A VIDA SEMPRE ME SORRI. HOJE TRAGO NOVAMENTE A POESIA DA POETA BRASILEIRA - CORA CORALINA.
"A CASA VELHA DA PONTE - ÉS PARA O MEU CÂNTICO
ANCESTRAL, NA BENÇÃO MADRINHA DO PASSADO".
CORA CORALINA
ANA LINS DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS
(CORA CORALINA).
GOIÁS -20- 09-1889 - GOIÂNIA+ 10 -04 - 1985
POEMA DE CORA CORALINA PARA LÚCIA HELENA
RESTAURADO PELA POETISA GOIANA - MASÉ SOARES.
QUANDO DA VISITA QUE LHE FIZ, EM SETEMBRO DE 1973,
MOSTROU-ME RADIANTE, O SINGELO QUINTAL, DA CASA
JUNTO DA PONTE, COM MUITOS PÉS DE FRUTAS E FLORES.
"NO VELHO QUINTAL TENHO MINHJAS FRUTEIRAS.
COLHO-AS E FA~ÇO MEUS DOCES, BASTANTE APRECIADOS.
ESTE É O MEU PÉ DE LAJANJA DA TERRA" (set./1973)
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ANA LINS DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS
(CORA CORALINA).
GOIÁS -20- 09-1889 - GOIÂNIA+ 10 -04 - 1985
AGRADEÇO À POETISA GOIANA - MASÉ SOARES -
A MONTAGEM DESSAS FOTOS E A RESTAURAÇÃO
DO POEMA DE CORA CORALINA PARA MIM.
DE CORA CORALINA (SET.1973) PARA LÚCIA HELENA
À MENINA NORDESTINA DO VALE VERDE
CORA CORALINA
Poetisa Goiana
GOIÂNIA, 16 DE SETEMBRO DE 1973.
Assim surgiu, graciosa e simpática,
bem na porta de minha casa,
a menina nordestina,
com cheiro de cana-de-açúcar,
sorriso espelhando beleza.
Ela chegou,
pelas mãos da professora Maria de Lourdes Sena Xavier,
trajando roupinha leve e harmônica,
a mostrar sua preciosa juventude,
nas rosadas e cálidas faces,
qando emocionada abraçou-me e chorou.
Seu nome? Lucia, que já simboliza luz,
junto de Helena - que se não é de Tróia,
vem de de Atenas, com certeza.
Lúcia Helena, que jamais pisara em solo goiano,
confessou a impressão de já ter estado aqui,
tão familiar lhe pareceu a cidade,
que ela disse com muita ternura:
" Aqui sinto cheiro de flores e poesia"...
logo pedindo-me para declamar um poema.
Era a mnina de um verde vale,
do interior do Nordeste,
num lugarzinho chamado, Ceará-Mirim,
terra de ilustres literatos, historiadores
e artífices da poesia,
que ela citou desenvolta,
com satisfação e nobre orgulho.
Senti grande ternura pela mimosa jovem,
que até me viu cozinhar pétalas da laranja da terra,
tiradas do pé do meu quintal,
transformadas em saboroso doce cristalizado,
que ela provou e confessou, com muita sinceridade,
jamais ter degustado nada igual.
Menininha da terra de Câmara Cascudo,
não negou sua inteligência,
e, atenta a tudo que viu em minha humilde casa,
exclamou com infinita doçura:
"esta casa deveria ser o palácio
da doçura e da poesia, porque Cora Coralina existe".
Fiquei deveras emocionada,
com o desabafo da menina nordestina,
que me trouxe alegrias e um presente expressivo,
numa caixa de madrepérola, onde um terço belíssimo estava,
para então me acompanhar,
pelo resto dos meus dias.
Para você, Lúcia Helena, menina da terra do açúcar,
dedico esses humildes versos,
estrofes da simpatia que sinto,
pela formusura do teu porte,
e pela beleza do teu sentimento poético
tão cheio de encantamento.
Receba, Lucinha, esses versinhos da Cora,
que Coralina desenhou, neste papel sem graça,
e Ana Lins enfeitou, com rabiscos de pequeninas flores,
com a ajuda de Guimarães Peixoto Brêtas,
Pois assim, minha menina, um dia me batizaram
de Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas.
Agradeço tua visita e te oferto este doce de laranja,
com muito afeto e açúcar,
para que leves à tua terra, o doce de Coralina,
já que a poesia é fraca,
não tem mesmo o grande valor,
dos mestres da Poesia Brasileira.
