sábado, 11 de abril de 2020




Significado de Sábado de Aleluia

O que é Sábado de Aleluia:

Sábado de Aleluia é um dia de comemoração no calendário de feriados religiosos do Cristianismo, sempre antes da Páscoa. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de abril, e nesse sábado é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa. Sábado de Aleluia é o sábado anterior ao domingo de Páscoa, onde acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo. Na vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega, que querem dizer "Deus é o princípio e o fim de tudo”.
Na tradição católica, os altares são descobertos, pois assim como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações que fazem parte é a Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da confissão.
Antes de 1970, no sábado de aleluia os católicos romanos deveriam praticar um jejum limitado, como abstinência de carne de gado, mas poderiam consumir peixe, etc. É também no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.
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Neste ano de 2020 as comemorações foram todas virtuais em virtude da pandomia que assola o mundo. Meditação e silêncio até a ressurreição do Cristo Nosso Senhor.

sexta-feira, 10 de abril de 2020


Sexta-Feira Santa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.

A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.

Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

Celebração da Paixão do Senhor

No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.

A relembração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:

• entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.

• oração colecta.

• Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), narração ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).

• Homilia e silêncio de reflexão.

• Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.

• Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e venerada ao som de cânticos.

• Pai Nosso

• Comunhão dos fiéis presentes. Usa-se pão que foi consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.

• Oração depois da comunhão.

• Oração sobre o povo.

Obs: Em muitas cidades históricas, como Paraty (RJ), Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO), Rio Tinto (Concelho de Gondomar em Portugal) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.

Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.

A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.

A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.

Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas, incluindo um texto de São João Crisóstomo intitulado O Poder do Sangue de Cristo[1]

Sinais de penitência

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo de ato que se refira a Prazer.

Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

Referências

1. ↑ São João Crisóstomo. O Poder do Sangue de Cristo. Página visitada em Apr 22, 2011.

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NESTE ANO DE 2020, EM VIRTUDE DESSA PANDEMIA QUE ASSOLA TODO O MUNDO, COM MUITAS VÍTIMAS, AS CELEBRAÇÕES SERÃO ISOLADAS NAS IGREJAS, SEM A PRESENÇA DOS FIÉIS. MAS DEUS ESTARÁ PRESENTE PARA REFORÇAR A FÉ.

quinta-feira, 9 de abril de 2020



Quinta-feira Santa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Procissão do Ecce homo na Quinta-feira Santa em BragaPortugal.
Quinta-feira SantaQuinta-feira de Endoenças ou Grande e Sagrada Quinta-feira é a quinta-feira que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quinto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sexto no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É neste dia que se comemora o lava-pés e a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos segundo o relato dos evangelhos canônicos[1] [2] .
A data ocorre sempre entre 19 de março e 22 de abril (inclusive), mas os dias variam dependendo do calendário litúrgico utilizado, o gregoriano ou o juliano. As igrejas orientais geralmente usam este último e por isso celebram esta festa em datas que correspondem ao período entre 1 de abril e 5 de maio no calendário gregoriano utilizado no ocidente. A liturgia utilizada na noite da Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e dá início ao chamado Tríduo Pascal, o período que comemora a paixãomorte e ressurreição de Cristo e inclui ainda a Sexta-feira Santa, o Sábado de Aleluia e termina no Domingo de Páscoa[1] [3] . A missa neste dia é geralmente celebrada no final da tarde, o início da sexta de acordo com a tradição judaica, e relembra o fato de Última Ceia ter sido uma refeição da Páscoa judaica ("Sêder")[4]

Índice

Cristianismo ocidental[editar | editar código-fonte]

A Quinta-feira Santa é notável por ser o dia no qual a Missa do Crisma (ou "Missa da Unidade") é celebrada em todas as dioceses da Igreja Católica Romana. Geralmente celebrada na catedral da diocese, nesta missa o santos óleos são abençoados pelo bispo para serem utilizados na crisma, na unção dos enfermos e como óleo dos catecúmenos. O primeiro e o último serão utilizados no Sábado de Aleluia, durante a Vigília Pascal, para batizar e confirmar os que entram para a igreja.

