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sábado, 17 de outubro de 2015
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
PALAVRAS DE FÉ
Palavras de Bezerra de Menezes sobre a crise 15 agosto de 2015
Mensagem que o Espírito Bezerra de Menezes me transmitiu, pedindo que fosse compartilhada com os irmãos da internet.
"Filhos amados.
A palavra crise vem sendo pronunciada constantemente por meus irmãos na Terra.
De fato, o momento é de crise inegável nos mais variados campos da atividade humana.
Mas nada se encontra fora do controle do Pai que nos ama, e se Ele permite a existência de turbulências é para que possamos extrair as lições para o nosso amadurecimento.
Na crise econômica, aprendamos a viver com mais simplicidade.
Na crise da solidão, aprendamos a ser mais solidários.
Na crise ética, tenhamos posturas mais justas.
Na crise do preconceito, aprendamos a respeitar mais os irmãos que pensam diferente de nós.
Na crise espiritual, fiquemos mais pertos de Deus pela fé e oração.
Na crise do ressentimento, perdoemos um pouco mais.
Na crise da saúde, guardemos mais equilíbrio em nossa atitudes
Na crise do amor, deixemos o nosso coração falar mais alto do que o egoísmo.
"Filhos amados.
A palavra crise vem sendo pronunciada constantemente por meus irmãos na Terra.
De fato, o momento é de crise inegável nos mais variados campos da atividade humana.
Mas nada se encontra fora do controle do Pai que nos ama, e se Ele permite a existência de turbulências é para que possamos extrair as lições para o nosso amadurecimento.
Na crise econômica, aprendamos a viver com mais simplicidade.
Na crise da solidão, aprendamos a ser mais solidários.
Na crise ética, tenhamos posturas mais justas.
Na crise do preconceito, aprendamos a respeitar mais os irmãos que pensam diferente de nós.
Na crise espiritual, fiquemos mais pertos de Deus pela fé e oração.
Na crise do ressentimento, perdoemos um pouco mais.
Na crise da saúde, guardemos mais equilíbrio em nossa atitudes
Na crise do amor, deixemos o nosso coração falar mais alto do que o egoísmo.
Momento de crise é momento de um passo adiante.
Retroceder, rebelar ou estacionar, nunca.
A crise pede avanço.
E se a crise chegou para cada um de nós, é hora de levantar, mudar e seguir em frente na construção de um novo tempo de amor e paz."
Retroceder, rebelar ou estacionar, nunca.
A crise pede avanço.
E se a crise chegou para cada um de nós, é hora de levantar, mudar e seguir em frente na construção de um novo tempo de amor e paz."
Carlos Eduardo Gaspar
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Colaboração da leitora Marilene Leforostier - França
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
FEIRA DO LIVRO E DIA DO PROFESSOR
FEIRA DO LIVRO DA CIDADE DA CRIANÇA DE 15 A 16 DE OUTUBRO - Prezados professores e diretores de escolas, encontro-me no estande da Livraria Nobel Salgado Filho na Feira do Livro da Cidade da Criança com muitos outros autores potiguares ansiosos para serem descobertos e lidos pelos seus alunos. SERÁ UM PRAZER ENORME COMPARTILHAR MEUS TEXTOS EM...
PARABENIZAMOS, EU E TODOS OS AUTORES POTIGUARES, VOCÊS PROFESSORES, FONTE
DO NOSSO CONHECIMENTO E SABER.
MUITO OBRIGADA A TODOS OS MESTRES QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA EM NOSSAS
VIDAS:
ENSINARAM-NOS A RECONHECER AS LETRAS
E FIZERAM COM QUE AMASSEMOS A PALAVRA
MOSTRARAM-NOS QUE O LIVRO
É O FUNDO DA ALMA E O COMEÇO DO UNIVERSO.
O VERDADEIRO CENTRO DA VIDA.
A TODOS OS PROFESSORES, DE ONTEM, DE HOJE, DE SEMPRE
NOSSO ETERNO APLAUSO TAMBÉM NAS PÁGINAS DOS LIVROS.
SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO DA COMISSÃO DA VERDADE DA UFRN
A manhã do dia 14, no auditório Professor Otto de Brito Guerra, foi indiscutivelmente radiosa. Auditório cheio e presenças ilustres entre convidados, depoentes, autoridades e a comunidade universitária.
