quinta-feira, 8 de março de 2018

DIA INTERNACIONAL DA MULHER (H O J E)


INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN IHGRN <ihgrn.comunicacao2017@gmail.com>


Caro sócio,

Na próxima quinta-feira - dia 08 (oito) de março - dia dedicado à mulher, haverá uma palestra ministrada pela escritora e poeta DIVA CUNHA, que ocorrerá no Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, às 18 (dezoito) horas. 

Por oportuno informamos que o local, atualmente, está protegido por duplas de policiais, que guarnecem a segurança da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Palácio da Cultura.


Aguardamos a sua presença

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

quarta-feira, 7 de março de 2018

QUESTÃO DE CARÁTER

Valério Mesquita*

Conduta nefasta tem se disseminado em Natal. Não se sabe bem de onde veio. Como se trata de comportamento humano, médicos proctologistas já diagnosticaram que tudo é fruto do mau caratismo. Defeito de personalidade para uns, ou, transtorno procedimental para outros. Onde quero chegar, finalmente? Já quer saber o leitor. Só sei que, sete, entre dez executivos, políticos e/ou secretários, agem dessa forma. Em muitos, a vaidade doentia, a megalomania, a mediocridade caracterológica, são fatores preponderantes e prevalentes sobre a humanidade comum que desaparece, de repente, debaixo do verniz do locatário do cargo ou da função.
Hoje em dia, é raríssima a autoridade pública ou privada que dá retorno de telefonemas. Deixar recado é esforço pífio e inútil. Não existe mais apreço, atenção, respeito, civilidade, sociabilidade, humanidade. O político, via de regra, só retorna ligação se houver vantagem de voto gratuito ou financiamento de campanha. O empresário pergunta logo quem está na ponta da linha e quanto vai lucrar. Já alguns secretários de governo, nomeados para atender a sociedade, sempre estão em reunião com “aspones” para evitar interrupções, um telefonema que não foi atendido de imediato por ocupação instantânea ou outro motivo relevante, é ato de cavalheirismo, de educação, de nobreza que pouca gente cultiva. Sei que muitos leitores estão incluídos na estatística dos sofredores. E gostariam de dizer o que afirmo agora. Os cultores da prática mafiosa alegam que é preciso racionalizar o tempo, eleger prioridades, formatizar custos e ganhos de produtividade, e o lado humano/cidadão vai para o beleléu, descartado por não representar modernidade, segundo os fariseus dos templos públicos. Cheguei a imaginar, de início, que a minha tese é inconsistente. Seria antiquado portar-me assim, mandando a secretária anotar quem telefonou para retornar, em seguida, uma a uma, as ligações recebidas? Acho que não. Tudo é uma questão de estilo, de ética, de personalidade e de berço.
Quem tem medo de público não ocupa cargo ou função pública! Deve se lembrar que o cargo não é todo seu e pertence também a cada pessoa que deseja se comunicar. Mandato eletivo, igualmente, e atividade privada financiada com dinheiro do povo e dos bancos oficiais. 
Diga sim ou não. Mas atenda. Não foi à toa que quintuplicaram o número de telefones no mundo. Político que não atende eleitor é burro. Secretário que não retorna ligação é grosso. E empresário que não se comunica se trumbica, já dizia o velho guerreiro a Roberto Marinho.
O recado está dado. Retornar ligação é uma questão de caráter.
Lembrem-se: “A memória é o espírito da alma”.

