sexta-feira, 24 de novembro de 2017


SEM LUAR E SEM VIOLÃO – Berilo de Castro 



SEM LUAR E SEM VIOLÃO – 
Estamos vivenciando um grande e inimaginável dilema na política nacional com reflexos destrutivos para toda nação. Momento que teve início com a caça às  bruxas, mais especificamente com as operações deflagradas  pela Polícia Federal, na busca incessante daqueles que, de forma espúria e descabida, fraudaram os cofres públicos sem dó  nem piedade.
Dezenas e mais dezenas de operações foram, e continuam sendo, feitas a cada dia que passa. O que se tem observado de  forma clara, constante e permanente é o envolvimento em massa dos nossos representantes, seja no Senado da República, na Câmara Federal, nas  Assembleias Estaduais e nas Câmaras Municipais. É um momento nunca visto: contagioso e sistêmico.
Diante de tudo isso, ficamos a imaginar: quem ainda está limpo nesse cenário tão obscuro e vergonhoso? Quem pode substituir quem? Presenciamos aqueles que ocupam cargos importantes no governo atual, com maior intensidade nos Ministérios, na Câmara, no Senado chegando a encabeçar as listas dos Procuradores Federais e da Polícia Federal, como responsáveis pelos atos ilícitos que ora  tristemente assistimos.
E aí, fazer o que? O próprio Presidente da República tem sido o alvo maior nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, junto a nossa maior e mais corruptora  — a empresa JBS e por último em maracutaia portuária com a empresa Rodrimar.
Ficamos todos pasmos diante desses acontecimentos, procurando encontrar um  representante público que tenha o seu nome limpo, não bichado; que não tenha  sido citado nas delações premiadas pelos corruptores lapinantes. Na escuridão do fosso, ficamos cegos e sem ter por quem gritar.
Chego a triste conclusão e com  o queixume de um velho modinheiro, numa noite sem luar e sem violão: assim não há seresta.
Berilo de Castro – Médico, escritor, membro do IHGRN – berilodecastro@hotmail.com.br
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

h o j e



 
 
Helena Costa Marcelo Othon convidou você para o evento dela
 
RODA DE VIOLA SERTANEJA em NATAL/RN
Sexta, 24 de novembro às 17:00
Estação do Cordel em Natal (Rio Grande do Norte)
 

BLÁ, BLÁ, BLÁ...



UM CANTOR DAS ARÁBIAS

Valério Mesquita*

Era domingo e o sol convidava o natalense para o litoral. Nada como o mar e a brisa para reparar a fadiga da rotina semanal do trabalho. E dentro desse enfoque, surge o publicitário Tertuliano Pinheiro, que recebeu um convite amistoso do seu amigo Nelson Freire para visita e almoço no aprazível Condomínio Porto Brasil, entre Pirangi e Cotovelo. Visão panorâmica do oceano, conforto, fidalguia do anfitrião e whisky generoso marcaram os instantes felizes dos convidados. Almoço farto e conversa amena sob agradável fundo musical, que não deixou fora o repertório das músicas  do deputado e compositor Nelson Freire, em parceria poética com o bardo novacruzense Diógenes da Cunha Lima.
O sol esmaecia. O cair da tarde exigia aos circunstantes a revitalização dos folguedos para afastar a sonolência clássica do whisky e a exaustão dos papos, que já se tornavam repetitivos. Música ao vivo! Alguém gritou. Nelson, cadê o seu violão? Eram os pedidos oportunos de outros convidados, admiradores da voz e do toque de Nelson ao violão. Um nativo daquelas plagas (empregado ou eleitor) lembra ao deputado que na comunidade existe um músico tecladista. Alvoroço. Providências. Chega finalmente o musicista e seu equipamento, armado no amplo alpendre da casa. Nova rodada de bebidas é servida com gostosos petiscos. Havia ansiedade no ar, enquanto o artista armava o seu instrumento. Tertuliano Pinheiro observava o seu perfil e fazia para si mesmo uma análise não muito lisonjeira. Conversas rápidas, risos, cigarros acesos, olhares furtivos, todo um clima que sempre antecede uma apresentação artística em qualquer teatro ou casa de show.
Após quase dez minutos afinando a pianola, o cantor arremeteu uma nota grave e sonora, como se tivesse iminente o inicio da apresentação. Todos olharam e silenciaram. Para a surpresa geral, a revelação musical de Pirangi sacou um discurso pegajoso e confuso: “É com muita alegria né, que estou aqui né, na casa de Nelson Gonçalves”. Aí o alpendre veio abaixo. Tertuliano, ao lado, desmaiou de tanto rir. “Tá bom, tá bom, toca, toca”, surgiram difusos apelos da galera sofrida. Após, o deslize nominal com o anfitrião, o pior ainda estava por acontecer. Aos tropeços, tanto a voz quanto a execução do artista eram sofríveis. A noite começava e com ela os sussurros abafados e expulsórios: “Muito bem, muito bem!!”. Mas o cantor das arábias continuava na dele porque se convencera que estava abafando.


(*) Escritor.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

H O J E - Stigma


O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte lhe convida para o lançamento do Livro da escritora e historiadora brasileira, radicada nos Estados Unidos, denominado STIGMA – Saga por um novo mundo, que versa sobre o século XVII, a influência de Maurício de Nassau no Nordeste e a saída dos primeiros judeus de Recife para New Amsterdam, hoje New York.
Contamos com a sua presença.
A DIRETORIA


terça-feira, 21 de novembro de 2017

ROGAI POR NÓS


SENHORA DA APRESENTAÇÃO, olhai pelo Brasil, pelo seu povo, pela dignidade do País. Intercedei junto ao Pai para que nos permita recuperar a humanidade das mazelas do mal e da corrupção. Velai, particularmente, por este nosso Rio Grande do Norte desorganizado, flagelado pelos maus governantes e falsos empreendedores. Olhai pelo povo sofrido e ainda esperançoso por melhores dias. AMÉM

SAUDADE IMORTAL


Perdemos ontem JAECI EMERENCIANO GALVÃO, pessoa cuja nobreza lhe confere o título de IMORTAL, sem necessidade de pertencer a nenhuma Academia.
Homem que fez história, registrou o tempo, liderou muitos segmentos da vida social e esportiva - foi o fotógrafo dos artistas nos anos 50/60. Seu trabalho ficará eternamente na memória da terra potiguar.
SAUDADES e RESPEITO.

RESPEITO - ONTEM, HOJE, SEMPRE