sábado, 22 de abril de 2017

A MORTE DE UM GUERREIRO





          Nesta última quinta-feira, dia 20, aos 90 anos, faleceu o ex-deputado federal e advogado Aldo da Fonseca Tinoco, que nos anos 1990 chegou a presidir o PDT em Natal. Nascido em 28 de julho de 2916, em São Gonçalo do Amarante.

           Aldo da Fonseca Tinoco foi estudante do Atheneu Norte-rio-grandense quando despertou para a luta e participação política, defendendo a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), contra o Eixo do nazifascismo (Alemanha, Itália). “Nós acreditávamos que o nazismo era um grande retrocesso para a humanidade. A democracia a gente entendia como a participação do povo em benefício do povo, e não do privilégio de uma classe. Então, como estudantes nos engajamos na luta da esquerda, porque achávamos que a esquerda era a grande esperança para a humanidade”, avaliou.

         Após a conclusão do segundo grau, ingressa no curso de Odontologia, em Fortaleza, já que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, só foi criada em 1958. Na mesma época, entra para o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao concluir o curso de Odontologia, parte para o curso de Direito, em Alagoas.

      O professor Aldo Tinoco sempre teve como referência política a bandeira nacionalista. Mesmo com o partido comunista na ilegalidade, continuou a participação em outras agremiações. “Getúlio foi esta grande liderança, no nosso entender, pelo fortalecimento econômico do país. A luta da Petrobrás e daí, hoje, a Petrobrás, essa potência, foi conseqüência daquelas lutas do povo e Getúlio à frente. Era a intervenção do Estado no campo do desenvolvimento econômico”, disse.

       Na década de 50, pertencendo ao Partido Social Progressista (PSP), de João Café Filho, sai candidato a deputado estadual e fica na condição de suplente. Nesse período assumiu várias vezes o mandato, já que os deputados viviam de licença.

         Em seguida entra para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), onde se lança candidato a deputado federal e mais uma vez fica na suplência. “Militei no PTB com Clovis Mota. O PTB de Jango e Brizola; não esse PTB que está aí. Fui secretário geral do partido, aqui no Rio Grande do Norte, e Clovis Mota era o presidente, afirmou”.

       Nos anos 60, Tinoco, na condição de professor universitário, era aluno da pós-graduação, na especialização em saúde pública, da Universidade de São Paulo – USP e teve que retornar ao Rio Grande do Norte, em função de um Inquérito Policial Militar – IPM, sob a orientação dos policiais pernambucanos Carlos Moura de Morais Veras e José Domingos da Silva, responsáveis pela Comissão de Investigações, instituída pelo governo estadual.

          Aldo foi preso e passou 04 meses no 16º Regimento de Infantaria, 16ºRI. Do Regimento foi transferido, juntamente com o ex-deputado Floriano Bezerra, Djalma Maranhão e Luis Maranhão Filho, para a ilha de Fernando de Noronha, mesmo com um habeas-corpus já concedido pela justiça militar. “Quando eu tava preso no quartel os policiais não deixavam a gente abraçar os filhos”, revelou.

   “Na quase escuridão daquele amanhecer, desconfortavelmente acomodados nos bancos de um caminhão militar, os presos conjeturavam sobre seus destinos. Levados ao aeroporto pelo capitão Lacerda, certificaram-se de que seriam transferidos para prisões em outros Estados ou para a ilha de Fernando de Noronha. Admitiam, também, com muita preocupação, que poderiam ser jogados do avião para a morte no mar, como se comentava que já havia acontecido com alguns prisioneiros políticos”. (GALVÃO, 2004 a, p.184).

        Preso por mais de 30 dias no quartel do Exército, era tratado com respeito. Saiu da prisão, em Fernando de Noronha, com a chegada do general Ernesto Geisel, então chefe da Casa Civil do Presidente da República, que foi verificar a situação dos presos políticos. Aldo e o governador Miguel Arraes foram para o Recife, no mesmo avião com o general.

        O professor, posto em liberdade, em vez de retornar a Natal fugiu para o Rio de Janeiro e ficou por um período na clandestinidade. “Aqui soltavam um preso e prendiam de novo. Sabendo disso não voltei pra cá e a casa,aqui, já estava cercada. O habeas-corpus que eu tinha era do Superior Tribunal Militar; não valia nada”, concluiu.

        Terminado o processo político-militar, com duração de aproximadamente quatro anos, incluindo prisão domiciliar, o professor Aldo voltou para a conclusão do mestrado e foi convidado pela USP para ser professor. Passou trinta anos, entre o período de mestrado, doutorado e livre-docência; aposentou-se como professor da USP, onde fundou a disciplina Direito da Saúde, que após a sua aposentadoria ficou sob a responsabilidade da professora Sueli Dallari, esposa do jurista Dalmo Dallari. “Eu saí titular da USP. A revolução me prestou esse benefício”, afirmou.

     De início, Aldo não demonstrou interesse em ficar definitivamente na USP; queria voltar para viver e trabalhar em Natal. Mas, como a cidade era pequena e, diante do momento político, resolveu ficar em São Paulo. “Aqui, a gente, naquela época, vivia uma situação estranha. Você ia pela calçada, vinha um amigo; ele já mudava pra não falar com a gente. A gente era assim, meio marginalizado. E a turma sempre de olho como se a gente fosse perigoso; era só uma luta de idéias”, desabafou.

        A sua decisão de ficar em São Paulo permitiu levar a esposa e os filhos, que tiveram toda a sua formação instrucional em escolas e universidades paulistas.

           Com a redemocratização, em meados da década de 80, e a criação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), sob a liderança de Leonel Brizola, Tinoco saiu candidato a governador do Rio Grande do Norte, em (1986), pela sigla Brizolista, disputando a vaga com Geraldo Melo, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e João Faustino, do Partido da Frente Liberal (PFL).

       Em 1996 foi candidato a prefeito de São Gonçalo do Amarante, cidade em que nasceu, pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN).

           Apesar de estar aposentado, o professor Aldo Tinoco era constantemente convidado para bancas examinadoras de teses, dos alunos da Universidade de São Paulo. “Participei de muitas bancas no país todo; do Rio Grande do Sul ao Amazonas. A USP permitia isso. Aqui, eu participei de algumas bancas, mas, agora, professor aposentado e velho, né... Os velhos são superados”, desabafou.

         “Do alto dos seus oitenta anos”, como diz a canção, revelou a decepção com a maioria das siglas partidárias. No seu ponto de vista são siglas de aluguel que não apresentam um projeto de desenvolvimento para o Brasil.

           Dedicou-se a criação de minhocas, produção de rapadura e mel de engenho e desenvolveu a apicultura (criação de abelhas) em uma propriedade no município de Macaíba, para onde se deslocava diariamente.

        O professor encerrou a conversa com descontração: “Na USP eu fui chefe de departamento eleito e reeleito. Hoje, aqui em Macaíba, eu sou “Seu Aldo das Minhocas”, porque eu crio minhocas na fazenda e sou pioneiro, aqui, na criação de humo de minhocas”.

        Esse texto, aproveitado em quase integralidade, foi escrito pelo blogueiro Luiz Penha e que resolvi reproduzir pela fidelidade da história do falecido.

DESCOBRIMENTO DO BRASIL






Contexto histórico

O Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa com alta lucratividade.

