sábado, 8 de novembro de 2014


 

 
Dilema bipolar: candidata ou presidente


Uma pergunta que ultimamente me tenho feito é esta: quem vai governar o 

Brasil nos próximos meses? A Dilma que na campanha política prometeu 
mundos e fundos de bondades ou a presidente que herda dela mesmo um 
país com a economia em frangalhos? Sim, porque o panorama não está 
nada bom e desta vez a herança é maldita mesmo. Teremos a doçura da 
Branca de Neve ou a carga de maldades da bruxa, sua madrasta? Vamos 
começar pela trindade cujos preços foram represados no período 
pré-eleitoral: juros, derivados de petróleo e energia elétrica. Os juros já 
subiram, o aumento do preço da energia (em torno de 20%) já foi 
autorizado para o Rio de Janeiro e outros Estados e logo-logo atingirá 
todo o país e, finalmente, o aumento do preço da gasolina e do diesel já 
foi autorizado. Tudo isso leva ao crescimento dos custos de produção na agricultura, na indústria e no comércio que, fatalmente, serão repassados 
aos consumidores. O resultado será uma inflação muito maior que a 
anunciada pelo governo. E quem vai pagar o pato é o povo. Mais há 
outras nuvens negras no horizonte. As contas do governo federal estão no vermelho. De janeiro a setembro a diferença acumulada entre o total da arrecadação e os gastos ficou negativa em R$ 15,7 bilhões, o pior rombo 
da história recente da República. Para cobri-lo o governo Dilma terá que 
aumentar o endividamento público, tomando dinheiro no mercado 
financeiro, forçando novas altas dos juros, o que provocará mais inflação. 
A outras opção seria recorrer às reservas internacionais. Mas ai também há problemas. Em outubro a balança comercial (exportações menos 
importações) apresentou o pior resultado desde 1998, o que elevou o 
saldo negativo acumulado no ano para US$ 1,871 bilhão. Uma 
característica do governo federal tem sido recorrer a métodos não 
ortodoxos para registrar suas contas, inventando uma “contabilidade 
criativa” que esconde os resultados que não lhes sejam favoráveis. Mas, 
contra a realidade, não há criatividade que resista por muito tempo. 
Fora dos palanques de reeleição, a presidente Dilma terá que tomar medidas amargas se não quiser que sua gestão desande de vez. Certamente não é por vontade própria da “gerente competente” que o retrato do seu governo se 
destaca por obras inacabadas, por promessas não cumpridas: a construção 
das hidroelétricas em passo de cágado, a transposição do Rio São Francisco 
e as construções de ferrovias desaceleradas, as creches e as moradias
populares (ótimas iniciativas) em número bem menor do que o prometido, 
a revitalização da indústria naval abortada, por todo o país há esqueletos 
de obras inacabadas e o trem-bala morreu de morte natural. Por essas e 
outras é que o governo escondeu os dados do IPEA-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e só agora, passadas as eleições, é que divulgou o aumento do numero de brasileiros em condições de miséria. No ano passado existiam 10,08 milhões de miseráveis, 370 mil a mais que no ano anterior. 
Esses 10.080.000 de brasileiros são aqueles que ganham até R$ 77,00 por mês. Divulgar esses fatos não é “canto de Cassandra”. É alertar a sociedade para
o que pode acontecer. Leiam bem, “o que pode acontecer”. Nós economistas 
não temos bola de cristal e não tentamos fazer adivinhações sobre o futuro. 
Não acreditamos em leitura da sorte nas linhas das mãos ou nas cartas de 
tarô, não jogamos búzios e não somos profetas, pitonisas ou adivinhos de 
qualquer espécie. Nós apenas aprendemos a ler as estatísticas e os indicadores 
e a evidenciar vieses e tendências do comportamento das organizações e da sociedade. Não temos culpa quando o céu está escuro e nem temos o credito
pelas cores do arco-íris.

TOMISLAV R. FEMENICK – CONTADOR, MESTRE EM ECONOMIA E 
HISTORIADOR.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

GILENO GUANABARA, escritor


A DIVISÃO DAS ESQUERDAS E A DISPUTA ELEITORAL

Seria uma mera alegoria considerar a plenitude intelectual marxista, sem que haja o descortino da frágil formação política, dado a restrita literatura disponível e a prática sofrível a que todos socorremos, em que pese o baluartismo da militância contra a ditadura, empreendida nos anos dourados do entusiasmo juvenil. Não foi diferente ao tempo do exercício profissional, dada a cavilação pessoal de se tornar um espécime raro entre os pares. O movimento sindical e profissional, por força do corporativismo infantil originário e dos limites legais que o cercam, deu experiências factuais. Por fim, chega-se à idade da razão.