Os pronunciamentos foram feitos dentro da medida certa e a abertura emocionou a todos com a execução de duas canções marcantes da resistência estudantil - "Coração de Estudante", de Milton Nascimento e "Por que não falar de flores", de Geraldo Vandré, fazendo toda a plateia, de pé, entoar esse verdadeiro hino de libertação.
A mesma sensação ocorreu no encerramento, quando convocado o Professor Aldo da Fonseca Tinoco para receber cópia do livro-relatório como representante dos depoentes, a plateia, respeitosamente de pé, o aplaudiu efusivamente.
Na ocasião proferi as seguintes palavras, em nome da Comissão da Verdade da UFRN:
Quis o Criador que eu tivesse recebido, no
entardecer da existência, tarefa tão importante para a minha trajetória
profissional e para a história da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Trabalho árduo, mas gratificante, seja
pela emoção de desvendar histórias de vidas, seja pela convivência
absolutamente harmônica e responsável de todo o grupo que formou a Comissão da
Verdade da UFRN, onde tive a feliz oportunidade de rever velhos amigos do tempo
de juventude e outros novos – meninos que poderiam ser meus filhos ou netos.
Registro o penoso ritual de ouvir verdades
e compará-las com outras verdades, num cruzamento que somente aumentou nossos
conhecimentos, trazendo para cada um de nós a emoção de carreiras
interrompidas, caminhos desviados, separação do seio familiar, de atraso
significativo no curso da busca de um melhor lugar ao sol, inclusive o
conhecimento de perseguições, torturas e até mortes, graças a Deus, estas
últimas fora das cercanias da Universidade.
Particularmente, sofri pelo fato de haver
convivido com as pessoas e as circunstâncias de um período sombrio, mas não ter
participado ativamente da busca pela reconquista da liberdade, não por vontade
própria, mas pela coincidência de naquele exato período em 1964, haver iniciado
e assumido encargos de família e de construção de novos seres: quatro
filhos/filhas e netos/netas. Nessa tarefa comecei muito cedo.
A persistência e o denodo dos estudantes
ao desvendarem arquivos em lugares diferentes, arrecadando documentos
fundamentais para a construção de uma verdade mais consistente, com a coleta de
documentos confidenciais, processos e a oitiva de pessoas protagonistas de toda
essa trajetória, os que estavam no lado do Governo e os que combatiam a
ditadura, de cuja análise tiramos muitas conclusões, todas elas absolutamente
isentas de espírito de revanchismo ou de pressão ideológica.
O Relatório que conseguimos elaborar, em
meu sentir, é uma peça da melhor e maior valia, pois descreve e comprova fatos,
momentos marcantes da vida acadêmica, nos seus três segmentos – docente,
discente e funcional.
Foi possível, com a consulta documental,
iconográfica e depoimentos construir um Relatório revelador, onde estão
registradas recomendações à UFRN para algumas reparações de ordem moral, que
torne permanente a indicação dos perseguidos e dos perseguidores, “ad perpetuam
memoriam”.
Uma palavra especial para a Magnífica
Reitora Ângela Paiva, que nos ofertou toda a estrutura necessária para a busca
dos objetivos da Comissão, cujo acervo ficará, provisoriamente, na estante 051
do Arquivo Geral e outra parte no Curso de História até que seja possível a
construção de um Memorial no prédio da velha Faculdade de Direito da Ribeira,
facilitando a consulta de todos os interessados em conhecer a verdade.
Poderia, mas não o faço, tecer comentários
ao papel de cada um dos membros da Comissão, dos estagiários e colaboradores,
mas isso será melhor apreendido com a leitura do Relatório Final, do qual me
orgulho e, tenho a certeza, de que também os demais construtores desse alentado trabalho. Contudo, não posso deixar
de agradecer, em especial, a duas pessoas: Kadma Maia, Secretária da Comissão,
que deu régua e compasso aos trabalhos e a Juan de Assis Almeida, representante
dos estudantes, o mais persistente pesquisador do Grupo, que tornou possível
descobrir nomes e reverenciar memórias.
Não pensem que o trabalho é definitivo,
pois omissões involuntárias podem ter acontecido, o que será reparado no tempo
devido, pois o tema será eternizado nos currículos da UFRN como meio de legar à
posteridade os exemplos que devem e os que não devem ser repetidos. Os detalhes
de tudo vocês virão na leitura do Relatório.
