sábado, 24 de maio de 2014

Cheleléu




O Puxa-saquismo na Boca do Povo

(*) Gutenberg Costa

            Na cultura do povo ele é conhecido como chaleira, cheleléu, bajulador, estende tapete, prepara a cama, serviçal pra tudo. Não existe raça pior de gente nesse mundo para o povo. O puxa saco é irmão legitimo do delator. Pobre não tem puxa saco e rico nenhum dele escapa... Na boca do povo ele não é bem elogiado...
            Todo puxa-saco de político é como gato, se acomoda fácil a um novo dono, desde que tratado bem com um cargo comissionado. Caindo peixe ou carne debaixo da mesa do poder, o tal puxa-saco logo engorda e roça agradecido o rabo na perna do governante, que antes nem bem conhecia ou havia votado. Alguns se expõem ao ridículo de providenciar duas bandeiras ou dois adesivos, para serem usados em caso de vitória de um dos mais fortes a chegada ao poder. Todo puxa-saco fica em cima do muro esperando pular para os braços do vencedor e é feito tapioca – vira de lado instantaneamente conforme um possível convite a ocupar um disputado e sonhado birô. Adora ser chamado de chefe e andar em carro oficial. Organiza divinamente aniversário ou casamento, seja de seus superiores ou agregados. Riem de piadas velhas contada nos gabinetes e até choram ao tomarem conhecimento da morte do papagaio ou cachorro de quem lhes indicou para o tal cargo que ocupam. Nenhum matemático ou físico calcula a fortaleza de um puxa-saco de plantão sedento de um cargo no poder. Tem gente que assume cargo comissionado há mais de 30 anos aqui no RN. Para o puxa saco não existe partido político... Agrada a Deus e o diabo ao mesmo tempo! Alguns sobreviveram à ditadura e ultrapassaram os tempos das bandeiras verde e vermelha do aluizismo/dinartismo. Pode ter servido os Maias, como pode agradar hoje ao PT. Vergonha não existe em seu dicionário! Topa tudo por todos os meios. Será que o apóstolo Pedro não teria puxado o saco de Cristo, ao cortar a orelha daquele soldado? 
            Das duas uma, ou são muitíssimos competentes ou muitíssimos subservientes. Esse tipo de puxa-saco é tal qual peixe fora dágua. Sem o cargo morrem, por falta de ar (ar-condicionado e motorista particular). Tem poderes que até o sobrenatural duvida. Ou seja, são muitos mais fortes do que até mesmo o poder transitório do RN. Estes grudam no poder que nem cola super bonde. Estrategicamente se organizam, sem ter sindicatos. Bajulam a Deus e ao diabo ao mesmo tempo. A sua religião, o seu time de futebol e o seu partido politico são o do chefe!
O assunto ‘bajulação’ já rendeu até livro de autoria do escritor Nestor de Holanda, com titulo – O Puxa-saquismo ao alcance de todos – Cartilha da Puxação sem Mestre, 205 paginas, editora Letras e artes, RJ. Segundo o citado autor, Puxa-saquismo vem do latim - ‘adulatio’. Esta maldita arte também é chamada de chaleirismo ou puxação de saco. O tipo puxa-saco é também agraciado com as denominações populares de ‘adulador’, ‘bajulador’ ou ‘louvaminheiro’. Seu santo protetor é Santo Onofre, devido o mesmo ser retratado puxando um saco. Dizem que todo político adora ter por perto um puxa-saco. Aquele que carrega a sua bolsa, atende ao seu celular e outras coisinhas mais... Tem puxa-saco que até perdeu ou deixou amigavelmente a sua mulher para o patrão ou chefe. O que mais importa para um puxa-saco é aumento de salário e graduação - mulher é o de menos... Entre os nossos Índios não havia essa praga, mas sabe-se que o puxa-saquismo foi historicamente trazido nas Caravelas de Pedro Álvares Cabral. O Rei foi logo adulado nas cartas de Pero Vaz de Caminha. E haja bajuladores ao senhor seu Rei. A nossa história é recheada de históricos aduladores, segundo o literato Nestor de Holanda. O ‘Chalaça’ bajulava Dom Pedro I, O Conde ‘d’Eu’ chalerava o sogro Dom Pedro II. ‘Amaral Peixoto’ puxava o saco de seu sogro Getúlio Vargas, embora o bajulador oficial fosse ‘Gregório Fortunato’. ‘Felinto Müller’ e ‘Golbery do Couto e Silva’ eram chaleiras de militares e presidentes da ditadura. Collor tinha ‘seu’ ‘PC Farias’. Carlos Lacerda teve em vida vários bajuladores, o mais conhecido foi o ‘Raul Brunini’.
A voz do povo diz que o puxa-saco é quem grita quando o chefe leva uma topada. Fulano é tão baba-ovo que se atirar nos testículos de seu chefe é capaz de acertar em sua boca. O puxa-saco é o último a acreditar na derrota eleitoral de seu chefe político. Ele sempre procura trazer novas fofocas que agradem ao seu chefe. É oferecido para tudo, desde preparar churrasco em dia de domingo a levar os filhinhos de seu chefe à escola. Esse tipo lambe – botas está sempre por perto a elogiar tudo que é feito pelo chefe. O lema do puxa-saquismo é esse: ‘Manda quem pode, obedece quem tem juízo’. Tem genro que chama sogro de ‘paizão’ e logo consegue um bom emprego com o sogro. Alguns depois de efetivados, tratam logo de deixar a filha querida do besta do sogro. É o chamado ‘conto’ do genro puxa-saco. Diz o povo que só os loucos e as crianças não puxam – sacos. Quase todo mundo puxou o saco de alguém pelo menos alguma vez na vida. E a boca do povo afirma que o diabo aceita todo tipo de gente no inferno, menos dois: o delator e o puxa-saco! Sendo assim os folcloristas, aconselham a quem não é puxa saco a procurar outro lugar alternativo, pois o céu está cheio deles...

