sábado, 30 de maio de 2015

PADRÃO FIFA? Pois sim ...
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor e blogueiro

Durante alguns anos, mais insistentemente nos dias que antecederam o último campeonato mundial de futebol, vinham sendo alardeados os “legados da copa”, para justificar tanto gasto com a construção da Arena das Dunas, em detrimento de outros equipamentos públicos de maior necessidade.
Demoliram o nosso Poema de Concreto, empastelamos o Centro Administrativo que ficou refém daquela construção elefântica, agredimos a paisagem das dunas, diferentemente do velho Machadão, que se conformava com a geografia física do local e acalentava a alegria do povo em suas domingueiras de futebol. Nesse clima de extermínio também sucumbiram a creche Kátia Fagundes e o Ginásio Poliesportivo Humberto Nesi. Estes e mais o velho Joca Macho ficaram sem homenagem.
Em todo esse tempo, como um vigilante da cidadania, reclamei e publiquei na imprensa e em meu Blog críticas e advertências para o possível engodo do “Padrão Fifa”, notadamente pelos episódios já registrados de copas anteriores, com suspeita de corrupção.
Afinal, o fato foi consumado, a Arena foi erguida e o legado não chegou da forma como preconizado. Quantidade ínfima de público nos eventos pós-copa, negociação da OAS em relação aos seus direitos de exploração daquela praça esportiva, mercê de dificuldades financeiras decorrentes de entraves decorrentes de sua participação em ações deletérias e o grande perigo da execução do fundo garantidor.
Agora eclode o escândalo da FIFA, num padrão muito alto (verdadeiro Padrão FIFA), ainda não desvendado convenientemente, pois ainda não apareceu o Ricardo Teixeira e outros sujeitos ainda ocultos.
Não pretendo tripudiar sobre a desgraça de ninguém, mas precisamos aprender a lição pela nossa ingenuidade em acreditar numa propaganda enganosa. (ou conhecimento de causa pelos governantes?).

Ainda esperamos, mesmo que a destempo, os tão decantados legados da copa ou teremos que reconhecer uma “propaganda enganosa”.

sexta-feira, 29 de maio de 2015


A V I S O


O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE realizará na manhã de hoje, à partir das 9 hora, uma sessão especial de sua Diretoria e Conselho Fiscal, para apreciar o Relatório e as contas do Presidente Valério Alfredo Mesquita relativos ao exercício de 2014.
Natal, 29 de maio de 2015
Carlos Roberto de Miranda Gomes
Secretário-Geral


 

 
   
Luciano Ramos

 
À espera de um cruzeiro (?!)

Luciano Ramos
Procurador-Geral do Ministério Público de Contas do RN (de férias, por coincidência)

“Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas!” (Luís Fernando Veríssimo)

Se houvesse que me definir, curioso e questionador serias as palavras. Junte-se uma pitada de cartesianismo, e tem-se uma necessidade quase que fisiológica de entender o porquê das coisas. Ainda mais quando a lógica briga com os argumentos. Assim, invariavelmente, estamos em meio a mares pouco conhecidos, sobre águas profundas e turvas à compreensão.

Com este prenúncio, este artigo viajará a partir do seguinte roteiro: iniciaremos com os fatos inquestionáveis rumo aos não tão evidentes, com escalas nos prováveis. Assim, esperamos encontrar um porto seguro ao final desta jornada. Inegavelmente, Natal e o Rio Grande do Norte não só optaram, mas também anseiam em ser cada vez mais destinos turísticos relevantes. Para tanto, temos vocação natural e há uma percepção difundida no inconsciente coletivo de serem muito maiores os benefícios do que os custos inerentes a esta escolha.

Partindo daí, várias políticas públicas são explicadas, desde os esforços para trazer a Copa do Mundo de futebol, até os gastos com o aeroporto e com o terminal de passageiros do porto de Natal – estes últimos gastos federais, registre-se, o que me isenta do dever profissional de fiscalizá-los, limitado que sou às contas estaduais e municipais.

E seguimos a destacar nossa posição geográfica mais próxima da Europa, de modo a atrairmos investidores interessados em explorar os potenciais do nosso aeroporto. Mas o que vale para o ar, também vale para o mar, pois, nesta escala, a distância não varia significativamente em função do meio de deslocamento.

Então, qual o motivo das vozes que se levantam contra o engajamento do estado no roteiro dos badalados cruzeiros? Uma das respostas é que a oposição não é a todo e qualquer navio que queira aqui aportar, visto recebermos de braços abertos os provenientes do exterior. Os punhos se fecham apenas para a demanda interna.