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OUTROS POEMAS DE CORA CORALINA
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POEMINHA AMOROSO
Cora Coralina
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."
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MEU DESTINO
Cora Coralina
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...
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ASIM EU VEJO A VIDA
Cora Coiralina
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
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MULHER DA VIDA
Cora Coralina
Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.’
(Poemas de Goiás e Estórias Mais, p.201, 1996)
FONTE: blog de LÚCIA HELENA
sábado, 18 de setembro de 2010
PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DO INRG
Na data de ontem, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras foi comemorado o 1° aniversário do INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA, com uma festa bem organizada pelo seu Presidente Ormuz Barbalho Simonetti e que deixou em todos uma excelente impressão.
Tivemos pronunciamentos do próprio Ormuz e mais de João Felipe da Trindade, representando todos os sócios fundadores, efetivos e correspondente que receberam os seus diplomas na ocasião e do genealogista Joaquim José de Medeiros Neto que, de improviso, brindou a platéia com uma homenagem a Tomaz de Araújo Pereira, o Patriarca do Seridó, impressionando a todos pela sua prodigiosa memória. O Presidente Ormuz apresentou aos presentes o brasão do INRG, dando a explicação de sua simbologia, enaltecendo ter sido um trabalho esmerado da autoria do artísta plástico Levi Bulhões que se encontrava no auditório.
Presenças ilustres compareceram à sessão e o cerimonial foi conduzido pelo escritor Carlos Gomes, titular deste blog.
Após a solenidade foi servido um coquetel e efetivado um grande congraçamento entre os sócios.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O FOGO ESCARLATE DO RELIGIOSO
13 de setembro de 2010 Por Marcelo Alves Dias de Souza*
Li nos impressos e na WEB que um pastor americano, para lembrar o 11 de setembro, andava prometendo queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Mistura de fanatismo religioso e vontade de aparecer, a promessa despertou a atenção daqueles dotados de um mínimo de bom senso. Desde a bela Angelina Jolie ao sisudo Bento XVI (a Santa Sé considerou o plano “indigno e grave”), inúmeros foram os protestos contra a piromania do pastor, de não mais de cinquenta ovelhas, de obscura congregação no estado americano da Flórida.
Se publicidade era o que pretendia o “Nero cristão”, isso ele, infelizmente, já obteve (sim, após “aparecer”, ele, por hora, desistiu do intento). E se minha vontade agora é deixar de lado esse tipo de desatino, o fato é que o “fogo” do pastor pode haver ensejado um novo recrudescimento da intolerância religiosa, que merece ser cuidado e amornado (os EUA, assim como a Interpol, chegaram até a emitir alerta sobre o risco de atentados terroristas em contrapartida ao protesto).
Não bastasse a clara provocação ao Islã que o ato ensejaria, a verdade é que livros, sagrados ou não, são para serem lidos, consultados, tocados e até cheirados (há quem goste do cheiro dos livros, especialmente os novos, sabiam?). Ou, mais poeticamente, como orava Castro Alves (1847-1871), semeados. “Oh! Bendito quem semeia livros, livros à mão cheia e manda o povo pensar! O livro caindo n’alma, é germe que faz palma, é chuva que faz o mar!”, pregava o nosso poeta.
E se é para semear livros e pregar contra a intolerância (religiosa, racial, sexual, etc.), sobretudo a que vem de uns EUA interiorano e puritano, que tal lembrar “The Scarlet Letter” (1850), de Nathaniel Hawthorne (1804-1864)?
Certamente um dos grandes romances da literatura norte-americana de todos os tempos e extremamente interessante para os amantes do Direito, “The Scarlet Letter” é, como bem explica nota da edição de Bolso da obra da Wordsworth Classics (1999), uma dolorida narrativa de crime, pecado, culpa, punição e redenção, ambientada em uma Nova Inglaterra do século XVII, puritana e casta.
Uma jovem mãe de um filho ilegítimo confronta seus intolerantes juízes/clérigos. Condenada a viver com a letra “A” estampada em seu peito, sinal do seu adultério, as histórias de Hester Prynne, do seu marido “traído” e do seu amante são retratos de vidas destruídas pelas culpas e pela dor que foram, em razão da rígida moral da época, “obrigados” a carregar. Culpa e dor que culminam na revelação da verdade e no trágico clímax da obra.