(*) É presidente da Comissão Norte Rio Grandense de Folclore.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A COPA E O NOVO AEROPORTO


No domingo passado resolvi percorrer o caminho do novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante, inexplicavelmente denominado "Aluizio Alves", quando deveria continuar reverenciando quem efetivamente foi um ícone da aviação: AUGUSTO SEVERO.
O dia era calmo, com pouco trânsito e, em velocidade normal, chegamos ao local onde deveria ser o acesso ao citado equipamento, apesar de uma sinalização deficiente, e gastamos mais de um hora.
A passarela de acesso ainda não foi concluída e a entrada para o aeroporto é perigosa por se tratar de uma BR.Calculem meus leitores o que não acontecerá em dia normal da semana, onde é conhecido o caos daquela travessia. Bote 2,5 horas nisso!
Por mais esforço que se faça, a desativação, agora, do velho e tradicional aeroporto de Parnamirim é uma temeridade, pois tal só deveria acontecer após a realização da Copa do Mundo, evitando-se transtornos que certamente virão com o novo.
É preciso que nossas autoridades tenham um mínimo de lucidez para evitar problemas dessa ordem, que repercutirão, certamente, em todo o mundo e será uma péssima referência para nosso Estado e para o Brasil.
A responsabilidade não é só do Poder Executivo, mas também dos Parlamentares, na condição de responsáveis pela fiscalização financeira e orçamentária.
Urge uma audiência pública de EMERGÊNCIA para tratar desse assunto.
Preguei, em artigos passados, que as despesas com a Arena das Dunas não representavam as prioridades ansiadas pelo povo. Contudo, diante do fato consumado, desejo que a Copa traga dividendos para a sociedade e uma delas é receber condignamente os visitantes, dando-lhes conformo material e afetivo.
Fica a sugestão. Vamos receber bem os nossos visitantes e elevar o nome do Rio Grande do Norte, inclusive reforçando o esquema de segurança e coibindo a exploração dos estabelecimentos de gastronomia. 
Onde estão os representantes da FIFA? Alerta, senão a coisa "pifa".

quinta-feira, 22 de maio de 2014


O ENORME PODER DOS
RICOS E FAMOSOS
Por Flávio Rezende*
        Peguei a revista Veja e entre outras coisas li as páginas amarelas com a senhora Zilu, agora ex do famoso cantor Zezé.
        Num dos trechos a Zilu afirma que nos últimos anos não teve nenhuma relação e que estava apostando tudo na volta com o cantor. Disse ainda que para conseguir manter o casamento, fez o possível e o impossível.
        Ai como nossa mente é macaca, pula de um galho para outro atrás conexões e buscando sentido para as coisas, lembrei que ela foi super exposta na mídia, tempos atrás, com uma foto jantando com um cara e, todas as matérias insinuando que aquilo podia ser uma amizade colorida.
        Como ela na verdade continuava casada com o Zezé, mesmo que de fachada e tentava a todo custo reviver os bons momentos da relação, aquela foto certamente foi plantada por ela mesma e sua equipe de marketing, com a clara intenção de tentar balançar o coração do sertanejo no reavivamento do amor fugido.
        Essa conexão me levou a outra, de como os ricos e poderosos conseguem coisas incríveis. Lembro que até no Fantástico isso saiu, provando que uma pessoa rica e poderosa no sentido do que o capital e a fama podem fazer, removem montanhas e satisfazem seus desejos de maneira até fácil, digamos assim.
        Neste mundo dos ricos e poderosos ficamos sabendo da obtenção de ingressos para os eventos mais fechados do mundo, para a compra de carnes raríssimas e aquisição de regalias em aviões governamentais, palácios reais, embaixadas internacionais e aparições midiáticas nos veículos de comunicação mais cobiçados da Terra.
        Esses caprichos dos ricos e poderosos estão em todas as áreas e setores. São políticos, empresários, artistas, jogadores de futebol e dondocas que usam e abusam da mídia com suas questões pessoais e anseios de crescimento ininterrupto, plantando notícias, mesmo que falsas, buscando facilidades no cotidiano, furando filas, entrando em diversos ambientes por portas especiais, utilizando hospitais de ponta com dinheiro público e comprando, me permitam a expressão popular: Deus e o mundo com dinheiro ou com influência.
        Na questão da mídia, por exemplo, ela é utilizada de forma indevida diariamente, seja pela manipulação da informação por grupos ideológicos, seja por notinhas em colunas sociais destacando pessoas em áreas profissionais para que elas possam atingir um determinado cargo ou ascender profissionalmente, enfim, as universidades hoje, entre elas a nossa UFRN, oferecem até mestrado para o estudo da mídia.
        Diante de tantas armadilhas, plantações e falsas verdades expostas por ai, para todos os gostos, ideologias e interesses, além do processo natural de alfabetização que passamos, precisamos no mundo atual de dois novos saberes, o de informática e suas nuances e o de entendimento da mídia, pois, se não formos alfabetizados nestas coisas, corremos o risco de sermos bem mais ludibriados, do que naturalmente já somos.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

TESTEMUNHO HISTÓRICO DO NOSSO OSCAR SCHMIDT
 

LÍVIO CONVIDA

AGENDE-SE PARA A PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 23


FUTEBOL ALEGRIA DO  POVO?

Sobre a construção dos mitos ideológicos do século 21.

Geniberto Paiva Campos - Brasília/ maio-2014

Os brasileiros adoram esportes. Somos excelentes no futebol, basquete, vôlei, judô, vela, tênis, atletismo, natação, e outros menos votados.  Até em alguns esportes considerados inicialmente “estranhos”, fora das competições olímpicas, assumidos como invenções  brasileiras – o futebol de salão -  e dos  cariocas: futebol e vôlei de praia, futevôlei temos mostrado a nossa aptidão em competições internacionais. Nós brasileiros sabemos citar de cabeça nomes de patrícios que se destacaram nessas modalidades. Recitamos a escalação completa das nossas seleções, campeãs de 58 e 70.  E o futebol sempre foi o orgulho nacional. Afinal somos penta campeões, cinco taças do mundo  conquistadas ao longo do tempo em competições duríssimas, nas quais mostramos a nossa arte e a nossa fibra.