A chegada dos portugueses ao Brasil 

O Descobrimento do Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 1500. Nesta data as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegou ao litoral sul do atual estado da Bahia. Era um local que havia um monte, que foi batizado de Monte Pascoal.
No dia 24 de abril, dois dias após a chegada, ocorreu o primeiro contato entre os indígenas brasileiros que habitavam a região e os portugueses. De acordo com os relatos da Carta de Pero Vaz de Caminha foi um encontro pacífico e de estranhamento, em função da grande diferença cultural entre estes dois povos.

Primeiros contatos com os indígenas 

Cabral recebeu alguns índios em sua caravela. Logo de cara, os índios apontaram para objetos de prata e ouro. Este fato fez com que os portugueses pesassem que houvesse estes metais preciosos no Brasil. Neste contato os portugueses ofereceram água aos índios que tomaram e cuspiram, pois era água velha com gosto muito diferente da água pura e fresca que os índios tomaram. Os índios também não quiseram vinho e comida oferecidos pelos portugueses. 

Neste contato, que foi um verdadeiro “choque de culturas”, houve estranhamento de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o fato dos índios andarem nus, enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as caravelas dos portugueses.

No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção as Índias, em busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava de uma ilha, a nomearam de Ilha de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil).

Polêmica: Descobrimento ou chegada?

Quando usamos o termo “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontra-la. Desta forma, desconsideramos a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos portugueses. 

Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os portugueses descobriram o Brasil para os europeus. 

Principal fonte histórica 

A principal fonte histórica sobre o Descobrimento do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os portugueses e os nativos. 

Curiosidade:

- A esquadra de Cabral contou com aproximadamente 1400 homens. Eram marinheiros (maioria), técnicos em navegação, escrivão, cozinheiros, padre, ajudantes entre outros.

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FONTE: 

sexta-feira, 21 de abril de 2017

21 DE ABRIL


Desde 1965, aos 21 dias do mês de abril, celebra-se no Brasil o Dia de Tiradentes e, junto à pessoa deste, rememoram-se também os acontecimentos que configuraram a Inconfidência Mineira. Neste texto, procuraremos explicitar os motivos pelos quais Tiradentes passou a ser considerado um herói nacional e Patrono da Nação Brasileira.

Sabe-se que “Tiradentes” era o apelido de Joaquim José da Silva Xavier, um alferes (cargo militar da época colonial) que também exerceu a profissão de dentista. Tiradentes participou ativamente de um dos principais movimentos de contestação do poder que a coroa portuguesa exercia sobre o Brasil Colônia: a Inconfidência Mineira. Sabemos que esse movimento articulou-se entre os anos de 1788 e 1789 e foi permeado por ideias provindas do Iluminismo que se alastrou pela Europa, na segunda metade do século XVIII.
Os inconfidentes de Minas Gerais geralmente integravam, com exceção de poucos, a elite cultural e social daquela região (como era o caso do poeta Tomás Antônio Gonzaga) ou então ocupavam postos militares ou exerciam profissões liberais, como era o caso do referido Tiradentes. O que dava unidade ao grupo eram ideias como a de liberdade e igualdade (ideias essas que também fomentaram a Revolução Francesa, em 1789), além do anseio pela emancipação e independência com relação à Coroa Portuguesa, à época governada pela rainha D. Maria, “A louca”.
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1492784656954
Os planos de insurgência contra o governo local em Minas, representado pelo Visconde de Barbacena, foram articulados em 1788 e tiveram como estopim a política de cobrança de impostos sobre a produção aurífera e sobre os rendimentos que ganhava cada pessoa que compunha a população de Minas Gerais. Esse último imposto era conhecido sob o nome de “derrama”. Apesar de terem uma organização bem elaborada, os inconfidentes acabaram por ser delatados por Silvério dos Reis, um devedor de tributos que, com a denúncia, acreditava poder sanar suas dívidas com a coroa.
Todos os inconfidentes foram presos. Tiradentes foi apanhado no Rio de Janeiro. O processo estabelecido contra eles e os subsequentes julgamentos e sentenças só terminaram em 1792, no dia 18 de abril. Os principais líderes receberam a pena do banimento, isto é, foram expulsos do país. Tiradentes, ao contrário, foi enforcado no dia 21 de abril ao som de discursos que louvavam a rainha de Portugal. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça exibida na praça principal da cidade de Ouro Preto.
Evidentemente, o dia da morte de Tiradentes por muito tempo foi compreendido como o dia em que um rebelde foi morto, como típico exemplo de retaliação absolutista. Entretanto, após a Independência do Brasil e, principalmente, após a Proclamação da República (época em que o Brasil, já desvinculado de Portugal, procurava construir sua identidade nacional), a imagem de Tiradentes começou a ser recuperada e louvada como um dos heróis da nação ou como um dos que primeiramente lutaram (até a morte) pela liberdade.
Um exemplo dessa imagem foi a instalação, em 1867, do primeiro monumento a Tiradentes na cidade de Ouro Preto. Outro exemplo, o mais notório, foi a confecção, por parte do pintor Pedro Américo, do quadro “Tiradentes Esquartejado” (ver imagem no topo do texto) em 1893, época em que a República, recém-instituída, procurava os mártires e os patronos da “Nação Brasileira”. O Tiradentes de Pedro Américo traduz a imagem idealizada do martírio, que se aproxima do martírio de Cristo.
Essa visão republicana de Tiradentes permaneceu (e, de certo modo, ainda permanece) no imaginário popular dos brasileiros. Em 1965, durante a primeira fase do regime militar no Brasil, o marechal Castelo Branco, então presidente da República, contribuiu para o reforço dessa imagem de Tiradentes, sancionando a Lei Nº 4. 897, de 9 de dezembro, que instituía o dia 21 de abril como feriado nacional e Tiradentes como, oficialmente, Patrono da Nação Brasileira.

Por Me. Cláudio Fernandes





É O PADRE!


