sábado, 31 de março de 2012


H O J E
ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS - AML
O acadêmico Cícero Martins de Macedo Filho, Presidente da Academia Macaibense de Letras – A.M.L, CONVOCA os acadêmicos para comparecerem à 1ª reunião de 2012, para atenderem à seguinte pauta:

Data : dia 31 de março de 2012;

Horário: 9:00 (nove) horas, em primeira convocação com 13 (treze) acadêmicos e, em segunda convocação às 9,30 (nove e trinta) horas, com qualquer número acima de 8 (oito) acadêmicos;

Local: auditório “Dr. José Jorge Maciel” do Instituto de Radiologia de Natal – Natal – RN;

Pauta:

a) Posse, elogio e saudação de sócios para o 1º semestre de 2012, (solicitamos dos srs. Acadêmicos um currículo para constar no futuro site, no qual conste publicações e/ou estudos, que o mesmo seja enviado ao email da academia: academiamacaibense@gmail.com;
b) Site da Academia;
c) Sede da AML;
d) outros assuntos correlatos.

Macaíba/RN, 21 de março de 2012.

Cícero Martins de Macedo Filho
Presidente

Francisco Anderson Tavares
Secretário



sexta-feira, 30 de março de 2012

D I A  31  DE  M A R Ç O
S O L I D A R I E D A D E
CAMINHADA PELA VIDA

LICITAÇÃO, PORTA ABERTA PARA A LEGITIMIDADE E LEGALIDADE DO DINHEIRO PÚBLICO
Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

O assunto mais comentado nos últimos dias versa sobre burlas à licitação, procedimentos deletérios que envolvem episódios em todos os recantos do País.

Qual a razão de tudo isso. a lei é branda? ou falta a consciência cívica dos agentes públicos e dos fornecedores!

Creio que as duas coisas se aliam - se por um lado temos uma gama de maus servidores, viciados na ilegalidade, mercê de um recrutamento pouco eficiente, quando não colocados pela "janela", por outro temos a ganância em exercitar um capitalismo selvagem, onde o lucro está sobre todas as coisas desse mundo.

Mas não é só isso. As deficiências dos órgãos de fiscalização e na composição das comissões de licitação são responsáveis pelo crescimento da ilicitude, mercê da impunidade.

Nesse círculo de deficiências e omissões, surge uma luz no final do túnel, é o movimento nacional denominado CONSOCIAL - Conferência Nacional Sobre Transparência e Controle Social, que realizou em todo o Brasil reuniões preparatórias para o grande evento a acontecer em maio deste ano em Brasília.

O Rio Grande do Norte concluiu a sua missão, realizando encontros regionais e a Conferência Estadual, ocorrida nos dias 15 e 16 deste mês e cujos resultados, em resumo, já publicamos neste blog.

Agora, vamos apenas enfatizar uma proposição relevante, que foi aprovada em Plenário e que envolve a licitação, qual seja:

“Garantir a participação popular com a criação do Conselho de Licitação para acompanhar a Comissão de Licitação nos procedimentos licitatórios, como forma de fomentar a participação da sociedade nestes procedimentos licitatórios, exigindo a transparência legalmente prevista e obrigatória.”

Essa garantia está vinculada a outra proposição que permite a colocação de técnicos em direito, engenharia e contabilidade para orientar o conhecimento de qualquer pessoa do povo sobre o funcionamento dos processos licitatórios e que queiram apresentar algum protesto, recurso ou denúncia.

Em nossa palestra naquele certame fizemos ver aos presentes, que já existem na legislação mecanismos de controle social ofertados à população, que aqui reproduzimos, restando a sua divulgação através de cartilhas, que serão editadas, enfatizando e esclarecendo:

1º) - A licitação é regra, constitucionalmente prevista - arts. 22, XXVII; 37,XXI e 173, § 2º, III. As exceções, somente as previstas em lei;

2º) – Princípios regedores da garantia da cidadania – CF, arts. 5º, 37 e 74, § 2º;

3º) – Publicização obrigatória – Lei 8.666, arts. 25/26, 22º 3º, 61, parágrafo único e o poder popular do art. 101;

4º) – Poder popular previsto na LRF, art. 73-A.

Resta-nos aguardar o certame nacional, onde somadas as proposições aprovadas, vamos fortalecer a participação do povo na gestão pública, última esperança para a mudança radical na gestão administrativa deste País, que vive a realizar "visitas, encontros, seminários, audiências e outros conclaves" que, além de gastar muito dinheiro com passagens e diárias, nada de prático e concreto deixam para mudança desse cenário.

Aliás, o Rio Grande do Norte, em particular Natal, vem sendo palco para reuniões de cúpula – Os Tribunais de Contas do País, onde foram apontados os projetos de mobilidade urbana como modelo! Também se reuniram os representantes do Ministério Público junto aos TCEs; os Tribunais Superior e Regionais do Trabalho e já se anuncia conclave dos Tribunais Eleitorais!

Parabéns. E os resultados práticos de tudo isso? A Arena das Dunas ainda não subiu à vista dos que por ali transitam. A mobilidade urbana só tem projeto. Hoje já se aponta novo escândalo aqui, na Câmara Municipal de Natal, em que empresa contratada tem endereço fantasma! E a cidade digital?