A cerimônia do lava-pés é um componente tradicional da celebração em muitas igrejas cristãs, incluindo a Armênia[5] , a EtíopeCatólicas Orientais, grupos batistas[6] , Menonitas e a Igreja Católica Romana. Além disso, o rito está se tornando cada vez mais popular na liturgia da Quinta-feira Santa (em inglêsMaundy Thursday) na Igreja AnglicanaEpiscopal[7] , LuteranaMetodista e Presbiteriana[8] além de várias outras denominações protestantes. Nas igrejas católicas e anglicanas, a Missa da Ceia do Senhor começa de forma tradicional, mas o Glória é acompanhado pelo soar de sinos, que permanecerão em silêncio até a Vigília Pascal[9] . Depois da homilia, realiza-se então o lava-pés onde a cerimônia é realizada. Na missa católica, o Santíssimo Sacramento permanece exposto até que o serviço se conclua com uma procissão para levá-lo até o local onde ele será depositado. O altar-mor e todos os demais são limpos de toda decoração, com exceção do Altar de Reposição[10] . Até 1969, o missal romano previa este rito sendo realizado de forma cerimonial acompanhado do canto dos salmos 21 e 22[11] [12] , uma prática que ainda permanece em muitas igrejas anglicanas. Em outras denominações cristãs, como as luteranas e metodistas, a limpeza do altar e do presbitério ocorre como preparativo para a solene e mais sombria missa da Sexta-feira Santa[13] .

Cristianismo oriental


Na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas Católicas Orientais de rito bizantino, o dia é conhecido como "Grande e Sagrada Quinta-feira" ou "Grande Quinta-feira"[14] [15] [16] . Na Igreja Ortodoxa, as cores litúrgicas são mais brilhantes, comumente brancas. É apenas neste dia que se relaxa o jejum da Semana Santa para se permitir o consumo de vinho e azeite.
A leitura da manhã é o primeiro evangelho da paixão (João 13:31 até João 18:1), conhecido como "Evangelho do Testamento", e muitos dos hinos normais da liturgia são substituídos. É normal a realização da cerimônia do lava-pés em catedrais e mosteiros. Quando há necessidade de consagrar mais óleo para crisma, a cerimônia é realizada pelos patriarcas e outros líderes das diversas igrejas autocéfalas. À noite, depois da liturgia, todas as decorações e vestes são trocadas por outras de cor negra ou escura, um sinal do início da paixão.
A partir da Grande e Sagrada Quinta-feira, os serviços em memória dos mortos estão proibidos até o dia seguinte ao Domingo de Tomé.

Feriados

A Quinta-feira Santa é um feriado nacional na ColômbiaCosta RicaDinamarcaIslândiaMéxicoNoruegaParaguaiFilipinasEspanha (com exceção das regiões da Catalunha e Valência) e Venezuela[17] .

Visita a sete igrejas

A tradição de visitar sete igrejas na Quinta-feira Santa é uma prática antiga originada provavelmente em Roma. Em diversos países da América Latina, a visita às sete igrejas geralmente ocorre à noite.

Neste ano de 2020 a Semana Santa vem sendo revivida de forma diferenciada, tudo pelo meio virtual em razão da pandemia que assola todo o mundo. Assim todos os atos religiosos são realizados solitariamente com os celebrantes e disponibilizados pelas redes sociais.
Apesar do inusitado, isso não deverá deixar de ser seguido por todos os fiéis de todas as religiões cristãs, fortalecendo a fé.

quarta-feira, 8 de abril de 2020


QUARTA - FEIRA SANTA OU QUARTA-FEIRA DE TREVAS

No calendário cristão considera-se a Quarta Feira desse 
período quaresmal, como QUARTA-FEIRA DE TREVAS 
para lembrar a traição de Judas Iscariotes. Contudo, não 
deixa de ser uma Quarta-Feira SANTA, porque 
precursora do cumprimento da profecia que coloca 
Cristo como o redentor da humanidade.
Para melhor esclarecer  este tema, transcrevemos 
estudo feito no Blog Breviário:



"Tenho estado todos os dias convosco no templo, 
e não estendestes as mãos contra mim,
mas esta é a vossa hora e o poder das trevas."
São Lucas 22,53






Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi 
ter com os príncipes dos sacerdotes e 
perguntou-lhes: 15 Que quereis dar-me e eu vo-lo 
entregarei. Ajustaram com ele trinta moedas de 
prata. 16 E desde aquele instante, procurava uma 
ocasião favorável para entregar Jesus(MT 26, 14-16)




















Judas Iscariotes, um dos 
Doze, foi avistar-se com os 
sumos sacerdotes 
para lhes entregar Jesus. 
11 A esta notícia, eles 
alegraram-se e prometeram 
dar-lhe dinheiro. 
E ele buscava ocasião oportuna 
para o entregar. 
( MC 14,10-11)




















Levantai-vos e vamos! 
Aproxima-se o que me 
há de entregar. 
43 Ainda falava, 
quando chegou 
Judas Iscariotes, 
um dos Doze, e com ele um bando 
armado de espadas e cacetes, 
enviado pelos sumos sacerdotes, 
escribas e anciãos.44 Ora, o traidor 
tinha-lhes dado o seguinte sinal: Aquele 
a quem eu beijar é ele. Prendei-o e 
levai-o com cuidado. 45Assim que ele se 
aproximou 
de Jesus, disse: Rabi!, e o beijou. 
46 Lançaram-lhe
 as mãos e o prenderam. (MC 14 ,42-46)


Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito 
declarou abertamente: Em verdade, em verdade 
vos digo:
um de vós me há de trair!... 22 Os discípulos 
olhavam uns para os outros, sem saber de 
quem falava. 23 Um dos discípulos, a quem Jesus 
amava, estava à mesa reclinado 
ao peito de Jesus. 24 Simão Pedro acenou-lhe 
para dizer-lhe: Dize-nos, de quem é que ele fala. 
25 Reclinando-se este mesmo discípulo sobre o 
peito de Jesus, interrogou-o: Senhor, quem é? 
26 Jesus respondeu: É aquele a quem eu der 
o pão embebido. Em seguida, molhou o pão e 
deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 
27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. 
Jesus disse-lhe, então: O que queres fazer, 
faze-o depressa. 28 Mas ninguém dos que 
estavam à mesa soube por que motivo lho dissera. 
29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam
alguns que Jesus 
lhe falava: Compra aquilo de que temos necessidade 
para a festa. Ou: Dá alguma coisa aos pobres. 
30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, 
apressou-se em sair. E era noite... 31 Logo que 
Judas saiu, Jesus disse: Agora é glorificado o 
Filho do Homem, 
e Deus é glorificado nele.  (JO 13, 21-31)

















Depois dessas palavras, Jesus saiu com os 

seus discípulos para além da torrente de 
Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou 
com os seus discípulos. Judas, o traidor, 
conhecia também aquele  lugar, porque 
Jesus ia frequentemente 
para lá com os seus discípulos. Tomou então 
Judas a coorte e os guardas de serviço dos 
pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com 
lanternas, tochas e armas. Como Jesus 
soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, 
adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? 
Responderam: A Jesus de Nazaré. 
Sou eu, disse-lhes. (Também Judas, o traidor, 
estava com eles.) 6Quando lhes disse Sou eu, 
recuaram e caíram por terra. (JO 18, 1-6)




NA QUARTA DE TREVAS É TRADIÇÃO REZAR-SE 
14 SALMOS LEMBRANDO OS 14 PASSOS DO 
CALVÁRIO DE CRISTO, TENDO UM CANDELABRO 
TRIANGULAR DE 15 VELAS ACESO.
 A CADA SALMO APAGA-SE UMA VELA, LEMBRANDO 
A VIDA DE JESUS QUE SE VAI, SÓ NÃO A DO MEIO 
DO CANDELABRO. POR FIM, ELA TAMBÉM SE 
APAGA LEMBRANDO A MORTE DE JESUS. E A 
IGREJA FICA NA ESCURIDÃO.

EM SEGUIDA, TODOS BATEM OS PÉS E AS 
CADEIRAS, FAZENDO RUÍDO , LEMBRANDO A 
RESSURREIÇÃO E A VELA DO MEIO É ACESA 
DE NOVO. 


