MARIA, A ESPOSA DE JOSÉ – A SAGRADA FAMÍLIA
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
Atravessamos
a metade do mês de maio, que no calendário religioso católico é consagrado a
MARIA, mãe do Redentor, em que pese o fato de que isto não é unânime entre os
cristãos, porquanto alguns obscurecem o papel da mãe de Jesus quando dão
interpretação equivocada às palavras bíblicas.
Toda
mãe, pelo simples fato de conceber vidas já pode ser considerada escolhida por
Deus, quanto mais aquela que perdeu o seu filho na cruz para salvar a
humanidade. Tenho em meu pensar, que mãe é a criatura mais gloriosa da criação
de Deus.
Contudo,
não é essa a abordagem que pretendo com este modesto escrito e sim o de exaltar
a esposa, como ensina o Livro Santo:
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres,
como a seus próprios corpos.
Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
(Efésios 5:28)
Ao
trazer essa mensagem, venho testemunhar o valor incomensurável da mulher,
esposas, companheiras, amigas ou amantes no melhor dos sentidos do sentimento
humano, pois no fatídico (para mim) dia 31 de março deste ano cruel perdi a
criatura que mais amei na vida, cuja falta sinto todos os dias e em todos os
momentos.
THEREZINHA,
a minha eterna THEREZA não era simplesmente uma esposa, mas sim uma criatura
abençoada que sentia prazer nas tarefas domésticas, prudente em todas as suas
ações, promotora da paz e da harmonia no lar e entre as pessoas que a cercavam,
cuidadora excelente da qualidade de vida dos filhos, benfeitora dos
necessitados, conciliadora que somente levava a alegria e a paz para os
circundantes.
Sua
partida deixou em mim apenas gratidão a Deus, que a livrou do sofrimento e
permitiu que deixasse esta dimensão da vida com a paz de criança dormindo, com
um sorriso triunfante de quem soube honrar a existência.
Espero
que os amigos não me tomem como uma pessoa frágil pela insistência em recordar
quem lhe acompanhou por 71 anos, mesmo tempo de vida de Dona Lígia, que
guardava os mesmos Predicados de THEREZA, mas pelo que vejo do seu trabalho, do
exemplo e dedicação, será pouco recordá-la diariamente.
Considero
que a minha missão ainda não terminou pois tenho a obrigação de continuar a sua
obra, certamente sem a mesma competência, mas para isso elevo a minha oração ao
Senhor, para que me conceda o dom da sabedoria e mantenha viva em mim a chama
da Graça e da Misericórdia que vem de Ti.
Dá-me
a sabedoria para saber julgar corretamente; saber solucionar os problemas e
retirar os entraves que atravessam o caminho; concede-me um coração que possa
ter forças para ajudar o próximo.
Assim
como Atendestes a Salomão para encontrar a sabedoria, eu rogo que possa merecer
uma pequena fagulha desse divino tesouro.
Obrigado
a todos pela solidariedade e aos amigos do Rotary Club Natal-Sul que hoje
celebraram a páscoa e se lembraram dos que partiram para a casa do Pai, tudo
sob o competente comando do estimado confrade Cônego José Mário.