            Dada a falta de formação teórico-acadêmica, fato agravado pelos preconceitos que sobejam, mesmo assim restou o bom senso da vida vivida de parte de quem, vez por outra, se valeu da criatividade exposta pela dúvida, em busca de respostas compatíveis. Uma delas que instigaram desde cedo essa procura foi a divisão que reina no engajamento político das esquerdas, observável a partir da organização dos trabalhadores, com a criação da Associação Internacional dos Trabalhadores em 1864. Ali, dentre as correntes de pensamento, duas se destacaram: de um lado, os socialistas seguidores de Carl Marx e, de outro lado, os anarquistas, liderados por Bakunin. Foi a época da Primeira Internacional que teve vida efêmera. As fronteiras entre elas ficaram definidas.

            Após a morte de Marx, com a presença marcante de Engels e Kaustky, excluídos os anarquistas, surgiu a Segunda Internacional (1889), também chamada Internacional Socialista, onde proliferavam diversas correntes de pensamento, tais como: os revisionistas (Berntein); os reformistas (ortodoxos), com Kaustsky; e os integrantes do revolucionarismo, sob a liderança de Lenin que, após o êxito da Revolução Bolchevista na Rússia (1919) iriam constituir a Internacional Comunista e modular e disseminar os partidos comunistas contrários à socialdemocracia.

            Com a morte de Lênin, os bolcheviques russos, seus seguidores, se dividiram. Uma ala, ao centro, sob a liderança de Stalin, inicialmente, afastou a facção mais à esquerda, esta liderada por Trotski, o qual veio a fundar a Quarta Internacional (1938). Depois seguiu-se a eliminação do grupo bolchevique de Bukharin, mais à direita, dando-se o aniquilamento dos seus notáveis.

            A par da divergência interna do pensamento entre os bolcheviques russos, internacionalmente destacaram-se as formulações divergentes de Gramsci, na Itália, e da polonesa Rosa Luxemburgo, cujos fundamentos desapontavam a política bolchevique. Deve-se lembrar também a presença dos socialistas democráticos, ou austromarxistas (Otto Bauer), conhecidos por “Nova Esquerda”, bem assim da chamada “terceira via”, situada entre a socialdemocracia e os comunistas, que predominou dentre os eurocomunistas (Berlinguer). Possível registrar ainda o Maoísmo, com influência entre intelectuais e estudantes na década de 1960, ou o “socialismo autogestionário”, com influência a partir da Iugoslávia, com formulação cooperativada de uma economia menos estatal. Há também a “socialdemocracia clássica” que predominou na Suécia, com viés de maior regulação na economia e menos intervenção, diferentemente da “Terceira Via”, a qual influiu na Inglaterra de Tony Blair, ou o “Novo Centro”, na Alemanha de Gerard Schroeder. Pode-se, finalmente, lembrar o “socialismo-liberal” objeto do pensamento de Noberto Bobbio, a partir da Itália contemporânea.

            Razão ocorre a Eric Hobsbawn, em sua História do Marxismo, que agora chega às livrarias do Brasil, ao afirmar que não é pertinente falar-se de um movimento marxista único, quer seja na práxis, quer seja na sua maturação acadêmica, que perpassa desde a Escola de Frankfurt (Junger Habemas), indo por George Lukács e Louis Althusser.

            Não é motivo de estupefação, pois, a diversidade convergente das correntes de pensamento político, estampada na última disputa eleitoral no Brasil, sediadas todas no campo plúrimo da esquerda democrática. A presença de Luciana Genro (PSOL); de Eduardo Jorge (PV); de Eduardo Campos (PSB); de Marina Silva (REDE); Aécio Neves (PSDB); e por Dilma Roussef (PT), pautaram suas falas ao largo das fronteiras excludentes do pensamento fascista, golpista, ou simploriamente conservador. Por mais diferenciadas que se intencionassem, as candidaturas de Zé Maria (PSTU); Mauro Iasi (PCB); e Rui Pimenta (PCO), não alteraram o quadro normativo da disputa, nem se insurgiram contra o pluralismo de pensamento e prática democráticos. A pobreza do debate é um outro problema.

