sábado, 13 de fevereiro de 2016
EDITORIAL:
Cotovelo é uma bela enseada limitada por agressivas falésias e que se
estende por 4 km de praia, da BARREIRA DO INFERNO à Praia de PIRANGI. Situada
no litoral sul de Natal, após a PRAIA DE PONTA NEGRA, é servida por moderna
rodovia a 28 km da capital.
As comunidades de PIUM e COTOVELO são vizinhas e aquela tem serviços de
uso público, tais como padaria, feira de frutas, açougue, posto de gasolina,
gás de cozinha, agente dos correios, casas de materiais de construção,
restaurantes e lanchonetes.
Ali residem mais de 3.500 pessoas. Em Cotovelo residem mais de 800
pessoas e nos meses de veraneio a praia fica com mais de 1.800 veranistas.
Temos três edifícios com um total de 240 apartamentos
e um condomínio, o IN MARE BALI, com ainda poucos moradores nos
seus 290 apartamentos.
No período de veraneio Cotovelo recebe turistas, proprietários,
inquilinos, algumas centenas de veranistas que vêm usufruir da bela visão do
mar, seus coqueiros, suas águas mornas e calmas e, à noite, a imagem grandiosa
da lua com sua luz refletida no mar fazendo uma estrada luminosa no escuro que
a todos encanta.
Há 28 anos a praia foi descoberta para o veraneio e os frequentadores
fundaram uma associação, a PROMOVEC, estimulados pelo Senhor José Augusto
Bezerra de Medeiros Sobrinho, para defender o meio ambiente, preservar a praia
das mazelas que costumam acontecer nas praias próximas às capitais e cidades
desenvolvidas do nosso país. Ao mesmo tempo, seria uma maneira de criar um
vínculo importante entre população e o poder público para requerer os serviços
essenciais e boa qualidade de vida àqueles que gostam de tirar suas férias no
final do ano numa tranquila e aprazível praia.
No caso de Cotovelo, a luta foi desgastante e demorada. As ruas
calçadas e pavimentadas pelos moradores foram destruídas pelas enxurradas e
sofreram erosões e crateras profundas que exigiram o apelo ao DNER para salvar
a praia. As escadas de acesso à praia foram destruídas. Em 1986 os veranistas
se reuniram e adquiriram dois lotes onde foi iniciada a construção da sede da
Promovec, inaugurada em 1995. Em 11/02/1987 a PROMOVEC foi fundada com
personalidade jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ com o número
11982683/0001-46. A Associação foi considerada de interesse público desde
23/7/87, conforme a Lei nº 5.597 – Estado do Rio Grande do Norte (Gestão do
Governador Geraldo Melo).
Foi criado um Estatuto Social que dá as diretrizes da gestão
administrativa e defende os interesses dos moradores e veranistas. A Diretoria
é eleita por 12 meses e o seu presidente escolhe os auxiliares para a
composição dos demais cargos.
Ao longo de quase 30 anos os habitantes de Cotovelo e Pium obtiveram
grandes vitórias por atendimento aos seus pleitos pelos órgãos públicos como
Prefeitura de Parnamirim, DNER, CAERN e COSERN.
O saneamento foi instalado há seis anos, porém até hoje não foi
oferecido à população que vem pagando seus impostos regularmente.
As comunidades de Pium e Cotovelo conseguiram uma melhor qualidade de
vida, porém, faltam serviços essenciais como o saneamento que é muito
importante para a saúde da população.
O Poder Público falha ou está ausente na segurança, na educação e na
saúde oferecidos à população. Precisamos exigir com mais insistência os
direitos que o cidadão tem nestes serviços essenciais.
Há 5 anos alguns proprietários de casas resolveram organizar uma
vigilância motorizada que se aperfeiçoou neste ano com atuação nas 24 horas e
cobertura das duas regiões de Cotovelo.
Temos, hoje, três motos circulando dia e noite até o final do veraneio,
protegendo todos que se encontram na orla marítima. Podemos afirmar que não
registramos qualquer incidente na praia de Cotovelo neste verão. Lamentamos a
ausência de apoio da maioria dos proprietários que não participaram do rateio
e, apenas 40 pessoas ajudaram a garantir a segurança dos demais.
Esperamos que essas pessoas mostrem espírito de coletividade e
participem, pois onde todos pagam, todos se beneficiam e pagam menos.
