sábado, 19 de setembro de 2015

UM HOMEM DE FIBRA LONGA PARTIU PARA A OUTRA DIMENSÃO DA EXISTÊNCIA

Em 2013 o grande jornalista, recentemente falecido e um dos baluartes da Maçonaria Ticiano Duarte, publicou um elogio ao exemplar líder maçônico ARMANDO DE LIMA FAGUNDES que ontem partiu para a outra dimensão da existência. Não poderia descrever esse extraordinário homem do Bem de forma melhor como o fez Ticiano, agora reproduzido, com pequenas adaptações:


A gratidão da Maçonaria

Ticiano Duarte - jornalista
As minhas palavras de homenagem ao grande líder maçônico, Armando de Lima Fagundes, um dos seus fundadores e veneráveis, por mais de 08 anos, em diversos mandatos, quando comandou a luta pela construção da sede própria, do Templo, da Escola, que tem o nome do seu pai, Bartolomeu Fagundes, um dos grandes expoentes da maçonaria nordestina que segurou uma bandeira primeiramente desfraldada pelo avô, o vigário Bartolomeu, o memorável sacerdote, político e maçom, que fez história pelo gesto desassombrado e autêntico, no episódio da Questão Religiosa. Este é um episódio histórico que não pode ser contado em pouco espaço de jornal e que está registrado em livros, entre os quais se destacam os do professor Antônio Fagundes e do saudoso irmão, José Coutinho Madruga.

Na síntese que fiz sobre o trabalho maçônico de Armando, do bisavô, do avô, Emídio Fagundes, do pai acima mencionado, falei que maçonaria se faz com muito amor, desprendimento, renúncia, tolerância e humildade. Lembrei as palavras de Paulo, apóstolo, quando se referia ao amor verdadeiro. Dizia ele: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbolo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens e ainda que eu entregue o próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”. E Paulo conclui seu belíssimo ensinamento ao afirmar que o amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.

Depois de falar sobre as figuras que fundaram a Loja Bartolomeu Fagundes e de agradecer ao trabalho dos deputados Ricardo Motta e Walter Alves na batalha pela solução da legalização do terreno onde está construída sua sede, os quais abriram as portas para que chegássemos à audiência com a governadora do estado e depois com a ajuda substancial para aprovação, na Assembleia Legislativa, do projeto de lei enviado pelo Poder Executivo, em tempo recorde, falei sobre a união dos maçons, do seu significado para o engrandecimento do trabalho maçônico e da difusão dos seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Disse que a nossa Confederação Maçônica do Brasil, COMAB, tem na sua bandeira, estandarte uma legenda de muita significação-Ut omnes unum sint-que todos sejam um só, como exaltação à união. A interpretação, segundo os maçonólogos, é que a vida é importante e geradora dos melhores frutos ao vivermos em união, que todos sejam um só.

Relembrei o grande tribuno, Padre Vieira que ao falar sobre a união, dissera entre outras coisas que toda a Vida (ainda das coisas que não têm Vida) não é mais que uma União. Até o homem (cuja vida consiste na união de corpo e alma), com a união é homem, sem a união é cadáver. 

Citei o poeta, ao dizer quer Armando, aos 95 anos, ainda pode evocar as lições de vida de seu pai: Sangue do meu Sangue, boca do meu pão, água que te dou mata minha sede.  O mundo te espera: é tua pirâmide. Ergue a tua mão no dia magnético. Ergue a tua mão para a continência que és não só meu praça, também meu soldado. Meu filho varão”.
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À família enlutada e a todo o Corpo da Maçonaria, o meu respeitoso sentimento de saudade e de reconhecimento da grandeza desse líder.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

   
Rosivaldo Toscano Júnior
17 de setembro às 14:05
 
"Cotidianamente, em nome da “guerra às drogas”, ocorrem prisões em flagrante após busca e apreensão de ofício por policiais militares em crimes permanentes, baseados em mera denúncia anônima. Curiosamente, nesses casos a constitucionalidade do flagrante e da busca e apreensão formam um paradoxo insolúvel, pois uma se torna pressuposto de validade da outra. Isto é, só se tornaria legal o flagrante se a denúncia anônima se confirmasse após o ingresso no lar e a busca com efetiva apreensão da materialidade, ao passo que o ingresso no lar e a busca só se legalizariam se estivesse ocorrendo situação de flagrância."