            No hebdomadário que publicamos neste diário (JH de 24/09), registramos a esperança de a disputa eleitoral não se limitar aos maus augúrios da “vitória pela vitória”, a luta histérica de líderes sem vocação, iracundos e ignorantes, a qualquer custo, independentemente do resultado que foi proclamado afinal. Tínhamos por referência as dificuldades enfrentadas pelo povo italiano, a fim de recompor a unidade de forças progressistas e convergentes, embora diferenciadas, necessárias à superação dos efeitos da guerra e da intervenção nazista na Itália daquela época. Entre nós e agora, as dificuldades políticas são de outra monta, mas não menos ponderáveis. Exigem o reconhecimento da democracia como valor universal e o reconhecimento do papel do adversário, a fim de se estabelecer o debate e encontrar os novos caminhos a seguir.

            O resultado do pleito, em destaque as forças que se igualaram no segundo turno, facilita compor o campo político a ser travado, a par de diversas forças que se propõem a avançar.  Inexiste na atualidade núcleo político hegemônico que por si só se atreva a dessinventar as trevas. Segundo o amigo e pensador Cláudio Oliveira, em matéria que me enviou pela internet, “Ou reconhecemos o pluralismo no campo da esquerda e busquemos uma convivência democrática e respeitosa ou teremos de inventar um “esquerdômetro”, um aparelho capaz de identificar a “verdadeira esquerda” e a “linha justa”, cuja experiência de partido único na Europa do leste não foi das mais exultantes”. Esse o desafio.

             

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

 
                                                            
Públio José – jornalista
 
 
 
                       Uma das piores chagas sociais que atinge a humanidade é o analfabetismo. E seus efeitos se tornam ainda mais dolorosos porque o analfabetismo não escandaliza a mais ninguém. Ao longo do tempo tornou-se um cadáver insepulto, um tipo de paciente que perdeu a capacidade de tocar as pessoas, de fazê-las reagir aos seus pedidos de socorro. Na verdade, o analfabetismo é como um local putrefato no qual as pessoas que nele estão já se acostumaram com o odor que impera no ambiente. As narinas já não reagem mais à acidez que domina o lugar. E, com o passar dos dias, e diante dos atuais avanços tecnológicos, mais se acentua a distância que separa o analfabeto dos demais seres viventes deste mundo. Por outro lado, os esforços aplicados na sua solução têm apresentado, até o presente, resultados muito aquém do esperado, enquanto suas conseqüências se alastram feito pingo de tinta no papel.
        A UNESCO já na quarta edição do Relatório Global de Monitoramento da Educação para Todos atentava para o caráter doloroso do tema. O documento de nome bonito e pomposo objetiva alertar governos e entidades civis a respeito da gravidade da situação. Lamentável, para nós brasileiros, é a posição ocupada pelo Brasil no citado documento. Lá está registrado: no Brasil, e em mais outros onze países, é onde se concentram três quartos de todos os analfabetos do mundo. Independente das mazelas apontadas no Relatório Global de Monitoramento da UNESCO, o grande estigma que dilacera o analfabetismo é a leitura piegas, desfocada, piedosa, meramente assistencialista que governos e entidades civis fazem do problema. Insistem em alfabetizar por um ato de misericórdia, como uma esmola, quando a alfabetização representa, de fato, um fator inerente à economia de uma região.
          E estão nesse rumo as conclusões finais do documento da UNESCO. Lá está consignado que “o analfabetismo prejudica os esforços globais para reduzir pela metade a pobreza no mundo dentro de uma década”. Pela leitura vê-se, então, que o analfabetismo termina por ser causa e efeito de sua própria desgraça, pois, além de carregar em si mesmo a cruz da separação, da segregação, da dificuldade do analfabeto em existir como elemento profissional, ainda impede que a ação governamental se interne nos guetos para a erradicação da pobreza. Não é à toa, portanto, que o documento ainda arremata: “A poderosa ligação existente entre a alfabetização de adultos e uma melhor saúde, maior renda, uma cidadania mais ativa e a educação das crianças, deveria funcionar como forte incentivo para que governos e doadores sejam mais pró-ativos”. Porque?
           Porque alfabetizar faz bem, gera renda, diminui a marginalidade, eleva a auto-estima individual e melhora os índices de qualidade de vida onde sua ação é implementada. No entanto, as estatísticas, ao contrário, e por enquanto, são de estarrecer: cerca de 20% da população mundial, segundo o relatório, ainda são constituídos de analfabetos e mais de 100 milhões de crianças em idade escolar estão fora das salas de aula. O Brasil, por sua vez, tem presença assegurada, de forma negativa, nesse ranking, fazendo companhia a países como Índia, China, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Indonésia, Egito, Irã, Marrocos e República Democrática do Congo. Sinal de que, em se tratando de alfabetização, nossas prioridades estão bem próximas das metas estabelecidas por esses países. Ou por outra: pobres dos nossos analfabetos. Continuarão, por longo tempo, em péssima companhia.
  

