sábado, 11 de maio de 2019


O USO E O ABUSO DO CELULAR – Berilo de Castro




O USO E O ABUSO DO CELULAR –
A internet revolucionou e inovou o mundo. Encurtou espaços, congregou e uniu mais as pessoas. Avançou e globalizou o planeta.
O uso dos smartphones tomou conta do mundo. Viralizou.
Por onde se anda, onde se chega, somos abalroadas de pessoas usando e abusando dos aparelhos celulares. Já não se conversa mais em reuniões de almoço; nos restaurantes, nos bares, dirigindo veículos, nas academias de ginástica, nos ônibus, nas viagens, nem mesmo em casa; é a prática corriqueira e disseminada do uso de celulares. É uma peste!
O mais curioso e mais alarmante é que vem se alastrando e ocupando lugares, encontros e momentos de debates totalmente inapropriados e proibitivos.
Ultimamente, temos assistido, na mídia televisiva, discussões sobre os mais importantes e desafiadores temas da política de desenvolvimento nacional, que implicam em uma atenção muito especial por parte dos envolvidos.
No entanto, uma coisa tem chamado a atenção de todos, não precisa ser bom observador para comprovar: o uso abusivo, desnecessário e irresponsável de celulares. Uma conduta inaceitável e imoral.
No Congresso Nacional, a “festa” dos celulares é perene e vibratória. Quanto mais séria a discussão, mais é intensificado o seu uso, e menos atenção se dar ao debate; fato observado com destaque e frequência nas mesas sobre Reforma da Previdência Social. Uma vergonha, um descalabro imensurável, que tem como protagonistas os políticos, nossos legítimos representantes, eleitos e pagos (muito bem pagos) por nós.
Por tabela, temos observado também essa nociva prática nas nossas casas legislativas. Ato intolerável.
É verdadeiro e indiscutível o grande serviço que presta a telefonia móvel ao mundo. No entanto, é preciso saber usar, escolhendo os momentos e os lugares apropriados, por uma questão de educação, respeito e civilidade.

Berilo de CastroMédico e Escritor –  berilodecastro@hotmail.com.br
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

sexta-feira, 10 de maio de 2019


O PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO ESTÁ FINALISANDO. E DAÍ?
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
                Estou voltando às minhas tarefas do cotidiano e, nesse período em que passei um tanto recluso pelas agruras que me afligiram com a súbita partida da minha grande companheira THEREZINHA, pude reler alguns conceitos e analisar comportamentos de forma a me reposicionar no caminhar da vida. Mas vi que praticamente nada mudou no cenário político-administrativo do Brasil, do nosso Estado e desta terra de Câmara Cascudo.
            A cultura vai devagar, as praças de maior importância estão cercadas de tapumes, mas como diz a canção de Dorival Caymmi: “andou chuviscando, andou penerando, mas chover não choveu...!” Obras fundamentais de saneamento, estradas, estrutura da administração, igualmente, estão definhando.
            As perspectivas de recuperação são aflitivas, pois o nosso PIB não reage, a inflação está ameaçando subir desordenadamente, com aumento do custo de vida motivado por fatores da economia, dos sucessivos aumentos de combustível, estradas mal cuidadas, redução de meios eficazes de fiscalização.
            Em verdade, mesmo não sendo expert nesse temário, não vejo muita dificuldade de avaliar esse cipoal de equívocos = decisões estapafúrdias do STF, inclusive com discussões estéreis e comportamentos deploráveis, desaprovação de projetos e medidas do governo federal, dando mostras da pouca competência da equipe de governo, futricas impertinentes resultantes de pronunciamentos inoportunos e inconsequentes dos governantes e seus familiares, falta de transparência da única reforma em andamento – a da previdência.
            Enquanto isso, sente-se o canibalismo político, com o trabalho sorrateiro dos partidos derrotados para um retorno triunfal??? As universidades em clima de guerra por conta de contingenciamento nas verbas para a educação.
            Em verdade, o povo tem muito o que reclamar e os governantes muito o que consertar. Contudo, TODOS, governantes e governados precisam reativar o seu patriotismo e formarem uma frente ampla no caminho da redenção do Brasil, a curto prazo, para evitar uma convulsão, desta feita causada pelo desespero do povo sofrido, enganado e exausto de carregar a carga maior das obrigações coletivas.
            Também pudera, um povo que escolhe seus ícones retirados dos períodos de exceção, como Che Guevara, Hitler, Mussolini, Fidel, Pinochet, Hugo Chaves e outros caudilhos e guerrilheiros de menor prestígio, num verdadeiro “samba do criolo doido”. Espero não ser processado por racismo, apenas usei um termo consagrado na canção satírica composta pelo escritor e jornalista Sérgio Porto, sob pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, em 1966, para o Teatro de Revista.
            Como será o amanhã. Espero que haja tempo de recuperação no próximo semestre. Vou rezar e ajudar para que isso aconteça.
O BRASIL PRECISA SER AMADO MAIS.