Agora é outro dia, prossegue a apuração sobre os pagamentos dos Precatórios. Vamos aguardar. Muitos desmentidos, mistérios e penumbras. Espereremos no que vai dar!

BREVE HISTÓRIA DO BRASIL
Novo livro do escritor PAULO PEREIRA DOS SANTOS

quinta-feira, 29 de março de 2012

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN DÁ POSSE A MAIS 17 MEMBROS NESTE 29-03-2011.


DR. JURANDYR NAVARRO
PRESIDENTE DO IHG/RN

C O N V I T E

O Presidente do IHG/RN- Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Dr. Jurandyr Navarro, tem a honra de convidar V.Sa. e família, para a solenidade de posse de novos associados daquela instituição , os quais serão saudados pela confreira Anna Maria Cascudo Barreto:

Alcydes Villar de Queiroz
Ângelo Mário Dantas
Anísio Marinho Neto
Bruna Rafaela de Lima
Geraldo Batista de Araújo
João Medeiros Filho
Joaquim Crispiniano Neto
José Augusto da Costa Júnior
Lêda Marinho Varela da Costa
Maria de Lourdes Fernandes Nóbrega
Naide Gouveia
Nelson Patriota
Paulo de Tarso Correia de Melo
Pedro Simões Neto
Rivaldo D´Oliveira
Ticiano Duarte

Data: 29-03-2012
Hora: 20h
Local: Instituto Histórico e Geográfico do RN,
Rua da Conceição - Cidade Alta - Vizinho à Antiga Catedral
Fone: (84) 3232 9728
A ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RN - ALEJURN
INICIA O SEU CALENDÁRIO DE EVENTOS 2012



A ALEJURN FARÁ HOMENAGENS AOS SEUS FUNDADORES FALECIDOS MANOEL BENÍCIO DE MELO SOBRINHO e ENÉLIO LIMA PETROVICH.
Será amanhã, dia 30-03, sexta-feira, às 10h, no Auditório da Procuradoria Geral do Estado, sito à, Av Afonso Pena, 1155, no Tirol, a Academia de Letras Jurídicas do RN - ALEJURN, dará início à sua programação anual, com a efetivação dos Necrológios dos sócios-fundadores:
 
Manoel Benício de Melo Sobrinho, será homenageado pelo confrade Luciano Alves da Nóbrega, e

 Enélio Lima Petrovich, cuja memória será relembrada pelo Presidente de Honra da ALEJURN, Jurandyr Navarro.

O PRESIDENTE ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS, - PRESIDENTE DA ALEJURN CONVIDA:
A presença de todos os componentes da Academia, bem como dos respectivos familiares dos ilustres homenageados, por certo transformarão o acontecimento num preito de gratidão de toda comunidade cultural do Rio Grande do Norte, em reconhecimento ao trabalho que foi desenvolvido pelos ilustres homens públicos, em prol das letras, das artes e da cultura como um todo .

quarta-feira, 28 de março de 2012


A verdade sobre o Forte dos Reis Magos.

Livro de Veríssimo de Melo confirma que Forte não foi obra de padre
Texto de Luiz Gonzaga Cortez.