ESSE COSTUME JÁ NÃO É MUITO USADO EM 
TODAS AS IGREJAS. PRINCIPALMENTE, DEPOIS 
DA REFORMA DO CONCÍLIO VATICANO. POUCAS 
CONSERVAM ESSA TRADIÇÃO QUE, AO MEU VER, 
É MUITO BONITA POR 
TODO O SIMBOLISMO DELA.

"E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, 
os homens amaram mais as trevas do que 
a luz, porque as suas obras eram más."
 São João 3,19

"Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: 
Eu sou a luz do mundo; quem me segue 
não andará em 
trevas,  mas terá a luz da vida."
 São João 8,12


"Eu sou a luz que vim ao mundo, para que 
todo aquele que crê em mim 
não permaneça 
nas trevas."
São João 12,46


"E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos 
anunciamos: que Deus é luz, e não há nele 
trevas nenhumas. "
I São João 1,5
"Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco 
por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes 
luz, para que as trevas não vos apanhem; pois 
quem anda nas trevas não sabe para onde vai."
São João 12,35
O MEU CATIVEIRO
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes


      Das publicações na rede social e na imprensa, notadamente a coluna do amigo jornalista Vicente Serejo, sobre a pandemia do coronavírus, uma delas foi enviada diretamente para mim, por conta da amizade e do talento de Horácio Paiva, que abaixo transcrevo:

A HORA RASA

não há mais onde abrigar-se
o quarto é um símbolo mudo
e a calmaria
sinal de perigo

os odres estão vazios
e muita cautela é preciso ao pisar
as nuvens de silêncios inflamáveis

outrora havia rumor de tambores
que anunciavam a chuva
mas os ventiladores pararam

o quarto está despido
sem sombras e sem luz
sem qualquer movimento de espera
exceto a expectativa
de que uma porta se abra
e exponha o jazigo                       
à exterioridade dos ruídos

(Horácio Paiva)


      Parece que o poeta ouviu o meu sentir cotidiano, no símbolo mudo do meu quarto, a cujo poema eu acrescento: e para quem já não conta com o seu amor permanente, com o qual poderia amenizar os dias intermináveis desta condenação.
      A solidão e o silêncio trazem THEREZA para mim em todos acontecimentos da natureza e da vida. Hoje seria o dia dela "lua cheia", onde nunca deixou de curtir comigo nas cadeiras do nosso jardim, carinhosamente criado por ela para aliviar as tensões da existência.
      Também sinto a falta do abraço de todos os meus netos, do banho diário de piscina com Guilherme onde fazia todo tipo de peripécia, enquanto eu o caçava imitando um tubarão e com isso fazia os meus exercícios necessários. 
      Hoje o meu exercício é sozinho, silencioso, onde fico a rezar ou orar, tanto faz, pedindo ao Criador que salve este mundo velho de tanta desgraça, não bastasse o castigo de conviver com pessoas que comandam os Entes Públicos sem a competência indispensável a melhorar a qualidade de vida do povo, destinatário da existência dos seus representantes.
      Nos momentos dos meus banhos de solo o local invariavelmente escolhido é o jardim da minha querida companheira, buscando as orquídeas que tanto apreciava.
      E o que dizer da Semana Santa, neste momento acompanhada pelo meio virtual, sem o sentir sobrenatural das Catedrais ou das simples Igrejinhas.
      É difícil viver numa masmorra, aliviada pela introspecção a que nos submetemos para orientar os que estão de fora a tomarem iniciativas que ajudem de alguma forma os que sofrem e cumpram as obrigações das quais estou privado de providenciar pessoalmente.
      Também aliviam os meus tormentos e preocupações, os telefonemas e "Zaps" dos muitos amigos, com os quais divido a esperava da salvação.
       A propósito, vejam o que recebi da amiga Magda Botelho, a propósito de acontecimento inusitado ocorrido num hospital no Recife, quando um grupo fazia orações - a imagem fala mais do que eu poderia fizer.




UM ABRAÇO VIRTUAL AOS MEUS LEITORES. QUE DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO.