sábado, 27 de dezembro de 2014



De fome e de ‘ferraris’

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Não que eu seja um pau molenga, mas quando me tocam à alma, sempre me emociono com a leitura de um livro, e me sensibilizam a poesia, o teatro e o cinema. Uma crônica do jornalista italiano Pitigrilli, da década de 1940, injetou a adrenalina no meu sangue pela dramaticidade, o personagem e fecho proverbial.
Está armazenada no disco rígido da minha memória a historieta pitigrilliana: “O incomparável interprete de “La Mer e Douce France”, Charles Trenet, fazia uma turnê internacional e foi a Buenos Aires, onde se apresentou no famoso Tabaris. Bastante bebido e cercado de mulheres, um ganadero novo rico grosseiro, como todo ganadero e todo novo rico, arremessou uma porção de pão do couvert no palco.
Trenet abaixou-se, recolheu as nesgas embolsou-as e agradeceu: - “Muito obrigado”, disse, “levo a sua oferta às famintas crianças francesas do após guerra”.
Era um rapazola quando li essa passagem, que me voltou à mente quando meu amigo Betinho, voltando do exílio, lançou com o seu idealismo cristão uma campanha contra a fome, o “Fome Zero”. Lembrei-me também do altruísmo de Betinho quando o IBGE pesquisou, registrou e deixou passar a campanha eleitoral para divulgar, que 7,2 milhões de brasileiros sofrem de insegurança alimentar grave.
Os programas eleitorais da candidata à reeleição esconderam estes dados oficiais e, muito pior, apresentaram um discurso triunfalista sobre o problema, fantasiando números dos que saíram da miséria e dos que entraram na discutível “classe média”... Sem nenhuma dúvida, um estelionato eleitoral!
O Pnad, pesquisa promovida pelo IBGE foi realizada nos meados do 2º semestre, mas divulgada 50 dias depois do 2º turno das eleições, agorinha, a sete dias do Natal. São assustadores os dados levantados no Maranhão (39,1%) e Piauí (44,4%) que têm pouco menos da metade da população com alimentação assegurada.
Este governo embandeirado com o “socialismo bolivariano” comete a mesma grosseria do ganadero argentino: atira o resto do banquete dos ladrões da Petrobras como bolsas-esmolas no palco da conjuntura nacional; mas infelizmente não temos charles trenets para respostar à altura.
Por quê? Porque os atores narco-populismo deram uma lavagem cerebral com a ideologia do consumismo nas massas ignorantes, conforme levantou o IBGE: Mais de 88% dos domicílios com restrições alimentares contam com televisão, 13,8% têm computador e 10% têm não só computador, mas também acesso à internet.
Fogões (93,5%) e geladeiras (85,8%) também são bens presentes na maioria dos domicílios classificados pelo IBGE com o nível de insegurança alimentar grave. E o empresariado fabricante desses bens, associado às multinacionais dirige as suas Ferrari de R$1.400 milhão e dão Mercedes Benz de R$ 950 mil às amantes e aos seus filhotes.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Marcelo Alves
Marcelo Alves

Um Natal com Poirot

Em outros anos, por esta mesma época, sob um viés essencialmente literário, escrevi aqui sobre o Natal. Foram, segundo consta dos meus arquivos, pelo menos três crônicas, todas elas homenageando o grande escritor vitoriano Charles Dickens (1812-1870). Em “Um Natal de Dickens”, escrevi sobre a estória de Ebenezer Scrooge, ou seja, sobre o conto/novela “A Christmas Carol” (traduzido entre nós como “Um Conto de Natal” ou “Um Cântico de Natal”), de 1843, seguramente o mais famoso dos cinco “Livros de Natal” de Dickens. Já em “O Natal e as Grandes Esperanças (I) e (II)”, escrevi sobre todo o conjunto dos “Christmas Books”, completado por “The Chimes” (1844), “The Cricket on the Hearth” (1845), “The Battle of Life” (1846) e “The Haunted Man and the Ghost's Bargain” (1848), e sobre o monumental romance “Great Expectations” (“Grandes Esperanças”), publicado por Dickens em 1861. Na oportunidade disse e agora repito: o Natal como conhecemos hoje - em família, com festas, comes e bebes irrecusáveis, presentes e, acima de tudo, uma maior solidariedade para com o próximo - é, em boa medida, um legado deixado pelos “Livros de Natal” de Charles Dickens.