A presidente da Fundação José Augusto, a assistente social e ex-professora da ESAM, Isaura Amélia Rosado, em entrevista concedida à jornalista Hayssa Pacheco, do Diário de Natal, anunciou hoje a instalação de uma “exposição histórica sobre a Fortaleza dos Reis Magos, quer vai contar a história do Forte”. Muito boa a iniciativa, mas será melhor, ainda, se a FJA procurar enfocar os autores e documentos que divergem da versão oficial sobre a autoria do projeto de sua construção, atribuído ao padre Gaspar de Sam Peres (ou Gaspar de Samperes?), um sacerdote jesuíta responsável por uma tosca, grosseira e inútil obra na boca da barra do rio Potengi. O que o referido padre fez mesmo foi obrar, pois o que “projetou” não agüentava nem um tiro de espingarda de soca. A Fortaleza dos Reis Magos foi desenhada e construída pelo Francisco de Frias da Mesquita, engenheiro-mor do Brasil, que acompanhou e fiscalizou, pessoalmente, todas as etapas dos serviços. Eu não sou o primeiro a escrever sobre Frias, não. Hoje, 16 de dezembro de 2006, tenho em mãos um exemplar do “Calendário Cultural e Histórico do Rio Grande do Norte”, de Veríssimo de Melo, editado pelo Conselho Estadual de Cultura-RN (Natal, 1976), que, na página 29, registra o seguinte: “6.1.1598 – Inicio da construção da atual Fortaleza dos Reis Magos, obra do engenheiro-mor Francisco Frias de Mesquita, sendo concluída entre 1614 e 1619”. Eis aí um “gancho” para os jornalistas e pesquisadores sobre as fontes que Veríssimo de Melo utilizou para escrever o seu calendário cultural e histórico.
Mas os folcloristas e historiadores do Rio Grande do Norte continuam escrevendo que foi o padre Gaspar quem construiu o forte.
Até hoje não encontrei os motivos para se omitir fontes bibliográficas brasileiras e portuguesas sobre o Forte dos Reis Magos, em Natal, considerado um dos principais pontos turísticos da capital.
Aqui, nos últimos anos, foram publicados vários livros e estudos sobre esse monumento histórico, inclusive “atlas” , mas continuam repetindo as velhas lorotas, de que a atual fortaleza foi projetada pelo padre Gaspar de Samperes.
Mas se acham que foi o Padre Samperes que construiu a fortaleza dos Reis Magos é porque não querem buscar fontes fidedignas e sérias que existem há muitos anos. Vou citar duas fontes, uma escrita e outra da Internet .A primeira é o Volume 9, de 1945, páginas 9 a 84, da Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, edição do antigo Ministério da Educação e Saúde, que publica ensaio sobre “Francisco de Frias da Mesquita, engenheiro-mor do Brasil”, de autoria de D. Clemente Maria da Silva-Nigra. O. S. B. Se o leitor acessar o sítio www.funceb.org.br vai encontrar mais informações a respeito ou ir direto a www.funceb.org.br/revista9/06_Frias-da-Mesquita.pdf. Lá, vocês vão saber que o padre Gaspar de Samperes fez o 1º projeto da Fortaleza dos Reis Magos, mas a atual edificação foi desenhada e executada diretamente por Frias da Mesquita. Na página 23 do ensaio de D. Clemente, quando se refere à fortaleza de Cabedelo, Paraíba, outro projeto de Frias, o autor escreveu o seguinte: “Semelhante à Reis Magos, a fortaleza fora construída com material precário; fabricada de huas (duas) taipas fraquíssimas em area solta, sem modo ou regra algua de fortificação pelo q não podia resistir a qualquer encontro de inimigos”. Em resumo, era uma construção feita de duas paredes de taipa, nas dunas (areia solta), que não tinha nada de fortificação militar. Compare a descrição de “duas taipas” para a magestosa fortificação de hoje, com corpo da guarda, prisões civis, calabouço militar, almoxarifado, depósitos, quartéis, cisternas, subidas para as baterias, prisões subterrâneas, casa do comandante, cozinha, estado-maior, capela e farol. O padre Samperes deixou uma tapera que não agüentaria um tiro de espingarda de soca. Frias da Mesquita deixou uma construção feita com cal, pedra e azeite mais forte, que substituiu o casebre de pau,barroepalha.
O PhD em arquitetura Augusto C. da Silva Telles, graduado em 1948, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro é o autor do texto do texto sobre os fortes das costas brasileiras projetados, desenhados, justificados (manuscritamente) e executados pelo engenheiro Francisco de Frias da Mesquita. Dr. Telles assegura que o governador D. Diogo de Menezes contratou o arquiteto português para construir o forte Natal, pois “o primeiro projeto foi projetado pelo padre jesuíta Gaspar Samperes, segundo Frei Vicente do Salvador, mas anos depois deteriorou-se”, antes de 1614, e que a edificação de Frias “ainda se conserva no local, próximo da cidade de Natal”. Augusto Telles, na extensa bibliografia, cita Gaspar Barléus, Vitterbo Souza, Silva Nigra, Diogo de Campos Moreno, Francisco Adolfo Varnhagen, Frei Vicente do Salvador e Pedro Calmom, entre outros. Frias da Mesquita construiu os fortes da Laje (Recife), do Mar (Salvador), São Diogo (Salvador), São Mateus (Cabo Frio-RJ), São Felipe, São Francisco e São José(São Luís do Maranhão), Santa Catarina (Cabedelo-PB), além de igrejas e mosteiros noBrasil.
Não acredito que o arquiteto Augusto C. da Silva Telles esteja equivocado.Creio que os folcloristas potiguares estão incorretos sobre a autoria do projeto e que a FJA poderia se aprofundar nas pesquisas pertinentes, examinando as anotações de Francisco de Frias da Mesquita, publicadas no volume 9 da revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, de 1945. Eu tenho um exemplar da revista, apesar de parcialmente danificado, mas são boas as reproduções das anotações de Frias sobre a Fortaleza dos Reis Magos. Você duvida? Ou você quer continuar com a mania estalinista de adulterar e distorcer os fatos históricos?
_____________________
*Jornalista e pesquisador
Fonte: Google. Artigo escrito em 2006.
(Artigo publicado em jornais de Natal e no blog candelariaeasuarealidade.blogspot.com)
DUAS BAIXAS NA CULTURA POTIGUAR

Registramos, com pesar, o falecimento de dois potiguares ilustres:
A cantora Ademilde Fonseca, a 'Rainha do Chorinho', com 91 anos de idade e 71 de carreira sofreu um mal súbito em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Conhecida com a Rainha do Choro, ela já se tratava de problemas cardíacos, mas ainda continuava atuando, com moderação e viria a Natal para ser homenageada no "Dia do Chorinho". No ano passado, representada pela sua filha, cantora Eimar Fonseca, recebeu o tótulo de sócia honorária da Academia Macaibense de Letras, posto que nascida em Pirituba, no município de São Gonçalo do Amarante, que na época do seu nascimento pertencia a Macaíba.
Segundo a neta Ana Cristina, Ademilde Fonseca, no último fim de semana ela fez shows em Porto Alegre. Na véspera de sua morte, havia gravado dois programas para a Globo News. 
Ademilde Fonseca Delfino marcou a história da música brasileira com interpretações a consagraram como a maior intérprete do choro, gênero da música popular e instrumental brasileira. Trabalhou por mais de dez anos na extinta TV Tupi e seis discos renderam mais de meio milhão de cópias. Também fez parte do notável elenco da Rádio Nacional.
Regravou grandes sucessos internacionais e se apresentou em outros países. Ela é considerada a criadora do choro cantado e também foi a primeira cantora nordestina a encantar o país com esse gênero. A cantora contou em recente entrevista que a música 'Tico-Tico no Fubá' foi a primeira canção em que colocou letra em um chorinho.
Deixou, além da filha, três netas e quatro bisnetos e uma saudade imensa aos seus milhares de fãs.