Em 26/11/2015 a PROMOVEC convocou AGE dos seus associados e sob a
presidência do Dr. Carlos Gomes em 12/12/2015, houve a reunião com presença de
52 membros para a regularização da estrutura social, jurídica e fiscal e eleger
Diretoria Executiva Provisória para executar a referida regularização.
Houve recadastramento dos antigos e admissão de novos sócios.
Na nova gestão foram iniciados os serviços na sede antiga com colocação
de piso cerâmico, novas instalações hidro-sanitárias, muro de proteção e
pintura.
Foram realizados três mutirões de limpeza da praia com apoio ativo da
organização Projeto ATTITUDE e da Prefeitura de Parnamirim que doou 14 tambores
para a coleta do lixo residencial.
No dia 30/01/2016 foi realizado um churrasco através da doação de 29
associados da churrasqueira e material para o evento. Na ocasião foram doados
mais de 100 livros para a biblioteca do Projeto ATTITUDE.
Agradecemos apoio do Projeto ATTITUDE, Senhora Roberta e Professor Alex,
à Diretoria da PROMOVEC com os seus coordenadores e membros e a todos que estão
contribuindo para o soerguimento da associação.
Ao Dr. Carlos Gomes que editou 5 Informativos que vão registrar para a
posteridade a importância da PROMOVEC para a comunidade.
A PROMOVEC TRABALHA PELO DESENVOLVIMENTO DE COTOVELO E PIUM E BEM ESTAR
DE SUA POPULAÇÃO.
PRESERVE O MEIO AMBIENTE. NÃO SUJE SUA PRAIA.
CARLOS DUTRA, Presidente da PROMOVEC
PARA LER E REFLETIR
MORRER
PELO BRASIL – VIVER PARA O BRASIL
100
anos do Tenentismo
“Não é sem sangue, sem sofrimento e sem sacrifício que se constrói uma
grande nação”.
(Da seção de cartas de O
Estado de São Paulo, julho de 1924) (1)
“A revolta é o último dos
direitos a que deve recorrer um povo livre para salvaguardar os interesses
coletivos, mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos verdadeiros
cidadãos”.
(Juarez Távora) (1)
Geniberto Paiva Campos –
Brasília/DF – Fevereiro, 2016
1.
E assim começou o Tenentismo, um dos mais importantes e duradouros ciclos da história
política contemporânea brasileira. Heroísmo, coragem, desprendimento, dedicação
à Pátria. Disposição para o sacrifício. Se necessário, morrer nobremente pela causa
patriótica.
Caracterizado
pelo intervencionismo, o outro nome
para revolta. Um recurso sempre
disponível ao qual muitas vezes se recorria para salvar a Nação.
Durante
pelo menos seis décadas, o tenentismo sobreviveu e mostrou, a cada momento, a
sua nobre e heroica face aos brasileiros. E esta face assumia as mais
diferentes características.
O
ciclo tem o seu início de lutas heroicas e marcantes em 1922, com a “Revolta do Forte de Copacabana”. Que
passou à história como “Os 18 do Forte”.
Na qual os nomes de jovens e corajosos tenentes – são bem lembrados Siqueira
Campos, Juarez Távora e Eduardo Gomes – comprovaram a sua coragem pessoal e seu
heroísmo, entrando, definitivamente, para a nossa História.
Em
sequência, irrompe em São Paulo, em 1924, agregando vários atores da revolta
anterior, o movimento que ficou caracterizado como a “Coluna Prestes”. Por aproximadamente 3 anos a Coluna percorreu o
Brasil, cobrindo quase todas as suas regiões. Numa marcha de sacrifício que
terminou no estado de Mato Grosso, quando os revoltosos sobreviventes se
exilaram na Bolívia. Deixando ali alguns companheiros mortos, sepultados no
cemitério de “La Gaiba”, em território boliviano. (Em saudação aos mortos,
tombados na Coluna, o revolucionário Moreira Lima, diante de Luis Carlos
Prestes, pronuncia uma espécie de sentença que pretendia profética, definitiva:
“Tiranos! Os vossos dias estão contados
na terra brasileira! ” (1)
Finalmente,
em 1930 os tenentes assumiram o poder, no movimento que ficou conhecido como a
“Revolução de Trinta”. Na qual teve
início uma tumultuada sequência de intervenções “salvacionistas”.
