sábado, 14 de outubro de 2017


O FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL
CARLOS DE MIRANDA GOMES, escritor do IHGRN

            A feliz iniciativa do confrade e respeitável jornalista VALÉRIO ANDRADE, frutificou e ganhou, ao longo dos anos, uma marca em nosso Estado.
            Sua iniciativa proporcionou a vinda de grandes expressões do cinema brasileiro e tornou o Festival um ponto importante no calendário de eventos da cidade, com repercussão em todas as unidades da Federação brasileira.
            Hoje é considerado o mais antigo Festival de Cinema do Nordeste e o quarto do Brasil, organizado pelo Círculo de arte do Nordeste, pertencente ao Fórum Nacional dos Festivais.
            Mercê da responsabilidade e competência do seu idealizador, o Festival de Cinema de Natal ganhou apoio institucional de inúmeros organismos do País e a adesão de influentes personalidades do mundo cultural, político e empresarial brasileiro.
            Cada ano vem ampliando os seus objetivos, ganhando nova força, tendo criado prêmios e títulos, hoje ansiosamente cobiçado no universo do cinema, em especial o seu maior troféu “Estrela do Mar”, criação artística do imortal Dorian Gray Caldas, de saudosa memória.

            O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte decidiu apoiar o empreendimento de Cinema e, particularmente, reconheceu o brilhantismo do seu confrade VALÉRIO ANDRADE, detentor da Comenda Cultural Rio Branco, do Governo do Brasil, que orgulha o nosso Rio Grande do Norte.

CANONIZAÇÃO - 14 de outubro



Papa canonizará "mártires brasileiros" e estrangeiros
  • Cerimônia no Vaticano será realizada pelo próprio Francisco


O Vaticano confirmou que o papa Francisco canonizará os 30 "mártires do Rio Grande do Norte" no dia 15 de outubro. A cerimônia será realizada na Praça São Pedro e começará às 10h15 (6h15 no horário de Brasília).
Durante a missa, o Pontífice declarará santos os beatos Ambrósio Francisco Ferro, André de Soveral e Mateus Moreira e seus 27 companheiros, mortos em 1645 em dois ataques em julho e em outubro daquele ano. Todos foram mortos por holandeses calvinistas nos chamados Massacres de Cunhaú e Uruaçu, que aconteceram nas atuais cidades de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante, ambas no Rio Grande do Norte.
A notícia da canonização do grupo foi anunciada no dia 3 de abril deste ano pelo Papa.
A história do grupo é contada no livro "Beato Mateus Moreira e seus Companheiros Mártires", do monsenhor Francisco de Assis Pereira.
Nele, o autor relata que no dia 16 de julho de 1645, na então cidade de Cunhaú (em Canguaretama), 69 pessoas foram assassinadas durante uma missa celebrada pelo padre André de Soveral. Já no dia 3 de outubro daquele mesmo ano, outro grupo de católicos foi assassinado durante uma missa em Natal, na capital do estado. De lá, o sacerdote Ambrósio Francisco Ferro foi levado para a cidade de Uruaçu (em São Gonçalo do Amarante) e assassinado junto a outros 80 fiéis.
De acordo com Pereira, todos foram mortos porque os holandeses não aceitavam a prática do catolicismo nas áreas por eles dominadas. Ainda segundo o relato do autor da obra, um dos camponeses mortos, chamado de Mateus Moreira, repetia a frase "Louvado seja o Santíssimo Sacramento" antes de ter seu coração arrancado. Além de Moreira, os 27 leigos que serão canonizados são Antônio Vilela Cid, Antonio Vilela e sua filha (identificada apenas como uma criança do sexo feminino), Estêvão Machado de Miranda e duas filhas (também não identificadas por nome, mas uma delas tinha apenas alguns meses), Manoel Rodrigues de Moura e sua esposa (também não identificada por nome),João Lostau Navarro, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, João Martins e seus sete companheiros (identificados apenas como um grupo de jovens que se recusaram a lutar pela Holanda contra Portugal), a filha de Francisco Dias - apesar do nome de Francisco não estar entre as vítimas, é provável que ele tenha morrido junto à filha identificada apenas como uma criança -, Antônio Baracho e Domingos de Carvalho.
As causas das mortes dos mártires foram diversas, sendo alguns assassinados por espadas, outros por espancamento e mutilações e alguns tendo sido queimados vivos.
Outros canonizados
No mesmo dia em que canonizará os "mártires do Rio Grande do Norte", o Papa também elevará a santo outros beatos da Igreja Católica.
Os beatos Cristoforo, Antonio e Giovanni, três indígenas mexicanos que viveram nos anos 1500, o padre espanhol Faustino Míguez (1831-1925) e o italiano Angelo d´Acri (1669-1739) também serão canonizados na Praça São Pedro. Com informações da ANSA.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017