 Organizar a disputa de uma Copa do Mundo de Futebol no século 21 seria motivo de grande orgulho para o país, esperava-se. Além de mostrar ao Mundo a nossa arte e capacidade competitiva com a bola nos pés, ficaria evidente a capacidade de organização de um torneio de futebol que se tornou um desafio para os países-sede  na era da globalização.  Da sociedade de consumo de massas e do espetáculo.  Mais ainda, seria uma forma de apagar as complicadas lembranças do “Maracanazzo”, encravadas  até hoje na alma dos brasileiros que amam o Futebol : a decepção da final da Copa de 1950, na qual, jogando em casa e pelo empate, fomos derrotados pela seleção uruguaia.

Com todo o acervo de conquistas nas áreas econômica – somos a 6ª economia do Mundo – e social, com o consistente processo de inclusão dos desfavorecidos, teria chegado “a hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor”. Na cadência e no repique do samba e da malemolência. Imaginaram os brasileiros crédulos e ingênuos. Não ocorre assim, entretanto.

O que teria acontecido para que estejam ameaçadas as conquistas da Copa?  Estaria havendo a prevalência do discurso ideológico sobre os fatos reais? Em pouco mais de um ano houve uma mudança no sentimento de segmentos específicos da sociedade brasileira sobre a Copa do Mundo de 2014. Afinal, uma festa de congraçamento mundial através do futebol. Uma forma de promover a paz e o entendimento entre povos e nações.  A essa altura seria correto indagar: a quem interessa o fracasso da Copa? Por que essa espécie de ódio ao futebol, construído e disseminado em tão curto tempo? Sentimento esse propagado por gente de elevado poder aquisitivo, com grande repercussão nos meios de comunicação, vocalizado por pessoas do âmbito artístico e cultural, mais ou menos famosas. Deixando transparecer algum tipo de articulação  mais ampla no discurso e nas ações desses  outrora considerados formadores de opinião?

Talvez  seja importante rememorar os acontecimentos. A partir do primeiro semestre  de 2013 as redes sociais foram surpreendidas pela participação de moças e rapazes que dirigiam mensagens aparentemente inocentes aos internautas brasileiros. Falando um inglês perfeito, com legendas, insistiam para que repetissem uma espécie de mantra sobre a próxima Copa do Mundo: - “a Copa não é importante. Não interessa ao Brasil. O país tem que investir recursos em educação, saúde, mobilidade urbana, segurança pública”. E reforçavam: “ não discutam, não argumentem, apenas repitam. Logo, todos irão entender”! Vieram, em seguida as  surpreendentes “manifestações de junho”. Estranhas em seus objetivos e ainda carentes de análises mais sólidas e de interpretações com profundidade política e sociológica.

O que se pode inferir desse estranho movimento na tentativa de desconstrução de um evento de tanta importância para todos os povos amantes do esporte e com tanto significado esportivo e cultural? E tendo como alvo o chamado “país do futebol”? Além dos ousados  objetivos de politização /partidarização de um evento esportivo de tal magnitude, percebe-se os indisfarçados movimentos para a construção de mais um mito ideológico da atualidade. Desta feita envolvendo a maior competição esportiva do planeta. Como entender tamanha ousadia? Ou seria tão somente a aposta segura na ingenuidade política dos brasileiros? Repetindo aquele magnata do jornalismo internacional: “não perde quem aposta na infantilidade incurável dos seus leitores!”

Este movimento anti-Copa talvez se insira em ações semelhantes, desencadeadas na primeira década deste século, por instituições governamentais e multinacionais, tendo como objetivo a construção de mitos ideológicos, capazes de justificar a criação de preconceitos arraigados e intervenções ,diretas ou indiretas, contra nações,  povos e etnias.