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Denúncia anônima, violação do lar e busca e apreensão – existe “causa justa” sem “justa causa”?...
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INVERSÃO DE VALORES

Nestes últimos tempos, os Valores que sempre foram, historicamente, considerados como eternos, hoje, são mais variáveis que a Moda. A Virtude, a Verdade, a Moral, a Honestidade, o Belo, a Arte são tão volúveis, hoje, como os caprichos e as manias do Homem. Hoje, uma coisa é inadmissível, amanhã já não o é. A Virgindade, por exemplo, era virtude que atingia as eminências da santidade mais requintada, virgindade, hoje, é palavrão, é palavra descabida, é motivo de gracejo. E, quando uma jovem tenta manter-se pura, dizem logo: “CASTA QUAM NEMO ROGAVIT”. O Trabalho era exaltado como ato heroico e enobrecedor, atualmente, é condição servil e causa de empobrecimento e penúria. Antigamente, havia o Homem justo, solidário,  sincero, verdadeiro, “ADEO VERITATIS DILIGENS ERAT UT NE IOCO QUIDEM MENTIRETUR” – Amava tanto a verdade que, nem por brincadeira, mentia. Presentemente, há o Homem cuja inteligência está se divorciando do espírito, sendo porta aberta para um mundo de maldades. Homem irresponsável que, a todo custo, busca o dinheiro sujo, definido muito bem por Giovanni Papine, como “excremento do satanás”. Infelizmente, a “AURI SACRA FAMES” continua a se fazer sentir com todo o seu vigor. Parece que o Poeta Virgílio, ao escrever essas palavras, em verso, vivia os dias de hoje: - “QUID NON MORTALIA PECTORA COGIS, AURI SACRA FAMES”! – A que não levas os corações humanos, ó amaldiçoada fome do dinheiro! Também o Poeta  latino Horácio procura mostrar quanto é preferível viver sem ambições excessivas, aproveitando, sensatamente, as boas coisas da vida e chama tudo isso de “AUREA MEDIOCRITAS”.

Sabe-se que roubar é crime, a Lei condena e pune, e que a Sociedade reprova e não assimila. Porém, hoje, roubar do Estado, dilapidar os Bens públicos, fazer falências fraudulentas, realizar desfalques tornam os seus autores impunes e mais conhecidos. O povo está à espera de quem lhe assegure a vida e a propriedade. Está também exausto de medo, acuado em suas próprias casas, agredido pela concupiscência e lascívia da marginalidade impune. “CRUDELIS UBIQUE LUCTUS, UBIQUE PAVOR, ET PLURIMA MORTIS IMAGO” – Por toda a parte, o sofrimento cruel, por toda a parte, o pavor e a múltipla presença da morte (Eneida, II, 368-369). O Ensino Médio que sempre se constituiu a espinha dorsal de qualquer projeto educativo, hoje, encontra-se em estado deplorável. Houve um tempo em que se falava dele como “Curso de Humanidades”, a designação tinha raízes nobres, vinha da tradição cultural do Ocidente, preocupada, antes de tudo, com a Formação Moral do Homem. Era o Estudo das Letras Clássicas, considerado como Instrumento de Educação Moral.

A Escola Média do Presente necessita de urgente reequacionamento, de uma restauração da seriedade escolar e o resgate do seu Magistério afogado no despreparo e na injustiça salarial. Temos, hoje, um País de doentes sem hospitais e de hospitais sem remédios. Temos um País onde a corrupção é a Regra e a honestidade, a Exceção. Que Deus conscientize a todos desta Nação e os faça reviver os Valores Morais tão antigos e tão nobres, sustentáculos de um Povo e de uma Pátria. E, numa análise do que foi o Passado e do que é o Presente, lamentavelmente, encontramos, como costumamos dizer, Carvão em vez de Tesouro – “CARBONEM PRO THESAURO INVENIMUS”.  Esta é a triste realidade; parece-nos que não devemos omitir nada – NOS NIHIL VIDEMUR DEBERE PRAETERMITTERE. Mas, diante de tudo isto, ainda temos Esperança de dias melhores, porque “Esta é a Ditosa Pátria, Nossa Amada”, Nosso Bem Primeiro, cujo valor só apreciamos, devidamente, quando somos d’Ele privados.

