P.S.
A governadora Rosalba Ciarlini precisará exercitar ainda mais capacidade de persuasão do que a demonstrada até ontem para levar a Assembléia Legislativa a aprovar, como ela quer, a utilização de “royalties” de petróleo na criação do fundo garantidor da Copa do Mundo de 2.014 em Natal..
Sobre esse PS publicado no Jornal Virtual de Roberto Guedes (edição de 18/3/2011), recebi do Arquiteto Moacyr Gomes da Costa, o seguinte bilhete:
Caro Roberto:
Realmente a capacidade de persuasão da senhora governadora perante a Assembléia Legislativa na reunião da ultima quarta feira, se fosse num programa de auditório teria levado GONGO, mas entende-se, considerando-se que a ilustre senhora não é engenheira nem economista, mas é inadmissível a um secretário, engenheiro experiente, persuasão ZERO, dizer na televisão para todo o Rio Grande do Norte, que aquilo que anda sendo divulgado no site do Estado (http://www,portal.rn.gov.br) seria um um projeto que embasou uma licitação que se dizia internacional, na qual teriam sido inscritos vinte tantos interessados, mas, ao final,,ESTRANHAMENTE só apareceu UMA ÚNICA ganhadora, apesar do governo dizer que a modelagem econômica é bastante atraente, como de fato foi, mas apenas para uma só empresa interessada. Que é isso?
Que projeto, secretário, como é que se faz uma licitação de obra pública, com base em simples imagens virtuais, desprovidas de quaisquer informações, mínimas que sejam, que possam levar pelo menos a uma estimativa, muito menos a um orçamento e a um cronograma? Bem que o presidente do CREA vem há bastante tempo dizendo que não há projeto, e, se apareceu recentemente um projeto, cadê a TRANSPARÊNCIA, porque não se publica no site do Estado junto com orçamento e cronograma, para conhecimento da sociedade, que afinal é quem vai pagar a conta?
Parece que o governo debocha dos engenheiros, arquitetos e economistas locais, como se fossem imbecis. A televisão mostrava claramente as fisionomias constrangidas de todos, inclusive da governadora e seu secretário, fingindo acreditar no que se dizia,numa espécie de fascinação pelo “canto das sereias”, e tudo indica, que no fim, vão aprovar a esbórnia mais facilmente do que a polêmica da poda do cajueiro de Pirangí.
Na prática é o seguinte: o governo encomenda ao parceiro privado, um elefante branco, por R$ 300 milhões, sendo seu fiador, dando-lhe como fundo garantidor terrenos subavaliados por R$ 370 milhões, sabendo que valem três vezes mais, além de "royalties" de petróleo no valor de R$ 70 milhões, e admite que quando receber o paquiderme, seu custo terá um ágio de 300% a mais, isto é, terá um custo final multiplicado por 4 = R$ 1,2 bilhões. Resumindo, o Estado para candidatar-se a receber (ou não) do Governo Federal, R$ 3 bilhões para infra-estrutura (cadê os projetos?) tem que pagar um juro de 40%? FANTÁSTICO, nem nos Emirados Arabes, por isso, São Paulo se recusa a pagar esse mico.
Assim, sabendo-se que o governo não terá como pagar as contrapartidas, e que, os "royalties" não cobrirão o déficit do empresário, sua grande jogada será avançar nos terrenos, vendê-los, ou usá-los na especulação imobiliária e se locupletar.
E nós ficamos com a fama que atribuía Nelson Rodrigues aos beócios: chamando-os de "lorpas, pascácios e bovinos", enquanto os políticos e gestores ficarão impunes e continuarão a ser eleitos. No fim, essa aventura irresponsável de arriscar mais de R$ 1,5 bilhão para candidatar-se a receber R$ 3 bilhões, em promessas terá o custo de quantas vidas humanas desprezadas nos corredores dos hospitais durante os vinte anos, por conta de 2 jogos inexpressivos para enriquecer a CBF/FIFA e seus apaniguados?
Desculpe Roberto, peguei carona no seu PS do seu jornal virtual de ontem, porque sei que você faz jornalismo com seriedade e coragem. Gostaria de publicar esses comentários em todos os jornais do país, até mesmo como alerta às outras cidades brasileiras que estarão sendo também enganadas por esse rolo compressor. Não sendo possível, estou enviando para os contatos que tenho por aqui, pois estou seguro que ainda tem muita gente sensata em meu estado, embora consciente de que nada mudará o curso dessa insensatez. Que venha a Copa para Natal, por meios lícitos, e não através de manobras abjetas.