Ocorre que esta posição entra em contradição com outro argumento lançado contra este meio de transporte. Dizem: o custo de adequação para possibilitar a vinda dos navios de grande porte não compensaria. Mas os investimentos feitos para atrair os cruzeiros internacionais não seriam aproveitados pelos cruzeiros nacionais? Aumentar a demanda não é a melhor forma de ter retorno do investimento?

Além disso, por mais que desejemos, Natal está longe de ser a principal porta de entrada do país, com destaques para Rio de Janeiro e Bahia, sem contar o grande fluxo de turistas estrangeiros para a Amazônia.

Não há entre eles interessados em fazer um cruzeiro para conhecer o litoral do Nordeste? E passear entre Natal e Fernando de Noronha de navio? Os amantes da natureza só querem conhecer a Amazônia? E a Mata Atlântica?

Responde-se: os turistas que chegam de avião ficam mais dias na cidade e consomem mais produtos e serviços locais. Porém, atraem-se ainda mais perguntas: Não há meios de estimular que o turista permaneça mais tempo no estado, convidando-o a conhecer as belezas de Pipa, Genipabu ou São Miguel do Gostoso? Quem conhece a cidade de navio, e gosta, não tende a ela retornar ou estimular que outros o façam?

E tudo isso calcado em uma lógica de difícil compreensão. Ela parte do pressuposto de que os turistas virão para cá, qualquer que seja a opção de deslocamento à sua disposição.

Certamente, há os que querem fazer um cruzeiro e escolhem o destino de acordo com as ofertas que se encaixam nesta vontade. E, até que se prove o contrário, este é o perfil majoritário de quem demanda tais serviços.

E assim poderíamos seguir em uma volta ao mundo a bordo de mais e mais perguntas, com respostas quase que evidentes. Para contrastá-las, só expondo minuciosamente todos os pontos presentes no radar, do contrário, acabaremos batendo em um iceberg criado por nós mesmos.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Posse na UFRN - HOJE











(ESTANTE 51)

COMISSÃO DA VERDADE DA UFRN FAZ ENTREGA PARCIAL DE ACERVO DOCUMENTAL
Por Juan de Assis Almeida, em 27 de maio de 2015.
A Comissão da Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte fez, no dia 25 de maio deste ano, a entrega de parte do seu acervo documental ao Arquivo Geral da UFRN, localizado próximo ao prédio da Editora Universitária.

A transferência dos documentos do prédio da Reitoria da UFRN ao Arquivo se deu por iniciativa do presidente da Comissão, o Prof. Carlos Roberto de Miranda Gomes, em razão do processo de finalização da Comissão da Verdade, que desde dezembro de 2014, encerrou suas atividades de pesquisa, com a elaboração do seu relatório final, que está previsto para lançamento ainda esse ano.

A documentação transmitida não diz respeito a produção em si da Comissão da Verdade, mas traduz o produto das diligências em busca de subsídios e documentos que retratassem o clima de perseguição política refletida nas antigas unidades universitárias.

Grande parte do acervo constitui-se de duas unidades então mantidas pela Fundação José Augusto: a Faculdade de Jornalismo Eloy de Souza (Doação realizada por meio do Ofício nº. 053/10-DG, de 25 de fevereiro de 2010, do diretor da FJA Joaquim Crispiniano Neto) e da Faculdade de Sociologia e Política (Doação realizada pelo Ofício nº. 147/2013-GE/SECULT/FJA, de 04 de março de 2013, da diretora da FJA Ivanira Machado). O acervo do jornalismo estava sob guarda do Departamento de Administração e Controle Acadêmico (DACA) da PROGRAD e o de Sociologia e Política com a Comissão da Verdade da UFRN, este último, recebido em transação comandada pelo membro Juan de Assis Almeida.
FACULDADES
A Faculdade de Jornalismo Eloy de Souza foi criada pela Lei Estadual nº. 2.783, de 10 de maio de 1962 pelo então governador do Estado do RN Aluízio Alves. Pela Resolução nº. 18/1973 do Conselho Universitário passou a condição de unidade agregada à UFRN. Já a Faculdade de Sociologia e Política foi criada pelo Decreto Estadual nº. 3.871, de 15 de dezembro de 1961. As referidas unidades foram, finalmente, incorporadas pela UFRN, juntamente com a absorção do seu corpo discente e docente pelas Resoluções nº. 72/1975, 15/1976; 01/1977 e 142/1978, todas emanadas do Conselho Universitário da UFRN.