sábado, 25 de agosto de 2018

25 DE AGOSTO - DIA DO SOLDADO





O Dia do Soldado é comemorado, no Brasil, em 25 de agosto porque foi nesse dia que nasceu o patrono do exército brasileiro, Duque de Caxias.
O Dia do Soldado busca homenagear o empenho dos soldados do Exército Brasileiro em proteger a nação.
No Brasil, aos 25 dias do mês de agosto, comemora-se o Dia do Soldado. Essa comemoração faz referência à data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 1803. O renomado oficial foi considerado o patrono do Exército Brasileiro e, pela honra desse título, o Dia do Soldado constitui-se como uma homenagem ao seu nascimento.
Luís Alves nasceu em uma fazenda da então Capitania do Rio de Janeiro. Era herdeiro de uma família da aristocracia militar portuguesa. Seu pai serviu ao exército português no Brasil, que, à época do nascimento do futuro duque, em 1803, estava na iminência de um choque contra as forças napoleônicas na Europa, o que resultaria na mudança da família real portuguesa para o Brasil. A vinda da família real para o Brasil, a elevação do país à categoria de Reino Unido e a futura independência, em 1822, transformaram a vida de Luís Alves.
Quando o Brasil tornou-se independente e adotou o modelo imperial de governo, sob a liderança de D. Pedro I, as forças militares também começaram a passar por uma transformação e associaram-se à figura do imperador brasileiro e às novas instituições criadas sob a égide da Constituição Imperial de 1824. Anos mais tarde, sobretudo no Período Regencial, quando, a partir do ano de 1838, começaram a estourar várias revoltas de teor separatista no Brasil, o Duque de Caxias já era um oficial respeitado e conseguiu uma enorme projeção por comandar exitosamente a dissipação de várias dessas revoltas.
Nesse período, especificamente no ano de 1841, Caxias recebeu seu primeiro título nobiliárquico, o de Barão de Caxias, que faz referência à cidade maranhense de Caxias, onde o exército imperial conseguiu uma de suas mais célebres vitórias. Ao longo do Segundo Reinado, Caxias teve a sua posição de nobre elevada para conde, marquês e, por fim, duque.
Duque de Caxias, herói nacional da Guerra do Paraguai, é considerado o patrono do Exército Brasileiro*
Além disso, Caxias foi senador do Império pelo Rio Grande do Sul, província para a qual também foi nomeado por Dom Pedro II comandante-em-chefe do Exército em operações. Nas fronteiras do Sul do país, a partir de 1852, Caxias esteve à frente das represálias contra as investidas de Argentina e Uruguai ao Brasil. Ao lado de outros comandantes célebres, como o general Osório, o Duque conseguiu grandes vitórias sobre as tropas do ditador paraguaio Solano Lopez entre os anos de 1866 e 1868, naquela que foi a maior guerra já vista na América do Sul, a Guerra do Paraguai.
Caxias faleceu em 1878 e até hoje sua memória é lembrada não apenas no Dia do Soldado, mas também em vários rituais e cerimônias do Exército Brasileiro, com o uso de uma réplica do seu espadim pelos oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras.

Por Me. Cláudio Fernandes

domingo, 19 de agosto de 2018

Q U I N T A C U L T U R A L



A QUINTA CULTURAL DO IHGRN - SUCESSO TOTAL.


No último dia 16, o INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE viveu um dos seus grandes momentos de cultura histórica, com a excelente exposição do Arquiteto, artista plástico, escultor em madeira e escritor JOÃO MAURÍCIO, da tradicional família MIRANDA HENRIQUES, que encantou aos que compareceram ao evento, lotando o salão nobre da Instituição.

O tema desenvolvido foi por demais sugestivo: "FELIZ É A CIDADE DE ROMA", justificado pela exibição de fotos dos prédios mais importantes da cidade e que sofreram intervenções inadequadas, ou estão sem conservação, em contraste com a cidade de Roma, que preserva o seu patrimônio arquitetônico e dele faz o uso adequado.