Grande abraço do amigo Moacyr Gomes
Natal, 19/03/2011
_________________
MEUS COMENTÁRIOS:
O assunto dos Royalties está regulado pela Lei Federal nº 7.990, de 28/12/1989 e regulamentado pelo Decreto nº 1, de 11 de janeiro de 1991. A citada Lei dispõe no seu artigo 8º e parágrafos:
"Art. 8º O pagamento das compensações financeiras previstas nesta Lei, inclusive o da indenização pela exploração do petróleo, do xisto betuminoso e do gás natural será efetuado, mensalmente, diretamente aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e aos órgãos da Administração Direta da União, até o último dia útil do segundo mês subseqüente ao do fato gerador, devidamente corrigido pela variação do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou outro parâmetro de correção monetária que venha a substituí-lo, vedada a aplicação dos recursos em pagamento de dívida e no quadro permanente de pessoal. (Redação dada pela Lei nº 8.001, de 13.3.1990)
§ 1o Não se aplica a vedação constante do caput no pagamento de dívidas para com a União e suas entidades. (Parágrafo inclúido pela Lei nº 10.195, de 14.2.2001)
§ 2o Os recursos originários das compensações financeiras a que se refere este artigo poderão ser utilizados também para capitalização de fundos de previdência. (Parágrafo inclúido pela Lei nº 10.195, de 14.2.2001)"
E agora, pode ser usada para garantia de dívida??????? O tema precisa ser bem estudado.
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
Rio Grande do Norte vai pagar R$ 1,3 bilhão por estádio da Copa
Com obra orçada em R$ 400 milhões, Estádio das Dunas custará mais que o triplo aos cofres públicos
Estádio das Dunas: obra de R$ 1,3 bilhão para a Copa (crédito: Populous/Divulgação)
Como o Portal 2014 havia antecipado, o governo do Rio Grande do Norte vai pagar R$ 1,3 bilhão à empresa OAS para a construção e gestão do Estádio das Dunas, palco que representará Natal na Copa do Mundo.
Os detalhes da negociação foram apresentados ontem (16) pelo governo durante audiência na Assembleia Legislativa potiguar.
A conta é a seguinte: nos primeiros 11 anos, contados a partir da conclusão da obra, o estado arca com parcelas fixas mensais de R$ 9 milhões. Nos três anos seguintes, serão mais R$ 2,7 milhões por mês. Nos último triênio do contrato, a OAS receberá parcelas mensais de R$ 90 mil.
No final do contrato de 20 anos, incluindo os três de carência durante a construção, o governo do Rio Grande do Norte terá desembolsado aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O montante equivale a mais que o triplo do que será gasto com a obra do Estádio das Dunas, orçada em R$ 400 milhões.
“O cálculo é simples: é como na compra de um carro parcelado. O valor total, quando você vai ver, nunca é igual ao valor à vista, porque os juros de mercado já estão embutidos nas parcelas fixas. A mesma coisa acontece na contraprestação do Estádio das Dunas”, disse Demétrio Torres, coordenador estadual da Copa.
Depois de 20 anos a empresa que administra o estádio o repassará ao governo estadual ou renovará a parceria por meio de um novo contrato.
Royalties
A liberação das obras do Estádio das Dunas depende ainda da Assembleia Legislativa. Ontem, a governadora Rosalba Ciarline pediu aos deputados urgência na aprovação do Projeto de Lei que libera 20% dos royalties de petróleo e gás, recebidos pelo estado mensalmente, para compor o Fundo Garantidor da Lei de Parceria Público-Privada (PPP).
Os royalties vão integrar as garantias de R$ 70 milhões para a OAS realizar a obra. “Este valor em dinheiro deu mais liquidez ao negócio e segurança ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai emprestar R$ 300 milhões (70% da obra) à OAS”, disse Torres.
A OAS, por sua vez, vai entrar com R$ 100 milhões em recursos próprios para garantir a construção do estádio. Os R$ 70 milhões dos royalties serão depositados em uma conta do fundo garantidor, que será aberta na Agência de Fomento do RN (AGN).
Para garantir o negócio na condição de avalista, o estado terá que depositar R$ 15 milhões 72 horas antes da assinatura do contrato com a OAS.
Os R$ 55 milhões restantes serão depositados ao final de 24 meses, com R$ 2,3 milhões (20% dos royalties) de parcelas mensais. “Esse dinheiro ficará em uma conta, rendendo os juros. Depois do empréstimo, o estado poderá sacar o dinheiro”, explicou à Tribuna do Norte o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes.
Rosalba pretende assinar a ordem de serviço para o início das obras no próximo dia 24.
No entanto, a demolição do Estádio Machadão e do Ginásio Machadinho, que estão no local onde será construída a nova arena, só acontecerá depois do Campeonato Potiguar, no final de abril.