2.A
partir daí o ciclo tenentista vai assumindo novas características históricas e
políticas. Mas deixando sua marca indelével: a revolta como recurso necessário - legitimado pela história - para
resolver situações de crise e repor a ordem. Combatendo os “Carcomidos” (os corruptos e
incompetentes da época). Sempre em busca do progresso, agora com o nome de
desenvolvimento.
Resumindo,
os períodos especiais inseridos no século vinte, configuram dois ciclos
autoritários, regidos pela influência da ideologia tenentista: o início da Era Vargas (1930/1945) e a Revolução/Golpe de 64 (1964/1985). Com o
intervalo democrático de dezenove anos (1945/64), quando, mesmo com o registro
de algumas turbulências, foram realizadas eleições livres e diretas, vitoriosos
nas urnas os governos Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, JK, Jânio Quadros e
João Goulart. Este seguido pelo ciclo autoritário dos generais presidentes: Castelo
Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Figueiredo. E,
finalmente, o retorno à Democracia e às normas constitucionais, vigentes desde
1985 até os dias atuais. (Eis um breve - e sumaríssimo - resumo da evolução
política contemporânea brasileira).
É
possível que o heroico ciclo intervencionista dos tenentes tenha chegado ao
fim, após quase um século de permanência entranhado na vida política da nação
brasileira. Mas caberiam, no entanto, algumas perguntas singelas: o país adentrou
em definitivo na vida democrática plena, ou estariam surgindo novos heróis
salvadores da pátria? Qual, enfim, o legado do Tenentismo?
Analisando
o legado tenentista: neste longo ciclo dos “tenentes”, iniciado na década de
1920, o país e o mundo passaram por inúmeras transformações. E o Brasil chegou
ao século 21 com várias das suas estruturas e instituições renovadas. Com
inegáveis contribuições dos longos ciclos autoritários e dos relativamente
curtos períodos democráticos. Estes, somados, perfazem um total de menos de
cinquenta anos de governos democráticos, no período de aproximadamente um
século. Livres da tutela salvacionista (e intervencionista e autoritária) dos
incansáveis heróis da pátria.
Difícil
ou mesmo impossível avaliar aonde poderíamos ter chegado com governos e
instituições vivenciando a calma e a plenitude democráticas. Mas seria justo
inserir algumas questões (irrespondíveis?) relacionadas a esse peculiar processo
histórico: a quebra repetida da ordem democrática era mesmo necessária para
garantir um futuro melhor para o país? O nobre sacrifício dos heróis da pátria
conseguiu demonstrar, historicamente, que este sacrifício era mesmo essencial
ao nosso desenvolvimento e à construção de uma sociedade civilizada?
São
questões aparentemente inócuas. Mas ainda que respondidas com natural viés político
- ideológico, poderiam servir, pelo menos, para orientar o nosso porvir, com ou sem Democracia.
(Talvez possa ficar, como sugestão, buscar colher
respostas futuras através de escrutínios e consultas populares, em plebiscitos
e/ou referendos. Para falar em nome do povo, torna-se essencial ouvi-lo).
Mirando, portanto, o futuro imaginamos que para
atingir um definitivo e estável processo civilizatório seria indispensável
chegar-se a um consenso, precedido de bem articulada e inteligente “concertacion”, (acordo) onde os fatos pretéritos passariam a constituir verdadeiramente
o passado, perene fonte de aprendizado. Dando início à tessitura de um necessário
projeto de reconciliação do país, o qual poderia ter sido iniciado há algumas
décadas. Seria sonhar muito alto? Nem tanto. Mas onde os estadistas – ou, que
seja, políticos e cidadãos com visão histórica e estratégica - dispostos a
fazê-lo? Homens e mulheres que saberiam contar o tempo em décadas, não apenas
em dias, ou minutos.
E o povo? O povo está aí. Como sempre esteve. Para
ser ouvido e consultado, como de obrigação e de direito, em todas as
democracias.
3. Millôr
Fernandes (1923-2012), um irreverente jornalista e pensador brasileiro, dizia
com o seu humor cáustico: “herói é aquele
não conseguiu fugir”. (2)
Bertolt
Brecht (1898- 1956), cultuado dramaturgo alemão, produziu uma das suas frases
mais polêmicas e instigantes: “pobre do
país que precisa de heróis”. (2)
Ao
longo do tempo, o Brasil (e a América Latina) tornou-se uma espécie de
laboratório de experiências políticas, onde os heróis consagrados e eventuais
candidatos ao posto desfilavam seu inconformismo com a situação do país. E
arrostando elevados riscos e sacrifícios, empunhavam suas armas e partiam para
fazer as revoluções transformadoras, mesmo sem o apoio prévio do povo ou, vá
lá, das “massas oprimidas”. Derrubando
autoridades constituídas e implantando, pela força, um novo projeto de país. No
claro e altruísta propósito de criar um novo regime, inventar um novo país.