A SOMA DE TODOS OS ERROS

Valério Mesquita*

As minhas sensações se revezam depressa. Por mais que me esforce, não consigo me fixar em coisa alguma. Se penso ou sinto algum tema, deduzo que tudo será esquecido e me calculo inútil. Esse prelúdio indefectível talvez chegue a algum lugar. Gostaria de denunciar, por exemplo, aquilo que muitos já fizeram: a deterioração institucional do país que teve quebrados todos os padrões éticos e estéticos. A fragilidade e a inoperância dos poderes se tornaram tão patentes que já se comentam medidas autoritárias. Continuo pensando que é preciso urgentemente humanizar o político brasileiro. Ele mesmo animalizou os seus traços.
Quando me apetece voltar a suplicar às autoridades públicas e privadas a restauração do empório dos Guarapes, onde o pioneiro e gigante desbravador Fabrício Gomes Pedroza ambientou um dos mais avassaladores domínios comerciais de que se tem notícia no estado, recebe-se em troca repetidamente a leniência e a indiferença. Ai eu indago: pra que escrever mais? Pergunto-me se não estou me transformando em esteta contemplativo com uma tendência zen. Mas, continuarei lutando porque não é apenas um impulso da mente nem do corpo. Os “Guarapes” representam para aqueles que o ignoram, o equilíbrio entre a beleza e o passado.
Falar, por exemplo, das poças profundas de sangue que fluidificam a área metropolitana da grande Natal. Nela a juventude continua sendo executada nas ruas pelo cartel das drogas. Sinto que falecem os dons que me ligam a Macaíba, hoje, tão irreconhecível a ponto de não me rever mais em suas paredes e praças. A fuga é dormir à distância, debaixo de qualquer céu, como diria o poeta. Minha terra padece de uma enfermidade física, orgânica, urbana, suburbana, sensível, visível, palpável chamada “comércio de droga” que tem escravizado e mutilado suas melhores tradições.
Poderia até discorrer sobre as opiniões e posturas dos políticos potiguares de hoje frente ao processo sucessório estadual de 2018, repleto de incertezas, decepções, melancolia, traição e maldição, que conduzem os personagens e eleitores a becos sem saída. Os efeitos especiais empregados são improvisados. E parece que não há pressa em definir situações. Tudo deve ser queimado subrepticiamente a fogo lento. Tem gente gastando anos luz para compor o arquipélago da obra de chegar ao poder queimando incenso no velório da própria aliança. Na política, sabemos que acidentes e incidentes nunca surpreenderam ninguém. Todos têm rostos e máscaras. Trata-se de uma peça de teatro onde o fascínio é exibido em prosa e gestos fesceninos. Que importa tudo isso, se depois da tempestade todos se unirão novamente para começar tudo de novo? O palco será o mesmo. Só muda a idade.
E o pugilo da saúde pública nos hospitais da capital? Esse merece veemente repulsa. É um libelo à competência dos administradores. A situação deplorável me infunde a convicção de que ninguém mais se comove com a dor humana. O melhor homem é o homem morto. Vivo é desprezível. Doente e pobre, ele fede. Onde deveriam remunerar melhor, paga-se pior e se gasta menos. Hospital público é a antessala da morte iminente porque está desprovido das mínimas condições de higiene e serviços. Denunciar o estado de calamidade não constitui o meu propósito. Mas, apenas, lembrar ao leitor que o ser humano coisificou-se. Deixou de ser carne inteligente. Hospital ¯ lugar de repouso e cura ¯ virou empório do estado, verdadeiro guardador de rebanho, onde o pobre, sem nenhum plano de saúde, tem defeito de circulação do sangue no corpo à alma. Abaixo os privilégios institucionais hoje praticados como intestinais! Tenho dito.