“Prometemos à Federação (de Futebol do RN) que o Machadão só será demolido depois do Campeonato Estadual. Mas, nada impede que as obras comecem até lá”, disse Torres.
Siga o Portal Copa 2014 no twitter: http://www.twitter.com/portalcopa2014
___________
FONTE: George Fernandes - Natal
postado em 17/03/2011 16:05 h
atualizado em 17/03/2011 17:11 h
Com obra orçada em R$ 400 milhões, Estádio das Dunas custará mais que o triplo aos cofres públicos
Estádio das Dunas: obra de R$ 1,3 bilhão para a Copa (crédito: Populous/Divulgação)
Como o Portal 2014 havia antecipado, o governo do Rio Grande do Norte vai pagar R$ 1,3 bilhão à empresa OAS para a construção e gestão do Estádio das Dunas, palco que representará Natal na Copa do Mundo.
Os detalhes da negociação foram apresentados ontem (16) pelo governo durante audiência na Assembleia Legislativa potiguar.
A conta é a seguinte: nos primeiros 11 anos, contados a partir da conclusão da obra, o estado arca com parcelas fixas mensais de R$ 9 milhões. Nos três anos seguintes, serão mais R$ 2,7 milhões por mês. Nos último triênio do contrato, a OAS receberá parcelas mensais de R$ 90 mil.
No final do contrato de 20 anos, incluindo os três de carência durante a construção, o governo do Rio Grande do Norte terá desembolsado aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O montante equivale a mais que o triplo do que será gasto com a obra do Estádio das Dunas, orçada em R$ 400 milhões.
“O cálculo é simples: é como na compra de um carro parcelado. O valor total, quando você vai ver, nunca é igual ao valor à vista, porque os juros de mercado já estão embutidos nas parcelas fixas. A mesma coisa acontece na contraprestação do Estádio das Dunas”, disse Demétrio Torres, coordenador estadual da Copa.
Depois de 20 anos a empresa que administra o estádio o repassará ao governo estadual ou renovará a parceria por meio de um novo contrato.
Royalties
A liberação das obras do Estádio das Dunas depende ainda da Assembleia Legislativa. Ontem, a governadora Rosalba Ciarline pediu aos deputados urgência na aprovação do Projeto de Lei que libera 20% dos royalties de petróleo e gás, recebidos pelo estado mensalmente, para compor o Fundo Garantidor da Lei de Parceria Público-Privada (PPP).
Os royalties vão integrar as garantias de R$ 70 milhões para a OAS realizar a obra. “Este valor em dinheiro deu mais liquidez ao negócio e segurança ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai emprestar R$ 300 milhões (70% da obra) à OAS”, disse Torres.
A OAS, por sua vez, vai entrar com R$ 100 milhões em recursos próprios para garantir a construção do estádio. Os R$ 70 milhões dos royalties serão depositados em uma conta do fundo garantidor, que será aberta na Agência de Fomento do RN (AGN).
Para garantir o negócio na condição de avalista, o estado terá que depositar R$ 15 milhões 72 horas antes da assinatura do contrato com a OAS.
Os R$ 55 milhões restantes serão depositados ao final de 24 meses, com R$ 2,3 milhões (20% dos royalties) de parcelas mensais. “Esse dinheiro ficará em uma conta, rendendo os juros. Depois do empréstimo, o estado poderá sacar o dinheiro”, explicou à Tribuna do Norte o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes.
Rosalba pretende assinar a ordem de serviço para o início das obras no próximo dia 24.
No entanto, a demolição do Estádio Machadão e do Ginásio Machadinho, que estão no local onde será construída a nova arena, só acontecerá depois do Campeonato Potiguar, no final de abril.
“Prometemos à Federação (de Futebol do RN) que o Machadão só será demolido depois do Campeonato Estadual. Mas, nada impede que as obras comecem até lá”, disse Torres.
Siga o Portal Copa 2014 no twitter: http://www.twitter.com/portalcopa2014
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FONTE: George Fernandes - Natal
postado em 17/03/2011 16:05 h
atualizado em 17/03/2011 17:11 h
quinta-feira, 17 de março de 2011
HÁ 109 ANOS
Nascia na propriedade Pitombeira, do Município de Taipú, deste Estado, JOSÉ GOMES DA COSTA, reduto dos seus pais - Coronel João Gomes da Costa e Bernardina Rodrigues da Costa. Ali levou uma vida saudável com os seus outros onze irmãos: Maria (AA), Jerônimo (Loló), Luzia(Ziá), Antônio (Tonho), Pedro e Manoel (Ué), estes do primeiro casamento e Francisco (Ici), Luiz (Zilú), Maria (Lilia) e Paulo (do segundo casamento com Anna Rodrigues, que trazia Sérgio), terra e gente que aprendeu a amar, aos quais veio se juntar Luiz, havido de uma união no período da viuvez. Desses, resiste um único moicano – o General Costa.