Nesse sentido, é oportuno lembrar a estigmatização dos povos árabes como componentes do “eixo do mal”, de acordo com editos do governo americano (período do ex-presidente Bush Jr), conceitos logo repercutidos pela mídia mundial, ressoando a “ameaça islâmica”. Conceitos que tiveram sequência, como o mito da posse de armas químicas pelo Iraque e da urgente necessidade de destruí-las, justificativa para a invasão militar do país pelas forças armadas americanas, também no governo Bush Jr. Mais recentemente, a publicação do livro “Eurábia”, o qual trata da “invasão” da Europa, que estaria sendo perpetrada por árabes e muçulmanos, com o objetivo de  gangrenar (sic) o continente europeu  para depois dominá-lo.  Esse disparate foi assumido como verdade por políticos e intelectuais e tornou-se um dos argumentos do discurso da extrema direita europeia, após sistemática repetição pelos eficientes meios de comunicação e persuasão do Velho Continente. Não é sem razão, portanto, que se fala na “2ª Guerra Fria”.

Voltando ao movimento “Não vai ter Copa”. Toda a lógica do movimento é no mínimo estranha. As “graves acusações” sobre gastos financeiros, repetidas como ponto de percussão pelos meios brasileiros de comunicação e persuasão, embora não sustentadas em fatos concretos, são assumidas como verdades incontestes. As comparações mais esdrúxulas são feitas, sustentadas por um discurso e retórica vazias, aparentemente estúpidas, mas capazes de mobilizar corações e mentes de brasileiros que acreditam, conforme lhes é ensinado, nos “graves prejuízos” que a realização da Copa trará, certamente, ao Brasil. Tudo isso em um  país que, segundo Nelson Rodrigues, “não apenas joga futebol, mas vive futebol.”

Dia desses, assistindo ao debate sobre a Copa, ouvi do professor Antonio Lassance, da Universidade de Brasília, a frase que, pelo seu bom senso, deveria desestimular alguns ímpetos anti-Copa : “NÃO SE BOICOTAM EVENTOS ESPORTIVOS”. Tornam-se ações inúteis do ponto de vista político. E são coisas ultrapassadas, características da 1ª Guerra Fria.
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Democraticamente publico o pensamento do meu estimado amigo Geniberto Campos, com o qual concordo, ainda que com alguma reserva - apenas do que diz respeito a não termos aprendido a escolher prioridades. Foi o que aconteceu ao se trazer para o Brasil a realização da Copa do Mundo, açodadamente, sem analisar outras necessidades mais ansiadas, principalmente pela suspeição de quem estava, à época, à frente d CBF. Agora, no entanto, o fato é consumado, vamos sediar a Copa e devemos mudar completamente a direção da luta, isto é, devemos dar dignidade ao evento e tudo fazer para que o Brasil supere as divergências e concentre todas as forças do governo e da sociedade em busca do sucesso. Este é o meu sentimento. Carlos Gomes 

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

ASSEJURIS

RIO GRANDE DO NORTE DE LUTO

ADEUS A MIGUEL


MIGUEL JOSINO NETO formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Turma de 1987. Ingressou efetivamente na carreira jurídica como Advogado e posteriormente foi aprovado em 1º lugar no concurso público para provimento do cargo de Procurador do Estado do Rio Grande do Norte em 1993.
É especialista em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará (UFC), professor de Direito Constitucional da Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn) e da Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (Farn), hoje UNI-RN.
Josino ensinou na UFRN e na Universidade Potiguar (UnP). É autor de obras jurídicas publicadas em revistas especializadas e co-autor do livro 'Análise das Divergências Jurisprudenciais no STF e STJ', que escreveu em parceria com seu irmão Rodrigo Costa Rodrigues Leite.
Integrou a Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte, sendo um dos seus fundadores.
O seu desaparecimento consternou a classe jurídica e a sociedade em geral porquanto, apesar de ter apenas 48 anos, já despontava como grande juristas, mercê das suas atuações no cenário forense, e ações importantes para a comunidade.
Indiscutivelmente é uma grande perda para o Estado do Rio Grande do Norte.

