sábado, 26 de dezembro de 2015
APÓS OS DEVANEIOS NATALINOS
Hoje, dia 26 de dezembro de 2015, já começa a inquietação para o ano de 2016. Perspectivas de aumentos logo no início do ano, recomeço da batalha: Poder Executivo/Legislativo/Judiciário, perplexidade com as projeções da inflação, a queda do PIB, as dificuldades de sobrevivência, os pagamentos inaugurais do novo ano e um olho no veraneio tradicional do potiguar.
Pelo menos esse costume, aparentemente burguês, servirá para uma meditação mais profunda e uma tomada de rumos para enfrentar a crise.
Estou de malas arrumadas e vou para Cotovelo, sempre com um pé aqui para cumprir obrigações inadiáveis.
Aproveitarei o ensejo para reeditar as minhas Cartas de Cotovelo e lançarei um livro, ainda não sei o dia nem o lugar, mas certamente "AMOR DE VERÃO", um singelo conto praiano romanceado poderá ficar disponível para os devaneios do descanso.
As ilustrações são do meu neto Carlos Victor Rosso Gomes Caldas
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
REFLEXÃO DO NATAL DO MENINO DEUS
O fenômeno se repete, JESUS renasceu. A luz voltou a brilhar
e o mundo vive a atmosfera da confraternização.
Por alguns instantes esquecemos as vicissitudes, o
desencanto, o desalento da injustiça.
Seria tão bom que esse tempo de esperança fosse duradouro.
Invoco os Céus e a Misericórdia de Deus para que Faça descer
sobre o seu povo uma fagulha do seu Divino Amor, como “maná” sagrado da
salvação; que a corrupção seja abolida do nosso meio; que a política readquira
a vergonha perdida; que as criaturas sejam mais solidárias e o perdão chegue a
todos os corações.
Imploro para que os dirigentes que podem mais do que sabem
não destruam famílias de pessoas honradas e trabalhadoras com demissões por
simples propósito pessoal.
Esperamos que 2016, apesar dos prognósticos de ampliação do
desastre, possa merecer de Vossa Santa Misericórdia a ansiada complacência, e
que aconteça a recuperação do nosso Querido Brasil e, por consequência, a
melhoria da qualidade de vida do seu povo.
Não é pecador pedir nem sonhar.
EU CREIO EM DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E EM JESUS CRISTO SEU
ÚNICO FILHO, REDENTOR DA HUMANIDADE.
Humildemente, o seu filho, Carlos Roberto de Miranda Gomes.
Luiz Campos de Mossoró
Seu moço, eu fui um garoto infeliz na
minha infança,
Vim saber que fui criança, já pula
boca dos outros,
Só brinquei com gafanhoto que achava
nos tabuleiros,
debaixo dos juazeiro, com minhas
vacas de osso,
essas porqueiras, seu moço, que se arranja sem
dinheiro
Quando eu via um gurizin brincando
com velocípede,
Com caminhão e com Jipe, bola,
revólver, carrin,
Sentia dentro de mim um desgosto que
dava medo,
Ficava chupando o dedo, chorava o
resto do dia,
Só porque eu não podia pegar naqueles
brinquedo
Mas, perguntei, certa vez para os
filho de um doutor :
Me arresponda, por favor, quem dá
isso pra vocês ?
Responderam
logo os três: Isso aqui é os presentes,
Que na noite de Natá, um velho muito
legá chamado Papai Noé,
Que entra sem ninguém dar fé e nós
dormindo nem nota,
Quando ele chega e bota perto do
berço da gente
É que a gente, que é
inocente vai dormir e, às vez ,num nota
Aí Papai Noé bota perto
do berço da gente.
Fiquei naquilo pensando, até o Natá
chegar
E na noite de Natá eu fui dormir me
lembrando
Acordei, fiquei caçando pu donde eu
tava deitado
Seu moço, eu fui enganado, pois de
presente só tinha
De mijo uma pocinha que eu mesmo
tinha mijado
Fiquei com a bixiga preta, soube que
Papai Noé deu
A outros que mostraram a eu caminhão
carro, carreta,
Bola,revólver, corneta e um trenzinho
inté,
Boneca, máquina de pé, e eu só fazia
ver
Aí, resolvi escrever uma carta a
Papai Noé:
Papai Noé, é pecado, tarvez, eu lhe
aperriá
Mas eu quero recramar dum troço que tá
errado
Aos filhos de deputado você dá tanto
carrim
Mas você pra eu é ruim, que lá em
casa num vai
Por certo não é meu pai, pois não se alembra
de mim
Por certo o Senhor é rico e só agrada
o povo seu
E um pobre que nem eu, você vê faz
que não vê
E se você vê por que na minha casa
num vem ?