Obrigado pelas circunstâncias, teve necessidade de vir para um centro maior, onde fez suas primeiras letras, no Colégio Ruy Barbosa de Ceará Mirim e posteriormente na Capital do Estado, onde cursou o Colégio Santo Antônio. Posteriormente deslocou-se para Olinda e Recife, no vizinho Estado de Pernambuco, onde estudou e lecionou no Colégio Americano Batista e no Mosteiro de São Bento, onde foi residente até iniciar seu curso de letras jurídicas, na tradicional Faculdade de Direito do Recife.
No correr dos estudos jurídicos transferiu-se para o Rio de Janeiro onde concluiu seu curso superior – Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal - Turma de 1925. Seu diploma foi expedido pelo Reitor e Diretor da Faculdade Conde de Affonso Celso, em 19 de dezembro de 1925, o qual foi registrado no Departamento Nacional de Ensino em 07 de janeiro de 1926 e no Superior Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte em 16 de novembro de 1927.
Foi um dos fundadores da Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Rio Grande do Norte (OAB/RN), cuja inscrição foi aprovada na 4ª sessão da Diretoria Provisória, realizada no Instituto Histórico e Geográfico do RGN no dia 16 de abril de 1932, tomando o nº 22, conforme registro no Livro de Inscrições Definitivas nº 01, em data de 02 de maio de 1932. Igualmente filiou-se ao Instituto dos Advogados do Brasil, seção deste Estado, como consta do papel timbrado do seu primeiro escritório – Rua Sachet, nº 74, por convite do seu dileto amigo José Áureo Lins Bahia. Por conseguinte, foi integrante do primeiro Corpo Eleitoral da OAB/RN, juntamente com outros colegas, dentre os quais registro os que foram aprovados na mesma sessão: Joaquim Inácio de Carvalho Filho, Carlos Augusto Caldas da Silva, Alberto Roselli, Miguel Seabra Fagundes, Vicente Farache Netto, Luiz da Câmara Cascudo, João de Brito Dantas e Augusto Leopoldo Raposo da Câmara.
Posteriormente, foi Promotor Público em Caicó, lugar onde contraiu matrimônio com Maria Lygia Maranhão de Miranda, filha de Jerônimo Xavier de Miranda e Aline Miranda de Albuquerque Maranhão, que passou a chmar-se Maria Ligia de Miranda Gomes, nascida em 27 de março de 1911, e a cerimônia civil ocorreu na casa dos seus pais – Av. Seridó, presentes o Professor Leonidas Monteiro de Araújo – 1º Juiz Distrital, em exercício, sendo testemunhas Celso Affonso Dantas e Eduardo Gurgel de Araújo. Compareceu, ainda, o seu pai, Coronel João Gomes da Costa e Julia Medeiros. A cerimônia religiosa ocorreu na Igreja de Sant’Anna.
Ainda em Caicó, nasceu o primogênito Moacyr Gomes da Costa, com a ajuda das mãos sagradas de Mãe Quininha e do Dr. Mariano Coelho, hoje arquiteto consagrado e autor do “poema de concreto armado – O Machadão”, que a insensatez dos despreparados do poder vai destruir brevemente.
Aqui eu abro um parêntese para falar da minha mãe – diz-se que ao lado de um grande homem existe sempre uma extraordinária mulher. O adágio neste caso é absolutamente verdadeiro, pois Dona Ligia foi esse escudo, a incentivadora, a mãe de família exemplar, a esposa dedicada cujo amor foi tamanho, que apesar de bem mais jovem que o homenageado, de boa têmpera, tendo aquele falecido em 1982, logo no ano seguinte, também partiu e certamente o motivo de maior relevo foi a saudade.
No período de 1927 a 1929, mercê do parentesco com João Severiano da Câmara, seu cunhado e primo, o Dr. José Gomes ingressou na política e, com o apoio do Coronel João Gomes, homem de grande liderança na região, foi eleito Deputado Estadual pelo Município de Taipú, sendo o 2º Secretário da Mesa Diretora. Depois foi Procurador Municipal de 1930 a 1937, Procurador Interino da Delegacia Fiscal do Rio Grande do Norte em 1937, fiscal do Governo junto à Companhia Força e Luz Nordeste do Brasil, Delegado de Ordem Política e Social ao tempo em que Secretário de Segurança Luís da Câmara Cascudo e Juiz Municipal.
foi representante comercial com Sérgio Severo onde constituíram a firma Severo Gomes & Cia., chegou a ser vendedor de carvão até que, pelas mãos do seu colega advogado José Áureo Lins Bahia, montou a sua primeira banca de advocacia, tornando-se um causídico conhecido e respeitado em todo o Estado. Desse tempo conservo em meu escritório a sua máquina de escrever e o seu birô, instrumentos que o acompanharam quando ingressou na magistratura, por inúmeras comarcas do Estado.Foi Professor da UFRN, como fundador e, com a aposentadoria, retornou à advocacia.
