Essa é a pura verdade....
Jô Soares
O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !!
Esta é para ser repassada mesmo.
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Colaboração do Dr. Ricardo da Câmara Guedes
sábado, 2 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
PALAVRA DE UM HOMEM, REALMENTE DE BEM.
A Copa precisa de seriedade
Caro Roberto,
Por meio do seu jornal é que tomo conhecimento dos absurdos que antecedem a Copa/Brasil/Natal/2014. Moacyr, um pouco mais moço que eu, sofre mais, pois pariu a beleza do “Castelão/Machadão”. Talvez sejamos um dos que, não mais estarão por aqui, para viver e sofrer a dor dos que amam nossa cidade.
Lamento pelos honestos, que têm espaço nos meios de comunicação (jornal, radio e Tv) para informar e formar opiniões, nada tenham dito sobre entrevista do PAPA da Federação, e que, pelo que se soube (Blog Aldeia Poty), nada viu, nem nada disse de concreto; saindo sempre pela tangente, com respostas evasivas, repetindo o mesmo texto decorado aos “falsos” entusiastas, embriagados pela promessa da Copa, de onde, hão de sacar uma “grana preta” pois se dizem agora ardentes fãs do futebol.
O “homi” disse, que dinheiro tem, e melhor ainda, sem licitação!
Ninguém ‘tá doido prá deixá passá um “bonde” como esse! Vamo torcê, irmão!!!"
O povo crédulo, o grande público que ama e respeita o futebol, ignora (não é desaforo, ignorar é não se aperceber do uso da má fé) e só toma conhecimento das meias verdades divulgadas pela “midia duvidosa”, devidamente cooptada, repetindo a mesma lição da Confederação Brasileira, irresponsavel, mentirosa, mas “consistente”.
Ao final, vão restar: o estado endividado, orçamento estourado, funcionalismo sem dinheiro, aeroporto sem estação de passageiros, vias urbanas inacabadas, criminosos sem cadeia, policia sem arma, ruas esburacadas conturbando o trânsito de pedestres e veículos, impedindo até o acesso aos hospitais que, praticamente não existem, fuga de turistas... mas lá estarão, o Machadão derrubado, o povo enganado e a nova Arena, ainda um sonho inacabado...
Desejo firmemente, que nada seja assim!!!
Abraços.
PS: Os municípios estão crentes que restará algum para eles, pois o “falso discurso” é forte e abrangente, pois estamos num Brasil “politicamente correto”.
Eudes Caldas Moura.
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FONTE: Jornal Virtual de Roberto Guedes
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
(foto:noticiasmx.terra.com.mx)
VERGONHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA
Sheila Raposo - Jornalista
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.
VERGONHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA
Sheila Raposo - Jornalista
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
AMÉRICA FUTEBOL CLUBE (reparação histórica necessária)
Carlos Roberto de Miranda Gomes – Membro Honorário Vitalício da OAB/RN, e integrante do IHGRN, AML,INRG, ALEJURN, AMINN, UBE/RN e FINSC
Em atenção a notícias divulgadas por Everaldo Lopes, em sua coluna “Apito Final” de a Tribuna do Norte, edição de 26/6/2011, volto a apresentar uma reparação histórica necessária sobre os fatos ali narrados.
Para deslindar essa controvérsia buscamos a generosidade dos amigos Manuel Fagundes e Jairo Procópio, onde tive acesso aos documentos referentes à compra do terreno onde o América Futebol Clube ergueu a sua sede, pesquisa realizada em 2006.
O propósito dessa tarefa foi decorrente de publicamente constar que dito imóvel da Rodrigues Alves nº 950, bairro do Tirol, naquele tempo considerado como do Quarteirão da Av. Campos Sales, bairro de Cidade Nova, teria sido doação do meu pai, José Gomes da Costa, que foi presidente da agremiação em dois períodos, iniciados, respectivamente, em 08 de abril de 1929 e 10 de maio de 1939, conforme inúmeros artigos e livros sobre o fato e que haveria uma cláusula que impediria a sua alienação, exatamente no período da aquisição do imóvel.
A verdade, no entanto, pode ser atestada pelos documentos legais registrados, que consta ter sido dito terreno adquirido ao Governo do Rio Grande do Norte pela quantia de nove contos de réis, conforme autorização feita pelo Ofício 368, datado de 21 de maio de 1929, expedido pelo Palácio da Presidência, tendo sido objeto de escritura pública lavrada no livro 134, fls. 36 a 38, em 02 de junho daquele ano, no Cartório de Notas do tabelião Miguel Leandro, hoje pertencente ao acervo do 1º Ofício de Notas desta Capital, com a escritura assinada, em nome do América, pelo Tenente Júlio Perouse Pontes, Vice-Presidente, em exercício, e pelo Governo do Estado o Procurador Fiscal do Departamento da Fazenda e do Tesouro Doutor Bellarmino Lemos, objeto da Carta de Aforamento nº 429, da Municipalidade de Natal, medindo uma área de 15.100 m2.