Por fim, esperamos da UFRN que torne
realidade as recomendações da Comissão da Verdade e que reconheça os erros
cometidos e se penitencie perante a comunidade acadêmica.
De tudo, restará a saudade das nossas
reuniões, verdadeiras audiências públicas, pois permitimos a presença e a participação
de qualquer pessoa que tenha demonstrado interesse na busca da verdade.
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Evaristo Ferreira da Veiga
(trecho do Hino da Independência do Brasil)
Artigo Final. Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual
será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A
partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello: Estatuto
do homem
Santiago do Chile, abril de 1964.
Santiago do Chile, abril de 1964.
NOSSA
MISSÃO ESTÁ CUMPRIDA.
OBRIGADO.
CARLOS
ROBERTO DE MIRANDA GOMES
Presidente
da Comissão da Verdade da UFRN
Momentos registrados por Cícero Oliveira, da Assessoria de Comunicação da Reitoria. Dia que ficará em minha memória e que marcará a história da UFRN. Reencontro lindo de gerações de ex-alunos, professores aposentados e ativos, ex-reitores. Linda a fala do Prof. Aldo Tinoco, um dos pioneiros da Universidade, ex-preso político, que contou um pouco do que sofreu e da nossa missão primordial em defesa da liberdade do povo. Muito emocionante também foi o reencontro da geração de estudantes de 68, geração tão reprimida e censurada pela Ditadura. Emoção define tudo!
terça-feira, 13 de outubro de 2015
H O J E - SOLENIDADE DE LANÇAMENTO DO RELATÓRIO FINAL
Comissão da Verdade relata mortes de alunos e perseguição na UFRN
Relatório lançado nesta quarta (14) traz depoimentos sobre o regime militar.
Documento detalha como o governo monitorava alunos e estudantes.
(Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
No prédio onde funciona até hoje a Biblioteca Central Zila Mamede
fichas sobre potenciais inimigos políticos do regime militar eram
produzidas para abastecer os órgãos de segurança pública. Lá estava
instalada a Assessoria de Segurança e Informações (ASI), braço do
governo federal dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para monitorar estudantes, professores e servidores.
saiba mais
A história da ASI está entre as 489 páginas do relatório final da
Comissão da Verdade da UFRN, que pesquisou durante três anos as ações do
regime militar na universidade. O documento será lançado oficialmente
nesta quarta-feira (14), às 9h, no Auditório Otto de Brito Guerra, na
reitoria.Os 51 depoimentos colhidos e as diversas pesquisas desenvolvidas ajudaram a recontar as ações do regime militar dentro da universidade e as mortes de dois alunos e um professor vinculados à universidade.
O professor Luiz Ignácio Maranhão e os alunos Emmanuel Bezerra dos Santos e José Silton Pinheiro, todos potiguares, foram reconhecidos pela Comissão Nacional da Verdade como vítimas da ditadura militar. Os desaparecimentos e mortes aconteceram entre 1972 e 1974 nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Além dos alunos e professores, um dos relatos contidos no documento, registrado em Caicó, na região Seridó, fala na morte de outro potiguar, Zoé Carlos de Brito. O estudante morreu em São Paulo em 1972.
Diário de Natal fala sobre a presença da ASI na UFRN (Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
Antes de ter sua estrutura concentrada no campus central, a
universidade viu seus prédios espalhados pela cidade serem sitiados e
virarem palcos de pelo menos quatro prisões feitas por militares,
conforme o relatório da Comissão da Verdade."Ouvimos casos em que aulas foram interrompidas para pessoas serem retiradas para interrogatórios. Os depoimentos também falam sobre torturas sofridas em unidades militares de Natal e Recife", detalha o advogado Juan de Assis Almeida, membro e representante estudantil da comissão.
Um dos depoimentos fala sobre uma simulação de execução em uma unidade militar de Natal. "Foi um relato de tortura psicológica. A pessoa foi colocada diante de um batalhão. Era a simulação de uma execução. Nos foram relatadas também as mais variadas torturas, como choque elétrico e pau de arara, um instrumento que era utilizado para tortura", explica Juan.
"Nos concursos públicos da época era exigido um atestado ideológico com o histórico das atividades políticas das pessoas", ressalta Juan Almeida.