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

GRATIDÃO


Tenho a honra de comunicar aos meus leitores, que os Eminentes Membros da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, na sua sessão plenária de ontem e por unanimidade, sufragaram o meu nome para a cadeira nº 33 daquela Casa de Cultura, cujo Patrono é o consagrado Músico potiguar TONHECA DANTAS e os ocupantes anteriores os imortais Oswaldo de Souza 
e Pery Lamartine.
Expresso nesta oportunidade a minha GRATIDÃO e com humildade prometo tudo fazer para colaborar com o engradecimento, cada vez maior, 
da Honrada Academia de Letras. 

H O J E

QUARTA-FEIRA, DIA 05 DE NOVEMBRO


Ciclo Verdade e Memória: V Ato terá depoimento de Laly Carneiro


A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte realizará mais uma edição do Ciclo Verdade e Memória – V Ato - na próxima quarta-feira (05), às 17h, na Seccional Potiguar, com o depoimento de Laly Carneiro, primeira mulher no nordeste a ser presa por problemas políticos.
O evento é gratuito e destinado a advogados, estudantes de direito, integrantes de movimentos sociais e interessados na discussão. O objetivo é mostrar as bandeiras, lutas e circunstâncias pelas quais muitos foram presos, torturados, banidos e assassinados pelo regime militar.
A primeira edição do Ciclo aconteceu em 2012 com a participação do jornalista norte-riograndense  Dermi Azevedo (ex-preso político e um dos fundadores do Movimento Nacional de Direitos Humanos/MNDH), dos advogados Paulo Francinete e Roberto Furtado. A segunda edição contou com os depoimentos de Juliano Siqueira e Zé Rodrigues em 14 de junho de 2013. A terceira edição aconteceu no dia 27 de junho e contou com os relatos de Meri Medeiros e Antônio Capistrano no mesmo ano. E a quarta edição foi em Mossoró com o relato de Luiz Alves em 12/07/2013.
Ciclo Verdade e Memória – V Ato
Data: 05/11/2014
Local: Auditório da OAB/RN
Horário: 17h

Relato: Laly Carneiro
Aberto ao público
Por: Anne Medeiros


TAMBÉM HOJE DIA 05 DE NOVEMBRO DE 2014




E A GRANDE FESTA DO IHGRN - 05 DE NOVEMBRO


O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE CONVIDA PARA A SOLENIDADE DE POSSE DE NOVOS SÓCIOS E REABERTURA DA SUA SEDE PARA OS PESQUISADORES
Rua da Conceição, 622 - Cidade Alta
DIA 05 DE NOVEMBRO DE 2014
20 HORAS
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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Resultado de imagem para logotipo da academia norte-riograndense de letras

TERÇA-FEIRA, DIA 04 DE NOVEMBRO

Teremos o lançamento de mais um número da Revista da ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, com organização e edição sob a responsabilidade dos escritores Manoel Onofre Júnior e Thiago Gonzaga. A Revista da ANRL vem sendo atualmente editada com regularidade, merecendo os parabéns da comunidade intelectual do Estado.

Horário: 17 horas

Local: sede da Academia, na Rua Mipibu.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014



O amargo sabor do preço da festa

Tomislav R. Femenick – Contador, Mestre em Economia e Historiador.