A G E N D E - S E




Lançamento do livro da escritora MARIA ARISNETE CÂMARA DE MORAIS

Sexta-feira, dia 10/05, a partir das 18 horas, nos jardins do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Contamos com a sua presença


quarta-feira, 8 de maio de 2019

H O J E -DOIS ACONTECIMENTOS IMPORTANTES PARA A CIDADE




MAETERLINCK REGO MENDES
"Doutor América"




A Câmara Municipal de Natal, em sessão solene a ter início às 18,30 horas no Plenário Padre Miguelinho, fará a entrega do Título de "Cidadão Natalense" ao eminente Professor 
MANOEL DE MEDEIROS BRITO.



BRITO: CIDADÃO NATALENSE DIA 08 DE MAIO

Valério Mesquita*

01) O ex-deputado, secretário de estado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Manoel de Medeiros Brito é dono de um repertório de históricas, nascidas do seu “fair-play”, “savoir vivre” e bom humor. São necessários três idiomas para definir a extraordinária espirituosidade de uma vivencia tão rica de situações e fina hilariedade. O jornalista João Batista Machado que o chama de “Brito Velho”, alusão ao ex-deputado federal gaúcho, possui um longo repertório e causos e acontecências colhidos ao longo de sua vida pública.
02) Certa vez, estava no interior quando veio o apelo irresistível de uma cachacinha. O seu fiel escudeiro era Raul, motorista. “Raul”, recomenda Brito, com parcimônia, “veja se encontra nesses botecos uma cachaça pelo menos razoável”. Empreendida a busca, volta Raul com a recomendação protocolar: “Dr. Brito, tem umas mas não são de boa qualidade”. Brito, sediço e aliciador, sentencia: “Seu Raul, ruim é não ter”.
03) Brito é um exímio apreciador da “pinga” nordestina. Degusta o precioso liquido como se fosse um príncipe do semi-árido. Como secretário do interior e justiça, Brito gostava de integrar a comitiva oficial às reuniões da SUDENE em Recife. E explicava ao jornalista Machadinho: “eu vou porque lá é tudo muito bom e barato”. Mas nunca perdia o paladar de uma branquinha. Na capital do frêvo, encontrava sempre o amigo Raimundo Nonato Borba, chefe da representação do Rio Grande do Norte junto a SUDENE. Como é do seu hábito arranjou-lhe logo um apelido: Borba Gato. E no trajeto do aeroporto à SUDENE, do banco traseiro Brito avisava: “Borba Gato não se descuide de parar antes num boteco para eu beber um “rabo de lagartixa”.
04) O Palácio Campo das Princesas, em Recife, era o local refinado nas reuniões da SUDENE para os convescotes e rega-bofes, do mundo oficial do Nordeste. Num desses eventos gastronômicos, estava presente o então secretário da industria e comércio do Rio Grande do Norte Jussier Santos, conhecido pela sua finesse,  foi logo servindo-se de champion e sugerindo a Brito para provar aquela delicia. E esse responde de bate pronto: “Jussier, eu não como frieira”.
05) Em outro almoço, alguém da comitiva oficial do Rio Grande do Norte provoca Brito ao avistar apetitosos camarões: “Brito, sinta o cheiro inconfundível. Este, com aquele olhar jardinense do Seridó corrige: “IN não. Cheiro confundível!”.
06) Vivia-se o tempo áureo da UEB, a extinta União de Empresas Brasileiras que instalou em Natal o Hotel Ducal, a Sparta Confecções, a Seridó Tecidos e a Incarton. Na Sparta, fabricante de camisas, pontificava como diretor o nosso Manoel de Medeiros Brito, o Brito Velho de guerra. Para conhecer as instalações, convidou o jornalista João Batista Machado, que levou de contrapeso o colega Aluízio Lacerda. A fidalguia de Brito tem o selo da fartura de Jardim do Seridó. Após os drinks e sucos regionais, o almoço foi servido com direito, ao final, a charutos odoríficos e fumegantes. Por fim, chegaram à imensa sala das máquinas onde o labor das costureiras explodia no ar um frenético torvelinho de vozes e ruídos mecânicos. Machadinho, já conhecedor da proverbial “queda de asa” de Brito pelo mulheril, provoca curiosamente o seu cicerone: “Brito, e as mulheres aqui?”. Sem perder a postura e como se informasse um detalhe fabril, detona: “É de médio a refugo...”.
07) O garçom do Palácio Campos das Princesas em Recife, chamava-se Paulo Maluf e se tornou amigo incondicional de Brito. Quando terminava a reunião da SUDENE e os primeiros grupos chegavam ao salão de recepção para os aperitivos inaugurais do almoço, e uma voz se erguia em meio aos circunstantes: “Maluf, Maluf, cadê a minha cachaça!”. Era Brito exercitando o ritual.
(*) Escritor.