Valério Mesquita*
mesquita.valerio@gmail.com

Justamente por não me acudir a jurisprudência da amizade, sou mais do que isento para lhe prestar um testemunho. Não fui seu correligionário nem eleitor por conta das circunstâncias política da época. Mas, de longe, admirava o padre governador, o seu trajeto, enfeitiçado pelo cigano Aluízio. Walfredo, além do carisma próprio, do altivo porte, irradiava uma simpatia mística até aos seus adversários políticos. Monsenhor era humano, adepto da caipirinha, do vício do cigarro e sofredor do Alecrim. No expediente palaciano era tão pontual quanto na missa. A sua conduta na vida pública do Rio Grande do Norte, sem dúvida,  me faz acreditar que foi uma vida em linha reta.
Nasceu politicamente no velho PSD, lá do sertão do Seridó. Autêntico fibra-longa, das vazantes do ltans. Deputado federal, vice-governador, senador, governador do Rio Grande do Norte. Mandatos históricos, misteriosos, tanto quanto os mistérios da fé. E como eram místicos, mágicos, os padres conservadores sem as neuroses e as banalidades dos padrecos comunistas de hoje!! Soube, muito tempo depois, o quanto Walfredo sofreu no período da caça aos bruxos. Quanto lhe custou o sacrifício de não delatar. Indigitar, acusar! A célebre conversa com Costa e Silva e a resistência espartana e cristã, que ainda faz lembrar os primeiros cristãos imolados na arena romana. Por tudo isso, o monsenhor vive. Passarão os anos e alguns políticos, mas as suas virtudes não passarão.
Não fui dele apóstolo, seguidor e nem ao menos ouvi o galo cantar três vezes. Sou, apenas, um 13º apóstolo, que sobreviveu do seu sermão, para que pudesse dizer, muito tempo depois, que vi um homem puramente cristão, um padre verdadeiramente político e um cidadão acima de qualquer suspeita. Deus foi quem mandou.
A homenagem que lhe presto tem o condão de resgatá-lo. Vindo ao mundo em 1908, ele se tornou um símbolo no dizer do seu biógrafo, o memorável Bianor Medeiros. No seu livro publicado pelo Senado Federal, relatou o testemunho do então senador Dinarte Mariz, que assim se expressou: “É injusto atribuir-se improbidade ao saudoso monsenhor Walfredo Gurgel, que de 1966 a 1971, governou o Rio Grande do Norte. Fui seu adversário, sou insuspeito para julgar sua memória: ninguém foi pessoalmente, mais probo e mais honesto”. Muitos deporam sobre ele. Nesse ensejo convêm despertar a classe política, a igreja, a cultura e a educação para saudá-lo e reviver o brilho de sua humildade cristã. O monsenhor merece mais. Foi discreto, humilde, ao ponto de perenizar os caminhos que trilhou nos deixando um legado de ações e obras em prol do bem comum.
Dele, dentre tantos que já divulguei, relembro duas histórias do folclore político:
01) Parelhas, ano da graça de 1967. Manoel Virgílio do Nascimento, seridoense, 80 anos, reencontra-se com o conterrâneo e amigo monsenhor Walfredo Gurgel, governador do estado. Havia muito tempo que não se avistavam. Alegria, abraços e as perguntas inevitáveis do padre: “Manoel, que prazer! E esses meninos, são seus netos?”. “Não, governador, são meus filhos”, responde o velho sem perder o prumo. “Mas, seus filhos, você já com essa idade?”. “Pois é, governador, o segredo é treinar sempre”, fechou o firo da conversa o seridoense de fibra longa.
02) Certa vez, numa reunião do secretariado, o monsenhor convidou a todos para a festa de Nossa Senhora de Santana na sua Caicó. Todos assentiram, inclusive, o general Ulisses Cavalcante, secretário de segurança que era radicalmente contra a exploração dos chamados “jogos de azar”, tão comum nas festas paroquiais e profanas do interior. “Vou governador, mas chagando lá não deixarei de agir e fechar todo o tipo de jogo!”. Lembrando-se dos seus correligionários que bancavam o joguinho, o monsenhor não esperou pra depois: “Ô Ulisses, sendo assim você está desconvidado, porque lá quem manda sou eu. Festa sem esses divertimentos não presta. É a tradição!”. E Ulisses não foi.

(*) Esritor

quinta-feira, 20 de abril de 2017

H O J E


EM DIA COM A ACADEMIA Nº 43 DE 6/4/2017
“Ad  Lucem Versus – Rumo à Luz”
Cuidando da Memória Acadêmica

ABRIL - AGENDA




20 de abril 2017(quinta-feira) 18h30

Convite
“ Prezados,  Estarei lançando a narrativa RASTEJO    no próximo dia 20, na Academia Norte-rio-grandense de Letras e será um honra encontrar, nesse dia, os confrades.     Cordialmente



                    Humberto   Hermenegildo  de Araújo

quarta-feira, 19 de abril de 2017


ANDAR SOBRE AS ÁGUAS

Ensinai-me, Senhor, a andar sobre as águas
a manter os pés enxutos
e livres do frio suor dos presságios

Aprendi a lição de Pedro
quando na clara manhã me chamastes
e aceitei vosso convite

Que eu não proceda pois como o santo
cuja dúvida foi maior que a fé
ou como o convidado de pedra
cujo corpo é maior que o espírito   

Ensinai-me o segredo
da graça original
anterior a nossos erros
e à sequência metamórfica das ilusões
que nos tornaram nus e perdidos

E sobre as regiões abissais
livre como criança num parque
eu possa caminhar
sem nada temer

                                               (HORÁCIO PAIVA)






O professor, médico e escritor Daladier Pessoa Cunha Lima, nascido em Nova Cruz, é o mais novo membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), eleito, com 31 votos (unanimidade) na Assembleia Geral Extraordinária do dia 18 passado, na ANRL.
Daladier foi Reitor da UFRN e hoje é Reitor do UNI-RN 
 Como médico, foi contemporâneo do professor Onofre Lopes, primeiro reitor da UFRN.

PARABÉNS AO NOVO IMORTAL

terça-feira, 18 de abril de 2017

H O J E




EM DIA COM A ACADEMIA Nº 43 DE 6/4/2017
“Ad  Lucem Versus – Rumo à Luz”
Cuidando da Memória Acadêmica

29/04

ELEIÇÃO CADEIRA 3
Informarmos que a Eleição ocorrerá no dia 18 de abril 2017( terça-feira) na Sede da ANRL,  Rua Mipibu 443- Petrópolis, ( 17h)

                  Patrono  Conselheiro Brito Guerra, Fundador Professor Otto de Brito Guerra,  Sucessor 1,  José de Anchieta Ferreira da Silva  seu último ocupante.

CANDIDATOS (até presente data- inscrição de 14/2/217 a 14/4/2017)
Candidato 1: DALADIER PESSOA CUNHA LIMA
Candidato 2:  MARIA JANDIR CANDÉAS
 Candidato 3: NAIDE MARIA SARAIVA DE GOUVEIA
 
 

 
Acadêmica  Leide Câmara
Secretária Geral
Fone  9.9982-2438

A ANRL CONVIDA


COTIDIANO



   O bar e o avarento
 BERILO DE CASTRO, médico e escritor

      Não existe coisa mais desagradável que participar e compartilhar em mesa de bar com pessoas avarentas.
      Nãé difícil. Sempre estão presentes e são bastante participativos nas discussões e muito afirmativos em suas posições.
       Costumam acompanhar todos os pedidos e identificar muito bem aqueles que bebem um bom uísque, os que só tomam cervejas, os que só tomam ron montila, enfim, são verdadeiros ativos vigilantes da esbórnia.
       Quando se atrevem (muito raramente), a pedir alguns petiscos, procuram logo saber o preço e, com certeza pedem para dividir o pagamento com alguém. Devoram tudo muito rápido e só pagam a sua porção: meio prato, um terço e, por aí caminham, se deleitam e se embriagam de felicidades.
       Uma certa passagem, com um notável sovina na mesa, que só bebia cerveja (seu doce predileto), vendo que estava muito difícil controlar e dividir a conta no final e, se achando lesado porque bebia devagar em relação aos companheiros esponjas, resolveu mesmo sem gostar, mudar para o ron  montila, só assim, tinha como facilmente contar as suas doses e pagá-las separadamente. A mudança surtiu  efeito e rendeu muita satisfação com a economia obtida, apesar da forte azia (gastrite) adquirida. 
       Uma outra vez, estava eu, em uma tarde noite, em uma boa roda de conversa em um bar/restaurante, em companhia de um outro mesquinho, quando o garçom passou com um pratinho recheado de cheirosos e apetitosos bolinhos de bacalhau. O mão fechada chamou o garçom e pediu um pratinho de bolinhos. O pedido foi feito e em pouco tempo chegaram os deliciosos  bolinhos, com  uma configuração bem ornamentada e muito apreciável e distribuída  no prato: muito alface, tomate em rodelas e mais algumas outras folhas verdes. Vendo aquela beleza colorida de prato, o cliente mesquinho espantado e desconfiado exclamou:     
   - Me, me diga uma coisa, essa boniteza, esse enfeite, todo essas folhas verdes, nãé para aumentar o preço do prato, é? Se for, pode tirar tudo e trazer só os bolinhos no prato limpinho! O garçom espantado e surpreso respondeu: Não, não  senhor!  Pode ficar tranquilo, não vai ter nenhum acréscimo.
       Sendo assim, pode, pode, deixar na mesa!