As informações eram colhidas pela ASI e serviam para direcionar as contratações. Instalada em 1971, a assessoria de segurança deixou as dependências da Biblioteca Central Zila Mamede em 1985 e só foi extinta em 1990.
Ideologia influenciava nas decisões de exonerações (Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
"Foi uma experiência dolorosa. Houve repressão, inquéritos,
enquadramentos e prejuízos para a universidade enquanto espaço
acadêmico", concluiu o presidente da comissão e professor aposentado de
Direito, Carlos Roberto de Miranda Gomes.Potiguares mortos
O professor Luiz Ignácio Maranhão Filho era irmão do ex-prefeito Djalma Maranhão, que teve o mandato cassado durante o regime militar. De acordo com a comissão, o professor foi preso e torturado pelo Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) em estabelecimentos militares no Rio de Janeiro e São Paulo. O natalense Maranhão desapareceu em 1974 e seu corpo nunca foi encontrado.
Relatório será lançado nesta quarta-feira na UFRN
(Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
Estudante da Faculdade de Sociologia, Emmanuel Bezerra dos Santos era
natural da cidade de São Bento do Norte e foi diretor do Diretório
Central de Estudantes (DCE) da UFRN. Com a edição do AI-5 foi preso e
condenado. Morreu no dia 4 de setembro de 1973, aos 26 anos, após ser
torturado nas dependências do DOI-CODI de São Paulo.(Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
Enterrado como indigente em SP, seus restos mortais foram posteriormente exumados e trazidos para Natal.
O estudante de Pedagogia José Silton Pinheiro morreu aos 23 anos em 1972. De acordo com a Comissão da Verdade da UFRN, o estudante foi assassinado e teve o corpo carbonizado em uma ação comandada pelo DOI-CODI no Rio de Janeiro.
Nascido em São José de Mipibu, José Silton Pinheiro foi enterrado como indigente. No seu registro de óbito consta "Inimigo da Pátria (terrorista)".
Um dos depoimentos que consta no relatório da Comissão da Verdade fala ainda sobre a morte de Zoé Carlos de Brito, potiguar da cidade de São João do Sabugi. A versão oficial dá conta que Zoé foi encontrado morto em uma estação de trem em São Paulo. A família teria recebido pressões para não contestar o que foi dito pela polícia.
Pesquisa aconteceu entre 2012 e 2015 (Foto: Divulgação/Comissão da Verdade da UFRN)
SERÁ AMANHÃ - QUARTA-FEIRA 14
Solenidade de lançamento do relatório da
Comissão da Verdade da UFRN
Período: 14/10
No próximo dia 14 de outubro, o Gabinete da Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) lança o Relatório Final da Comissão da Verdade da UFRN. Aberta ao público, a solenidade acontece às 9h, no Auditório Otto de Brito Guerra, no prédio da Reitoria, no Campus Central, em Natal.
Na ocasião, será aposta uma placa alusiva aos integrantes da comunidade universitária da UFRN vítimas de violação de Direitos Humanos, além da placa simbólica à extinta Assessoria de Segurança e Informações da UFRN.
Números da saga
Editado pela Editora Universitária (EDUFRN), as 489 páginas do relatório descortinam fatos vivenciados pela comunidade universitária durante o Regime Militar no país e dá voz aos protagonistas silenciados a partir de depoimentos, registros fotográficos e outras provas documentais.
Presidida pelo professor aposentado do Departamento de Direito Público, Carlos Roberto de Miranda Gomes, a Comissão da Verdade da UFRN, instituída em outubro de 2012, atendeu a uma solicitação do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti (CAAC), representação dos alunos do Curso.
Durante quase três anos, oito pessoas trabalharam para “efetivar o direito à memória e à verdadeira história e apurar as violações praticadas contra os professores, técnicos administrativos e estudantes, em âmbito da UFRN, durante os anos 1964-1985”, conforme explica o Professor Carlos Gomes, na introdução da obra.
O esforço envolveu 27 sessões ordinárias, três audiências públicas e 51 depoimentos, além de recorrer a publicações de Mário Moacir Porto e Otto de Brito Guerra (Edufrn) e consulta a 20 DVD’s do Programa Memória Viva, produzido e veiculado pela TV Universitária.
Mais informações sobre o evento contatar a secretária executiva da Comissão da Verdade da UFRN, Kadma Lanúbia da Silva Maia, pelos telefones (84) 3342.2317, ramal 119 e (84) 9224.0007.