Em seguida, apresentamos flagrantes da ilustrativa palestra:

O Presidente ORMUZ abre o evento

Em seguida, o Diretor Orador LÍVIO OLIVEIRA faz a apresentação do palestrante, com a leitura de um texto preparado pelo Assessor da Presidência, primo do palestrante, que por motivo de enfermidade súbita não pôde comparecer, assim deduzido:

QUINTA CULTURAL – IHGRN – NATAL 16/8/2018
APRESENTAÇÃO DO PALESTRANTE JOÃO MAURÍCIO

            JOÃO MAURÍCIO já seria suficiente para apresentar um profissional consagrado nas plagas potiguares. Contudo, a obrigação protocolar exige dizer sobre JOÃO MAURÍCIO FERNANDES DE MIRANDA, por sinal meu primo, é natalense de quase 85 anos, a completar na próxima semana (dia 24), posto que nascido em 1933.
            Veio ao mundo pelas mãos da parteira Dona Adelaide Cavalcanti, a mesma que muitas vezes foi requisitada pela família MIRANDA HENRIQUES, gente de sangue quente e fazedor de gente (até rimou).
            Menino irrequieto, herdou os predicados da competência, dedicação e honestidade dos seus pais (meus padrinhos) João Virgílio de Miranda e Dona Lili (Olívia Fernandes de Miranda), e os conserva até os dias presentes, ainda que relutante combatendo os moinhos de vento trazidos pela modernidade que se espelha em valores diferentes – oportunismo, ganância e falta de ética.
            João Maurício, por muitos anos, fez parte da geografia sentimental da Avenida Deodoro, 480, que recentemente começou a ser demolida, apagando o exercício da minha memória quando por ali sempre passo.
            Começou a ser alfabetizado no tempo da palmatória, quando eu era preparado para nascer, depois foi fazer parte da linhagem dos meninos do Marista.
            Viveu o clima da 2ª Grande Guerra, praticou remo no Centro Náutico Potengi (eu também o fiz), viveu a Natal do após guerra, ressurgindo como a era de ouro e em 1950 entrou na vida (profissional é claro), quando galgou seu primeiro emprego na Prefeitura de Natal, ganhando a afortunada remuneração de Cr$ 40,00. Foi para o Rio morar (de avião e não num Ita, como meu irmão Moacyr) e em lá chegando foi recepcionado em 14 de abril de 1953, exatamente por aquele primo que já se encontrava na Cidade Maravilhosa.
Hospedou-se, inicialmente, na pensão de Dona Antonieta, na Rua Conde de Baependi, quase num porão, pois da janela tinha acesso, apenas, às belas pernas das cariocas. Ali terminou o científico e o preparatório que o levou à Escola Nacional de Engenharia.
Chegou a se perder no emaranhado da cidade grande e encontrou o caminho de volta através da polícia, que deixou o pau de arara no Catete ao vislumbrar o prédio de sua morada.
Por ironia e sorte encontrou dois natalenses – Debussy e Ebenezer que lhe ofereceram trabalho como marceneiro, onde começou a aprender a arte do entalhe com a madeira, que lhe fez artista posteriormente, responsável por miniaturas de embarcações históricas. Seus ganhos passaram para o patamar de Cr$ 4.000,00, o bastante para pensar em deixar a Prefeitura, de onde estava licenciado.
Reminiscências de lado, formou-se em 1961, já casado e pai de Ana Maria e João Luiz. Regressa a Natal a convite de Aluizio Alves e em 1962 nasce João Henrique. Um pouco antes o mesmo acontecera com o primo Moacyr, convocado por Dinarte Mariz – que eram políticos em colisão, mas que não influíram na união dos dois e mais Daniel Holanda para aqui fundarem a PLANARQ.
Muito trabalho, muitos projetos, inúmeras realizações, mesmo com o entrave de 1964. Em 1965 a empresa perde Moacyr que foi cumprir a sua sina na construção do Castelão, mas continua firme com Daniel. Acontece o seu ingresso na UFRN, onde fez uma rica trajetória, sendo autor do Marco e da Capela do Campus e daí em diante, no dizer de Camões: ...Se mais mundo houvera, lá chegara...
Sua casa e atelier é na Rua Princesa Isabel, 438, nas cercanias de sua infância, onde pratica sua arte na construção de embarcações, em desenhos, pinturas, lendo e escrevendo livros, além da sua missão natural de projetos arquitetônicos, recebendo ali os seus parentes, amigos, clientes, curtindo sua esposa e seus netinhos.
Aposentadoria? O que? Arquiteto não se aposenta!
E já falei demais e João Maurício deve estar impaciente. “Ora direis ouvir a palavra do Grande arquiteto”.
É só, obrigado.
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES

Honras ao palestrante

 
Assistência atenta aos detalhes

João Maurício apresenta o cenário do que será abordado


A velha construção da esquina da Rio Branco com a João Pessoa


Primeiro Plano Diretor

O Machadão (demolido)

 A M I G O S





   P A R A B É N S




 DEJETEI, ESTOU PRESO?

 Berilo de Castro

DEJETEI, ESTOU PRESO? –
 A vida nos traz momentos de muita perplexidade. Coisas do cotidiano da vida. Fatos inusitados e algumas vezes  hilariantes.
Acompanhei agora pela mídia local, um caso policial jamais visto e comentado.
Vejam só:
Um certo transeunte, sem nome, sem identidade, homem pobre, inofensivo e habitante de rua, super necessitado devido  a uma aceleração fisiológica do seu sistema  gastrointestinal, procurou um local para eliminar o bolo fecal produzido e prestes a sair.
Todos nós sabemos e sentimos o que é uma urgência fecal. Não tem quem suporte!
É agir, ou agir. Caso contrário, o tiro sai por baixo e insuportável. Foi o que aconteceu com o pobre morador sem teto.
Urgido pela necessidade de  executar o que o organismo pedia e sem demora,  escolheu um recanto não muito escondido (devido à própria circunstância) – o centro da Cidade, em uma área ocupada por uma   repartição pública abandonada. Partiu como uma flecha, suando frio e com arrepios pelo corpo. Quando começou a exercer o ofício  fisiológica (numa boa), foi abordado por um policial da Guarda Municipal, que o obrigou a  desfazer do ato vexatório e se dirigir com muita pressa para uma delegacia mais próxima.
O guarda, glorificado pela sua eficiência ação policial, apresentou com empolgação ao delegado a sua vítima:
— Eis aqui senhor delegado, flagrado em plena via pública, desmoralizando a nossa cidade e aos seus habitantes, dejetando nos intramuros de uma repartição pública.
O Delegado  cheio de broncas, muita dor de cabeça, salário atrasado, assassinatos de hora em hora, enfrentando a ferro e fogo as  brutais facções criminosas, roubos e furtos de carros por minutos, múltiplos assaltos a caixas  eletrônicos em todo o Estado, mortes diárias  de  policiais, recebe a queixa e pergunta:
— Pode repetir qual o motivo da ocorrência?
— Doutor, o meliante foi flagrado cagando em plena via pública, um ato de desrespeito à  Cidade, a toda à sociedade e ao patrimônio público, por sinal muito “bem cuidado”.
— O Delegado puto da vida, suado, nervoso e colérico responde:
— Pelo amor de Deus, eu cheio de problemas sérios para resolver, você vem com um pobre morador de rua, todo cagado e fedorento, preso porque estava esvaziando o seu intestino grosso em uma repartição pública abandonada e mal cuidada! Deixa esse pobre coitado libertar o seu escremento em paz, sem perturbação e em qualquer lugar público.
Como é que vou prender um pobre  homem do bem, só porque cagou em lugar abandonado devido a uma grande e vexatória necessidade cagatória?
— Solte o pobre homem e o libere  para cagar a vontade e onde quiser.
Berilo de CastroEscritor
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