Ingressou na Magistratura à qual serviu a maior parte de sua vida, como Juiz de Direito de várias Comarcas do interior, como Santana do Matos, Angicos, Canguaretama e Macaíba, sendo promovido para Natal onde por longo tempo foi Juiz de Menores até atingir a desembargatória na qual aposentou-se por ato do Governador Mons. Walfredo Gurgel, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 18 de abril de 1967. Como tal, presidiu o Tribunal de Justiça e exerceu todos os cargos daquele Poder e ainda do Tribunal Regional Eleitoral, em cuja gestão foi adquirido o terreno onde hoje se encontra a sua sede.
Antecedeu, na viagem eterna em 25 de janei8ro de 1982, à sua esposa e companheira de mais de 50 anos, D. Maria Ligia de Miranda Gomes, hoje também falecida, deixando os filhos Moacyr, Fernando (falecido em 2003), Lêda, Elza, Maria do Socorro e José Gomes Filho, além de netos e bisnetos.
Nesta data, a homenagem do seu filho e de toda a sua grande família.
quarta-feira, 16 de março de 2011
HÁ 48 ANOS
Na Capela de Santo Antônio, na Praça Batista Campos, por deferência da Paróquia da Santa Trindade, na cidade de Belém, Estado do Pará, eu e THEREZINHA ROSSO GOMES celebramos a nossa união matrimonial.
O tempo nos deu quatro filhos saudáveis e mais seis netos, à espera do sétimo, mantendo íntegros o amor e a compreensão na caminhada neste recanto do universo.
Nem todos os momentos foram amenos, pois as dificuldades naturais da existência, seja na saúde ou nas finanças, nos levaram a um aprendizado de vida que nos inspirou a chegar até o momento presente.
Poderia dizer, reproduzido um poema feito há muitos anos e com algumas adaptações:
AMOR, O TEMPO, UNIÃO.
DOIS SERES NUM MESMO CORAÇÃO.
DOIS CORPOS A SEGUIR A MESMA TRILHA.
E A PROVA DESSE AMOR - UMA FAMÍLIA.
Um dia, que somente Deus regerá, chegará o momento da viagem e então completo:
AMOR, O TEMPO, A VIUVEZ.
OS CORPOS SE SEPARAM OUTRA VEZ.
A TRISTEZA, A LEMBRANÇA, A SAUDADE.
AMOR, REENCONTRO, ETERNIDADE!!!!!!!!!!"
Certamente que receberemos muitas congratulações, mas transcrevo, de imediato, a primeira que nos chegou, vinda de longe, da França, através da querida amiga Marilene Leforestier e em forma de oração:
"Pai Divino, Deus amável e piedoso, te rogo que abençoes abundantemente
a minha família e a mim.
Sei que o senhor reconhece que uma família é mais que uma mãe, pai, irmã, esposo, esposa, para todos os que crêem e confiam em Ti.
Pai, peço a ti Senhor, bênçãos e graças não somente para a pessoa que me enviou esta oração, más também para mim e para todos a quem enviei > esta mensagem.. E que a força da união em oração daqueles que crêem e confiam no Senhor seja mais poderosa que qualquer outra coisa.
Agradeço-te de todo coração e com a certeza que as tuas bênçãos chegarão à minha vida.
Deus Pai, livra a pessoa que lê esta oração agora, de dívidas e de preocupações por causas de dívidas.
Envia a tua sabedoria santa para que eu possa ser um bom administrador sobre tudo quanto o Senhor me tem dado e proporcionado, pois sei que és maravilhoso e poderoso e se te obedecermos e caminhamos em tua > palavra tenhamos fé mesmo que do tamanho de um grão de mostarda, o Senhor derramará as tuas bênçãos sobre nós.
Agradeço-te Senhor pelas bênçãos recebidas e por aquelas que hei de receber porque sei que ainda tens muito para fazer por mim e muito mais que nem eu consigo imaginar.
Em nome de Jesus Cristo nosso Salvador, te rogo. AMÉM"
terça-feira, 15 de março de 2011
ESCULTOR DE MIM MESMO.