Curiosamente,
este método de mudanças institucionais pelo uso da força e abstraindo o voto,
consultas à cidadania e abstraindo as manifestações populares, tornou-se uma
espécie de loucura – ou aventura – consentida, e até admirada por muitos. Que
sempre imaginaram o Brasil carente de heróis, de luta e de sangue derramado.
Pois, na visão deles, não se constrói uma pátria sem tais ingredientes.
Vejam-se os exemplos pelo mundo. E entre nós brasileiros, a opinião expressa
por um leitor do jornal “O Estado de São Paulo” – citado na epígrafe deste
artigo - no ano longínquo de 1924, que falou e disse: “ Não é sem sangue, sem sofrimento e sem sacrifício que se constrói uma
grande nação”.
Seria
este, em resumo, o fundamento da ideologia tenentista do século passado. E onde
estão os tenentes, heroicos salvadores da pátria brasileira? Gozam do merecido
repouso dos guerreiros. E deram lugar aos “novos
tenentes”. Heróis sem nenhum heroísmo.
Eles agora vestem toga e expressam a sua
confusa revolta atropelando a Lei e o Estado de Direito. Tudo em nome da
salvação do país. Fazem as suas “marchas”
pelos novos campos de batalha: os tribunais da alta e média hierarquia
jurídica, correndo mínimos (ou nulos) riscos pessoais. Sem necessidade do uso
de armas ou montarias. Falam o que bem entendem. (“Fazem a diferença”). Condenam sem provas em processos criminais. E
as suas armas são agora de outra natureza. Mas igualmente mortais e certeiras.
Não fazem jorrar sangue. Mas produzem sofrimentos e sacrifícios incalculáveis. E comprometem gravemente a Democracia. Utilizando,
impunemente, às vezes de forma pusilânime, o projétil mortal da Injustiça.
Pobre do país que
(ainda) precisa de heróis.
Até
quando aceitaremos viver na instabilidade, na insegurança jurídica e na
permanente ameaça à Democracia?
Como
diz o verso da belíssima canção do Bob Dylan:
“ a resposta está soprando no vento”...
REFERÊNCIAS
1. “As
Noites das Grandes Fogueiras” – uma história da Coluna Prestes – Meirelles,
Domingos – Ed. Record – 2013.
2. Citações
feitas de memória, pelo autor.
3. Bob Dylan – “Blowin’g in the wind” – 1963
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
NO BALANÇO DAS HORAS TUDO PODE MUDAR
Por Flávio Rezende*
Muitas vezes vivenciamos certas situações extremamente desagradáveis, que promovem desarmonia e muita confusão. Em alguns casos demoram e deixam marcas em todos os envolvidos.
Peguem como exemplo do acima afirmado, um lar onde objetos começam a sumir, o pai percebendo surrupiamento de cédulas de sua carteira, com um determinado filho da família utilizando drogas, promovendo a visita de policiais à residência e a constante vigilância de todos com bens pessoais, além do estresse permanente de más notícias.
Nesta situação a mãe começa a definhar, o pai fica depressivo, os irmãos perdem a vontade de estudar e até de trabalhar e aquele lar vive a dor e a tristeza permanente em decorrência de atos de uma só pessoa.
Tudo parece estar irremediavelmente perdido quando de uma hora para outra o indivíduo decide mudar de vida e a harmonia volta ao lar, todos se reequilibram energeticamente e a paz e o amor voltam a reinar entre todos os envolvidos.
Vejamos agora uma turma escolar. Um pequeno grupinho começa a roubar celulares, tumultuar o ambiente, atraindo constantemente a atenção do diretor, câmeras são instaladas para identificar os ladrões e a postura dos professores com aquela turma fica bastante rígida, com a situação atingido todos e prejudicando a grande maioria que é ordeira e estudiosa.
Com a identificação dos malfeitores e bagunceiros e consequentes expulsões, a turma volta ao equilíbrio, com as relações entre alunos e professores se normalizando, assim também com a diretoria. A performance dos alunos volta ao nível normal e o aprendizado flui de maneira satisfatória.
