quinta-feira, 25 de maio de 2017

CONVOCAÇÃO




INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
 
CONVOCAÇÃO PARA SESSÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
E D I T A L
            O Presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN, na conformidade das disposições combinadas dos artigos 10, parágrafo único e 15, letra “d” do Estatuto Social vigente, CONVOCA os seus sócios que estejam em pleno gozo dos seus direitos sociais estabelecidos no referido Estatuto, para se reunirem em Sessão de Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 31 de maio vindouro (quarta-feira), no auditório da Instituição, à Rua da Conceição, 622 – Cidade Alta, nesta Capital, às 10:0h em primeira convocação, com presença da maioria absoluta dos sócios e 10:30h em segunda convocação, com qualquer número, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:
a)      Apreciação do Relatório de Gestão e Demonstração Contábil da Diretoria, exercício de 2016;
b)     Outros assuntos correlatos.
Natal, 19 de maio de 2017
Ormuz Barbalho Simonetti
Presidente

(Publicado no D.O.E. de 20/5/2017)

quarta-feira, 24 de maio de 2017



 NOBRE INFANTARIA - 24 de Maio

Somos esses infantes, que, na marcha para o desafio, não nos importamos com as dificuldades. A nossa missão é superar limites. Arma de homens sem medo, que cantam ameaçadoras canções e, assim, se esquecem de si e fazem a perfeita comunhão entre o fuzil, o alvo e a vitória. 

O mito da Infantaria se construiu ao longo de milênios, sendo a principal e mais antiga Arma do Exército. Alexandre da Macedônia com seus infantes, bem treinados, formava a falange, estrutura de combater que corroborou de forma decisiva para a consolidação do maior império que o mundo já havia visto: 30 mil homens eram suficientes para derrotar 110 mil inimigos. Nobreza igual foi realizada pelos infantes de Roma, os legionários. O poder da Infantaria foi traduzido nas palavras de Napoleão: “Floresce ou perece uma nação segundo o seu exército; vive ou morre o exército segundo o valor de sua infantaria".
Se falam que a Infantaria é a Arma dos primeiros a morrer, saibam que, assim como nos inspira e exemplifica Sampaio, que em Tuiuti teve seu corpo alvejado três vezes, a vida do infante só tem valor se for para lutar pela honra e pela soberania de sua Pátria.
Disse um contemporâneo do Patrono: "A idéia de eu passar para a Infantaria não me abandonava. Esta arma exercia sobre mim indizível fascinação. Quando passava um daqueles belos batalhões da Divisão Sampaio, a Encouraçada, de bandeira desfraldada, os pelotões alinhados, guardando bem as distâncias, marchando airosos e elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, não me podia conter e punha-me a marcar passo..." Esse era o espírito tenaz em que se traduzia a alma dos infantes num uníssono perfeito.
A morte, a Sampaio, lhe trouxe a imortalidade do heroísmo que banha a alma de todos aqueles que são designados pelo destino a cruzar os campos de batalha em meio a minas, tiros e estilhaços. O Infante é aquele que desce ao inferno da batalha para ascender ao céu da vitória, pois, sob o aço fervente do fuzil em rajada, colorimos de vermelho e calor as frentes inimigas. O infante é aquele que encara o inimigo face-a-face, olho no olho, que tem no seu peito a sua blindagem, no seu coração o seu motor, no seu sangue o seu combustível e na sua mira o seu canhão. É por isso, senhores, por esse sentimento único que sente o soldado de infantaria ao ter, na luta, a glória da vitória ou a glória da morte pelo seu país e pelos seus ideais, que a Infantaria sempre existiu e nunca deixará de existir.
Resta a nós agora, discípulos do Brigadeiro Sampaio, nesta Imperial Casa, mantermos o espírito de união e a coragem que tanto caracteriza a nossa Arma para fazermos dela a Sua Majestade, a Rainha das Armas. 
INFANTARIA!
Fonte: Al Vinícius Alves, da Companhia de Infantaria (Colégio Militar do RJ).

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HOMENAGEM DO CABO DE INFANTARIA, CARLOS, CCS, 16 RI (RESERVISTA), 1959, titular deste Blog..

A ODISSEIA DA CASA DO ESTUDANTE DE NATAL







Sobre este tema procurei ajudar os estudantes até o ano passado, elaborando o projeto de novo Estatuto e Regimento Interno, legalização da sua situação social e fiscal, preparei atas para a regularização da legalidade e legitimidade do corpo dirigente, enfim, busquei ajuda de entidades para socorrer os ocupantes da Casa no tocante a alimentação e participando de reuniões com ex moradores, autoridades do Governo do Estado, Ministério Público de Contas e Assembleia Legislativa e com o Ministério Público Estadual, com o qual foi celebrado um TAC (Termo de ajustamento de conduta) que surtiu algum efeito, mas dependia de sua continuidade.
Recordo aqui alguns tópicos então abordados, que foram objeto de artigos e publicações nos órgãos informativos do Estado:

O Prédio
O prédio secular, segundo a jornalista Nelly Carlos Maia, em períodos da segunda metade do século 19 serviu como sede do Hospital de Caridade, que se transformou em Hospital de Caridade Juvino Barreto, a Escola e Aprendizes Artífices e depois o Quartel de Polícia, entidades essas que ganharam posteriormente novas sedes. A nota de maior importância histórica é que ao tempo do levante conhecido por “Intentona Comunista”, em 1935, ali era a sede do Batalhão de Segurança.
          