José Ferreira da Rocha

Escritor

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

NENHUMA REPERCUSSÃO

Atrevidamente ousei publicar neste blog um alerta para a atual situação econômico-financeira, social e política pela qual atravessam o Brasil e os Estados.
Usei como frontispício a expressão consagrada de Cortez Pereira: "Se unidos já somos fracos, desunidos não somos nada".
O resultado foi decepcionante, sem nenhuma repercussão nas redes sociais.
De qualquer sorte, não recuo na minha interpretação dos acontecimentos, mas ficarei no aguardo de comentários e ponderações dos que entendam mais do assunto do que eu.
Retornarei à difusão tão somente cultural e que cada um exerça a sua cidadania como entender devido.

NOTÍCIAS:
 
1) HOJE TEREMOS o lançamento dos Cadernos de Newton Navarro, na Cooperativa Central do Campus, em torno das 10h30.
2) A Academia Norte-Rio-Grandense de Letras elegeu a escritora Eulália Barrosa como nova imortal para ocupar a cadeira nº 13, vaga com o falecimento da amiga Anna Maria Cascudo Barreto.
3) O livro do Professor Juarez Chagas "OS BONS TEMPOS DA SCBEU - VIAGEM NAS MEMÓRIAS DOS ANOS DOURADOS DE NATAL",2a Ed revista e atualizada já está à venda na Cooperativa do Campus da UFRN.
4) O jornalista Vicente Serejo retorna à mídia, em sua coluna CENA URBANA através do Novo Jornal. Feliz retorno!
5) Os irmãos Fred e Carlos Sizenando programam o lançamento da 2ª edição do seu livro "Dos Bondes ao Hippie Drive-In".
6) O IHGRN se prepara para a eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal para a gestão 2016-2019, cujas inscrições terminam no próximo dia 30. O atual Presidente Valério Mesquita desistiu da reeleição está com toda a força lutando pela liberação dos recursos destinados à complementação das obras de sua gestão, já reconhecida como excelente pelos associados e pela comunidade potiguar.

 


 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

SE UNIDOS JÁ SOMOS FRACOS, DESUNIDOS NÃO SOMOS NADA!




     Com esta expressão o Governador Cortez Pereira construiu um projeto de futuro, saindo das cinzas de uma economia artesanal para vislumbrar novas perspectivas da melhoria da qualidade de vida do povo potiguar.
     O grande mal é que os governantes que lhe substituíram não mantiveram esse veio de esperanças e, gradualmente, foram tornando o Estado em um volumoso acumulador de problemas, com inchamento de sua máquina, em grau maior do que permitia a sua estrutura.
     Tal proceder, movido pela política acima de tudo, deu como resultado o momento difícil que vivemos nos dias presentes, de dificuldades extremas, mas não de caos como proclamam autoridades que deveriam ter mais parcimônia no uso de tais expressões, que somente aumentam as desesperanças de um povo sofrido pelas agruras da natureza, convivendo como uma seca desmedida, perda dos elementos que antes eram seu ganha-pão e sustentáculo da economia do Estado.
     Precisamos salvar o Brasil e o Estado das dificuldades do presente e para isso devemos invocar a frase de Cortez “SE UNIDOS JÁ SOMOS FRACOS, DESUNIDOS NÃO SOMOS NADA!”
     O momento é de união de todos para que seja possível retomar o crescimento e recuperar necessidades básicas das comunidades.
     Sei que surgem os ”filósofos da salvação da Pátria”, comentaristas especializados etc. Mas cada um de nós deve parar um pouco e meditar sobre o que é possível fazer para garantir essa salvação ansiada.
     Como simples cidadão apontaria algumas posturas:
1)      Entendimento entre patrões e empregados, incluindo-se na expressão os servidores públicos e as entidades estatais;
2)      Suspensão de greves e outros movimentos paredistas ou reivindicatórios de melhorias pessoais, em favor da recuperação econômica e financeira do Estado;
3)      Parcimônia nos gastos, evitando o supérfluo;
4)      Doar uma parte do seu tempo para trabalhar, sem remuneração, no sentido de manutenção dos serviços básicos, mantendo as suas ruas limpas, recolhendo o lixo nos bueiros, selecionando o lixo para a coleta, apontando ao poder público os problemas pontuais que careçam de imediato reparo, dentre outras;
5)      Fiscalizar os equipamentos urbanos, evitando que os vândalos depredem os equipamentos ali existentes;
6)      Colaborar no funcionamento das escolas, das entidades culturais, das casas de apoio aos idosos, às crianças e equivalentes.
Tudo isso demandará um tempo certo, pois teremos a gradual recuperação dos entes estatais e a vida deverá retomar seu patamar natural.
Enfim, a lista é imensa, não daria para enumerar, mas suficiente para difundir uma forma de colaborar com a recuperação do País, como aconteceu com os países destruídos pelas grandes guerras.
Não digo isso da boca pra fora, pois há algum tempo dou expediente gratuito ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, sem qualquer remuneração, colaboro com mais de 10 entidades filantrópicas, presto serviços auxiliares a várias entidades culturais e venho lutando para regularizar a situação da Casa do Estudante de Natal e o faço sem nenhum interesse de ordem política ou econômica. É do meu papel de cidadão contando com o restos das forças que ainda possuo, com a Graça de Deus.
VAMOS TODOS JUNTOS SALVAR O BRASIL DESTE MOMENTO DE DIFICULDADES!