Hoje, mantendo o viés literário, escreverei novamente sobre o Natal, desta feita homenageando outra figura de proa da literatura inglesa: a minha “amiga” Agatha Christie (1890-1976), a “Rainha do Crime”.

Pode parecer estranho, reconheço, misturar o Natal com romance policial (ou detetivesco, como queiram), com seus crimes, suas vítimas, seus culpados e seus detetives, mas o fato é que na obra de Agatha Christie se pode achar de quase tudo. Passam de uma centena os livros da minha “amiga”. Só de romances policiais protagonizados pelo detetive belga Hercule Poirot, segundo nos informa Mark Campbell em “Agatha Christie” (Pocket Essential ed., 2005), são trinta e três (ao que se somam cinquenta e três contos com a mesma personagem), entre os quais se acham quase todos os meus favoritos: “The Mysterious Affair at Styles” (1920), “The Murder of Roger Ackroyd” (1926), “Lord Edgware Dies” (1933), “Murder on the Orient Express” (1934), “Murder in Mesopotamia” (1936), “Death on the Nile” (1937) e “Hercule Poirot's Christmas” (1938). Não é a toa que Agatha Christie é considerada hoje o terceiro escritor mais traduzido no mundo (atrás apenas das muitíssimas edições da Bíblia e de Shakespeare) e, se não bastasse isso, o campeão de vendas.

O Natal, portanto, não podia ficar de fora da obra da minha “amiga”.

E dessa obra, envolvendo o Natal, destaco dois títulos: o romance “Hercule Poirot's Christmas” (1938), já referido na lista feita acima, e o conto/novela “The Adventure of the Christmas Pudding” (1960), que dá título a um livro/coletânea composto de mais cinco contos.

Em “Hercule Poirot's Christmas” (traduzido no Brasil como “O Natal de Poirot”), que desde já recomendo a leitura, mais uma vez somos convidados a desvendar, junto com o pequeno detetive belga, um homicídio. Inesperadamente, o tirânico milionário Simeom Lee convida seus filhos a passar, em sua bela casa, uma típica mansão inglesa no campo, um Natal em família. Teria o velho Simeom Lee tornado-se um sentimental no fim da vida? Seria tudo isso uma grande brincadeira de mau gosto ou mesmo algo ainda mais sinistro? Alguma coisa sai errado e o velho homem é brutalmente assassinado em um quarto trancado por dentro. O ambiente, “carregado” desde o começo da pantomima, vira um caldeirão de mágoas, ciúmes e desconfianças. Em pleno Natal, seguimos os passos e o raciocínio de Hercule Poirot através de um jogo de charadas e pistas, até o final, como em regra na nossa amiga, surpreendente.

Para mim, “Hercule Poirot's Christmas”, que li quase de uma só tirada, é um dos melhores títulos de Agatha Christie. E assim também pensa a crítica especializada. O já citado Mark Campbell, por exemplo, dá nota máxima ao romance, 5 de 5, mencionando ser ele um dos melhores enredos da “Rainha do Crime”. No mais, o fato de “Hercule Poirot's Christmas” inserir a criminalidade no contexto do Natal (quando nós reverenciamos o nascimento do menino Jesus) é algo que, levando em consideração a violência e a roubalheira que hoje estarrece o nosso país, não choca mais a nenhum “cristão”. Antes de mais nada, é apenas ficção. Chocante mesmo é essa nossa realidade.