“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.”
Charles Chaplin.
__________________
Manter atualizado um "blog" não é tarefa fácil para quem tem pouco tempo. Somos mantidos pelo firme propósito de difundir emoções, cultura e amizade. Para isso somos alimentados pelos comentários dos leitores e, principalmente, por permanente colaboração que deles recebemos, preenchendo temas de cada edição. Hoje registro a colaboração do leitor José Carlos (linsleite), que enviou esta pérola de pensamento positivo, da criatividade de um dos homens notáveis do Século XX, que foi o artista, o produtor e o pensador CHARLES CHAPLIN (Carlitos), que agora brindo os amigos com este imorredouro "Escultor de mim mesmo".
segunda-feira, 14 de março de 2011
A POESIA DA MULHER POTIGUAR
Súplica
Auta de Souza
Se tudo foge e tudo desaparece,
Se tudo cai ao vento da Desgraça,
Se a vida é o sopro que nos lábios passa
Gelando o ardor da derradeira prece;
Se o sonho chora e geme e desfalece
Dentro do coração que o amor enlaça,
Se a rosa murcha inda em botão, e a graça
Da moça foge quando a idade cresce;
Se Deus transforma em sua lei tão pura
A dor das almas que o ideal tortura
Na demência feliz de pobres loucos...
Se a água do rio para o oceano corre,
Se tudo cai, Senhor! por que não morre
A dor sem fim que me devora aos poucos?
_______________
Ai, flores de meu verde prado…
Myrian Coeli (Potiguar de coração)
Ai,flores de meu verde prado,
Fazei acordo comigo.
Que das manhas do amor sentido
Vistes vós o desalmado.
Ai, flores, procurai o amado,
Ao rouxinol perguntai.
Bem asinha logo aprazai
Tempo de estar ao meu lado.
Ai, flores de meu verde prado,
Tanta ausência jaz comigo
sem grito de esperança, ázigo
canto da amante e do amado.
Desse amor que descaminha
por quem só vivendo ama,
Ai, flores de verde rama,
triste sina estar sozinha.
( cantigas de amigo / 1980)
____________________
Banho (rural)
Zila Mamede
De cabaça na mão, céu nos cabelos
à tarde era que a moça desertava
dos arenzés de alcova. Caminhando
um passo brando pelas roças ia
nas vingas nem tocando; reesmagava
na areia os próprios passos, tinha o rio
com margens engolidas por tabocas,
feito mais de abandono que de estrada
e muito mais de estrada que de rio
onde em cacimba e lodo se assentava
água salobre rasa. Salitroso
era o também caminho da cacimba
e mais: o salitroso era deserto.
A moça ali perdia-se, afundava-se
enchendo o vasilhame, aventurava
por longo capinzal, cantarolando:
desfibrava os cabelos, a rodilha
e seus vestidos, presos nos tapumes
velando vales, curvas e ravinas
(a rosa de seu ventre, sóis no busto)
libertas nesse banho vesperal.
Moldava-se em sabão, estremecida,
cada vez que dos ombros escorrendo
o frio d'água era carícia antiga.
Secava-se no vento, recolhia
só noite e essências, mansa carregando-as
na morna geografia de seu corpo.
Depois, voltava lentamente os rastos
em deriva à cacimba, se encontrava
nas águas: infinita, liquefeita.
Então era a moça regressava
tendo nos olhos cânticos e aromas
apreendidos no entardecer rural.
Súplica
Auta de Souza
Se tudo foge e tudo desaparece,
Se tudo cai ao vento da Desgraça,
Se a vida é o sopro que nos lábios passa
Gelando o ardor da derradeira prece;
Se o sonho chora e geme e desfalece
Dentro do coração que o amor enlaça,
Se a rosa murcha inda em botão, e a graça
Da moça foge quando a idade cresce;
Se Deus transforma em sua lei tão pura
A dor das almas que o ideal tortura
Na demência feliz de pobres loucos...
Se a água do rio para o oceano corre,
Se tudo cai, Senhor! por que não morre
A dor sem fim que me devora aos poucos?
_______________
Ai, flores de meu verde prado…
Myrian Coeli (Potiguar de coração)
Ai,flores de meu verde prado,
Fazei acordo comigo.
Que das manhas do amor sentido
Vistes vós o desalmado.
Ai, flores, procurai o amado,
Ao rouxinol perguntai.
Bem asinha logo aprazai
Tempo de estar ao meu lado.
Ai, flores de meu verde prado,
Tanta ausência jaz comigo
sem grito de esperança, ázigo
canto da amante e do amado.