Não preciso dizer mais. É por demais óbvio que situações desagradáveis podem voltar a um patamar de normalidade quando os elementos que tumultuam e complicam os ambientes ou mudam por consciência própria, ou recebem o devido corretivo.
Vivemos hoje no Brasil uma situação semelhante. Elementos criminosos, instalados no governo e no meio empresarial, em praticamente todos os setores, assaltaram os cofres públicos com superfaturamento de contratos, vilipendiando a pátria com tenebrosas transações e traindo a confiança de milhões de brasileiros que depositaram neles a devida confiança para o gerenciamento na nação.
A descoberta de tantas falcatruas entristeceu e revoltou a quase totalidade dos brasileiros, criando um clima insustentável de desarmonia, que está levando o Brasil a descer a ladeira, com sua economia em frangalhos, desemprego crescente, empobrecimento, perda de conquistas sociais pretéritas e falta de credibilidade aqui e no exterior.
A turma dos malfeitos afundou a maior empresa do Brasil e orgulho nacional. Viciou o parlamento em dinheiro, a partir do momento que começou a comprar apoio com recursos não contabilizados e operou nas sombras a maior transferência de dinheiro público para o privado, enviando dinheiro para o exterior e pagando campanhas trilionárias.
Mas a exemplo dos dois casos citados, esse câncer que se instala em setores da vida, como em lares e escolas, também pode ser extirpado de governos e instituições públicas. A justiça já os alcançou e os juízes e promotores tem o apoio da população. Num trabalho sem pressa vai chegar ao ex-presidente Lula, que ao se auto canonizar, derrama asneiras e mentiras em falas para plateias amestradas, tendo sua sucessora Dilma, a mesma insanidade, com a repetição de mentiras e mais mentiras e um medo crescente de cair em decorrência dos roubos e mais roubos que junto com Lula formatou em nome de um projeto de poder, que agora exposto, revela os reais interesses de socialistas falsificados em solo brasileiro.
As pessoas de bem aguardam ansiosamente pelo desfecho e consequente prisão de toda organização criminosa instalada no Brasil. E ela não contém apenas petistas e aliados. De todos os partidos surgem malfeitores e a torcida é que todos, indistintamente, sejam expurgados da vida pública e cumpram pena e devolvam recursos.
A casa precisa ter harmonia. A escola necessita de um ambiente sadio para que seus alunos naveguem bem no mar do aprendizado. A pátria só cresce e obtém progresso social, político e econômico quando se vê livre dos bandidos que assaltam cofres e roubam sonhos e esperanças.
Que situação...
· * É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Odeman, saudades
Odeman,
partiu. Seguiu para uma viagem sem retorno. Percorrerá trilhas nunca
caminhadas. Rumará sem destino e chegará quem sabe a um lugar inimaginável e
desconhecido. Repousará - repouso divino.
Deixou para trás uma legião de amigos e uma família
bonita e amável, que tanto lhe cobriu de carinhos e amor nos seus momentos de
vida.
A
Cidade, todos os recantos boêmios, as confeitarias, o Largo do Atheneu, todos
emudeceram, se enlutaram e ficaram triste com a sua viagem sem regresso.
Perderam a sua presença e se encheram de saudades. Não sentirão e nem ouvirão
mais suas caminhadas lentas, silenciosas, quase inaudíveis. Não ouvirão
mais as suas resenhas de futebol, do seu
tempo de atleta do América; não ouvirão mais as suas estórias do velho colégio
Atheneu, quando era inspetor de alunos; não ouvirão mais as suas inúmeras
passagens hilárias e os
"segredos" que rolavam até
altas horas da madrugada no seu singelo, querido e aconchegante bar.
Tudo ficará diferente sem você, mas,
a sua áurea permanecerá para sempre
iluminando a nossa imaginação, não deixando cair no esquecimento a sua
presença, a sua figura e os bons e felizes momentos que estivemos juntos e
unidos.
A escuridão
da sua ausência será substituída pela luminosidade e pela grandeza dos frutos que você deixou como legado: a sua
bela e unida família: dona Sílvia (esposa), de uma bondade imensurável,
querida e amada por todos, Odeman Júnior, Kécia, Keila e Karla( filhos).
Vai em
PAZ e com DEUS, Odeman!
"Partes, levando saudades e saudades deixando."