Pondo de lado inúmeros aspectos do livro, como o seu inovativo caráter de romance psicológico e a curiosidade de ser Hawthorne descendente de um dos juízes das bruxas de Salém, o que me deixa hoje mais encafifado, recordando a intenção piromaníaca do pastor, é como, passados mais de três séculos da saga de Hester Prynne, os EUA se mantêm, sob muitos aspectos, tão puritano e intolerante como era àquela época. Tão grande e tão pequeno, eu diria. E, de resto, não só os EUA. Como poetava Drummond (1902-1987), o mundo mesmo é grande e pequeno.
E de recordação em recordação, a leitura de “The Scarlet Letter” e a piromania do pastor nos remete a outras imagens e erros do passado. Aonde a intolerância e o fanatismo não nos são capazes de levar? “Onde se queimam livros, no final também se queimam pessoas”, um dia gritou Heinrich Heine (1797-1856), como que adivinhando o que se daria em sua Alemanha, com o Nazismo, cerca de um século após a sua morte.
Mas será que o ser humano vem aprendendo com seus erros (ou com sua literatura)? Parece que não. Não obstante a luta contra a intolerância religiosa e o terrorismo, quase que cometemos um novo erro por esses dias. Nesse ponto, parafraseando Agripino Grieco (1888-1973), até mesmo nos erros, em tudo de muito novo há sempre algo de muito velho.
_________________
*Marcelo Alves Dias de SouzaProcurador da República
Mestre em Direito pela PUC/SP
Doutorando em Direito pelo King’s College London - KCL
Fonte: "O Santo Ofício", de Franklin Jorge
13 de setembro de 2010 Por Marcelo Alves Dias de Souza*
Li nos impressos e na WEB que um pastor americano, para lembrar o 11 de setembro, andava prometendo queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Mistura de fanatismo religioso e vontade de aparecer, a promessa despertou a atenção daqueles dotados de um mínimo de bom senso. Desde a bela Angelina Jolie ao sisudo Bento XVI (a Santa Sé considerou o plano “indigno e grave”), inúmeros foram os protestos contra a piromania do pastor, de não mais de cinquenta ovelhas, de obscura congregação no estado americano da Flórida.
Se publicidade era o que pretendia o “Nero cristão”, isso ele, infelizmente, já obteve (sim, após “aparecer”, ele, por hora, desistiu do intento). E se minha vontade agora é deixar de lado esse tipo de desatino, o fato é que o “fogo” do pastor pode haver ensejado um novo recrudescimento da intolerância religiosa, que merece ser cuidado e amornado (os EUA, assim como a Interpol, chegaram até a emitir alerta sobre o risco de atentados terroristas em contrapartida ao protesto).
Não bastasse a clara provocação ao Islã que o ato ensejaria, a verdade é que livros, sagrados ou não, são para serem lidos, consultados, tocados e até cheirados (há quem goste do cheiro dos livros, especialmente os novos, sabiam?). Ou, mais poeticamente, como orava Castro Alves (1847-1871), semeados. “Oh! Bendito quem semeia livros, livros à mão cheia e manda o povo pensar! O livro caindo n’alma, é germe que faz palma, é chuva que faz o mar!”, pregava o nosso poeta.
E se é para semear livros e pregar contra a intolerância (religiosa, racial, sexual, etc.), sobretudo a que vem de uns EUA interiorano e puritano, que tal lembrar “The Scarlet Letter” (1850), de Nathaniel Hawthorne (1804-1864)?
Certamente um dos grandes romances da literatura norte-americana de todos os tempos e extremamente interessante para os amantes do Direito, “The Scarlet Letter” é, como bem explica nota da edição de Bolso da obra da Wordsworth Classics (1999), uma dolorida narrativa de crime, pecado, culpa, punição e redenção, ambientada em uma Nova Inglaterra do século XVII, puritana e casta.
Uma jovem mãe de um filho ilegítimo confronta seus intolerantes juízes/clérigos. Condenada a viver com a letra “A” estampada em seu peito, sinal do seu adultério, as histórias de Hester Prynne, do seu marido “traído” e do seu amante são retratos de vidas destruídas pelas culpas e pela dor que foram, em razão da rígida moral da época, “obrigados” a carregar. Culpa e dor que culminam na revelação da verdade e no trágico clímax da obra.