Desse amor que descaminha
por quem só vivendo ama,
Ai, flores de verde rama,
triste sina estar sozinha.
( cantigas de amigo / 1980)
____________________
Banho (rural)
Zila Mamede
De cabaça na mão, céu nos cabelos
à tarde era que a moça desertava
dos arenzés de alcova. Caminhando
um passo brando pelas roças ia
nas vingas nem tocando; reesmagava
na areia os próprios passos, tinha o rio
com margens engolidas por tabocas,
feito mais de abandono que de estrada
e muito mais de estrada que de rio
onde em cacimba e lodo se assentava
água salobre rasa. Salitroso
era o também caminho da cacimba
e mais: o salitroso era deserto.
A moça ali perdia-se, afundava-se
enchendo o vasilhame, aventurava
por longo capinzal, cantarolando:
desfibrava os cabelos, a rodilha
e seus vestidos, presos nos tapumes
velando vales, curvas e ravinas
(a rosa de seu ventre, sóis no busto)
libertas nesse banho vesperal.
Moldava-se em sabão, estremecida,
cada vez que dos ombros escorrendo
o frio d'água era carícia antiga.
Secava-se no vento, recolhia
só noite e essências, mansa carregando-as
na morna geografia de seu corpo.
Depois, voltava lentamente os rastos
em deriva à cacimba, se encontrava
nas águas: infinita, liquefeita.
Então era a moça regressava
tendo nos olhos cânticos e aromas
apreendidos no entardecer rural.
PARA COMEMORAR O DIA NACIONAL DA POESIA, DOIS MOMENTOS COM CORA CORALINA E OUTROS COM POETAS POTIGUARES
Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
* * *
Oração do Milho
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apénas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apénas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
SOU O MILHO
_________________
Recebi do amigo poeta WELLINGTON LEIROS
POESIA É ARTE QUE ALIMENTA A ALMA
E EXPÕE OS MAIS ÍNTIMOS SENTIMENTOS.
(décima em decassílabos)
São devaneios?... são delírios?... são.
Mas que traduzem, em meio a dissabores,
Instantes de ternuras e de dores,
De amor, de alegria e emoção.
Por vezes, na volúpia, o coração
É machucado... afloram-se os tormentos.
E o poeta transmuda, em tais momentos,
O que fora euforia, em plena calma.
POESIA É ARTE QUE ALIMENTA A ALMA
E EXPÕE OS MAIS ÍNTIMOS SENTIMENTOS.
Wellington Leiros
_____________________
Recebi do meu amigo Ormuz Simonetti, esse belo poema de DEÍFILO GURGEL
Areia Branca, Meu Amor
A cidade adormecida,
no coração do poeta,
entre pregões matinais,
subitamente, desperta.
Para trás da Serra Vermelha,
nasce a manhã, nas levadas,
na solidão das salinas,
nas águas envenenadas.
Maçaricos alçam vôo,
nas várzeas de pirrixiu.
pescadores solitários,
pescam o silêncio do rio.
Num bosque de matapasto,
atrás de Amaro Besouro,
desabrocha o fumo bom,
em fino cálices de ouro
Calafates calafetam
velhos barcos irreais.
Moinhos movem o vento,
nas tardes do nunca mais.
O sol se pondo na Barra,.
entre mangues e canoas,
põe rebrilhos de vitrilhos,
nas marolas das gamboas.
A noite cai. Cães vadios
ladram na rua, à distância.
Deslizam sombras esquivas,
nas esquinas da lembrança.
Todos os que se mudaram
para o outro lado da vida
e dormem, no cemitério
da cidade adormecida.
vêm a mim, me cumprimentam,
me comovo ao recebê-los,
baila uma fina poeira,
em torno dos seus cabelos.
Converso com Pum-na-guerra,
Fumo-bom e Baranhaba.
Abraço Maria Mole,
Ciço Cabelo de Vaca.
Passo no Canal do Mangue,
vou à Fuzaca, à Favela,
Na rua da frente há moças
debruçadas na janela.
D. Adelina me argúi
na taboada e ABC.
Começa tudo de novo,
Pela estrada do aprender.
Ouço as valsas da Água Doce,
nas tardes de antigamente.
Entre Bois e Pastoris,
sou menino novamente.
As ruas se embandeiraram,
Há lanternas pelas portas.
São João acorda, entre o riso
de pessoas que estão mortas.
Os pés do menino vão
nessas ruas do sem-fim.
O tempo não conta mais,
partiu-se, dentro de mim.
Nesse burgo de lembranças,
guardado pela memória,
minha vida se inicia,
recomeça minha história.
Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
* * *
Oração do Milho
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apénas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apénas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
SOU O MILHO
_________________
Recebi do amigo poeta WELLINGTON LEIROS
POESIA É ARTE QUE ALIMENTA A ALMA
E EXPÕE OS MAIS ÍNTIMOS SENTIMENTOS.
(décima em decassílabos)
São devaneios?... são delírios?... são.
Mas que traduzem, em meio a dissabores,
Instantes de ternuras e de dores,
De amor, de alegria e emoção.
Por vezes, na volúpia, o coração
É machucado... afloram-se os tormentos.
E o poeta transmuda, em tais momentos,
O que fora euforia, em plena calma.
POESIA É ARTE QUE ALIMENTA A ALMA
E EXPÕE OS MAIS ÍNTIMOS SENTIMENTOS.
Wellington Leiros
_____________________
Recebi do meu amigo Ormuz Simonetti, esse belo poema de DEÍFILO GURGEL
Areia Branca, Meu Amor
A cidade adormecida,
no coração do poeta,
entre pregões matinais,
subitamente, desperta.
Para trás da Serra Vermelha,
nasce a manhã, nas levadas,
na solidão das salinas,
nas águas envenenadas.
Maçaricos alçam vôo,
nas várzeas de pirrixiu.
pescadores solitários,
pescam o silêncio do rio.
Num bosque de matapasto,
atrás de Amaro Besouro,
desabrocha o fumo bom,
em fino cálices de ouro
Calafates calafetam
velhos barcos irreais.
Moinhos movem o vento,
nas tardes do nunca mais.
O sol se pondo na Barra,.
entre mangues e canoas,
põe rebrilhos de vitrilhos,
nas marolas das gamboas.
A noite cai. Cães vadios
ladram na rua, à distância.
Deslizam sombras esquivas,
nas esquinas da lembrança.
Todos os que se mudaram
para o outro lado da vida
e dormem, no cemitério
da cidade adormecida.
vêm a mim, me cumprimentam,
me comovo ao recebê-los,
baila uma fina poeira,
em torno dos seus cabelos.
Converso com Pum-na-guerra,
Fumo-bom e Baranhaba.
Abraço Maria Mole,
Ciço Cabelo de Vaca.
Passo no Canal do Mangue,
vou à Fuzaca, à Favela,
Na rua da frente há moças
debruçadas na janela.
D. Adelina me argúi
na taboada e ABC.
Começa tudo de novo,
Pela estrada do aprender.
Ouço as valsas da Água Doce,
nas tardes de antigamente.
Entre Bois e Pastoris,
sou menino novamente.
As ruas se embandeiraram,
Há lanternas pelas portas.
São João acorda, entre o riso
de pessoas que estão mortas.
Os pés do menino vão
nessas ruas do sem-fim.
O tempo não conta mais,
partiu-se, dentro de mim.
Nesse burgo de lembranças,
guardado pela memória,
minha vida se inicia,
recomeça minha história.
domingo, 13 de março de 2011
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL PARA CONSTITUIÇÃO DA ACLA (ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES).
BRASÃO DA ACLA
Querido(a)s amigo(a)s
Faço sugestão do próximo dia 22 de março, pelas 19/20 horas, em Natal, no meu escritório, para a assembléia de constituição da ACLA. Superada esta etapa tem-se como criada a Academia, faltando apenas os procedimentos cartorários.
Peço que agendem desde já esta data e procurem acomodar compromissos aprazados para esse dia, dado a importância do evento e o fato de ter sido postergado este evento em razão das férias e festas.
Posteriormente farei um "croquis" do meu endereço, para que cheguem com facilidade.
Peço vênia aos residentes em C.Mirim pela reunião em Natal, lembrando que todas as reuniões preliminares foram realizadas aí.
SOLICITAMOS CONFIRMAÇÃO.
Abraços,
Pedro Simões
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL
PEDRO SIMÕES NETO, na condição de Presidente Provisório da Academia Cearamirinense de Letras e Artes – ACLA, criada na Assembléia Especial de 18 de novembro de 2010, CONVOCA os Acadêmicos que compõem a novel Instituição Cultural para comparecerem à Assembléia Geral Extraordinária, conforme em seguida discriminado:
Data: dia 22 de março de 2011;
Horário: 19.30 (dezenove e trinta) horas, em primeira convocação e em segunda convocação às 20:00 (vinte horas) horas, com qualquer número acima de 6 (seis) Acadêmicos;
Local: Rua Miguel Alcides Araújo, 1840, Capim Macio - Natal - RN.
Finalidade: a) aprovação do Estatuto da Academia;
b) outros assuntos correlatos.
Ceará-mirim, 14 de março de 2011
PEDRO SIMÕES NETO
Presidente Provisório
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