Do
amigo, Berilo de Castro
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
CARTAS DE COTOVELO 11/2016
Agora é vero, o Veraneio terminou
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, veranista
Sem saber explicar a razão, há muitos anos uma música me persegue quando chega a quarta-feira de cinzas. Não que tenha sido semelhante à minha história amorosa, mas que sempre me cativou após três dias de folia:
Benedito Lacerda (Carnaval da Minha Vida)
Quarta feira de cinzas, amanhece,
Na cidade há um silencio que parece,
Que o próprio mundo se despovoou,
Um toque de clarim, além distante,
Vai levando consigo, agonizante,
O som do carnaval, que já passou,
E repetem-se as cenas de costume,
Cacos dispersos, de lança perfume,
Serpentina e confete, pelo chão,
É a máscara, que a vida jogou fóra,
Mostrando que a alegria foi-se embora,
Nos rastros da passagem da ilusão.
Minha vida também, durou três dias,
Alimentada pelas fantasias,
Recordação da minha vida inteira,
Um retrato, uma flor, uma aliança,
Na maior festa da minha esperança,
Que também teve a sua quarta feira,
Hoje, ante o silencio sepulcral,
Do despojos de mais um carnaval,
Confronte este cenário à minha dor,
O que ontem, pra mim foi iluminado,
Na cidade há um silencio que parece,
Que o próprio mundo se despovoou,
Um toque de clarim, além distante,
Vai levando consigo, agonizante,
O som do carnaval, que já passou,
E repetem-se as cenas de costume,
Cacos dispersos, de lança perfume,
Serpentina e confete, pelo chão,
É a máscara, que a vida jogou fóra,
Mostrando que a alegria foi-se embora,
Nos rastros da passagem da ilusão.
Minha vida também, durou três dias,
Alimentada pelas fantasias,
Recordação da minha vida inteira,
Um retrato, uma flor, uma aliança,
Na maior festa da minha esperança,
Que também teve a sua quarta feira,
Hoje, ante o silencio sepulcral,
Do despojos de mais um carnaval,
Confronte este cenário à minha dor,
O que ontem, pra mim foi iluminado,
Hoje são restos imortais do passado,
Cinzas, do carnaval do meu amor.
Cinzas, do carnaval do meu amor.
Foi mais um carnaval que passou em minha vida, nem melhor ou pior que o dos anos anteriores. Momentos felizes, muita chuva, instantes de terror com dois membros da família, mercê da insegurança pelo qual atravessa atualmente o nosso Estado.
Comecei bem com o lançamento na sede da PROMOVEC, em restauração e debaixo de muita chuva, o meu conto romanceado "Amor de Verão", que já me inspirou para começar um segundo, "Amor de Outono", vamos ver se dá certo.
Ao terminar o veraneio 2016 volto para casa, sem o total reconforto físico e espiritual programados. Percalços com a chuva intensa desde o início de janeiro que não permitiu minhas caminhadas, o assalto na casa do meu irmão José, o falecimento da velha amiga e moradora de Cotovelo Dona Helena Jota de Medeiros.
O ponto positivo do veraneio foi o revigoramento da PROMOVEC, dando novo alento para o período de veraneio, que já funcionou neste com o início da recuperação da sede e realização de encontros e dois churrascos bastantes concorridos, ação social em favor do Projeto ATTITUDE, operações limpeza. O contrato com a Masterseg para a segurança 24 horas funcionou a contento e finalmente tive regularidade com a internet, permitindo colocar as coisas em dia, particularmente os INFORMATIVOS "PROMOVEC EM AÇÃO".
Deixo na casa o meu guardião simbólico - o camaleão e sua família
VAMOS SIMBORA, VAMOS SIMBORA; VAMOS SIMBORA, VAMOS SIMBORA, MINHA GENTE;
VAMOS, VAMOS SIMBORA!!!!!!!
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
HOJE É O TERCEIRO DIA DO CARNAVAL 2016
Terceiro dia de Momo, as forças já estão mais reduzidas e o folião pensa como serão o retorno e o cumprimento das obrigações que o Carnaval deixou de herança.
Os remédios caseiros começam a funcionar e um banho de praia, se a chuva deixar, é uma boa pedida.
Começamos a, vagarosamente, arrumar as malas e a cabeça vai voltando à realidade da selva de pedra. E agora José?
Esperamos que nada exista a se arrepender e muita coisa boa a relembrar, na certeza de que vivemos a rotina da vida - festa, drama, fantasia, amor e calmaria.