As crises e o SOS Casa do Estudante
            Com o andar do tempo e o descaso periódico dos órgãos governamentais, Casa do Estudante passou a viver sucessivas crises de maior gravidade, perdendo a sua identidade, com a ocupação por pessoas não estudantes até chegar a um ponto de verdadeira degradação, seja pela falta de alimentação, falhas na administração, deterioração das dependências do prédio, dos equipamentos de cozinha sendo obrigada a reduzir drasticamente o uso dos 50 quartos para cerca de apenas duas dezenas, convivendo com a insegurança em razão da proximidade de um bairro onde prolifera droga e delinquentes perigosos, o que motivou registros pela imprensa, inúmeras vezes, mostrando a situação nua e crua.
            De certa feita, para minimizar as dificuldades o Governador Sílvio Pedroza chegou a pensar na possibilidade de encampar a Casa, sob a condição de poder escolher os seus dirigentes. Os residentes recusaram, continuando a mantê-la distanciada do caráter oficial, mesmo com o perigo de fechamento de suas portas. Mesmo assim foram celebrados convênios para o fornecimento de refeições, não renovados sucessivamente, fazendo retornar as crises circunstanciais.
            Foi diante de denúncias levadas a público que pessoas da sociedade, nas quais me incluo, resolveram intervir de alguma forma.
            Da minha parte usei os meios da rede social e os veículos da imprensa local, encetando uma campanha que denominei S.O.S. CASA DO ESTUDANTE, com os desdobramentos de outras matérias e Exposições de Motivos.
            Meus apelos foram compartilhados por grande número de amigos e ex residentes, com oferecimento de ajuda, embora um número insignificante tenha se manifestado contra essa solidariedade sob alegações diversas - a Casa já não tem mais importância; ali existem viciados; já cumpriu o seu papel. Em verdade não atentaram que continuam a existir estudantes carentes; uma Casa guardiã da nossa história e que precisa de socorro.
Tive a oportunidade de ser ouvido pelas entidades de serviço, como o Rotary Natal Sul, que supriu a Casa de mantimentos e material de limpeza durante alguns dias, a promessa do Lions Clube. Mantive contato, juntamente com os dirigentes maiores da Casa Jorge Danilo e Serafim com O Governador Robinson e Vice Governador do Estado Fábio Dantas, da Chefe da Casa Civil Tatiana Mendes Cunha, com alguns Vereadores e Deputados e com o Procurador Geral do Ministério Público de Contas Luciano Ramos que se mostraram sensíveis. Este último expediu a Portaria nº 004/2015, de 19 de janeiro de 2015 determinando a instauração de Procedimento Preparatório, a fim de apurar os fatos noticiados, determinando, inicialmente, o registro, a autuação e a publicação da Portaria e designação do servidor Murillo Victor Umbelino Machado, Inspetor de Controle Externo do TCE-RN para secretariar o feito. Ficou só no papel.
  Também houve contatos com o Ministério Público Estadual e outros órgãos e Entidades.
         Como resultado prático, no final do mês de abril deste ano de 2015, a Casa recebeu a visita de duas representantes do MPE orientando procedimentos a serem tomados para a regularização documental e os benefícios desse proceder. Também com uma assistente social e o Diretor da Sethas, que ressaltaram a importância do recebimento das declarações dos moradores (Recadastramento) que ainda não entregaram, para ser possível o fornecimento de alimentação. Ademais foi dito que a Sethas tem interesse de reformar a cozinha e o refeitório para criar um serviço de self service gratuito para os estudantes da Casa e da Casa onde residem as estudantes, fornecendo café, almoço e jantar diariamente.
            Por derradeiro, o MPE propôs um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta que foi submetido à Assembleia Geral daquela Casa para uma definitiva solução.

E agora?
  São notícias que demonstram que as coisas poderiam ter se modificado. Lembro-me bem do interesse e da luta do pranteado Amigo Marcos Dionízio. Contudo, desentendimentos internos da Casa do Estudante provocaram sucessivas renúncias dos seus Presidentes e então retirei-me da luta por sentir as extremas dificuldades na solução do impasse pela falta de colaboração dos principais interessados, gerando agora o recrudescimento do problema, com maior gravidade, conforme noticiário da mídia natalense.
            Lamento muito o que está acontecendo, mas ainda me disponho a colaborar na regularização e reconstrução de uma Entidade que tem história.

domingo, 21 de maio de 2017


UM ESCLARECIMENTO
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes, do IHGRN

Em sua coluna Roda Viva, edição de hoje, o ilustre jornalista Cassiano Arruda reclama do esquecimento do nosso maior herói, o Padre Miguelinho (Miguel Joaquim de Almeida e Castro), figura emblemática na Revolução Pernambucana de 1817, onde foi o Secretário de Interior, mercê da sua grande capacidade de redigir documentos, coragem, poder de oratória, atributos consolidados com o seu trabalho de Professor de Teologia.
Miguelinho pertenceu à Ordem Carmelita da Reforma, onde tomou o nome de Frei Miguel de São Bonifácio. Contudo, pela diversidade de seus trabalhos, conseguiu do Papa Pio VII a secularização e ficou conhecido como Padre Miguelinho, haja vista ser um homem de pequena estatura física em contraste com o seu gigantismo de patriota.
O Padre Miguelinho foi condenado e executado na Bahia em 12 de junho daquele ano, sepultado no Cemitério do Campo da Pólvora.
Em verdade, ele não foi esquecido, pois o nosso Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte lhe vem prestando homenagens desde o dia 29 de março, com a entronização no recinto da sua estola, por ocasião das comemorações da passagem dos 115 anos, conduzida por dois religiosos. Na mesma ocasião foi lançada uma edição histórica da Revista do Instituto, a qual traz inúmeras referências e discursos sobre o nosso mártir.
Por último, já está preparada outra solenidade sobre o pranteado Miguelinho para o dia 12 de junto vindouro.
Este articulista preparou um trabalho para publicação na próxima revista da ANRL com o título de MÁRTIRES POTIGUARES NA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.
Está justificado o equívoco.