O rancho que a gente tem é pequeno,
mas lhe cabe
Será que o senhor não sabe que pobre
é gente também
Com a sua roupa encarnada, colorida e
bonitinha
Nunca reparou que a minha já tá toda
remendada
Seja mais meu camarada, e eu num lhe
chamo mais de ruim,
nesse Natá faça assim: Dê menos aos fi dos
rico,
de cada um tire um tico e traga um
presente pra mim
Meu endereço eu vou dar: A casa que eu moro nela
Fica naquela favela que o senhor
nunca foi lá,
Mas quando o senhor chegar e avistar
uma palhoça
Coberta com lona grossa e com uma
porta veia de frande,
com dois buracão bem grande, Bode entrar
lá que é a nossa.
______________
Colaboração de Odúlio Botelho
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
MENSAGEM DE AMOR À HUMANIDADE
Glória a Deus
Nas maiores alturas do Céu!
E paz na terra para as pessoas
A quem Ele quer bem. (Lucas 2.14)
2015-2016
A família de
Carlos Roberto de Miranda Gomes
Tem a grande alegria de cumprimentá-los, desejando
um
NATAL FELIZ e
UM
ILUMINADO NOVO ANO
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
FUNDAÇÃO DO IPDT
Em singela solenidade hoje, nas dependências do NEPSA (CCSA) da UFRN, sob o comando da Professora KAROL MARINHO, foi fundado o INSTITUTO POTIGUAR DE DIREITO TRIBUTÁRIO.
Presença do Professor Wladmir França, Chefe do DPU, dando apoio à iniciativa
Instante em que se pronunciava o Professor Carlos Gomes
Prounciamento do Professor Wladmir França
Demais participantes da reunião
Foram divididas tarefas para a elaboração do estatuto e objetivos da nova Entidade.
Nova reunião, provavelmente no dia 12 de janeiro de 2016.
PARABÉNS PELA INICIATIVA
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
NESSA ELEIÇÃO
Valério Mesquita*
Nessa eleição não sou candidato nem dono do
palanque. Desarmei os meus presságios, desamei os frutos e procuro desviver o
tempo, como na paráfrase da poeta Orides Fontela do Eclesiastes.
Sou o eleitor anônimo perdido na passeata que vai de
Igapó ao Conjunto Soledade II. Misturo-me com o povo. Danço a lambada e o frevo
que desce e sobe ruas acima. Não carrego a bandeira dos candidatos mas o gosto doce
da aventura da noite dos comícios, das mulheres balançando os bustos e os
quadris, como nas pesquisas eleitorais que sobem e despencam. No circuito
ciclístico da Grande Natal, pedalo bem perto da bicicleta da morena do short
branco que faz todo eleitor mudar de partido.
Sou o incógnito
cidadão que escuta o orador no palanque sob a penumbra da marquise da padaria
mais próxima. Sou o decifrador de caracteres, das reações fisionômicas do homem
do povo. Pastoreio as estrelas sobre a multidão sôfrega em desvarios pela
hegemonia dos seus eleitos. A paz cósmica de ser livre e isento me apascenta.
Nessa eleição eu quero o flerte da mulher jovem. Ah!
O amor adolescente. A força misteriosa do encanto das meninas de branco,
namoradas. Os apelos dos mais sábios e sadios ingredientes oníricos e
eleitorais que não agridem o código: música, política e paquera. Sem interagir
os três não há palanque, nem povo, nem discurso. Sou
o eleitor do showmício, dos acordes do Cavaleiros do Forró, Ferro na Boneca, Aviões
do Forró, porque a música e a dança vestem o voto do candidato.
Não há necessidade de se esmerar, hoje em dia, na
palavra rebuscada, na oratória responsável e flamejante. Tudo é fátuo, fútil e
fácil. Por isso, nessa eleição eu posso entrar sem ser visto na casa pobre de
qualquer um. Conhecer as preferências de todos como se fosse o pároco da igreja
onde se confessam. O anônimo e o descomprometido vêem e escutam melhor do que
os marqueteiros. Nessa eleição não sou o farmacêutico que despacha a receita do
eleitor ou o comerciante que lhe entrega a cesta básica. Mas sou o passageiro
das estações da via crucis da eleição. Acompanho o cortejo, me integro e me
divirto no calendário das passeatas, dos comícios para ver a juventude, a
garota magra e bonita que agita a enorme bandeira dos presidenciáveis nas
esquinas das avenidas por dez reais ao dia e que expressam, em si, o melhor
discurso contra o desemprego.
Enfim, nessa eleição, busco a claridade do
sentimento popular, a qual, muitas vezes, não provém do palanque iluminado dos
condôminos. No mais, quero ser aquele eleitor encachaçado, alegre, ritmado,
irresponsável por necessidade, até porque campanha eleitoral é festa e se não
tiver mulher não tem graça. Depois disso, só o grito de guerra: “É hoje que só
chego amanhã!”.
(*) Escritor.
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