domingo, 5 de maio de 2019

 



 



VIVER, VIVÊNCIA
Por Carlos Roberto de Miranda Gomes

        Duas expressões marcantes pelos seus próprios conceitos. A primeira corresponde à necessidade da existência material, enquanto a outra alberga os impulsos filosóficos, perigosos como adverte nosso jurista maior Ivan Maciel de Andrade, em artigo que publicou na Tribunal do Norte de ontem, oportunidade em que se adota um rumo subjetivo para a vida.
        Cuido de mim para manter a vida, com o esforço dos insumos químicos permitidos, controlando os hábitos e as emoções. Contudo, não posso elidir a necessidade de meditar e adotar princípios da filosofia que concedem alma ao corpo e nos move a produzir algo para a melhora deste planeta em decadência.
        Vejo, então, que neste último item fica difícil a convivência com quem pode mais do que sabe e sofremos as agruras das perseguições e injustiças dos poderosos.
        Num passado já distante fui forçado a uma aposentadoria prematura por pirraça de uma certa autoridade e, anos depois, tive um filho perseguido, coincidentemente por um descendente daquele opressor, o que nos força a suportar sacrifícios e administrar as dificuldades decorrentes dessas ações mesquinhas.
        A situação se agravou quando perdi THEREZINHA (minha THEREZA), aquela inigualável figura de extrema fé e compreensão transcendental. Não tenho mais com quem dividir dissabores e alegrias, cada dia mais complicado quando tenho que viver sem uma vivência que satisfaça.
        Em situações que tais, tenho o lenitivo dos amigos efetivos, que me alentam o viver, como na última sexta-feira foi repetido nos nossos encontros gastronômicos no Restaurante do Nemésio, sob o comando do Presidente Ormuz. Lá recebi dos confrades do IHGRN o abraço fraterno e o respeito ao sentimento da ausência dela, que sempre tinha uma cadeira reservada em tais eventos.
        Mas, em especial, reconheço a dedicação extremada dos filhos e filhas, que se dividem nos cuidados comigo e com a casa, tudo fazendo para amenizarem meus sofrimentos e a minha solidão, com o esforço de não demonstrarem esmorecimento.
        Vivo sem vivência, esperando o desfecho de tudo, enquanto procuro enganar o tempo acercando-me dos encontros familiares, como neste sábado aproveitei, no Restaurante do Naldo, no Bomfim, num dia ensolarado, com a participação dos irmãos Moacyr e Zezinho, acompanhados de Ernesto e meu filho Carlinhos.
        Seja como Deus quiser!