Pondo de lado inúmeros aspectos do livro, como o seu inovativo caráter de romance psicológico e a curiosidade de ser Hawthorne descendente de um dos juízes das bruxas de Salém, o que me deixa hoje mais encafifado, recordando a intenção piromaníaca do pastor, é como, passados mais de três séculos da saga de Hester Prynne, os EUA se mantêm, sob muitos aspectos, tão puritano e intolerante como era àquela época. Tão grande e tão pequeno, eu diria. E, de resto, não só os EUA. Como poetava Drummond (1902-1987), o mundo mesmo é grande e pequeno.
E de recordação em recordação, a leitura de “The Scarlet Letter” e a piromania do pastor nos remete a outras imagens e erros do passado. Aonde a intolerância e o fanatismo não nos são capazes de levar? “Onde se queimam livros, no final também se queimam pessoas”, um dia gritou Heinrich Heine (1797-1856), como que adivinhando o que se daria em sua Alemanha, com o Nazismo, cerca de um século após a sua morte.
Mas será que o ser humano vem aprendendo com seus erros (ou com sua literatura)? Parece que não. Não obstante a luta contra a intolerância religiosa e o terrorismo, quase que cometemos um novo erro por esses dias. Nesse ponto, parafraseando Agripino Grieco (1888-1973), até mesmo nos erros, em tudo de muito novo há sempre algo de muito velho.
_________________
*Marcelo Alves Dias de SouzaProcurador da República
Mestre em Direito pela PUC/SP
Doutorando em Direito pelo King’s College London - KCL
Fonte: "O Santo Ofício", de Franklin Jorge
C O N V I T E
O Instituto Norte-Rio-Grandense de Genealogia tem a satisfação de convidar Vossa Senhoria para a sessão solene comemorativa do seu primeiro ano de atividades, a ocorrer no próximo dia 17 de setembro, pelas 19 horas, no Salão Nobre da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Na ocasião, será feita a entrega dos DIPLOMAS aos Sócios Fundadores e Efetivos e em seguida será servido um coquetel aos presentes.
Ormuz Barbalho Simonetti
Presidente
domingo, 12 de setembro de 2010
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL DE FUNDAÇÃO DA ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS – A.M.L., DISCUSSÃO SOBRE O SEU ESTATUTO, ESCOLHA DOS PATRONOS, ELEIÇÃO DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL PROVISÓRIOS, DESIGNAÇÃO DE PATRONESSE E OUTROS ASSUNTOS CORRELATOS
Aos 12(doze) dias do mês de setembro do ano de 2010 (dois mil e dez), no “Solar Caxangá”, no Município de Macaíba – Rio Grande do Norte, o qual servirá de sede provisória da referida Academia, atendendo a CONVOCAÇÃO do escritor Jansen Leiros Ferreira, Coordenador dos trabalhos para a criação da Academia Macaibense de Letras – A.M.L., publicada no quadro de avisos do Cartório Judiciário da Comarca de Macaíba no dia 31 de agosto do ano corrente, aproveitando a data histórica do aniversário da poetisa Auta Henriqueta de Souza, reuniram-se os Acadêmicos no final assinados e várias outras pessoas ligadas à cidade, aos Patronos e Acadêmicos, que assinaram livro próprio do Solar Caxangá, com a finalidade da formalização do aludido evento. Pelas 10:00 (dez) horas foi feita a convocação das inúmeras presentes para comparecer à sala de reuniões do Solar, compondo a mesa com as pessoas de Olímpio Maciel, Elizabeth Nasser, Odiléia Mércia, Anderson Tavares, Maria de Lourdes Leite, Sheyla Ramalho, Rivaldo de Oliveira e Carlos de Miranda Gomes. Feita a composição, o Presidente dos trabalhos passou a palavra ao anfitrião Olímpio Maciel, que teceu considerações ao fato histórico que estava ali sendo realizado, no dia do aniversário de 134 anos de nascimento de Auta de Souza, convidando os presentes para, de pé, ouvirem o hino em homenagem a Augusto Severo. Em seguida passou a palavra ao Coordenador Jansen Leiros, que complementou a finalidade da reunião. Naquele ensejo pediu licença para fazer o registro lamentável de ter ocorrido, em determinada época, a demolição da casa em que viveu Auta de Souza e, como resgate de sua vida, propôs que a Academia a escolhesse como sua Patronesse. Em seguida