terça-feira, 15 de setembro de 2015



Departamento de História guarda acervo da Comissão da Verdade

7:15
A documentação produzida pela Comissão da Verdade da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) 
está depositada no Departamento de História (DHI) do 
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). 
O conjunto de pastas foi entregue no dia 8 de setembro, 
pela secretária da CV, Kadma Maia, e o bacharel Juan 
de Assis, conforme autorização do presidente da Comissão, 
professor Carlos Gomes.

Recebido pela coordenadora do Laboratório de História 
da UFRN, Iris Dantas, o acervo é constituído por 
documentos textuais, áudio, imagem e vídeo, e ficará 
sob a responsabilidade do departamento 
até a organização do Memorial da Comissão da 
Verdade, a ser montado no antigo prédio da 
Faculdade de Direito da Ribeira, pertencente à UFRN.

A edição do relatório final da CV ficou a cargo da Editora 
Universitária (EDUFRN) e a previsão é de que seja lançada 
este ano.

A Comissão

A Comissão da Verdade da UFRN foi criada por meio da 
Portaria nº 1.809/12-R, de 31 de outubro de
 2012, e atuou de 18 de dezembro de 2012 a dezembro de 
2014, com a conclusão do relatório final.

Durante dois anos, os integrantes buscaram esclarecer 
possíveis violações aos direitos humanos, ocorridas 
no âmbito da UFRN, envolvendo docentes, discentes 
e técnicos, entre 18 de setembro de 
1946 a 5 de outubro de 1988. 

O objetivo do trabalho foi cumprir o direito à memória 
e à verdade histórica, colaborando assim com a 
Comissão Nacional da Verdade da Casa Civil da 
Presidência da República.

Contribuíram com a comissão: 
Carlos Roberto de Miranda Gomes (presidente),
 Ivis alverto Lourenço de Andrade (vice-presidente), 
Almir de Carvalho Bueno (professor associado), 
Justina Iva de Araújo (professora adjunta 
aposentada), Danyelle Rosana Guedes (aluna do 
curso de pedagogia), Maria Ângela Fernandes 
Ferreira (professora associada), Moisés Alvez de 
Souza (vigilante), além de 10 alunos bolsistas
 (4 de História, 2 de Direito, 2 de Ciências Sociais e 
2 de Ciências da Informação (Biblioteconomia).

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Comissão da Verdade da UFRN e o IHGRN (de surpresa)
homenageiam Carlos Gomes pelo seu aniversário (10/9/2015)








domingo, 13 de setembro de 2015

RECADO POÉTICO DE UM AMIGO


O SAL DA TERRA


                               “Vós sois o sal da terra”
                                               Mateus, 5


Minha terra tem o melhor sal do mundo
e nele habita a alma do mar.

De lá o transportam
e às mesas mais distantes chegam
tempero e cura.

Mas às vezes, como agora, o sal não chega
não obstante a mesa posta
não obstante a expectativa e a espera
pelos abarrotados navios

E restam inacabados os alimentos
e frustrados os comensais.

Neste porto impera a impaciência
pois aqui há falta de sal
ao contrário de minha terra
onde habita a alma do mar.

Então por que não receberam a preciosa carga?
Por que sendo bom sal o lançaram fora?
Por que o seu retorno precipitado ao mar
se a sua missão era na terra?

Irmão, falemos agora de gente
de gente que não chegou
de gente lançada ao mar
de gente que esperávamos à mesa.

E no entanto para eles
cadê a comida?
Cadê a bebida? 
Menino, cadê o sal de minha terra?


                                   (Horácio Paiva)