segunda-feira, 19 de maio de 2014




COMUNICADO,


Lamento comunicar que o nosso confrade "Miguel Josino Neto" teve sua morte confirmada, nesta tarde, pela equipe médica do Hospital do Coração. O velório será na Escola de Governo, localizada no Centro Administrativo do Estado, em Lagoa Nova.
Quaisquer informações novas sobre o velório e sepultamento poderão ser prestadas pelos fones : (84) 3232-2751 / 3232-2890


Adalberto Targino
Presidente
FORTE CHEIRO DE MOFO NO AR 
Públio José – jornalista
  
                   Nessa época do ano é comum o surgimento do mofo. Por onde você anda, ele se faz presente, afetando narizes e impregnando as roupas de manchas acinzentadas e bolorentas. O mofo aparece em razão da combinação do ar saturado de umidade, pela ocorrência da chuva, com o calor inerente ao clima tropical natalense. Para as donas de casa traz bastante preocupação. As crianças são logo acometidas de longas seções de espirros e o conseqüente aparecimento de corrimento nasal, gripes, garganta inflamada, etc, etc. Além de doentio, o mofo tem uma característica interessante: ele é anti-social. Gosta de sombras, de lugares não visitados, de enclaves pouco freqüentados, fechados, obscuros e inacessíveis. O mofo não gosta de locais abertos, claros, limpos, arejados, renovados. Sintomaticamente, a roupa clara não lhe é apetecível. Prefere os tecidos escuros, de pouco uso, entocados há bastante tempo.

                    Entretanto, o mofo não mata. Eu, pelo menos, nunca fui a um enterro de alguém que tenha sucumbido vítima do mofo. Ele enche o saco das donas de casa diante de roupas imprestáveis para o uso, impregna ambientes com seu odor característico, causa crises de sinusite, olhos lacrimejantes, nariz entupido, dor de cabeça, deixa você com um jeitão caído, entristecido, arrasa seu humor... Mas, matar não. Isso não ele não faz. Outro detalhe evidente no mofo é que ele não escolhe classes sociais. Sua ocorrência se registra de maneira universal, atingindo a todos, em todos os lugares. Logicamente que os mais abastados têm mais e melhores elementos para combatê-lo do que os menos favorecidos. Enfim, metaforicamente, há uma semelhança incrível entre este período de tempo – no qual o ar e os ambientes estão carregados de mofo – e o atual momento político vivido pelo Brasil.

                     Ambos não matam. Mas causam um prejuízo considerável. Semelhantemente ao mofo, a corrupção é um silencioso elemento nocivo às engrenagens políticas, administrativas e institucionais. A corrupção não gosta de ambientes abertos, da luz clara e ofuscante do debate de idéias. De ambientes visitados por gestores detentores dos princípios da honestidade, da seriedade, das boas práticas administrativas. Como o mofo, a corrupção impera em lugares obscuros, vedados ao exercício investigativo, auditorial, dos órgãos destinados ao seu combate. Da mesma forma que o mofo, a corrupção não resiste a uma boa investigação. Quando uma dona de casa abre um armário ou joga à luz do sol uma roupa impregnada de mofo, seu arsenal doentio desaparece rapidamente sob o poder antisséptico, regenerador e crestador dos raios solares.

                      Num processo inicial, o mofo e a corrupção não matam. Mas suas conseqüências, além de imprevisíveis, podem desaguar num processo de morte. Da congestão nasal dos primeiros momentos, o mofo pode progredir para distúrbios gravíssimos. Sem o tratamento adequado, seu desenvolvimento descontrolado, após se estabelecer no organismo humano, pode gerar até óbitos, pela ocorrência de distúrbios pulmonares e de outra natureza. Do mesmo modo, nas engrenagens públicas, a corrupção pode causar infecções tremendamente danosas e abalos políticos de enormes proporções. As donas de casa aprenderam a combater o mofo e têm contra ele armas bastante eficazes. Por seu turno, o organismo estatal precisa aprender a combater a corrupção e encontrar rapidamente remédios eficazes contra a sua proliferação. Senão, atchim, atchim, atchim... Cadê o descongestionante!!!?