Bom, já em relação ao conto/novela “The Adventure of the Christmas Pudding” (traduzido no Brasil como “A Aventura do Pudim de Natal”), ele será uma de minhas leituras nesse recesso natalino. Já li a primeira página. Vi, temeroso, Hercule Poirot quase recusar a missão de desvendar o mistério que, segundo consta, gira em torno de um valioso rubi. Ainda bem que ele, o pequeno detetive belga, ao contrário de muitas autoridades, aceita investigar o crime, doa a quem doer.

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República
Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London - KCL
Mestre em Direito pela PUC/SP

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


 

 

POEMA  SE
 
(Professor Hermógenes)
 

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento,

Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito…

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

 

Professor Hermógenes )
(poema conferido no 
Instituto Hermógenes)


Foto:  Fabio Rocha

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

É NATAL



QUERIDOS AMIGOS E AMIGAS,
TEMOS MIL MOTIVOS PARA ABRAÇÁ-LOS E DESEJAR UM FELIZ NATAL
E PRÓSPERO 2015.
AS DIFICULDADES SERÃO VENCIDAS.
O AMOR TRIUNFARÁ.
BOAS FESTAS PARA TODOS.
Carlos Roberto de Miranda Gomes & família

NATAL – RIO GRANDE DO NORTE - BRASIL

terça-feira, 23 de dezembro de 2014


 

ÍDOLOS MUTANTES

Carlos Roberto de Miranda Gomes, (natalense de berço)

Ao longo da vida vamos elegendo ídolos de variados matizes. Muitos são substituídos por outros, mas alguns apenas são mutantes na nossa concepção temporal.

Eu tive na infância uma infinidade de ídolos: fui “Flecha Ligeira”, depois Tarzan, Roy Rogers. Mais adiante sonhei em ser um Caruso, num recital no Scala de Milão. Fui mágico e outros personagens místicos. Contudo nunca fui Papai Noel. Aliás, mantenho apenas duas características do bom velhinho: sou um velho barrigudo e cultivo a cultura da esperança que ele apregoa ao longo de sua existência.

Todos os dezembros, na mudança dos anos, ele surge e nos visita, embora de formas variadas em razão da nossa idade e anseios.

Em verdade, tudo aquilo que queremos desejar de bom para o nosso semelhante, costumamos dizer: “Vou pedir a Papai Noel” que lhe oferte tal coisa ou alguma mudança em seu viver. Isso se confunde com a confraternização das comemorações do renascimento do “Menino Jesus”, na sua humildade e esperança. Assim, Jesus como Papai Noel têm o significado de “Esperança” em tempos melhores e qualidade de vida mais amena.

Este ano fiquei privado de louvar o velhinho com a entrega de melhores presentes aos meus netos, por absoluta falta de condições materiais. Adiei até mesmo a festa que minha esposa Therezinha realiza para o encontro familiar. Tive de honrar os compromissos pagando o 13º salário aos meus colaboradores; agendar os IPTU´S de alguns imóveis que adquiri ao longo dos meus 50 anos de vida útil, embora 75 cronologicamente (e que tenho condições de provar a origem de cada um); não pude negar, mesmo com sacrifício, alguma ajuda aos meus muitos “afilhados” enquanto, paradoxalmente, e pela primeira vez, não tenha recebido em tempo oportuno aquele ansiado prêmio extra de salário e, ainda, com notícias de perigo de não receber o salário regular do mês.

No entanto, persiste o sentimento do outro homenageado, o Menino Santo anunciado pela estrela de Belém e esses percalços não me conferem o direito de praguejar contra ninguém, pois Deus ainda me conserva vivo e ativo e neste ano que termina contabilizo muitas vitórias, uma das quais a minha eleição como imortal da ANRL e a oportunidade de ajudar a reerguer o IHGRN.