 
No mesmo dia, a cultura potiguar perde o escritor Timbaubense José Gurgel Guará, aos 90 anos, no Natal Hospital Center, onde estava internado por consequências de um AVC.
De extenso currículo, foi advogado, professor de Letras da UFRN, oficial do Exército, trabalhou como repórter nesta Tribuna do Norte na década de 1960. Atleta da natação, defendeu as cores do Clube de Regatas Flamengo. Presidiu a Federação Aquática Norte-Riograndense. Era membro do Lions Clube de Natal Potengi.
Era autor de obras literárias e reconhecido como um patriota, com permantes gestos de amor ao Brasil e aos seus símbolos, notadamente a Bandeira Brasileira.
Foi sócio fundador do Instituto Norteriograndense de Genealogia e no dia 10 de maio, será homenageado nas comemorações do Jubileu de Ouro de emancipação da sua cidade Timbaúba dos Batistas.
Nossa Cultura está mais pobre.
Rogamos ao Criador pelas almas dos dois pranteados filhos do Rio Grande do Norte.






1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social - Consocial
(RESUMO da Conferência Estadual)

Número de participantes (março 15/16)
- Sociedade civil: 96
- Poder público: 44
- Conselho de políticas públicas: 29
- Convidados: 73
- Observadores: 3

2.1. Diretriz/Proposta mais priorizada de cada eixo

Eixo Proposta

1 Realizar capacitações periódicas para os servidores que lidam com os recursos públicos para que possam tornar os dados mais claros, de maneira que passem a ser multiplicadores desse conhecimento para os Conselhos de Políticas Públicas e a população em geral, para que todos compreendam facilmente como acontece a distribuição de recursos e organização do orçamento público, em todos os níveis de governo.

2 Criar Conselho de Transparência e Controle Social da Gestão Pública, em todos os níveis de governo, para a fiscalização e controle de recursos públicos e prestações de contas.

3 Garantir a participação dos Conselhos de Políticas Públicas na construção e fiscalização do PPA, LOA e LDO, em conjunto com o Poder Executivo, nas três esferas de governo.

4 Fortalecer o Sistema de Proteção à Testemunha/Denunciante, assegurando as condições para a integridade total do denunciante, nos casos que envolvam corrupção.

2.2. Demais Diretrizes/Propostas priorizadas

Ordem de prioridade Eixo Proposta

5 4 Garantir a participação popular com a criação do Conselho de Licitação

para acompanhar a Comissão de Licitação nos procedimentos licitatórios, como forma de fomentar a participação da sociedade nestes procedimentos licitatórios, exigindo a transparência legalmente prevista e obrigatória.

6 4 Criar Sistema Nacional de Ouvidoria, assegurando autonomia na escolha e
exercício do cargo de ouvidor, com eleição através do respectivo Conselho de Controle Social.

7 4 Realizar a capacitação e qualificação das comunidades para o controle social e transparência como objeto de combate à corrupção, utilizando instrumentos didáticos como cartilhas, gibis, manuais e atividades lúdicas.

8 2 Extensão dos efeitos da Lei Complementar Federal nº 135/2011 (Lei da ficha Limpa) quanto à nomeação de cargos comissionados, nos três níveis do governo e nas esferas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

2 Implantar no curriculum escolar (fundamental, médio e superior) disciplina específica ou nos temas transversais as temáticas sobre transparência e controle social.

10 1 Criar links nas páginas (sites) das prefeituras para acesso às contas das
despesas e investimentos municipais, tornando as informações dos dados de forma simples e inteligível aos cidadãos na forma da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

11 3 Implementar o Conselho de Segurança Pública, contemplando o Plano
Nacional de Segurança com Cidadania.

12 4 Tipificar corrupção como crime hediondo, criando legislação específica que priorize julgamento de crimes de improbidade administrativa com penas
mais severas aos gestores que fazem mau uso dos recursos públicos, assegurando ao Poder Judiciário mecanismos que proporcionem a devolução imediata do dinheiro público decorrente de atos de corrupção.

13 2 Criar fundo para financiamento e manutenção do controle social nas três
esferas de governo.

14 1 Criar o Conselho de Gestão Fiscal e Transparência na União, nos Estados
e nos Municípios.

15 3 Criar escolas de formação de conselheiros em âmbito regional.

16 1 Estimular as esferas de governo a implantar um projeto de humanização e
qualificação entre os servidores públicos de seus órgãos para atendimento ao público.

17 1 Desvincular as concessões da mídia para pessoas que exerçam ou concorram a cargos eletivos e seus respectivos familiares, com parentesco até 3º grau.

18 3 Conceder ao conselheiro de políticas públicas a oportunidade na inscrição gratuita em concursos públicos, como forma de reconhecimento pelo
trabalho de relevância pública prestado, e assim, estimular a participação nos conselhos.

19 4 Garantir que o dinheiro público decorrente da devolução de atos de corrupção seja revertido em investimentos prioritários de saúde, educação e estratégia de combate às drogas.