terça-feira, 6 de março de 2018

A ETERNA RAINHA DO CHORINHO


ADEMILDE FONSCECA (1921 – 2012) – Berilo de Castro

ADEMILDE FONSCECA (1921 – 2012) –
No do dia 4 de março de 1921, nascia, no povoado de Pirituba, município de Macaíba/RN, a menina Ademilde Ferreira  Fonseca, filha de Raimundo Ferreira da Fonseca e Maria Amélia da Fonseca.                                             
Desde criança já ensaiava e cantarolava canções que chamavam a atenção dos seus pais. Aos 4 anos a família mudou-se para Natal, com a transferência do seu pai que trabalhava na Rede Ferroviária do Estado. Fez seus estudos primários no Grupo Escolar Antônio de Souza, em Natal.
Aos sete anos aprendeu a letra da música Tico-tico no Fubá, de Zequinha de Abreu (1917), letrada por Eurico Barreiros (1931).
Na adolescência já fazia parte de grupos de seresteiros e dava uma “palhinha” no serviço de alto-falante de Luiz Romão. Nesse ambiente seresteiro, conheceu o violonista Laudemar Gedeão Delfim, com quem casou com apenas 19 anos de idade, passando a se chamar de Ademilde Fonseca Ferreira Delfim. Tiveram uma única filha: Eymar Fonseca. Com a separação,  assumiu definitivamente o seu nome artístico: Ademilde Fonseca.
No ano de 1941, foi morar na cidade do Rio de Janeiro, com o intuito de dar prosseguimento à carreira de cantora de rádio. Seu grande sonho.
Foi selecionada para se exibir sem receber cachê no programa Papel Carbono de Renato Murce, na Rádio Clube do Brasil. Cantou o samba Batucada em Mangueira, do repertório de Odete Amaral, acompanhada pelo grande instrumentista  Benedito Lacerda. Desse encontro, surgiram novas e frutíferas oportunidades para Ademilde, que passou a ser chamada para cantar em clubes e festas da alta sociedade carioca. Em uma delas, Ademilde pediu para cantar Tico-tico no fubá, até então só ouvida instrumentalmente. Foi um sucesso, uma apoteose. A interpretação lhe rendeu a apresentação ao famoso compositor João de Barro, o Braguinha, diretor artístico da gravadora Colúmbia.
No mesmo ano, 1942, aconteceu a sua estreia em disco pela Colúmbia, com um 78 rpm que trazia o choro “Tico-Tico no Fubá” e o samba “Voltei pra o morro”, de Benedito Lacerda e Darci de Oliveira.
A carreira de Ademilde decola. É contratada pela Rádio Clube do Brasil, onde permanece até 1944. Transfere-se para Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde grava novos discos, firmando-se como intérprete de imortais chorinhos, como: “ Apanhei-te cavaquinho”, de Ernesto Nazareth e Darci de Oliveira, “Urubu Malandro”, de Lourival Carvalho e João de Barro, “Brasileirinho”(1950), de Waldir Azevedo e Pereira da Costa.
Na Radio Tupi, se apresenta em horário nobre ao lado de consagrados compositores e famosos regionais, como: Rogério Guimarães e Claudionor Cruz, e grandes instrumentistas como Waldir  Azevedo, Severino Araújo, Canhoto, Jacob do Bandolin, Pixinguinha, Radamés Gnattali e  K-Ximbinho. Permaneceu por mais de dez anos na Rádio Tupi. Os seus discos renderam mais de meio milhão de cópias. Recebeu do parceiro instrumentista Benedito Lacerda o título de “Rainha do Chorinho”.
Em 1951, pela primeira vez grava baião: “Delicado”, de Waldir Azevedo e Miguel Lima, considerada uma de  suas mais marcantes interpretações.
No ano de 1952, viajou para a França  com Jamelão, Elizeth Cardoso, Orquestra Tabajara  Severino Araújo, a convite do jornalista, famoso homem da comunicação e dono dos Diários Associados, Assis Chateaubriand, e o costureiro francês Jacques Faath, onde realizaram grandes shows na Cidade Luz.
Em 1964, excursionou para a Espanha e Portugal novamente com Jamelão, fazendo grande sucesso em shows que duraram  mais de seis meses na capital, Lisboa.
No ano de 1967, participou do II Festival Internacional da Canção (FIC), patrocinado pela Rede Globo de Televisão, no Rio de Janeiro, interpretando “Fala baixinho”, de Pixinguinha, com letra do poeta-compositor Hermínio Belo de Carvalho. Em 1984, abriu o carnaval brasileiro em Nova York.
Em 1970, apresentou-se em shows no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, e lançou, em 1975, um LP pela gravadora Top Tape, onde se destaca  a faixa “Títulos de Nobreza” (Ademilde no choro), uma homenagem da dupla João Bosco e Aldir Blanc à  Rainha do Choro.
Em 1977, fez parte do conjunto As Eternas Cantoras do Rádio, com Carmélia Alves, Violeta Cavalcante e Ellen de Lima. Participou também, no ano de 2001, do CD “Café Brasil”, produzido por Hildo Hora, ao lado de Marisa Monte, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Henrique Cazes, Leila Pinheiro e o conjunto Época de Ouro.
Em 1975, Ademilde fez parte da caravana de músicos potiguares radicados no Rio de Janeiro: K-Ximbinho, Raymundo Olavo, Paulo Tito e Fernando Luiz, convidados pelo então governador Cortez Pereira, para percorrer o interior do Estado, fazendo apresentações e entregando o troféu Catavento por ocasião das inaugurações de obras  realizadas no seu governo.
No cinema, Ademilde Fonseca participou de filmes: “O batedor de carteiras”, “ O viúvo alegre”, no qual  a cantora potiguar interpreta a música “Minha marcação”, de Uzias da Silva (Dicionário da Música do Rio Grande do Norte – Leide Câmara, Natal/RN, 2001; pagina 19).
No Teatro Alberto Maranhão (Natal), no ano de 1996, no Programa Seis e Meia, patrocinado pela Fundação José Augusto, tive a felicidade e a alegria de ouvi-la e apreciá-la. Foi a sua última apresentação em Natal. Ademilde já não conseguia mais acompanhar os trejeitos vocais que o choro exigia, e logo ela, que dera ao choro a sua mais pura e verdadeira identidade. A sua afinadíssima voz estava sendo vencida pela idade. Subia o palco sempre acompanhada e ajudada pela filha Eymar, que lhe prestava ajuda em dueto.
Nós potiguares nos sentimos muito enriquecidos e vaidosos com tudo que Ademilde Fonseca deixou de legado para a história da música brasileira. Ciente, sim, do orgulho de termos presenteado ao país a sua maior e melhor intérprete nesse gênero gracioso, brejeiro e bastante difícil de ser cantado – o choro.
Ademilde, faleceu no ano de 2012, aos 91 anos, na cidade do Rio de Janeiro, em sua residência, no bairro da Lagoa, vítima de um enfarte do miocárdio fulminante. Encontra-se sepultada no Cemitério de São João Batista.