fez o relato de todas as providências até então tomadas para a concretização da Academia, dando conta aos presentes, das reuniões preparatórias realizadas - a primeira no dia 14 de julho próximo passado no Restaurante Cervantes, na cidade de Natal-RN, oportunidade em que foram discutidas propostas para o nome da entidade, inicialmente Academia Macaibense de Letras e Artes – A.M.A.L.A. e posteriormente retificada para apenas Academia Macaibense de Letras – A.M.L., e apreciação do esboço do estatuto da Academia, indicação provisória de nomes para os patronos e acadêmicos, provisoriamente em número de 20 (vinte); a segunda reunião preparatória foi realizada no auditório do Instituto de Radiologia de Natal, no dia 28 de agosto passado, na qual foram redefinidos os nomes dos patronos, sendo ampliada a lista para 23(vinte e três) cadeiras; em seguida foram sugeridos nomes de igual número de acadêmicos, ou sejam 23(vinte e três), sem prejuízo da pesquisa de outros nomes para a hipótese de não aceitação das pessoas convidadas; indicação de nomes para membros honorários; modelo do capelo, na cor azul, com detalhes dourados, no mesmo padrão das academias já existentes; elaboração de um brasão com detalhes de um livro com o nome “Horto”, dele saindo uma macaibeira e no fundo o desenho do balão “Pax”, ladeado pelos louros da sabedoria e as fitas azul com amarelo em baixo, sob o nome “Academia Macaibense de Letras”; na ocasião foi apresentada uma versão substitutiva do Estatuto, de autoria do escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes a ser ratificada na Assembléia Geral Especial aprazada para o dia 12 de setembro, data do aniversário de Auta de Souza no Solar Caxangá, em Macaíba. Foi aprovada a publicação de um aviso de chamamento público para a referida Assembléia, o que ocorreu no dia 31 de agosto próximo findo no quadro de avisos do Cartório da Comarca de Macaíba (Registro de Pessoas Jurídicas); finalmente foi realizada uma terceira reunião no escritório do escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes para acertos finais da Assembléia Geral Especial para a criação oficial da Academia, eleição da Diretoria e Conselho Fiscal Provisórios e apreciação do seu Estatuto. Foi também proposta a indicação de Auta Henriqueta de Souza como Patronesse da Academia. Foram ainda feitos novos ajustes, acrescentando-se mais um patrono, o 24° e o respectivo Acadêmico. Após esses esclarecimentos foram colocadas em votação as seguintes matérias: Primeira: criação da Academia Macaibense de Letras – AML = aprovada por aclamação; Segundo: indicação do nome de Auta Henriqueta de Souza como Patronesse da Academia = aprovada por aclamação; Terceira: escolha da Diretoria Provisória, tendo sido eleitos, por aclamação os seguintes Acadêmicos: Para Presidente: Jansen Leiros Ferreira; Vice-Presidente: Olímpio Maciel; Secretário: Francisco Anderson Tavares da Silva; Tesoureiro: Raimundo Ubirajara de Macedo. Para o Conselho Fiscal Provisório: (Titulares): Maria de Lourdes Leite, Odiléia Mércia Gomes da Costa e Sheyla Ramalho Batista; e, como suplente: Rui Santos da Silva; desde logo considerados empossados; Quarta: a respeito da minuta do Estatuto, ficou decidido que este deveria ser objeto de reunião específica a ser aprazada após um prazo de 10 (dez) dias para apresentação de emendas, sugestões e correções necessárias, fixada a data de 25 de setembro próximo no auditório do Instituto de Radiologia de Natal, pelas 9:00 (nove) horas, com Aviso a ser publicado para esse fim; Quinta: foram ratificados os nomes dos Patronos, aprovados nas reuniões preparatórias, em número de 24 (vinte e quatro), bem assim os nomes dos seus Primeiros ocupantes (Acadêmicos), a saber: Cadeira n.º 01 – Abel Freire Coelho (João Marcelino de Oliveira); Cadeira n.º 02 - Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão (Carlos Roberto de Miranda Gomes); Cadeira n.