       E assim, caminham os avarentos da vida: felizes e realizados.
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Crédito  do desenho:
https://anystuff.wordpress.com/2007/06/27/os-simpsons/




A Ressurreição
de Cristo,
Vitória sobre a morte
Bispo Alexander (Mileant).
Traduzido por Olga Dandolo

 

 


Introdução
Ressurreição de Cristo - fundamento da nossa fé. É a primeira, a mais importante Verdade maior. Com a proclamação da Ressurreição de Jesus Cristo, os Apóstolos iniciavam seus sermões. Assim como com a morte de Cristo na Cruz foi realizada a purificação dos nossos pecados, também com a Sua Ressurreição nos foi dada a vida eterna. É por isso que para as pessoas de fé a Ressurreição de Cristo é a fonte da alegria constante, incessante júbilo, alcançando seu cume na festa da Santa Páscoa Cristã.
Nesta brochura relataremos como sucedeu a Ressurreição de Jesus Cristo, mostraremos a relação entre a Páscoa Cristã e páscoa dos hebreus do Antigo Testamento; citaremos as profecias do Antigo Testamento a respeito da Ressurreição do Salvador, contaremos o sentido (significado) da ressurreição de Cristo para nossa vida e a vida de toda humanidade. No final mostraremos os principais momentos do Ofício Divino e cânones de Páscoa.