Como testemunhas assinaram Orestes Silva e Omar Lopes Cardoso, perante o escrivão substituto Crispim Leandro, tendo sido efetuado o pagamento em moeda corrente e o Imposto de Transmissão pago em 26 de junho de 1929 ao Dr. Aldo Fernandes, Administrador e Sr. F. Pignataro, Tesoureiro, sendo registrado no Livro “3-C”, de Transcrição das Transmissões, sob o nº 24, fl. 61v. s 62, presentemente do acervo do 3º Ofício de Notas, com o nº de matrícula 828.
Com estes registros, podemos concluir que são verdadeiros os relatos de Luiz G.M. Bezerra, no artigo do jornal “O Potiguar” nº 42 (março/abril/2005) de que o terreno fora adquirido com a ajuda de abnegados como Orestes Silva, José Gomes da Costa e Júlio Perouse Pontes e outros, sendo acrescido o nome de Omar Lopes Cardoso no livro de Everaldo Lopes “Da bola de pito ao apito Final”, p. 40. Não sei o motivo de o referido jornalista insistir em omitir o nome do meu pai José Gomes da Costa, como um desses abnegados.
O referido jornalista, na página 42 de sua obra, afirma que “o clube nunca promoveu qualquer solenidade destinada a dar nome a sua praça de esportes”. Contudo, devo lembrar que o América homenageou os seus associados como beneméritos e inaugurou duas quadras de tênis, ao lado da sede velha da Rua Maxaranguape, com os nomes de José Gomes da Costa e Orestes Silva, onde hoje está construído um edifício.
Assim, o fato da “doação” realmente aconteceu, não por ato cartorário, mas quando os abnegados americanos perdoaram a dívida ao América, destruindo as promissórias que garantiam o dinheiro emprestado para a aquisição do terreno.
Vale adiantar, que não existe nos registros pesquisados nenhuma cláusula restritiva à alienação daquele imóvel, como se pensava, daí o fato de parte dele ter sido negociada, outra parte onerada. O que sabemos é que a legislação daquele tempo, como acontecia em outros Estados, devia conter determinação de vedação de modificação do objeto do negócio jurídico, uma vez que bens de propriedade pública só poderiam ser alienados com autorização legislativa e para um fim específico. No caso do América, para um fim social.
domingo, 26 de junho de 2011
"...Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida.
À sombra de uma cruz, e encrevam nela:
-Foi poeta - sonhou - e amou na vida."
(ÁLVARES DE AZEVEDO)
AMIGOS POETAS
O QUE DIZER DAS SAUDADES...
Jansen Leiros
“É porque existem sementeiras de ternuras,
plantadas em nós. Pedacinhos de coisas boas,
que talvez não tenham ficado muito tempo, mas
o suficiente para deixar um rastro, uma sombra,
uma marca, um perfume.”
O que dizer das saudades, apertando o coração?
É sentir falta de amor, de carinho e de uma mão!
É sentir falta de alguém, ombro a ombro, lado a lado,
É sentir uma distância, de quem é no peito, amado!
É ausência de ternura, de carícias, dos afagos,
É senti-los como sombras, que ficaram no passado.
É ter sim, a consciência de que algo se afastou,
Envolvendo em nostalgia o “feelling” que se esgotou.
Mas, quando ela acontece, nós podemos superar,
Trazendo toda lembrança que nos pode apascentar
Na forma de um passarinho com seu belo gorjear
Nas cores da LUZ divina, do prisma a inebriar
Envolvendo o violeta, transmutante a elevar,
A tocha do AMOR divino, no pálio do AVATAR
* - Por envolvimento e inspiração de Vespasiano
NOS ENCONTRAMOS, NESTA VIDA, UM DIA…
E, CERTAMENTE, ASSIM, EM OUTRA VIDAS.
(décima em decassílabos)
Wellington Leiros
Eu caminhava, então, despreocupado,
Sem nada a despertar-me os sentimentos,
Sem me quedar, sequer, por uns momentos,
Pois que suave, sempre, era o meu fado.
Mas certo dia, algo do passado,
Lembrou-me a existência de outras lidas:
Um grande amor, por trilhas revividas,
Nos trouxe paz... nos deu grande alegria,
NOS ENCONTRAMOS, NESTA VIDA, UM DIA...
E, CERTAMENTE, ASSIM, EM OUTRA VIDAS.
BALADA VINDA DE LONGE
Ciro José Tavares
“Sombras! Foi este o momento em que vos despedistes
e, sobre a orla dos vossos vestidos, não desceu o meu pranto.”
John Keats, Ode à Indolência
Recolhe, guarda no mistério do teu colo
o que restou da vida plátano frondoso
de raízes há cinco mil anos no espírito,
adormecido sob suaves sombras projetadas.
Escuta, dádiva eurasiana, os oratórios
recitados pelo coro das sarcedotisas,
e assiste as sensuais evoluções de dançarinas ao redor.
Reis submetidos à beleza dos teus galhos
acostam os corpos na doçura do teu tronco,
sonham como deitados estivessem num seio de mulher.
Ninguém sabe plátano, de tua idade secular,
do tempo da semeadura e resistência à messe,
qual a sagrada estrela que te viu brotar,
qual cometa em fogo que te conduziu ao planeta azul
através de infinitas veredas do espaço.
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