 

domingo, 18 de maio de 2014

LAMENTÁVEL NOTÍCIA

Informação em tempo real 24 horas por dia

Miguel Josino deu entrada na UTI do Hospital do Coração com traumatismo craniano

O procurador-geral do Estado, Miguel Josino Neto, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração, em Natal. No fim da tarde deste domingo (18), Josino caiu da varanda apartamento onde mora, em Candelária, para o térreo. Ele teve traumatismo craniano e ainda não há um boletim médico informando a real situação do jurista.

De acordo com informações preliminares, Miguel Josino estava fazendo um churrasco em sua casa, onde estavam poucos amigos e familiares. Em certo momento, quando estava na varanda, Josino teria se desequilibrado e caído da varanda, batendo a cabeça no momento da queda. O procurador-geral foi levado até a urgência do Hospital do Coração e encaminhado imediatamente à UTI.

O Governo do Estado aguarda o primeiro boletim médico para se pronunciar sobre o caso.
MORRE UM HOMEM ILUSTRE DO RIO GRANDE DO NORTE
 
 



Com a idade de 88 anos, faleceu em Natal Hypérides Lamartine, mais conhecido na sociedade potiguar como “Pery Lamartine”.


O Caicoense ilustre, reconhecido pelo seu trabalho em favor da aviação em nosso Estado e pioneiro na área de turismo no agenciamento de viagens, atividade que dividia com a sua indiscutível veia literária, era filho do casal Clóvis Lamartine de Farias e Maria de Lourdes da Nóbrega.


O pranteado escritor deixou várias crônicas e cerca de 17 livros publicados, entre os quais “Velhas Oiticicas”, “Epopéia nos Ares”, “O Aeroplano”, “Personagens Serra-negrenses” e “Coronéis do Seridó”, o que lhe fez galgar uma cadeira na nossa Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.


Pery era um dos ilustres sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e produziu trabalhos de pesquisas utilizando o rico acervo da Casa da Memória.
 
Um detalhe, a sua morte aconteceu precisamente na ocasião em que estavam em Natal pilotos franceses comemorando o Raid Latécoère, e nas solenidades realizadas o nome de Pery não foi esquecido, ainda sem se ter a notícia de sua morte, aliando-se com a própria história do Aeroclube de Natal, fundado em 1928 por Juvenal Lamartine, seu avô. Perde a sociedade potiguar o seu escritor, jornalista, empresário e piloto Pery Lamartine, que fez história na aviação potiguar e foi um dos responsáveis por elevar o nome do Aeroclube de Natal. 
Registra-se que em 1949, foram feitas imagens fotográficas do piloto Augusto Severo Neto mostrando o piloto Pery Lamartine nos comandos da aeronave PT-19 sobrevoando o “aeródromo perdido”, que se configura como um dos maiores mistérios da aviação norte-riograndense, com a localização do primeiro aeródromo da zona Norte de Natal, esquecido desde a década de 40.
SURGE UM POETA



Possuindo o viço da juventude, a beleza pessoal e a gentileza como porta principal de sua existência, surge em Natal um novo poeta, carregando as incertezas naturais da adolescência "para tingir o inatingível", na procura da "calma pra tanto tédio" - MATTHEUS ROCHA, herdeiro da veia literária do avô Aluisio Azevedo e das habilidades musicais do avô Sérgio Guedes. O filho do Doutor Ricardo promete!
Aqui vai uma "canja" para os meus leitores:

INTEGRADO

Do acorde, se faz música;
da letra, palavra.
Do passo, se faz dança;
de outros, caminhada.

Da gota, se faz mar;
de gente, legião.
Da tinta, se faz quadro;
de atitude, transformação.

O nosso erro é enxergar isolado,
e achar que tudo aqui o é.
Quando olhar pra minha perna,
não se esqueça do meu pé.

SE

Se uso a tinta
e procuro palavra
ou existe algo em mim
ou, em mim, algo me falta.

OBRIGADO PELO ENVIO DO SEU PRIMEIRO TRABALHO. PARABÉNS.