Acontecimentos da Ressurreição
Provavelmente não existe uma única pessoa no mundo que não tenha ouvido falar a respeito da morte e Ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, naquele tempo, quando os fatos de sua morte e Ressurreição foram tão amplamente conhecidos, sua essência espiritual e seu sentido interior surgem como mistério da sabedoria de Deus, justiça e Seu amor infinito. Os maiores cérebros humanos, com impotência inclinavam-se perante esse mistério inconcebível da salvação. Não obstante, os frutos espirituais da morte e Ressurreição do Salvador são acessíveis à nossa fé e sensíveis ao coração. E graças à capacidade que nos foi dada de percebermos a luz espiritual da verdade Divina, somos convictos de que o Filho Encarnado de Deus em verdade morreu voluntariamente na Cruz para a purificação dos nossos pecados e ressuscitou para nos dar a vida eterna. Sobre esta convicção está baseada toda nossa concepção religiosa.
Agora, resumindo, vamos nos recordar dos principais acontecimentos ligados à Ressurreição do Salvador. Conforme narram os evangelistas, Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz na Sexta-feira, perto das 3 horas após o almoço, na véspera da páscoa hebraica. Naquela mesma noite, José de Arimatéia, um homem rico e honrado, juntamente com Nicodemus tiraram o corpo de Cristo da Cruz, ungiram-No com substâncias aromáticas, envolveram com linho (Sudário), conforme as tradições judaicas e sepultaram numa gruta de pedra. Essa gruta foi cortada por José para seu próprio sepultamento, mas por amor a Jesus cedeu-a. A referida gruta encontra-se no jardim de José, perto de Golgotá, onde Cristo foi crucificado. José e Nicodemus eram membros de Sanedrion (a corte suprema judaica) e ao mesmo tempo eram discípulos secretos de Cristo. A entrada da gruta, onde eles sepultaram o corpo de Jesus, foi fechada com uma enorme pedra. O sepultamento foi feito rapidamente e não conforme as leis, pois nessa noite iniciava-se a celebração da páscoa hebraica.
A despeito da celebração no Sábado de manhã, os sacerdotes e escrivães foram até Pilatos e pediram sua autorização para colocar soldados romanos para guardarem o túmulo. Foi colocado um lacre na pedra que fechava a entrada do sepulcro. Tudo isto foi feito como precaução, pois eles se lembraram das predições de Jesus Cristo, que Ele ressuscitaria no terceiro dia de sua morte.
Onde esteve o Senhor e Sua alma após Sua morte? Conforme a crença da Igreja, Ele desceu ao inferno junto com Seu sermão salvador e retirou de lá aqueles que acreditavam Nele (1 Ped. 3:19).
No terceiro dia após Sua morte, no Domingo, de manhã cedo, quando ainda estava escuro e os guardas se encontravam em seu posto na sepultura lacrada, o Senhor Jesus Cristo Ressuscitou dos mortos. O mistério da Ressurreição, assim como o mistério da encarnação, - são inconcebíveis. Com a frágil mente humana, nós entendemos esse acontecimento da seguinte maneira: que no momento da Ressurreição a alma do Filho de Deus voltou ao Seu corpo, e em conseqüência o corpo reviveu e ficou imortal, vivificado e espiritualizado. Depois disto, o Cristo ressuscitado deixou a caverna sem derrubar a pedra e sem violar o lacre. Os guardas não viram o que aconteceu na caverna, e após a Ressurreição de Cristo continuavam vigiando o túmulo vazio. Em seguida aconteceu um terremoto, e então um Anjo de Deus desceu do céu, afastou a pedra da entrada do túmulo e sentou-se sobre ela. Ele tinha a aparência de um raio e sua roupa era alva como a neve. Os guardas, assustados com o Anjo, fugiram.
Nem as esposas dos produtores de mirra, nem os discípulos de Cristo, sabiam de nada do acontecido. Como o sepultamento de Cristo foi feito rapidamente, as esposas dos produtores de mirra combinaram que iriam ao túmulo no dia seguinte ao dos festejos da páscoa hebraica, ou seja, no Domingo, e terminariam a unção do corpo do Salvador com aromas e bálsamos. Elas inclusive não tinham conhecimento dos guardas romanos nem do selo. Quando a aurora começava a surgir, Maria Madalena, "outra" Maria, Salomé e algumas outras mulheres honradas foram até o túmulo levando a mirra perfumada. Pelo caminho, elas refletiam perplexas: "Quem irá retirar a pedra do túmulo?" - pois, conforme explica o Evangelho, a pedra era imensa. A primeira que se aproximou do sepulcro foi Maria Madalena. Vendo a sepultura vazia, ela correu para trás até aos discípulos Pedro e João e contou-lhes a respeito do desaparecimento do corpo do Mestre. Um pouco mais tarde chegaram ao túmulo outras portadoras de mirra. Elas viram um jovem vestido de branco sentado do lado direito do túmulo, o qual lhes disse: "Não se assustem, posto que sei que vocês procuram pelo Cristo crucificado. Ele Ressuscitou. Andem e digam aos discípulos Dele que eles O verão na Galiléia." Emocionadas com a notícia inesperada, elas apressaram-se para ir ter com os discípulos.
Entretanto os Apóstolos Pedro e João, tendo ouvido de Maria sobre o acontecido, vieram correndo à caverna: Porém, tendo encontrado ali apenas a mortalha e o tecido o qual estava na cabeça dé Jesus, voltaram perplexos para casa. Depois disso Maria Madalena voltou ao local do sepultamento de Cristo e começou a chorar. Nesse momento ela viu na sepultura dois Anjos vestidos de branco, os quais estavam sentados - um à cabeceira, outro aos pés, de onde estivere deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram-lhe: "Por que você está chorando?." Após ter respondido aos Anjos, Maria voltou-se e viu Jesus Cristo, mas não o reconheceu. Pensando que se tratava de um jardineiro, ela perguntou: "Meu senhor, se você O retirou (Jesus Cristo) então diga onde O colocou e eu O pegarei." Então, o Senhor disse para ela: "Maria!." Ao ouvir a voz conhecida e tendo se voltado para Ele, ela reconheceu a Cristo e gritou: "Mestre" e jogou-se a Seus pés. Mas o Senhor não permitiu que ela O tocasse, mas ordenou que fosse ter com os discípulos e lhes contasse sobre o milagre da Ressurreição.
Nessa mesma manhã os guardas chegaram até aos sumo-sacerdotes e lhes relataram a respeito da aparição do Anjo e da sepultura vazia. Essa notícia deixou as autoridades judaicas muito agitadas: Cumpriram-se seus pressentimentos inquietantes. Agora para eles antes de mais nada, era necessário preocupar-se para que o povo não acreditasse na Ressurreição de Cristo. Tendo reunido o conselho, eles deram muito dinheiro aos soldados ordenando que propagassem e espalhassem o rumor dizendo que os discípulos de Jesus à noite, na hora em que os guardas dormiam, roubaram Seu corpo. Assim fizeram todos os guardas, e o boato sobre o roubo do corpo do Salvador se manteve por longo tempo entre o povo, e até hoje é chamado o dicha mentira.
No primeiro dia de Sua Ressurreição, o Senhor apareceu algumas vezes aos seus discípulos, os quais se escondiam individualmente ou em pequenos grupos em diversos lugares de Jerusalém. De acordo com as tradições da Igreja, Cristo primeiramente apareceu à Sua Mãe e com isto consolou Sua aflição materna. Depois, o Senhor apareceu às outras esposas dos feitores de mirra, lhes dizendo: "Alegrem-se!" Elas, por sua vez, se apressaram em dividir esta alegria com outros Apóstolos. Nesse mesmo dia o Senhor apareceu ainda para o Apóstolo Pedro e a dois discípulos - Lucas e Cléofas que estavam a caminho de Emaús. À noite Ele apareceu para todos os Apóstolos, os quais estavam reunidos para condenar os boatos sobre Sua Ressurreição. Com medo dos judeus, eles se trancaram em uma das casas de Jerusalém (pela tradição na sala onde aconteceu a Santa Ceia e onde sete semanas após a Páscoa o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos).
Depois de uma semana, o Senhor novamente apareceu aos Apóstolos, incluindo Tomé, o qual estava ausente na primeira aparição do Salvador. Para dispersar as dúvidas de Tomé a respeito de Sua Ressurreição, o Senhor permitiu que ele tocasse Suas chagas, e Tomé, agora convencido, caiu aos Seus pés, exclamando: "Meu Senhor e meu Deus!" Conforme narram os evangelistas, durante o período de quarenta dias após Sua Ressurreição, o Senhor ainda apareceu algumas vezes aos Apóstolos, conversou com eles e dava-lhes as últimas instruções. Um pouco antes da Sua Ascensão o Senhor apareceu para mais de cinqüenta crentes.
No quadragésimo dia após Sua Ressurreição o Senhor Jesus Cristo, na presença dos Apóstolos subiu aos céus e desde então Ele está sentado à "direita" de Seu pai. Os Apóstolos, encorajados com a Ressurreição do Salvador e Sua gloriosa Ascensão, voltaram à Jerusalém para aguardar a descida do Espírito Santo sobre eles, conforme lhes prometeu o Senhor.
Conexão entre a páscoa do Antigo Testamento
e a Páscoa do Novo Testamento
Conforme sabemos, o tempo antigo era um período de preparação do povo hebreu para o advento do Messias. Por esta razão, alguns acontecimentos na vida do povo hebreu e especialmente as profecias dos profetas, referiam-se à vinda de Jesus Cristo e a chegada do Novo Testamento. O Antigo Testamento, através das palavras do Santo Apóstolo Paulo era o portador da criança para Cristo e "sombra de futuras bênçãos" (Gal. 3:24; Heb. 10:1).
A ocorrência mais significativa na história do povo Judeu foi a libertação da escravidão egípcia nos tempos do profeta Moisés, a 1.500 anos antes de Cristo. Esta libertação passou a ser comemorada como a festa nacional da páscoa dos judeus, juntamente com outros acontecimentos, em conexão com a libertação do Egito: a morte, pelo Anjo, dos primogênitos egípcios e a graça das crianças judias em cujas casas eram feitos sinais de sangue do cordeiro de páscoa (daí a palavra "Páscoa" - "passar perto;") o milagre da passagem pelo Mar Vermelho e aniquilaço das tropas egípcias que perseguiam os israelitas; e então o recebimento da Lei (os Dez Mandamentos) no monte Sinai, pelo povo judeu. Foi quando o povo hebreu passou a ser considerado como o povo de Deus. Desde aquele tempo, os judeus festejando a páscoa e seguindo os costumes dos seus antepassados, com orações e cerimônias simbólicas fazem oferendas, mas eles fazem com o cordeiro pascal.
Na a coincidência significativa da morte e Ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo com os festejos da páscoa dos hebreus, é preciso notar a indicação de Deus na ligação interior profunda entre estes dois acontecimentos, a respeito dos quais o Santo Apóstolo Paulo escreve detalhadamente em sua epístola aos Hebreus. Confrontaremos a seguir os acontecimentos paralelos das duas Páscoas.
Páscoa do Antigo Testamento

Páscoa do Novo Testamento
O empenho do cordeiro sem defeito de Páscoa a salvação dos primogênitos israelitas com o sangue dele (Gen. 12).
A passagem milagrosa dos israelitas no Mar Vermelho e a salvação da escravidão egípcia (Exo.14:22).
A legislação no Monte Sinai no 50o dia após a saída do Egito e a conclusão da aliança com Deus (Exo. 19).

O saborear milagroso do maná enviado pôr Deus (Exo. 16:14).
A peregrinação de 40 anos pelo deserto e as diversas provações, as quais reforçaram nos israelitas a fé em Deus. A colocação da serpente de bronze. O hebreu que a olhasse era salvo de ser mordido pôr serpentes venenosas (Num. 21:9).

A entrada dos hebreus na terra prometida por nova Ter- seus pais.

A crucificação do Cordeiro de Deus, por Cujo Sangue os primogênitos do Novo Testamento (cristãos) são salvos (1 Ped. 1:19).

O batismo na água e a salvação do domínio do demônio (1 Cor. 10:1-2; veja também em Romanos o 6o e 7o capítulos).

A vinda do Céu do Espírito Santo sobre os Apóstolos no 50o dia após a Páscoa e a instituição do Novo Testamento (Ato. 2).