(*) Escritor.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

terça-feira, 10 de outubro de 2017

BLOG DE MOSSORÓ



sexta-feira, 6 de outubro de 2017


Aniversário do ICOP


Foi bastante prestigiada a sessão solene da Câmara Municipal de Mossoró para homenagear os sessenta anos do ICOP - Instituto Cultural do Oeste Potiguar - na manhã de sexta-feira, dia 6 de outubro de 2017. 

      O evento se deu no plenário do legislativo mossoroense e foram homenageados - em memória - com a Medalha do Mérito Cultural Vingt-un Rosado,  os treze intelectuais fundadores e com a Medalha do Mérito Dix-sept Rosado, os seis ex-presidentes do ICOP, além do prefeito à época da fundação desta instituição, Joaquim Felício de Moura, o Quinca Moura. 

      O Presidente do ICOP, professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes, agradeceu aos vereadores, especialmente à presidente Izabel Montenegro e ao vereador Francisco Carlos pela excelente homenagem prestada a cultura mossoroense.
      Fazendo uso da palavra, o presidente do ICOP disse: "As instituições culturais mossoroenses, agora contam com uma importante parceira para os eventos culturais, que é a Câmara de Vereadores ". 

       O ICOP concedeu o diploma de Sócio Honorário aos vereadores Izabel Montenegro e Francisco Carlos, por suas atuações e pleitos na área da cultura.
      Presentes ao evento, a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, o reitor da UERN, Pedro Fernandes; ex-reitor da UERN, padre Sátiro Dantas; Isaura Ester Fernandes Rosado, filha de Vingt-un Rosado, ex-vereador Vingt-un Neto, Joana D'arc Fernandes Coelho, presidente da AFLAM - Academia Feminina de Letras de Mossoró, além de escritores, professores, empresários, estudantes e familiares dos homenageados.
                                                   
Professor Benedito Vasconcelos Mendes preside a solenidade




                        
Wellington Barreto, Suzana Goreth e Benedito Vasconcelos Mendes


Benedito Vasconcelos, Fafá Rosado, Vingt-un Neto e Isaura Ester

Benedito Vasconcelos, Izabel Montenegro e padre Sátiro Dantas

Lairinho Rosado, Benedito Vasconcelos e Sandra Rosado

Convite da homenagem


Selo dos 60 anos do ICOP

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

C O N V I T E



América Latina no Cinema exibe o curta Athayde




A edição de outubro do projeto América Latina no Cinema exibe amanhã (10), no auditório do Nepsa, localizado no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA / Goiabão), na UFRN, o curta-metragem Athayde (21 min, 2017), seguido do longa dominicano Dólares de areia (85 min, 2014). O projeto é uma realização do Centro de Ciências Sociais (CCS) e tem a coordenação do professor Gabriel Vitullo. A sessão é gratuita.

O curta documental Athayde revisita a vida e a obra do ator natalense Fernando Athayde, que ultrapassou as divisas do Rio Grande do Norte para conquistar os palcos do Brasil. Roteirizado e dirigido pelo realizador audiovisual Paulo Dumaresq, a obra fílmica é uma produção independente, que lança luzes sobre a trajetória do artista, com depoimentos de familiares e amigos.

Produzido na República Dominicana, o longa de ficção Dólares de areia conta a história de Noeli (Yanet Mójica), uma jovem dominicana que tenta se aproveitar dos turistas. Entre os seus clientes, mantém uma relação muito próxima com Anne (Geraldine Chaplin), uma senhora franc​esa que escolheu a ilha para passar o resto de sua vida. Yeremi, namorado da jovem, traça um plano para que Noeli convença Anne a levá-la para Paris, mas os sentimentos acabam se tornando ambíguos na medida em que a data da viagem se aproxima. O longa tem assinatura da dupla de cineastas Laura Amélia Guzmán e Israel Cárdenas.


Serviço:

Curta ATHAYDE
Ano: 2017.
Direção: Paulo Dumaresq
Duração: 21 min.


 Longa DÓLARES DE AREIA
Ano: 2014.
Nacionalidade: República Dominicana.
Direção: Laura Amélia Guzmán e Israel Cárdenas.
Duração: 85 minutos.
Local: Auditório do Nepsa. Centro de Ciências Sociais Aplicadas (Goiabão), na UFRN.
Horário: 18h45.