Berilo de Castro – Escritor
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores 
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Ademilde recebeu o título de sócia honorária da Academia Macaibense de Letras.

DIA 7 - LANÇAMENTO DO LIVRO DE GILENO GUANABARA SOBRE A FACULDADE DE DIREITO DA RIBEIRA - 2ª EDIÇÃO



OAB/RN <assessoriadeimprensa@oabrn.org.br>


CONVITE

Data: 7 de Março de 2018 (quarta feira).
Local: Temis Clube Balcão (Sede do América Futebol Clube) 
Av. Rodrigues Alves , nº 950.
Horário: A partir das 18h.
Autor: Gileno Guanabara de Sousa

domingo, 4 de março de 2018


Morre a atriz Tônia Carrero aos 95 anos
Morre a atriz Tônia Carrero aos 95 anos 

A atriz Tônia Carrero , um dos ícones da televisão brasileira, morreu por volta das 22h15 deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro.
Tônia Carrero, cujo nome de nascimento é Maria Antonietta Portocarrero Thedim, passava por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu, segundo a família da atriz.
Ela tinha sido internada na sexta (2) com uma úlcera no sacro e morreu durante procedimento médico, afirmou a neta da atriz Luísa Thiré, à GloboNews. Luísa também disse que o velório deve ocorrer neste domingo (4) e a avó deve ser cremada na segunda-feira (5).
O local e detalhes do velório ainda não foram definidos pela família.
A atriz Tônia Carrero fez parte do elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas (Foto: Divulgação) A atriz Tônia Carrero fez parte do elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas (Foto: Divulgação)
A atriz Tônia Carrero fez parte do elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas (Foto: Divulgação)

Tônia é a matriarca de uma família que tem quatro gerações de artistas: além do único filho, o ator Cécil Thiré, netos e bisnetos também seguiram a carreira. Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte, como "diva e dama" e "referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro".