20 4 Realizar concurso público para contador dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federados, garantindo independência dos registros contábeis, orçamentários, financeiros, patrimoniais e de custos, de acordo com as exigências das normas aplicadas ao Setor Público, acabnado definitivamente com a terceirização desse serviço.

terça-feira, 27 de março de 2012

VITÓRIA, VITÓRIA
Começam hoje as solenidades de formatura da nossa amiga MARIA ALBANIZIA SILVA CARVALHO, a querida "Banban". PARABÉNS.

segunda-feira, 26 de março de 2012


PAULO, simplesmente PAULINHO

Não era pessoa do meu cícrulo de amizade, apenas o conhecia do Banco do Brasil, mas sempre foi cordial comigo e me tratava pelo meu nome - Dr. Carlos Gomes.
Diariamente ficava nas cadeiras da lanchonete do Nordestão - Tirol e, quando mais apressado por ele passava, o tradicional gesto dos dois polegares erguidos.
Tomei conhecimento de sua morte por um texto de João da Mata Costa, postado pelo Sebo Vermelho.
Pouco sabia de sua história, mas o texto recebido dá uma pista de muita coisa de sua vida:

"Paulinho, Grande Paulinho...

Meu amigo de sebos e bares morreu. Ninguém sabe como. Morando sozinho não tinha ninguém para testemunhar o triste desenlace. O corpo só foi encontrado três dias depois da morte.
Um grande boêmio conhecia todos os bares. Inconveniente algumas vezes naquilo que a solidão aporrinha e dói.
Carente nos seus tantos anos de muita farra. Tomava cana e pagava bebida para todo mundo. Seu ultimo rastro ele deixou no sebo de Abimael quando no ultimo sábado esteve lá - como sempre fazia - tomando sua caninha com tangerina. A tangerina ainda estava lá, mas de Paulinho só a saudade e as muitas lembranças.
Galanteador brincava com todas as mulheres. A algumas ele propunha casamento. Dizia que daria tudo. Muito simpático e bonachão, conhecia bem a cidade que ele sorveu em largos tragos. Caia algumas vezes da cadeira.
Os donos de bar cobravam o que queria por suas doses. No antigo Bar do Nazi ele tinha a sua cota. Todos nós tentávamos regular a cachaça de Paulinho. Ele bebia todas e ficava inconveniente a partir da segunda lata de Pitu. Elogiava o peito da mulher do amigo. Dizia gostar de Lenita.
Outras vezes sacava a plenos pulmões: – eu quero o seu ...
Aposentado do Banco do Brasil ganhava bem para viver a sua solidão. De alguns lugares foi expulso. Certa vez isso aconteceu ao tomar banho nu na piscina da AABB. Outra vez mijou sobre os pratos vazios e copos de um bar.
– Porra, Paulinho disse um amigo!
E Paulinho ficava só, e sua pena não era maior porque tinha dinheiro para pagar tudo. Um dos maiores graus de loucura é quando alguém rasga ou joga dinheiro fora – dizem os entendidos. Certa vez Paulinho foi posto a teste e alguém o provocou – Quero ver você rasgar dinheiro! Pois, Paulinho rebolou dinheiro fora em plena Avenida Deodoro. Outra vez amanheceu nu numa calçada. Essa mania de bêbado ficar nu e lascivo, nunca entendi.
Enfim, Paulinho foi embora e nos deixou mais só. Alguns ficarão sem sua dose. Eu ficarei com a sua lembrança mais terna de alguém muito amigo e solitário. Inconveniente para alguns. Na ultima feira de livro na UFRN ele tomou todas e falava com cada pessoa ou aluno que transitava nos corredores. A cidade alta perde um dos seus últimos grandes boêmios.
Aquela laranja ninguém teve coragem de comer. A cerveja de hoje estava diferente, mesmo com todos os amigos. A caetana esgoelava suas garras. O cheiro de morte no ar e esse calor dos infernos de Dante."

Postado por SEBO VERMELHO às 15:27 (Domingo, 25 de março)

Para mim a imagem que ficou é um pouco diferente. Nunca o vi bêbado, mas sempre muito alegre. Parecia-me alguém que sobrevivia de crises passadas. Simpático. Sempre que passar pela lanchonete do Nordestão estarei estendendo o polegar em sua homenagem.
A GRANDE BIBI FERREIRA
PELO AMOR QUE VOCÊ TEM A ARTE MUSICAL E A CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE; REPASSE PARA TODOS SEUS ENDEREÇOS. NÃO DEIXE DE ENVIAR. MOSTRE QUE VC AMA A ARTE.


Recebi a seguinte mensagem de um dos músicos concursados da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Por considerar o relato importante, leio o texto na íntegra:

Caríssimo jornalista, Diógenes Dantas.

Venho recorrer a você para pedir sua ajuda, pois sempre acompanhei seu trabalho profícuo como profissional da mídia no nosso Estado, e também como formador de opinião. Assim, venho denunciar a situação decadente que vive a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte.