 
Não resta a menor dúvida, o Brasil deu uma maravilhosa demonstração de cidadania e comportamento democrático no domingo passado, com a finalização do processo eleitoral quando reelegeu Dilma Rousseff. Bonito, foi ou não foi? Concordem comigo, que nem nela votei. E tem mais: menos de quatro horas depois de encerradas as votações, já tínhamos o resultado. Tudo computadorizado, tudo on line. Mesmo com a ocorrência de alguns pormenores desagradáveis, foi bonito sim.
Embora sendo o melhor dos regimes – pois outro melhor não existe –, a democracia tem seus problemas e um deles é o custo oculto das eleições. Não estou falando das maracutaias, dos caixas dois, dos desvios de recursos públicos etc. e tal. Estou falando do represamento de medidas e noticias que foram gardadas para depois das eleições; o preço da festa.
O IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o IPEA-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada há meses que deixaram de divulgar dados essenciais para os negócios e administração do país, porque eles apontavam para situações que poderiam influenciar nas eleições, contra o governo. Agora esses dados estão saindo e juntam-se a outros que saem de outras fontes. E que dados são esses? Qual o preço da festa da democracia verde e amarela? Vejamos alguns deles.
Em setembro passado a dívida do governo federal (a chamada dívida pública federal) atingiu o valor de R$ 2,183 trilhões. Foi uma alta de 0,65%, em relação ao mês anterior quando estava em R$ 2,169 trilhões. Considerando que no final de agosto o Brasil tinha uma população estimada em 202,7 milhões, temos que cada brasileiro deve R$ 9.922,73, sem contar suas dívidas pessoais e mais as dividas dos governos estaduais e municipais.
Outro problema é o fantasma da inflação, que em outubro marcou presença. Na terceira prévia do mês, um dos índices que mede a oscilação dos preços, o IPC-Fipe cresceu 0,34%, porém os alimentos, que atingem mais o bolso dos mais pobres, subiram 1,08%. Isso quer dizer que a meta da inflação controlada pelo Banco Central está indo para o brejo.
Um dos melhores indicadores do comportamento da economia é a forma como as empresas estão pagando suas contas. Se as empresas estão adimplentes (pagando em dia), quer dizer que tudo vai bem, pois elas estão vendendo e recebendo em dia, assim podendo também liquidar seus débitos no vencimento. O contrario também é verdadeiro. Se estiverem inadimplentes é porque não estão vendendo e/ou não estão recebendo seus creditos. Pois bem, o índice da Serasa-Experian de inadimplência das empresas subiu 13,4% em setembro, comparando-se com mesmo mês do ano passado. Foi a maior das altas recentes.
Mas o assunto mais intricado é a Petrobras. Não estou falando em desvios de recursos ou algo semelhante. Não é que a Moody's, uma agência de classificação de risco, rebaixou o rating da Petrobras e, bem pior ainda, manteve perspectiva negativa em relação a estatal, em função do seu alto endividamento. Tudo mundo sabe que o governo represou os preços dos derivados de petróleo como forma de tentar controlar a inflação. O resultado é que a Petrobras está descapitalizada e é dona de uma das maiores dívidas do mundo, se não a maior. Para amenizar esse estado de descontrole gerencial, nos próximos dias ou meses o governo fará um reajuste nos preços dos combustíveis em patamar não muito alto. Porém essa alta será seguida de outras, até que a situação se equaliza.
Dentro desse pacote de atos pós-eleição o Banco Central surpreende mercado e elevou taxa de juros para 11,25% ao ano.
Mas há notícias que podem ser boas: dizem que o governo pretende substituir os ministros da Fazenda, Desenvolvimento e Planejamento. Depende dos novos nomes.

domingo, 2 de novembro de 2014


EXEMPRO DE PERSEVERANÇA

MARIA MARGARETE PEREIRA ALVES foi nossa auxiliar durante mais de 20 anos. Sempre perseverou um futuro no campo do magistério.

Soube conciliar o seu trabalho com o sacrificado estudo noturno para complementar o seu conhecimento básico, ingressando em curso para o magistério e, posteriormente, aperfeiçoamento em docência.
Na última semana diplomou-se, recebendo o seu diploma que permitirá a sua ascensão no campo da educação, o que a obrigou a deixar o seu antigo trabalho, mas nunca quebrando os laços de amizade e fidelidade com a família que a abrigou por tantos anos, que viu o seu casamento e o nascimento das suas duas filhas.

Todos nós ficamos orgulhosos por esta conquista e pedimos a Deus que nos conceda a graça de mais algum tempo de existência para assistirmos o sucesso definitivo da nossa estimada afilhada e amiga.
´Margarete não conquistou apenas os seus velhos patrões, mas ganhou o amor dos seus descendentes, entre filhos, netos e agregados.

Sua presença em nossa casa é sempre motivo de grande alegria e confraternização.
PARABÉNS MARGARETE, VOCÊ VENCEU!