54 peças, 19 filmes e 15 novelas


Uma das atrizes mais consagradas do Brasil, Tônia é conhecida por inúmeros papéis marcantes - como Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), e a Rebeca, de "Sassaricando" - e integrou o elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.
Sua última novela foi “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva, na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição foi em “Chega de Saudade” (2008).
Grande homenageada do Prêmio Shell de 2008, Tonia atuou no teatro pela última vez em 2007, em 'Um Barco Para o Sonho', de Alexei Arbuzov, peça produzida pelo filho Cécil e dirigida pelo neto Carlos Thiré.
Veja perfil de Tônia Carrero feito em 2012
Veja perfil de Tônia Carrero feito em 2012

Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente Sesso, para fazer “Sangue do Meu Sangue” ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. A novela do diretor Sérgio Britto foi exibida em 1969 pela TV Excelsior (veja mais abaixo).

Formada em educação física


Filha de Hermenegildo Portocarrero e Zilda de Farias Portocarrero, Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, em uma família de militares, e se formou em educação física em 1941.
Sua formação artística foi obtida em cursos em Paris, para onde foi com seu então marido, o artista plástico e diretor de cinema Carlos Arthur Thiré. Lá, teve aula com grandes atores, dentre eles Jean-Louis Barrault. 
Em seu retorno ao Brasil, aos 25 anos, estrelou seu primeiro filme, “Querida Suzana”, de Alberto Pieralise. ao lado de Anselmo Duarte, Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay. 
Tônia Carrero e Paulo Autran em 'Seis Personagens à Procura de um Autor', de Luigi Pirandello, 1959. Direção: Adolfo Celi. (Foto: Cedoc/Funarte) Tônia Carrero e Paulo Autran em 'Seis Personagens à Procura de um Autor', de Luigi Pirandello, 1959. Direção: Adolfo Celi. (Foto: Cedoc/Funarte) 
Tônia Carrero e Paulo Autran em 'Seis Personagens à Procura de um Autor', de Luigi Pirandello, 1959. Direção: Adolfo Celi. (Foto: Cedoc/Funarte)
Dois anos depois, em 1949, subiu aos palcos pela primeira vez em “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, com Paulo Autran. A produção havia sido realizada pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, sob direção artística de Adolfo Celi – segundo marido de Tônia.
Nos anos seguintes, estrelou inúmeras peças do TBC, como “Amanhã, se Não Chover” (1950), de Henrique Pongetti; e “Uma Mulher do Outro Mundo” (1954), de Noel Coward; “Otelo” (1956), de Shakespeare; “Entre Quatro Paredes” (1956), de Jean-Paul Sartre; e “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1960), de Luigi Pirandello.

Grande beleza


Sua beleza chamava a atenção de diversos diretores de cinema. Assim, a convite do empresário Franco Zampari, ela integrou a Cia Cinematográfica Vera Cruz, da qual tornou-se um dos rostos mais conhecidos.
Foi protagonista de “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros; “Tico-tico no Fubá” (1952), de Adolfo Celi; e “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi.
Tônia Carrero completa 95 anos de idade
Tônia Carrero completa 95 anos de idade

Em 1967, ela se despede da imagem sofisticada e mergulha no universo de Plínio Marcos em “A Navalha na Carne”. Ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, e sob a direção de Fauzi Arap, vive a prostituta Neuza Suely. A montagem incomodou a ditadura militar, se tornou um dos espetáculos mais aplaudidos da temporada e foi um divisor de águas na sua carreira.

Carreira na televisão


Um de seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor em 1983, na novela “Louco Amor”, desta vez interpretando Mouriel.
Em 1978, integrou o elenco de “Quem Tem Medo de Virgínia Wolf”, de Edward Albee, com direção de Antunes Filho. Em 1984, subiu aos palcos para encenar o espetáculo “A Divina Sarah”, de John Murrell, com direção de João Bethencourt.
Três anos depois, viveu mais um personagem marcante na TV: Rebeca, de “Sassaricando”. Em 2000, também na Rede Globo, interpretou Mimi Melody em “Esplendor”, de Ana Maria Moretzsohn.
Tônia Carrero atuou no teatro, no cinema e na televisão (Foto: Divulgação) Tônia Carrero atuou no teatro, no cinema e na televisão (Foto: Divulgação) 
Tônia Carrero atuou no teatro, no cinema e na televisão (Foto: Divulgação).
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CRÉDITO: http://globo.com/ G1