O saborear do pão Celestial - Corpo e Sangue de Cristo na Liturgia (Joã. 6o capítulo).

Provações e dificuldades da vida que cada cristão tem de suportar. Livramento e salvação do remordimento da serpente espiritual, demônio, através da força da Cruz (Joa. 3:14).


A promessa de novos céus e uma nova Terra, onde habitará a verdade (2 Ped. 3:13).
Nós podemos ver nestas comparações de acontecimentos pascais que os da páscoa do Antigo Testamento anteciparam as grandes mudanças espirituais as quais seriam concretizadas na vida dos homens após a Ressurreição do nosso Salvador. Eis porque os Apóstolos, comemorando a Páscoa do Novo Testamento afirmavam: "Nossa Páscoa - Cristo, foi sacrificado por nós!" (1 Cor.5:7).

Profecias a respeito da
Ressurreição de Cristo
Muitos profetas do Antigo Testamento se pronunciam a respeito da Ressurreição do Messias. Dentre eles, deve-se destacar aqueles que profetizavam que o Messias seria não somente um homem, mas também Deus e por conseguinte, será imortal por Sua divina natureza. Vejamos, por exemplo: Salmos: 2, 44 e 109; Gen. 9:6; Jer.23:5; Miq. 5:2; Mal. 3:1. Também profecias a respeito do Reino Eterno foram feitas, por exemplo: Gen. 49:10; 2 Sam 7:13; Salm 131:11; Ezeq 7; Dan 7:13; pois, o Eterno Reino espiritual se supõe ao Rei imortal.
Entre as profecias corretas sobre a Ressurreição de Cristo, a mais clara vem a ser a de Isaias, 700 anos antes de Cristo, que ocupa todo o capítulo 53 de seu livro. O profeta Isaias, o qual escrevendo o sofrimento de Cristo com tantos detalhes, como se estivesse presente aos pés da Cruz, termina sua narração com as seguintes palavras:

"A Ele foi destinado o túmulo com os malfeitores, mas Ele foi sepultado num túmulo de alguém rico, pois não cometeu pecado, e não havia mentira em seus olhos. Mas Deus achou apropriado entregá-lo ao sofrimento. Porém quando Sua alma trouxer o sacrifício da conciliação, Ele verá eterna a futura geração. E a vontade de Deus será cumprida pela mão Dele com êxito. Na proeza de Sua alma Ele vai olhar com benevolência. Através de Seu conhecimento, Ele, o Justo, Meu Servo, absolve a muitos e levará seus pecados sobre Sí. Por isso Eu Lhe darei parte entre os grandes e Ele irá dividir o prêmio com os fortes."

As palavras finais desta profecia falam diretamente que o Messias, após Seus sofrimentos de salvação e morte, Ressuscitará e será glorificado pelo Deus Pai.
A respeito da Ressurreição de Cristo, o rei Daví também fez profecias no salmo 15, em nome de Cristo, onde diz: "Ponho sempre o Senhor diante dos olhos; pois que Ele está à minha direita, não vacilarei. Por isso Meu coração se alegra e Minha alma exulta. Até Meu corpo descansará seguro. Porque Tu não abandonarás Minha alma na habitação dos mortos, nem permitirás que Teu Santo conheça a corrupção. Tu Me ensinarás o caminho da vida; há abundância de alegria junto de Tí e delícias eternas à Tua direita" (Salm 15:8-11. Veja também Ato 2:25 e 13:35).
Desta maneira, os profetas estabeleceram ao seu povo o fundamento da fé concernente a chegada e Ressurreição do Messias. Eis porque os Apóstolos propagavam com tanto sucesso a fé na ressurreição de Cristo, entre o povo hebreu, a despeito dos obstáculos colocados pelos chefes religiosos da nação hebraica.

Os Frutos Espirituais
Da Ressurreição De Cristo
"Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão" (1 Cor. 15:22). Estas palavras apostólicas dizem não apenas sobre a ressurreição física das pessoas, mas em primeiro lugar, sobre o renascimento da alma. Assim como a morte se dá de duas maneiras - espiritual e física, assim também é a ressurreição - espiritual e física. A morte de Adão, como resultado de prejuízo moral, passou para todas as pessoas. A Ressurreição de Cristo apareceu como o início de nossa ressurreição espiritual, o despertar da tendência espiritual dentro de nós, e também o renascimento moral. Com referência a esta ressurreição espiritual dos crentes, Deus disse: "Vem a hora, e já está aí, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão" (Joã 5:25).
Em vista disto, na iminência da ressurreição de todos os mortos, deve-se diferenciar a ressurreição temporária daqueles mortos os quais o Senhor Jesus Cristo e Seus discípulos ressuscitavam, conforme o Evangelho e os Livros dos Apóstolos. Por exemplo: a ressurreição da filha de Náira, do filho da viúva de Nain e de Lázaro, o qual já estava no caixão há quatro dias, e outros. Aquelas eram as ressuscitações temporárias tanto que, após um determinado tempo os ressuscitados novamente morreram, assim como todas as pessoas. Porém, a ressurreição universal dos mortos será eterna na qual as almas das pessoas se unirão para sempre com seus corpos. - Diante da ressurreição universal, as pessoas justas e corretas se erguerão transformadas, inspiradas e imortais. O primeiro ressuscitado com este corpo renovado e inspirado foi o Senhor Jesus Cristo, a quem o Apóstolo chama de "Primícia dos que morreram" (1 Cor. 15:20). Então, no Reino de Seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça (Mat. 13:43).
A festa da Páscoa cristã é celebrada pelos cristãos ortodoxos com imensa alegria porque eles, nos dias da Páscoa, mais do que em outras épocas, sentem a força do renascimento da Ressurreição de Cristo - cuja força destitui o domínio das trevas, libertou as almas do inferno, abriu as portas para o Paraíso, venceu os laços da morte, derramou vida e luz nas almas dos crentes. É admirável ainda, que a alegria da Páscoa se dissemina para uma quantidade tão grande de pessoas - não apenas nos que crêem profundamente mas também naqueles mais afastados de Deus. Na Páscoa o mundo todo, e parece que até a natureza sem alma, se alegram pela vitória da vida perante a morte.