Para tudo existe um tempo certo, até mesmo o de chorar, mas deixemos isso para mais adiante e mais distante. Por favor, PARE, agora. Vamos aproveitar este terceiro dia com mais parcimônia. Um bom papo de varanda e curtir a SAUDADE que já está chegando de mansinho.
A DEUS agradecemos pelo que de bom permitiu neste período e amanhã voltaremos à labuta! Vamos construir esse Brasil velho de guerra, combalido pelas mazelas da recessão e da corrupção. Ainda resta a esperança!
O tempo hoje vai abril um tempinho para uma derradeira caminhada, uma despedida do veraneio e depois um bom fundo de rede. TCHAUUUUU!!!!!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
O SEGUNDO DIA DE CARNAVAL EM COTOVELO
Fotos de Eugênio Rangel
A PROMOVEC FEZ O SEGUNDO CHURRASCO NO CARNAVAL
Mesmo com a chuva torrencial, os associados da PROMOVEC prestigiaram o churras que foi mais um grande momento de confraternização dos veranistas de Cotovelo.
Fotos de Carlos Rosso, Carlos Gomes, Ernesto Flôr e Eugênio Rangel
domingo, 7 de fevereiro de 2016
A Carta que gostaria de não ter escrito
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, veranista
É Carnaval, mas esta carta é de tristeza.
É Carnaval, mas esta carta é de tristeza.
A vida, mais uma vez, apresenta um paradoxo inesperado - quem plantou a alegria nesse período, faz a sua viagem final num Carnaval de lamento.
Neste sábado gordo, como se costuma dizer, partiu Dona HELENA JOTA DE MEDEIROS, deixando viúvo Seu Raimundo, órfãos filhos, filhas, netos e netas e vazio o Bar Cotovelo.
A conheci pelos idos de 1989 quando, pela primeira vez, passei um veraneio em Cotovelo, numa casa alugada ao meu querido colega de colégio Zequinha (José Correia de Azevedo), na Rua Parnaíba, quase atrás do bar.
No referido estabelecimento montei o meu ponto de apoio com Natal, pois além da comida que lá era servida aos meus operários e vigia Joca, da construção da casa 258, me oferecia ligação telefônica do orelhão postado na frente do bar, pois à época não existia celular e não havia telefone fixo na praia.
Inúmeras vezes comi do seu guizado, tomei umas cervejas geladas e, durante muito tempo saboreei a sua tapioca com coco, maravilha do café da manhã: "Ernestinho, você quer tapioca?" [Ernesto Flor é o meu genro que se tornou compadre de dois filhos dela].
Acompanhei o seu calvário para conseguir o transplante de fígado, a metamorfose do seu físico e, quando o transplante lhe dava um fio de esperança, surge o câncer de estômago, implacável, que lhe afastou do contato permanente com a família, os amigos e os fregueses e a levou a viver em hospital até a passagem para a outra dimensão da existência.
Sempre tive em Dona Helena, Seu Raimundo e o filho João Batista uma referência e um relacionamento mais estreito, um verdadeiro compadrio.
Esperava a sua partida, diante do quadro da doença, até por caridade, para não tornar mais doloroso o seu findar, apesar de saber que ela sempre sonhou com a recuperação impossível no campo da medicina, senão por benção do Altíssimo.
Nunca a esqueci em minhas Cartas de Cotovelo e tentei imortalizá-la usando o seu nome "Helena" como personagem principal do meu conto romanceado "Amor de Verão", lançado na sede da PROMOVEC, entidade que ajudou a criar, aqui em Cotovelo no mês de janeiro passado, juntamente com o seu viúvo que, na estória era o seu pai, pescador.
Sei que não houve tempo para ela ler o trabalho, mas a sua família testemunhou a homenagem.
Na condição de moradora antiga da praia, passou a fazer parte da geografia sentimental de Cotovelo, em cujas ruas transitava madrugadora oferecendo as suas tapiocas.
São as contradições do tempo, a ironia do destino, o tempo de Deus.
Saudades, muitas saudades virão em toda passagem pelo Bar Cotovelo, que será sempre o fiel da lembrança de momentos dos pardais nos verdes dos quintais.
Vá em PAZ e interceda por Cotovelo e Pium na Casa do Pai Eterno.
Com o carinho de Carlos Roberto de Miranda Gomes e família.
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