Na condição de músico efetivo da OSRN, concursado desde 1988, nunca vivi uma situação como a atual. No último dia 05 de março, segunda-feira, ao voltarmos de nossas férias anuais, na nossa primeira reunião de trabalho (ensaio), recebemos a deprimente notícia dada pelo nosso então maestro, Padre Pedro Ferreira, que estaria renunciando ao cargo, ou seja, pedindo exoneração por ter conversado com a Governadora [Rosalba Ciarlini] e esta, por sua vez, não ter dado nenhuma esperança de condições favoráveis de trabalho para a OSRN em 2012. Assim, diante de tal situação o maestro renunciou perante os aproximadamente 50 músicos presentes.

No mesmo ensaio, o subcoordenador administrativo da OSRN, Sr. Marinho, disse que não havia por parte da Fundação José Augusto, Órgão gestor da OSRN, nenhuma proposta ou perspectiva de concertos atualmente, e que, portanto, estaria entregando o cargo também!

Caro jornalista, estamos presenciando um total descaso com uma Orquestra que tanto produziu artisticamente para esse Estado. Pessoas despreparadas e sem o menor conhecimento musical sinfônico estão prestes a acabar com o grupo musical erudito que sempre foi referência no RN e no Nordeste.

A OSRN já fez gloriosos concertos com grandes nomes da música brasileira e realizou grandes espetáculos que maravilharam os mais diversos públicos. Isso é levar cultura de boa qualidade para o povo, o que é uma obrigação constitucional do Estado.

Não escondo a minha indignação diante dessa atual situação. Já tocamos e gravamos CDs com nomes como, Sivuca (in memorian), Moraes Moreira, Dominguinhos, Canhoto, Geraldo Azevedo e outros mais.

No governo anterior fizemos uma turnê levando boa música durante uma semana para o alto oeste do nosso Estado, e lá podemos ver pessoas que nunca haviam visto e ouvido uma orquestra sinfônica chorar de emoção.

Já realizamos centenas de concertos didáticos para a rede pública e privada de ensino. Já emocionamos milhares de mães com concertos na Cidade da criança e no Bosque dos namorados no seu dia. Realizamos maravilhosos concertos de final de ano juntamente com o Coral Canto do Povo - vale ressaltar que por falta de perspectiva de trabalho o Pe. Pedro também renunciou a regência do coral, na última quinta-feira. Eu pergunto: como pode um governo desprestigiar e desprezar grupos musicais de tamanha importância? Só não conhecendo uma orquestra e um coral sinfônicos.

Sou músico profissional desde muito jovem e já tenho 25 anos de OSRN, mas nunca vi uma administração tão sem compromisso com a OSRN. Temos hoje uma Fundação enfraquecida e uma Secretaria de Cultura fictícia que nada faz acontecer.

Peço sua ajuda, caro jornalista. Ajude-nos a continuar fazendo o que sabemos: tocar boa música para o povo.

Natal, 12 de março de 2012.

Paulo Henrique A. Lima
Músico titular da OSRN


Nota do editor: Não adianta exaltar a cultura de um povo apenas em discurso de campanha eleitoral ou na propaganda de TV. É preciso fazer muito mais. A Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte presta relevantes serviços ao povo do Estado. E não deveria passar por instantes de incerteza e de falta de investimentos. O alerta está dado: a Orquestra Sinfônica do Estado pede socorro. Ela vive um de seus piores momentos.

Triste é o povo que não preserva suas tradições culturais!

Marcus Sobrinho

domingo, 25 de março de 2012

CÂNTICOS DA NOSSA TERRA
José Ivam Pinheiro


Poema em Homenagem ao Dia da Água - 22.03.2012

EM NOME DE TODA ÁGUA

Água, essa vida líquida e imprescindível,
Quando no leito é cama aflorando amor.
Feito mineral da sede em fonte de serra,
logo que nasce é rebento do rio que for.

De povos sedentos é magia tão sonhada
Às vezes, é capital de sede de maldades.
Percentualmente, dois por cento é doce
água, bebida que desenvolvem cidades.

Nutre os animais e sustenta os vegetais
Depois do uso, tão obtusa se faz servida.
Não rio mais, só choro na lágrima do ser
Se o homem não guardar o sopro da vida.

Há incríveis recursos naturais no planeta:
Os aquíferos subterrâneos tão magníficos.
Existe riqueza de beber ou tristeza de ver
muita chuva e inundações são precipícios.

O rio é corpo d’água que no mar deságua.
Seja estuário do atlântico ou pacifico é ar.
É água evaporando ao sol - ciclo da chuva
que retorna ao chão e sacia a sede que há.

As geleiras polares são águas na natureza
de dificílimo aproveitamento pelo homem.
Amazonas, Oceanos, Nilo, Lagos e represa.
Tudo tem sua beleza – a água é seu nome.

CANTO DE AMIZADE
Francisco Martins
O escritor Diógenes da Cunha Lima, Presidente da Academia Norte Rio Grandense de Letras, celebrou 50 anos de vida profissional no ramo da advocacia. Ele recebeu muitas e justas homenagens. Também quiz presenteá-lo, e fiz para ele o CANTO DE AMIZADE, inserindo cada título dos seus livros dentro deste poema, feito em septilhas, onde a rima acontece na terceira, quarta e sétima linha de cada estrofe.

Vou lhe contar de um sonho
Que eu tive esta noite
Não sei bem o que se deu
Mas meu peito derreteu
Nele eu vi um homem-anjo
Fugindo do Paraíso
Pra servir o povo seu.

Ele trouxe uma lua,
Não uma lua qualquer
Uma lua quatro vezes sol
Cujos raios em arrebol
Tocam o homem em sua alma
No mais profundo do ser
e o levam ao farol.