Ofícios De Páscoa
Não existe missa mais iluminada e radiante do que a da Páscoa Ortodoxa. A missa da Páscoa inicia-se com a procissão ao redor da Igreja, com velas acesas nas mãos de todos os fiéis e com o cântico: "Tua Ressurreição, Ó Cristo Salvador; Os Anjos cantam nos Céus: e Concede a nós na terra Te glorificar com o coração puro." Essa procissão relembra o cortejo das mulheres que foram ao túmulo do Salvador, pela manhã bem cedinho para ungir com mirra Seu Corpo Sagrado. Tendo contornado a Igreja, a procissão detêm-se diante das portas principais fechadas e o sacerdote inicia as Matinais exclamando: "Salve Santíssima, consubstancial criadora da vida e indivisível Trindade...." Em seguida, todos os sacerdotes e diáconos (como o anjo que anunciou a Ressurreição de Cristo), cantam por três vezes: "Cristo ressuscitou dos mortos, repara a morte com a morte, e àqueles que estão no túmulo a vida é dada." O canto dos sacerdotes é seguido pelo côro. Então, o sacerdote mais velho proclama as palavras proféticas do salmo: "Que Deus ressuscite e disperse Seus inimigos." As palavras finais de cada verso são seguidas pelo canto alegre do côro "Cristo ressuscitou." Em seguida os sacerdotes e diáconos repetem o início do troparion: Cristo ressuscitou dos mortos, repara a morte com a morte, e o côro termina: "e àqueles que estão no túmulo a vida é dada. Nesse instante as portas da Igreja são abertas, todos entram e inicia-se a grandiosa ladainha (pequenos pedidos) com o cântico: "Senhor, tem piedade"; em seguida canta-se os cânones de Páscoa: é "dia da Ressurreição," composto por São João de Damascus.
Durante esses cânticos, os sacerdotes repetidamente incensam o templo inteiro e fazem saudação aos fiéis com as palavras: "Cristo ressuscitou!," à qual todos respondem com vigor: Em verdade ressuscitou." Ao final da Matinal é lido o sermão inspirador de São João Chrisóstomo, o qual inicia-se com as palavras: "Quem quer que seja devoto..."
As habituais "Horas" não são lidas; elas são substituídas por cânticos de hinos de Páscoa. A Liturgia inicia-se logo após a "Zaútrinia." Em lugar dos Salmos habituais, são cantados antífonas especiais (pequenas preces com versos); em lugar do cântico da Trindade, é cantado "Tantos quantos foram batizados em Cristo. O Evangelho lido é a respeito do nascimento imortal do Filho de Deus de Deus Pai e da Divindade de Jesus Cristo, Verbo de Deus (Joã. 1:1-17), o qual Ele provou através de Sua Gloriosa Ressurreição. Quando são vários sacerdotes que estão presente no ofício, o Evangelho é lido em vários idiomas; isto significa que os Apóstolos pregavam a várias nações a respeito da Ressurreição, em seu idioma nativo.
Em lugar do cântico usual glorificando a Virgem Maria, é cantado:
"O Anjo proclamava à Abençoada: Virgem, Pura, alegra-Te! E novamente eu digo: Alegra-Te! Teu Filho ergueu-se do túmulo no terceiro dia após a morte e ressuscitou os mortos: povo, alegre-se!"
Seja glorificada, seja glorificada, Nova Jerusalém (Igreja de Cristo), pois sobre você brilhou a Glória de Deus: celebra e festeja Sion (Igreja de Cristo)! E Tu, Pura, alegra-Te com a Ressurreição dAquele que nasceu de Tí!
Após, é feita a consagração do "Artos" (Pão bento). Este é um Pão especial, onde é representada a Ressurreição de Cristo. No seguimento do ofício o "Artos" é partido em pedaços e distribuído entre os crentes em memória à aparição do Cristo ressuscitado aos Apóstolos Lucas e Cleópas (os quais O reconheceram após Ele Ter partido o pão). No primeiro dia da Santa Páscoa são benzidos ovos, queijo e manteiga, e também panetones, com os quais os crentes terminam com o jejum. No dia da Santa Páscoa, os cristãos ortodoxos se cumprimentam entre sí com beijo fraterno com as palavras: "Cristo ressuscitou" e fazem troca de ovos vermelhos, os quais simboliza a Ressurreição. Durante todos os dias da Semana da Páscoa, as portas do Altar permanecem abertas como sinal de que a Ressurreição de Cristo abriu a todas pessoas a entrada para o Céu. Começando com o primeiro dia da Santa Páscoa até a Vesperal da Santíssima Trindade (durante 50 dias) não se deve fazer reverências ou saudações até o chão.