º 03 – Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (Valério Alfredo Mesquita); Cadeira nº 04 – Augusto Tavares de Lyra (Francisco Anderson Tavares da Silva); Cadeira nº 05 - Auta Henriqueta de Souza (Jansen Leiros Ferreira); Cadeira nº 06 – Clóvis Jordão de Andrade (João Batista Xavier de Sousa); Cadeira nº 07 – Dario Jordão de Andrade (Ivan Maciel de Andrade); Cadeira n° 08 - Edilson Cid Varela (Ivoncisio Meira de Medeiros); Cadeira nº 09 – Eloy Castriciano de Souza (Olímpio Maciel); Cadeira nº 10 – Estefânia Alzira Mangabeira (Sheyla Maria Ramalho Batista); Cadeira n° 11 - Henrique Castriciano de Souza (Racine Santos); Cadeira n° 12 - Hiran de Lima Pereira (Júscio Marcelino); Cadeira n° 13 - Enock de Amorim Garcia (Roosevelt Meira Garcia); Cadeira n° 14 – João Alves de Melo (Rivaldo de Oliveira); Cadeira 15 - João Batista de Vasconcelos Chaves (Rui Santos da Silva); Cadeira n° 16 – João Angyone da Costa (Nássaro Nasser); Cadeira n° 17 - José Leiros (Wellington de Campos Leiros); Cadeira nº 18 – José Melquíades de Macedo (Raimundo Ubirajara de Macedo); Cadeira nº 19 – Luís Tavares de Lyra (Armando Roberto Holanda Leite); Cadeira n° 20 - Maria de Lourdes Cid (Maria de Lourdes Leite); Cadeira nº 21– Meneval Dantas (Odiléia Mércia Gomes da Costa); Cadeira n° 22 - Murilo Aranha (Osair Vasconcelos de Medeiros); Cadeira nº 23 – Maria Alice Fernandes (Héverton Duarte); Cadeira n° 24 - Octacílio de Mello Alecrim (Cícero Martins de Macedo Filho); Sexta: foi aprazada, em princípio, a posse solene dos Acadêmicos para o dia 27 de outubro, no prédio do Clube Pax de Macaíba, coincidindo com as comemorações da criação do Município de Macaíba. Ainda no correr da reunião agradeceu o grande apoio que teve de várias pessoas, as quais nominou: do escritor Pedro Simões Neto, incentivador e orientador da criação da Academia, do Doutor Olímpio Maciel, presente desde o primeiro momento, juntamente com Valério Mesquita e ainda a Anderson Tavars, encarregado de pesquisas e do advogado Carlos de Miranda Gomes, que possibilitou corpo legal para a Academia. Após essas deliberações e considerações, o Presidente da Assembleia, e agora Presidente da Academia facultou a palavra a quem dela pretendesse fazer uso. Pela ordem o Acadêmico Carlos Roberto de Miranda Gomes complementou algumas informações e propôs que fosse convidado o Acadêmico Wellington Leiros para declamar os versos que fez para homenagear Auta de Souza, o que foi atendido com as seguintes palavras: “AUTA (décima em decassílabos) – ‘LONGE DA MÁGOA, ENFIM NO CÉU REPOUSA, QUEM SOFREU MUITO E QUEM AMOU DEMAIS!’ – MACAÍBA embalou a poetisa E embalou a três de seus irmãos. De Pernambuco, Eloy lhe deu as mãos, E com elas, muito amor...suave brisa. Os seus poemas serviram de baliza, Na cultura, no saber...e muito mais. Na meiguice, suplantar-lhe, alguém jamais, E até hoje, na poesia, ninguém ousa! ‘LONGE DA MÁGOA, ENFIM NO CÉU REPOUSA, QUEM SOFREU MUITO E QUEM AMOU DEMAIS!’ (Tributo a MACAÍBA, a AUTA DE SOUZA, e a seus quatro irmãos Eloy, Henrique, Irineu e João Câncio – por Wellington Leiros). Sob os aplausos dos presentes, o Presidente Jansen comunicou que tais versos seriam colocados em um quadro para ser afixado na futura sede da Academia. E como não houve mais nenhuma manifestação e nada mais a tratar, o agradeceu a presença de todos, designou os Acadêmicos Anderson Tavares e Carlos de Miranda Gomes para redigirem a Ata, dando por encerrados os trabalhos da Assembleia Geral Especial de fundação da Academia Macaibense de Letras – A.M.L., ratificação dos nomes dos Patronos; eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal Provisórios e outras deliberações aqui já registradas. Do que, para constar, foi lavrada a presente ata, sem emendas, que após lida e aprovada por todos, vai assinada pelos integrantes da Diretoria Provisória, membros do Conselho Fiscal e pelos demais acadêmicos presentes, considerados fundadores, reiterando o dia da posse para o dia 27 de outubro do ano corrente e convocando a todos para a Assembleia Geral Extraordinária do próximo dia 25 (vinte e cinco).
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