Farol da sabedoria.
Das poesias e dos livros
Onde a vida que cria
Lhe pede sem agonia
Um instrumento dúctil.
Quando aqui ele chegou
Procurou a “academia”.

Este sonho enlouqueceu?
O certo não seria Cascudo,
Que ao pai prometeu,
Conhecer o filho seu?
Sim, Câmara Cascudo,
Um Brasileiro Feliz.
Prontamente o atendeu.

E aquele nosso homem
Qual um pássaro a voar
No seu Corpo Breve
Ele mesmo prescreve
O desejo de sonhar.
Sonhar com coisas altas
E não apenas semibreve.

Em suas mãos a pena
Na cabeça mil palavras
No coração o desejo
“Ser grande homem eu almejo”.
E se pôs a observar.
Cada rosto, cada frase, todo olhar
Tudo nele era cortejo.

Mas como a vida é dinâmica
O nosso anjo humano
Queria o mundo pintar
E sua curiosidade se pôs a aguçar.
- O que queres aprender?
Perguntou alguém sem querer.
“- Quero só pintar e adicionar”.

Eu sei quem pode te ajudar.
Por aqui há um pintor
Ele morar em algum lugar
Espere, deixe-me pensar
Ele é conhecido como
O Homem que pintava cavalos azuis
Onde ele está? Disse o homem a indagar.

Pegue a rua da Tendresse,
Do mais puro sentimento.
Na cidade de Natal poemas e canções
Leve suas emoções.
Lá o encontras, com certeza, assim verás
Lendo poemas versus prelúdios
Mas, cuidado, com os alçapões.

Nosso homem assim se foi
Pensando em tudo aquilo
Que ainda aprenderia
E qual não foi sua alegria
Quando as idéias que lhe moviam,
Os pássaros da memória,
Lhes trouxeram calmaria.

Eram tantas as perguntas.
Quem ousaria saber,
Tudo o que precisava dizer
Antes mesmo do anoitecer?
O livro das respostas
Seria sua aposta
Outra fonte não poderia ter.

E aquele homem amigo
Amou a cidade presépio
Como quem ama o eterno,
O colo mais puro e materno.
Por isso escreveu
Natal biografia de uma cidade
E ao povo foi fraterno.

Mas “bem sabe o pintor”
Que na memória das cores
O preto, a dor, a morte
É sempre um transporte
Que leva e traz
Solidão, solidões
Neste eterno passaporte.

E assim, nesta jornada,
Ele pode percorrer , sua existência,
Marcar suas estações
Alcançar suas posições.
Era o trem, não o seu, o dele,
“o trem da minha vida”
Em suas palpitações.

E por entre dunas e baobás,
Nosso homem assim vai
Seu desejo aumenta mais e mais
Suas mãos são castiçais,
Sua vida tem a beleza das xananas
Quem as vê
Não esquece jamais.

Esquecer? Por que?
Diz o poeta na sua filosofia
Quem pode esquecer o que ama
Principalmente quando a alma se derrama,
E mergulha nas memória das águas,
Riqueza sensorial, tesouro sem igual,
Onde todo nosso ser se inflama.

E se preciso for, independente da cor,
O poeta é capaz de numa nave
Com a avó e o disco voador
Sobrevoar natal em todo seu esplendor.
E sob um olhar azul, de alguém tão especial, o homens da letras,
Louvará o criador.

A jornada é mais que cinqüentenária.
Houve encontro com o colecionador de perguntas e o poeta
e ele que não é profeta
traz o trem das crianças,
razão da nossa esperança
orgulho deste planeta.

Eu despertei do meu sono,
E ainda vi lá no sonho
O semeador de alegria.
Que tanto enaltecia
O anjo eremita,
Portador da bondade,
Imortal da academia.

E agora José? Que farei?
Voltarei ao sono, tão belo e santo.
Isto não é nada científico,
Mas creiam, foi o magnífico
Dos sonhos da minha vida.
E para torná-lo real eu leio
Natal uma nova biografia.


VERDE, SEMPRE TE QUERO VERDE.
(AO CEARÁ-MIRIM)
Lúcia Helena Pereira

VERDE - sempre te quero verde
Vestido de esperança e dourado de sol
VERDE - sempre te quero verde
Brilhando na chuva e espreguiçando-se ao vento
VERDE - sempre te quero verde
Iluminado e festivo
Comemorando história e preservando lembranças.

VERDE - sempre te quero verde
Exibindo casarões, praças e ruas
Patrimônios de antigas nobrezas.

VERDE - sempre te quero verde
Impetuoso, destemido e alvissareiro
Na travessia dos séculos.

VERDE - sempre te quero verde
Na memória dos teus filhos ilustres
Uns distantes, outros próximos do coração.

VERDE - sempre te quero verde
Coberto pelo aroma fresco das matas
E banhado pelos rios serenos
Onde sussurram as sinfonias do tempo.

VERDE - sempre te quero verde
Embelezando-se no Oiteiro, Guaporé,
Santa Águeda, Verde - Nasce,
Mucuripe e Solar Antunes.

VERDE - sempre te quero verde
Na Usina São Francisco, Ilha Bela,
No Cumbe e no Diamante.