Cânone de Páscoa
1o cântico
Eirmos: É o dia da Ressurreição! Fiquemos radiantes, homens! Páscoa! A Páscoa de Deus! Pois Cristo nosso Deus nos trouxe da morte para a vida e da terra para o Céu, enquanto cantamos hinos de triunfo!
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos (antes de cada troparion).
Purifiquemos nossos sentimentos e veremos Cristo, iluminado pela luz inacessível da Ressurreição, e ouviremos claramente Dele: "Alegrem-se!" enquanto cantamos hinos de triunfo.
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Os Céus dignamente se alegrarão, o universo estará feliz, e o mundo inteiro, visível e invisível, estará em festa, pois Cristo, nossa eterna felicidade, se ergueu - alegria eterna!
3o cântico
Eirmos: Venham, bebamos da nova bebida, que não brotou milagrosamente de uma pedra árida, mas da fonte incorruptível - o Túmulo de Cristo, em Quem nos sustentamos (Exo. 17:6).
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Agora tudo encheu-se de luz - o céu e a terra, e lugares mais ocultos; que toda criação celebre a Ressurreição de Cristo, na Qual nos afirmamos.
Ontem eu fui sepultado conTigo, Oh Cristo, e hoje eu me ergo conTigo ressuscitado; ontem eu fui crucificado conTigo. Glorifica-me. Oh Salvador, em Teu Reino (Rom. 6:3-4).
4o cântico
Eirmos: Possa o divino profeta Habacuc colocar-se conosco em guarda e nos mostrar o Anjo iluminado dizendo claramente: hoje a salvação veio ao mundo, pois Cristo ressuscitou como Onipotente (Hab. 2:1, Is. 9:6).
Refrão: Cristo Ressuscitou dos mortos.
Nossa Páscoa - Cristo se revelou como do sexo masculino, como filho do ventre da Virgem. Ele é chamado de Cordeiro - como oferenda para alimento - como Purificador do mal e como Deus verdadeiro - proclamado perfeito (Exo. 12:5).
Cristo, nossa Corôa abençoada - como um cordeiro novo, voluntariamente Se sacrificou por todos na Páscoa purificadora, e novamente resplandeceu, Sol magnífico da verdade.
Davi, o antepassado de nosso Divino Deus, dançava com todas as suas forças diante da Arca do Senhor; e nós, povo abençoado de Deus, vendo a execução dos protótipos, nos alegremos divinamente, pois Cristo ressuscitou, como Onipotente! (2 Sam. 6:14).
5o cântico
Eirmos: Vamos nos erguer no profundo amanhecer e em lugar da mirra, oferecer um hino ao Senhor, e veremos a Cristo - Sol da verdade, instrutor da vida para todos.
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Tendo visto a Sua infinita misericórdia, Oh Cristo, aqueles mantidos nas cadeias do inferno, alegremente apressaram-se para a luz, glorificando a Páscoa eterna!
Com lanternas nas mãos, vamos ao encontro de Cristo, saído do túmulo como um noivo, e com fileira de Anjos celebrando, celebremos a Páscoa do Deus da Salvação.
6o cântico
Eirmos: Tu desceste, Oh Cristo, às profundezas ocultas da terra e destruíste as eternas barreiras que mantinham os prisioneiros cativos, e no terceiro dia, tal qual Jonas saiu do ventre da baleia, saíste do túmulo (Jon. 2:11).
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Tendo mantido o lacre da Virgem intacto com Teu nascimento, Oh! Cristo, Tu Te ergueste do túmulo sem violar o lacre, e nos abriste as portas do Paraíso.
Oh, meu Salvador, como Deus, Sacrifício indestrutível! Voluntariamente Se oferecendo ao Pai, Tu, Te ergueste do túmulo, ressuscitaste junto a Adão.
Kondaquion
Não obstante que Tu desceste ao túmulo, Oh Imortal, entretanto Tu exterminaste o povo do inferno, e Te elevaste novamente como vencedor, Oh, Cristo, nosso Senhor, dizendo às mulheres que portavam a mirra: alegrem-se! E dando paz aos Seus Apóstolos, e oferecendo Ressurreição aos arruinados.
Ikos: As portadoras de mirra solteiras que anteciparam a aurora e buscaram, como aqueles que procuram o dia, seu Sol, Aquele que era antes do sol e que uma vez esteve no túmulo. E elas gritaram reciprocamente: Amigos, venham, vamos ungir com aromas Seu Corpo Vivificante e sepultado - a Carne Que ergueu Adão, e Que agora está no túmulo. Vamos, apressemo-nos, vamos venerar; e vamos levar a mirra como um presente a Ele, que está enrolado, mas ainda não enfaixado, e sim na mortalha (sudário). E vamos chorar e clamar: Levanta-Te, Oh! Senhor, Que ofereceu a Ressurreição aos caídos.
Tendo contemplado a Ressurreição de Cristo, vamos adorar o Sagrado Senhor Jesus, o único Impecável. Nós veneramos Tua Cruz, Oh! Cristo, e Sua Santíssima Ressurreição nós louvamos e glorificamos; por Tua habilidade, nosso Deus, só conhecemos a Tí; nós chamamos por Teu nome. Oh, venham, todos fiéis, vamos venerar.
Sagrada Ressurreição de Cristo. Através da Cruz, a alegria chegou para o mundo todo. Eterno louvor ao Senhor, vamos glorificar Sua Ressurreição. Pela Cruz, Ele destruiu a morte pela morte. (repetir 3 vezes).
Jesus, tendo se erguido do túmulo, conforme Ele profetizou, nos deu a vida eterna e grande misericórdia. (repetir 3 vezes).
7o cântico
Eirmos: Ele, Que salvou as crianças da fornalha, se fez homem, sofreu, como um mortal, e através do Seu sofrimento, vestiu a mortalidade com a graça da imortalidade. O único Deus dos homens, Abençoado e Glorioso.
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
As mulheres sábias e devotas Te seguiam com a mirra; mas Aquele que elas procuravam com lágrimas como morto, elas reverenciaram com alegria, como ao Deus vivo, e contaram aos Teus discípulos, Oh! Cristo, as boas notícias da Páscoa mística.
Nós celebramos a mortificação da morte, a destruição do inferno, o início de outra vida, a vida eterna e saltamos de alegria e glorificamos o Responsável por tudo, o único Deus dos homens, Abençoado e Glorioso (Ose. 13:14).
Pela verdade a santíssima e supremas festa é esta noite de salvação radiante de Luz, o prenúncio do dia brilhante da Ressurreição, na qual a Luz Eterna brilhou do Túmulo materialmente, para todos.
8o cântico
Eirmos: Este é o Dia escolhido, o único, o primeiro dos sábados - a festa das festas e o triunfo dos triunfos; neste dia bendizemos Cristo para sempre!
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Vinde ao dia glorificado da Ressurreição, compartilhemos do fruto do novo vinho, divina felicidade, Reino de Cristo, glorificando-O, como Deus, para sempre.
Lança o teu olhar, Oh! Sion, e olha ao teu redor: Eis que se estenderam as tuas crianças, como luzes divinas do norte, sul, leste, do mar e do levante, Abençoando em Tí Cristo, para sempre (Isa. 60:4).
Pai, Todo Poderoso, e Palavra e Espírito - Único Ser em três Unidades, Altíssimo e Divino! Em Tí nós fomos batizados e iremos Te glorificas para todo o sempre.
9o cântico
Eirmos: Brilha, brilha, nova Jerusalém; pois a Glória do Senhor brilhou sobre tí; festeja e alegra-te agora, Oh! Sion. E Tu, a Pura Mãe de Jesus, alegra-Te pela ascensão Dele, a Quem deste a Luz (Isa. 60:1).
Refrão: Cristo ressuscitou dos mortos.
Oh, como é divina, dócil e maravilhosa a Tua palavra, Oh Cristo! Tu prometeste estar conosco até o fim do mundo. Tendo esta esperança de apoio, nós, crentes, nos alegramos (Mat. 28:20).
Oh, Páscoa, Magnífica e Sagrada, Oh, Cristo! Força e palavra de Deus! Permita a nós nos unirmos completamente a Tí no dia infinito do Teu Reino (Cor. 5:7; 13:12).

Refrão1: Glorificai, Oh, minha alma, Cristo o doador da vida, Aquele que se ergueu do Túmulo no 3o dia. Brilha, brilha, nova Jerusalém; pois a Glória do Senhor brilhou sobre tí; festeja e alegra-te agora, Oh! Sion. E Tu, a Pura Mãe de Jesus, alegra-Te pela ascensão Dele, a Quem deste a Luz.
Refrão 2: Glorificai, Oh, minha alma, Cristo o doador da vida, Aquele que se ergueu do Túmulo no 3o dia.
Refrão 3: Cristo na Nova Páscoa, a Vítima viva sacrificada, o Cordeiro de Deus Que tirou os pecados do mundo.
Troparion: Oh Divina, Oh Querida, Oh doce Voz! Tú, oh Cristo, nos prometeste fielmente estar conosco até o fim do mundo. E nos apoiando firmemente nesta promessa como uma ancora de esperança, nós os devotados nos alegramos.
Refrão 4: O Anjo gritou para Aquela que é cheia de Graça: Alegra-Te, Virgem Pura! E de novo eu digo: Alegra-Te! Teu Filho ressuscitou do Túmulo no 3o dia e ressuscitou os mortos. Alegra-se, povo! (repetir novamente: "Oh Divina, Oh Querida").
Refrão 5: Rugindo majestosamente, como o Leão de Judá, Tu adormeceste, e Tu ergueste os mortos de todos os tempos passados. (repetir novamente: "Oh Divina, Oh Querida."..).
Refrão 6: Maria Madalena correu ao sepulcro e viu Cristo e falou com Ele como se fosse jardineiro.
Troparion: Oh, Páscoa Grande e Sagrada, Cristo! Oh, Sabedoria, Palavra e Povo de Deus! Permita que possamos com a máxima perfeição, partilhar de Tí no Dia infinito do Teu Reino.
Refrão 7: O Anjo resplandecente falou às mulheres: Parem com as lágrimas, pois Cristo ressuscitou.
Refrão 8: Povo, alegre-se, pois Cristo ressuscitou, pisou na morte e ressuscitou os mortos.
Refrão 9: Hoje toda humanidade está feliz e alegra-se, pois Cristo ressuscitou e o inferno foi vencido.
Refrão 10: Hoje o Mestre conquistou o inferno e ergueu os prisioneiros dos tempos, os quais estavam presos num amargo cativeiro.

Refrão 11: Alegra-Te, Oh Virgem! Alegra-Te, Oh Abençoada! Alegra-Te, Oh Gloriosa! Pois Teu Filho ressuscitou do Túmulo no 3o dia. "Katabasia": Brilha, brilha, nova Jerusalém; pois a Glória do Senhor brilhou sobre tí; festeja e alegra-te agora, Oh! Sion. E Tu, a Pura Mãe de Jesus, alegra-Te pela ascensão Dele, a Quem deste a Luz.