JOSÉ VASCONCELOS DA ROCHA
José
Vasconcelos da Rocha foi uma criatura com uma história singular. Natural de
Guarabira-PB, nascido a 23 de dezembro de 1935, filho de Adauto Ferreira da
Rocha e de Marluce de Vasconcelos da Rocha, buscou vencer na vida por vários
caminhos, a política onde foi Deputado Estadual (PTN), eleito no período de
1959 a 1967, onde alcançou a condição de Presidente da Assembleia e 2º Vice Presidente. Fez parte do grupo de deputados
que criou a “Assembleia do Museu”, quando da dissidência dos correligionários
de Dinarte Mariz contra o Governo Aluízio Alves. Foi vice-prefeito de
Goianinha, de 1958/1959.
Bacharel
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Alagoas, tendo colado
grau em 2 de dezembro de 1963, tornou-se advogado militante e depois Ingressou
no cargo de Juiz do trabalho de 2ª Instância, ocupante de vaga destinada a
representante da OAB/RNN, nomeado através do decreto Presidencial de 14 de
novembro de 1991, tomando posse em 15 de junho de 1992, sendo eleito o 1º
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho – TRT da 21ª Região.
Em sua
vida encontrou algumas pedras no caminho, a teor da época do movimento militar
que derrubou o Presidente João Goulart em 1964, quando, por força de um
discurso em defesa da manutenção do governante constitucional logrou a
indignação de alguns militares e foi procurado para prestar justificativas,
quando então foi obrigado a fugir de um cerco à sua casa, fugindo para sua
terra natal, acompanhado do advogado Hélio Vasconcelos e dos acadêmicos de
direito Danilo Bessa e Berenice Freitas.
Retorna a
Natal, mas antes fez contatos importantes com figuras proeminentes do Estado,
como Dinarte Mariz, Odilon Ribeiro Coutinho e com militares conhecidos - general
Omar Emir Chaves, o coronel Mendonça Lima, foi até ao IV Exército, em Recife. Lá,
conhecia o coronel Valmir Alves da Nóbrega, que o informou “aqui não há nada
contra você”. Com Odilon contatou com o general Terra Ururahí, e tudo terminou
bem.
Aposentado
como desembargador federal, retornou à advocacia e passou a atuar com grande
fervor ao esporte, mais exatamente ao seu América Futebol Clube, de onde foi
Presidente e Presidente do Conselho Deliberativo até os dias presentes. Ergueu
o a Arena América, que recebeu o seu nome, repetindo sua ação de construção,
como o fez com a sede da Justiça Trabalhista em Natal, quando integrante
daquela Corte.
Com ele,
eu tive convivência no América e retornei aos quadros de sócio, apagando uma
grande deselegância contra mim praticada e que me levou a abandonar o clube. Na
nova fase fui convidado para minutar um projeto de novo Estatuto do Clube,
aprovado por uma Comissão e depois aprovado pelo Conselho Deliberativo, com
emendas oferecidas por outros associados.
Soube do
seu problema de saúde e falecimento hoje, pelo meu filho Rocco José, em seguida
confirmado pelo Conselheiro do América Odúlio Botelho, posto que ando um tanto
desligado do noticiário, uma vez que estou dividindo a minha residência entre
Natal e Cotovelo.
Fiquei
muito abalado e, de imediato, no calor da emoção, resolvi fazer esta homenagem
ao companheiro americano e amigo Zé Rocha. Deus o receba em sua Casa Celestial.
Olhe, lá
estará lhe esperando outro americano, meu pai José Gomes da Costa (Zé Gomes),
que foi quem adquiriu o terreno onde hoje está plantada a sede do América.