Alecrim
Futebol Clube - 100 ANOS
Seguindo o mesmo caminho do ABC Futebol Clube, nascido no bairro da Ribeira e do América Futebol Clube, fundado no bairro da Cidade Alta, os jovens desportistas residentes no bairro do Alecrim, um tanto distante do centro, resolveu também criar um clube de futebol.
Em razão disso, um grupo de rapazes reuniu-se no dia 15 de agosto de 1915, tendo à frente Lauro Medeiros e apoiado por Pedro Dantas, Cel.
Solon Andrade, José Firmino, Café Filho, que residia nas Rocas, mas se engajou com esses desportistas (que foi Presidente da República e ex-goleiro do
Alecrim em 1918 e 1919), Humberto Medeiros, Gentil de Oliveira, José Tinoco,
Juvenal Pimentel e Miguel Firmino. A reunião aconteceu na casa do Cel. Solon
Andrade e ali fundaram, próximo da atual Igreja São
Pedro, o Alecrim FC, que assim homenageou o bairro onde se originou.
Diferentemente dos seus coirmãos criados no mesmo ano, a ideia inicial que norteou a sua fundação teve um cunha social - ajudar de forma filantrópica as
crianças pobres do bairro.
Existe alguma divergência quando à data de fundação, pois alguns afirmam que o Alecrim foi em 15 de agosto de 1917. Em contrário existe um registro feito no dia 26 de setembro de 1916, no jornal A República n.º 215 que publicou a seguinte notícia na coluna
“Várias”: “No bairro do Alecrim, alguns moços fundaram o Alecrim Foot Ball
Club que manterá uma escola nocturna gratuita para o ensino às creanças pobres
daquelle bairro. Louvamos a iniciativa dos jovens daquella associação, que por
esta forma esforçam-se para extinguir o analphabetismo que em grande escala se
desenvolve no nosso paiz” (grafia da época).
Com essa notícia fica desfeita a notícia da sua criação em 1917, mas que não aponta outra data, o que faz prevalecer a palavra dos contemporâneos do ano de 1915, até porque naquele ano houve um verdadeiro momento de incrementar o futebol na cidade.
Comentou um observador e pesquisador do esporte que sendo o Alecrim um bairro novo, ainda com atividade rural, certas notícias – de acordo com o interesse da imprensa – muitas vezes eram
publicadas um ano após o fato.
Segundo a Wikipédia, recentemente, o historiador Alberto Medeiros
durante o desenvolvimento de sua pesquisa sobre a história do clube
alecrinense, encontrou na Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), papel timbrado da
década de quarenta com a data de fundação do Alecrim F.C. de 15 de agosto de 1915. Este assunto foi encerrado.
O Alecrim Futebol Clube teve seus momentos de glória, seja no campo material quanto no desportivo, pois chegou a ter um patrimônio invejável, que sucumbiu em razão de ações trabalhistas. No campo esportivo, o clube esmeraldino, assim denominado pelas cores de sua camisa (verde) é heptacampeão estadual. O verdão é o terceiro clube potiguar com
maior número de participações na Série A. Ao todo 11 participações em campeonatos nacionais, sendo as mais
recentes a série D, em 2011, e a Copa do Brasil de Futebol em 2015. Suas cores verde e branco já tiveram, no passado, a cor vermelha, se fazendo tricolor, mas depois adotou somente o verde e branco.
Seu primeiro brasão foi retificado porque, nas publicações em preto e branco, era idêntico ao do América Futebol Clube
Nos idos dos anos sessenta, o Alecrim teve excelente desempenho e ficou conhecido como “o vingador” do futebol do Rio Grande do Norte, pois os
times de outros estados quando vinham a Natal ganhavam dos outros grandes times locais - ABC e AMÉRICA, mas eram atropelados pelo esquadrão esmeraldino.
Colhemos no site da Wikipédia que exemplo de força do clube verde nesta década foi
o caso do Rampa Júnior do Uruguai que numa excursão ao Brasil estava invicto: 0 a 0 com o Americano (RJ); 2 a 1 no Democrata de Governador Valadares(MG); 2 a 0 no Fortaleza (CE); 1 a 1 com o Treze de Campina Grande (PB); 2 a 2 com o Náutico de Recife; vindo a perder finalmente para o Alecrim de Natal por 1 a 0 com gol do artilheiro Rui.
Registrem-se o abnegados dirigentes do "clube piriquito": Bastos Santana, Severino Lopes, Humberto Medeiros, Cel. Veiga, Cel.
Pedro Selva, Clóvis Motta, Eli Moraes de Oliveira, Walter Dore, Brás Nunes,
Rubens Massud, Wober Lopes Pinheiro, Gabriel Sucar, Cel. Solon Andrade, além do
grande patrono Monsenhor Walfredo Gurgel (nome que foi dado à sede campestre do
clube). Foi na gestão do Governador Walfredo Gurgel que foi doado o terreno da
Av. Alexandrino de Alencar, posteriormente vendido ao Ministério da Marinha que
proporcionou recursos para a compra do terreno da sede campestre..
Retiramos do site da Wikipédia: |
- O Alecrim teve em sua história um presidente do Brasil que vestiu a camisa do clube — Café Filho, que atuava como goleiro e inclusive participou da fundação do Alecrim.
- O Alecrim teve a honra que ter contado com Garrincha que por uma partida, que no dia 4 de fevereiro de 1968 jogou no Juvenal Lamartine com a camisa 7 do Alecrim num amistoso contra o Sport de Recife, que venceu por 1x0, gol de Duda. Público de mais de 6 mil pagantes, renda de Cr$ 21.980,00. Alecrim formou com Augusto, Pirangi, Gaspar, Cândido e Luizinho, Estorlando e João Paulo, Garrincha (Zezé), Icário, Capiba (Tarciso) e Burunga. Nesse amistoso, o Sport lançou, para testes, Garcia (RAC) e Evaldo (América), formando com Delcio, Baixa, Bibiu, Ticarlos e Altair, Valter e Soares, Bife, Cici, Duda (autor do gol) e Canhoto.
- NOSSA SAUDAÇÃO AO GLORIOSO ALECRIM, indiscutivelmente o clube mais simpático do Estado do Rio Grande do Norte, sempre escolhido com a segunda opção dos americanos como o autor deste blog. PARABÉNS AMERICANOS PARA OS ALECRIMNENSES CENTENÁRIOS.