Na ocasião, será aposta uma placa alusiva aos integrantes da comunidade universitária da UFRN vítimas de violação de Direitos Humanos, além da placa simbólica à extinta Assessoria de Segurança e Informações da UFRN.
Números da saga
Editado pela Editora Universitária (EDUFRN), as 489 páginas do relatório descortinam fatos vivenciados pela comunidade universitária durante o Regime Militar no país e dá voz aos protagonistas silenciados a partir de depoimentos, registros fotográficos e outras provas documentais.
Presidida pelo professor aposentado do Departamento de Direito Público, Carlos Roberto de Miranda Gomes, a Comissão da Verdade da UFRN, instituída em outubro de 2012, atendeu a uma solicitação do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti (CAAC), representação dos alunos do Curso.
Durante quase três anos, oito pessoas trabalharam para “efetivar o direito à memória e à verdadeira história e apurar as violações praticadas contra os professores, técnicos administrativos e estudantes, em âmbito da UFRN, durante os anos 1964-1985”, conforme explica o Professor Carlos Gomes, na introdução da obra.
O esforço envolveu 27 sessões ordinárias, três audiências públicas e 51 depoimentos, além de recorrer a publicações de Mário Moacir Porto e Otto de Brito Guerra (Edufrn) e consulta a 20 DVD’s do Programa Memória Viva, produzido e veiculado pela TV Universitária.
Mais informações sobre o evento contatar a secretária executiva da Comissão da Verdade da UFRN, Kadma Lanúbia da Silva Maia, pelos telefones (84) 3342.2317, ramal 119 e (84) 9224.0007.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
O FIM DE SEMANA PROLONGADO
Como previa, foi um fim de semana prolongado, diferente. Desta feita, porém, não pude cumprir o ritual tradicional de todo veraneio - não desci à praia, nem aproveitei o deleite da varanda inspiradora dos meus escritos.
Fiquei confinado em um quarto que, ainda que com o conforto do ar condicionado, em nada contribuiu para os meus momentos lúdicos.
Rendi-me aos percalços da idade, nas dificuldades de locomoção e outros incômodos comuns aos idosos! Tenho de mudar minhas posturas para não ter que deixar a tão prazerosa Cotovelo.
Contudo, não deixei de ler o prometido - percorri as emoções dos artigos definidos nas narrações vividas por Berilo de Castro, onde me encontrei em muitas passagens do velho Juvenal Lamartine, na saudade de antigos desportistas que tanto admirei, do clima universitário nos anos de chumbo, que coincide com os meus na Faculdade de Direito (1964-1968), das passagens pela música e seus protagonistas de antanho, dos carnavais de Pirangi e outros sentimentos existenciais coincidentes em meus devaneios.
Li, também, o interessante relato de Iaperi Araújo (ensaio de biografia) que não vale, pois Iaperi tem muito o que contar, mas valeu pela homenagem ao Centenário de nascimento de Dona Milka Soares de Araújo, livro onde encontrei pessoas da minha convivência e narrativas que me conduziram aos nos dourados de Natal.
No entanto, não pude ler a Revista 44 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras porque a presenteei a um amigo pernambucano, Eronildes, de Bezerros, que trouxe uma relíquia - "Ainda chegaremos lá", da autoria de José Luiz M. Menezes, onde conta a história da Fundação do Patrimônio Histórico e artístico de Pernambuco.
Este livro volumoso, me permitiu fazer uma revisita à cidade do Recife onde estudei nos idos dos anos 60 e construí grandes amizades.
Como estudante pobre, andava muito a pé e conheci lugares e recantos inesquecíveis. Registro as ruas Barão de São Borja e Visconde de Goyana, o Colégio Dom Bosco, nas manhãs de peladas dos meus parentes internos Serginho, Gustavo e Zé Wilson, nas missas dominicais, dos colegas de República, das serenatas nas praias do Pina e Boa Viagem com Netinho (José Augusto Costa Neto) e José Navarro (tio de Marcelo).
Invoco o velho Capiba:
"Eu ando (andei) pelo Recife
Noites sem fim.
Percorro (percorri) bairros distantes
Sempre a escutar ...."
Ah, saudade! em mim sempre serás bem-vinda .
E uma lágrima atrevida inundou meus olhos, mas jamais o meu sentimento.
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