VERDE - sempre te quero verde
Nas águas misteriosas e perfumadas dos olheiros
No rio Água Azul e do rio Ceará-Mirim.
VERDE da casa - grande, onde corri meus passos de criança,
E bebi água de poço refletindo a minha vida!

VERDE - sempre te quero verde
Anunciando alegrias e acordando saudades
Nas águas límpidas de tantos rios poéticos.

VERDE de memoráveis figuras
José Antunes de Oliveira e Joana Soares
Madalena Antunes e Olympio Varella
Raimundo Pereira Pacheco e Olympia Pacheco
Juvenal Antunes de Oliveira, Ezequiel e Etelvina.

VERDE de Nilo de Oliveira Pereira.
Edgar Varela e Edgar Barbosa,
De Roberto Pereira Varela e Rui Pereira Júnior,
De Adele de Oliveira e dr. Abner de Brito.
VERDE de José Augusto Meira, Clóvis, Silvio,
De Gracilde Correia de Melo, Idalina Correira Pacheco

Ceará-Mirim dos meus pais:
Abel Antunes Pereira e Áurea Pacheco Pereira.
Dos meus tios de belas lembranças e ricas histórias:
Ruy Antunes Pereira e Odete,
Vicente Ignácio Pereira e Maria,
Antonieta Pereira Varella e Luís
E Joana D´Arc Pereira do Couto.

VERDE de Augusto Vaz Neto e Lurdéca
De Herbert Washington Dantas
De Manoel Varela do Nascimento e Bernarda.

Verde de Piô e Maroca, de Quincas e Lebre,
De Chiquinha e Bililiu,
Do compadre Joaquim Gomes,
De dona Biluca e Valdinha
Verde de Franklin Jorge.

VERDE - resplendente verde,
Do Major Onofre Soares, De Dr. Percílio Alves e dona Esmeralda
De Gibson Machado, Franklin Marinho, Agnelo Alves,
Esteferson Sandis e Márcia Ferreira, estudiosos do vale.
Ceará-Mirim que tem a sua Academia de Letras,
Pelas mãos cuidadosas do seu Dom Quixote do vale,
Dr. Pedro Simões Neto - ALELUIA!!!

A cidade verde, de canavial ondulante,
De oiticicas cheirosas, manacás, umburanas,
Palmeiras imperiais, acácias de muitas cores,
E da mais bela flor-verde: o brilho canavieiro.
Ceará-Mirim linda criança,
Descoberta em 1759 e através de alvará
Denominada como Boca da Mata,
Visitada e explorada
E foi em 1882 que a Lei 837 deu-lhe foros de cidade
E ela passou a chamar-se Vila de Ceará-Mirim.

Em julho de cada ano ela faz aniversário
E se engalana
para festejar
O seu verde alvissareiro e iluminado,
Brilhando nas asas dos araraús
Passeando pelo infinito com asas de melodias
Repercutidas nas sinfonias siderais,
E no inigualável som do poético dobre dos sinos
Da Matriz de N.Sra. da Conceição
Ecoando pelo vale!

Ceará - Mirim, sempre VERDE!
É assim que eu te quero
E quem quiser se incomode com a sinhá-moça
Do Oiteiro, que exaltou sua história,
E Nilo Pereira e Edgar Barbosa terem mimoseado
A linda e verdejante paisagem,
Que Pedro Simões e eu cantamos sempre e mais,
Lamentando, do fundo de nossas almas,
Aqueles que jamais tiveram o seu Rio de Água Azul,
Ou mesmo um canavial... orquestrando suas saudade!

Ceará-Mirim - o eterno som de uma cor de luz,
De um verde sempre vivo,
Do simbolismo rural, dos engenhos que morreram,
E de outros que ressuscitam
E o dobre dos sinos da Matriz iluminada
Cantam e exultam louvores à Senhora da Conceição!


DESDÊMONA
Apontamentos revelados (suíte)
Ciro José Tavares

“Não permitam os céus que vosso amor e nossa
felicidade cessem de crescer antes que terminem nossos dias !”
William Shakespeare, in Otelo Ato II

Num disciplinado canto o rouxinol,
arauto da manhã pousado nas réstias dos primeiros raios,
parecia pedir que diáfanas cortinas fossem afastadas,
janelas abertas para despertar a luz
na nudez marfim e perfumada do teu corpo.
Presos um ao outro escutávamos
o farfalhar do vento nos salgueiros,
inebriados pelo aroma suave soprado dos jacintos.
Para renascer fugi da dor e do eclipse,
submerso numa fonte de lágrimas emergi,
envolto num ambiente de sombras vim ao sol.
A esperança que tanto tempo nos alimentou,
a mesma que nos fez astros opacos na distância,
até que Cloto na roca de prata entrelaçou,
os fios dos destinos além do esquecimento.


CINCO PUROS
Horácio Paiva - UBE/RN

EM PAZ

Deitada entre as flores, mãe,
parecias voltar
aos teus vinte anos.

PLENILÚNIO

Madrugada de plenilúnio:
canta o luar
ou o galo

CLARO/ESCURO

Desvendamos ou criamos mistérios?
Quem a vida perdoa é mais feliz?
Cada dia, a iluminação.
Cada noite, o esquecimento.

VIA LÁCTEA

O vento lá fora geme
colhendo
estrelas mortas

NATIVIDADE

Luz na estrebaria:
sobre as dores do mundo
o olhar de Maria.