Nós decidimos o nosso futuro. 
            É preciso, porém, atentar para o fato de que a nossa espécie "homo sapiens" não tem o poder de destruir o planeta, mas apenas de gerar sua própria destruição. O lindo planeta azul continuará girando em torno do Sol e, daqui a hum milhão de anos, fará surgir uma nova espécie de macacos, armados com paus e pedras, para atacar outro grupo de macacos...começando tudo de novo. 
Ingenuamente, talvez, como queria Agostinho (354 a 430 d.C), continuo com a Esperança, ao lado de suas duas filhas lindas: a Indignação e a Coragem, para lutar por um mundo melhor.
            Felizmente, temos o poder ao nosso alcance e a chance de evitar o desastre ainda está em nossas mãos. Comecemos já, o tempo está acabando.

                Rinaldo Barros é professor - rb@opiniaopolitica.com
Verdades cruzadas - VII
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Professor aposentado do Curso de Direito da UFRN e Presidente da Comissão da Verdade. Sócio do IHGRN.

Pode-se considerar que o agravamento da crise de populismo no Brasil que levou a ascensão dos militares, em 1964, ocorreu a partir do breve governo do Presidente Janio Quadros, que só durou alguns meses do ano de 1961.
Carlos H.P.Cunha e Walclei de A.Azevedo – Podres Poderes-política e repressão. Natal: Infinita imagem, 2013.

 “Depois de passar 19 anos sendo convocado por políticos para debelar crises, o Exército interveio mais uma vez em 1964, desta vez num golpe de Estado que exilou o presidente João Goulart. O governo não foi entregue aos civis: os militares resolveram exercer eles mesmos o poder, acreditando que seriam os únicos a ter a disciplina e a honestidade necessárias para a função.
Foram tragados para um turbilhão de autoritarismo, disputas internas, guerrilha, inflação, tortura nos quartéis e atentados que desmoralizaram a instituição e seus generais-presidentes, apesar da censura importa à imprensa. No governo do último general-presidente, João Figueiredo, a ditadura havia se tornado um labirinto cuja saída foi a devolução do poder aos civis, com a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985.” [1]
Começava no Brasil o caminho dos tanques, um período de mordaça dos segmentos sociais e a censura à imprensa sob uma divulgação de combate à subversão e corrupção – temas profundamente contraditórios em razão da história do País, usando-se para isso a força bruta e a grotesca ostentação de armas, torturas, perseguições e mortes, com a conivência e o apoio de parcelas importantes da sociedade – empresários, proprietários rurais, parte da imprensa, a igreja católica e influentes governadores de estados e o silêncio do Supremo Tribunal Federal.
Os golpistas sabiam que teriam problemas a enfrentar e para tanto não usaram o diálogo, mas o convencimento pela repressão, pela truculência, manipulando o processo democrático, cassando mandatos e orquestrando uma farsa eleitoral de dois partidos apenas – ARENA e MDB.
A moldura do governo militar passou a ser  “o milagre econômico”, com projetos de mega dimensão como a Transamazônica e a Perimetral Norte, fomentando um ufanismo nacionalista retratado no slogan “Brasil – ame-o ou deixe-o”.
O Ato Institucional nº 5, em 1968, recrudesceu a ditadura e as forças democráticas repeliriam a violência de todas as maneiras que podiam, ostensivas ou alternativas, estas desenvolvidas no Teatro, no Cinema e na Música.
             Entretanto, as conquistas vão acontecendo paulatinamente no percurso dos governos Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médice.

A partir do general Ernesto Geisel foi anunciado um programa de “abertura lenta, gradual e segura”, num processo político que passou a ser o ponto fundamental da luta nacional pela transição do regime no caminho da verdadeira Democracia, com a revogação dos atos institucionais e reforma da Lei de Segurança Nacional, das eleições legislativas de 1974, com as manifestações da sociedade em favor da redemocratização do país, do Movimento Feminino pela Anistia em 1975, o Comitê Brasileiro pela Anistia em 1978, que permitiram efetivamente a sua aprovação na Lei 6.683, de 28 de agosto de 1979, no Governo João Figueiredo, e finalmente com a emenda Dante de Oliveira de 25 de março de 1984 abrindo o caminho da restauração do processo político. Registre-se que estes últimos Presidentes já trabalhavam no sentido do cumprimento das promessas de retorno à normalidade democrática

Forças reacionárias ainda tentaram reverter o processo de abertura, mas mesmo com o atentado fracassado no Riocentro, em 1981, não foi suficiente para interromper o movimento das “Diretas Já” que preparou a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985.
  “A ditadura terminara – e o novo desafio era consolidar a democracia.”[2]
As eleições se sucedem. Tancredo Neves – a velha raposa mineira que se tornara símbolo da redemocratização ao derrotar o candidato Paulo Maluf, coincidentemente, adoece e é internado na véspera de sua posse, em seu lugar assume interinamente José Sarney, em solenidade no dia 15 de março de 1985, um político comprometido com a ditadura, assustado com o encargo que não cogitava..
Não foi um recomeço fácil. A fatalidade de Tancredo deixa atônito o País, notadamente com o seu falecimento em 21 de abril de 1985 – Dia de Tiradentes.
A economia atinge patamar de inflação nunca antes ocorrido, produzindo drástica corrida ao mercado de capitais, fomentando falências e concordatas.
Contudo, a penosa reconstrução da democracia contava com um grande aliado – Deputado Ulisses Guimarães, ganhando força na Nova República de Sarney, como Presidente do Congresso e da Assembleia Nacional Constituinte, dando ao Brasil a sua nova Carta Política de em 05 de outubro de 1988, denominada de “Constituição Cidadã”, com instrumentos jurídicos e políticos modernos para retomar o caminho da normalidade.
Mas o destino fez desaparecer o “Senhor das Diretas”, num desastre de helicóptero em 12 de outubro de 1992.


               





[1] DN Especial – (8) Anos de Chumbo12/7/2005.
[2] Diário de Natal, 12/7/2005.