            Também não desejo mal à Governadora Rosalba, que não termina o Governo com muitos aplausos. Nada disso. Peço a Papai Noel que lhe dê forças para aproveitar as experiências vivenciadas, tanto nas vitórias quanto nas derrotas, para que possa reordenar os seus padrões gerenciais e, em um futuro próximo, retornar à vida pública em condições de reparar os seus equívocos, cometidos pelas circunstâncias naturais da vida, mas que acredito não tenham ocorrido com nenhuma segunda intenção.

            Termino com a reprodução dos termos de uma mensagem recebida do amigo Luciano Fábio Dantas Capistrano  para transmitir um fragmento da velha poetisa de Goiás, Cora Coralina:


"Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas."

REITERO OS VOTOS DE UM FELIZ NATAL A TODOS, INDISTINTAMENTE.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

 E SE HOUVESSE MISERICÓRDIA?
 
                                                                                                                                                                                                                      Públio José – jornalista
 
                            Misericórdia é um termo composto em sua raiz pela soma das palavras “miseri”, relacionada a miséria, pobreza, aflição, desespero, e “córdia”, relacionada a coração no sentido de matriz geradora de nossos sentimentos. A junção, então, compôs o termo misericórdia que, em última análise, representa o domínio, a prevalência dos bons sentimentos em relação aos sentimentos negativos, e também lastro para a compreensão das situações aflitivas vividas pelos outros. A misericórdia também significa o ato de tratar um ofensor, um transgressor com menor rigor do que este merece. Atualmente, muitos conceitos existem em torno do termo, mas, indiscutivelmente, nenhum deles se afasta desse eixo central que trata a misericórdia como um sentimento nobre, desprovido da presença do egoísmo, do individualismo, e forte aliado da bondade, da benignidade, da compaixão, da paciência – do amor enfim, de onde sobrevêm todos os outros.
                        Segundo os dicionários atuais, misericórdia significa compaixão suscitada pela miséria, pela dor alheia. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolve a idéia de dar a alguém algo que este não merece. Aponta ainda para o ato de aliviar o sofrimento de outrem, inteiramente à parte da questão do mérito pessoal de quem recebe. A misericórdia, enfim, é um gesto que parte de alguém em estado de amor para com outra pessoa, com a particularidade de que o favorecido encontra-se, naquele momento, desprovido da condição de exigir, de propor uma troca – já que nada tem a oferecer. O misericordioso tem o que o outro precisa, enquanto o necessitado nada tem para justificar o bem recebido. A misericórdia se resume, portanto, a um sentimento altamente valioso do ponto de vista cristão, qualidade espiritual que procura aliviar o sentimento humano e retém, por conta disso, a vingança e os atos de retaliação.
                        E é precisamente esse ponto que gostaríamos de ressaltar. Pois a falta de misericórdia no coração dos homens gera todo tipo de sentimento de revolta, de revanche, de sanha vingativa naquele que busca no outro um gesto compassivo e recebe, de volta, a moeda firme, crua, dura da insensibilidade. O mundo de hoje, com a obrigatoriedade do ganhar, do ter, realidade que coloca as pessoas na trilha da exaltação ao individualismo, tem contribuído para a eclosão constante de situações de conflito, de injustiças. Estas, por sua vez, têm originado, de um lado, uma geração de pessoas marcadas pela dor, pela desesperança, pela desilusão, e, de outro, uma geração árida de sentimentos, seca, desconectada, e alheia às necessidades e carências dos mais necessitados. É indiscutível, então, a conclusão de que misericórdia é sentimento a se cultivar incessantemente como forma de ajuda aos outros, mas também para preservação de nossa qualidade de vida.  
                       Segundo Bultmann, estudioso cristão, “tem razão quem conceitua a misericórdia como a qualidade da fidelidade na ajuda”. É a postura, enfim, de quem se mantém fiel aos seus princípios, independente do ganho que, porventura, possa auferir. Nesse sentido, ninguém é mais misericordioso do que Deus. Ele, através de Jesus, ministra sobre nós, a todo instante, a sua capacidade infinita de nos entender, de nos compreender, de nos perdoar. E isso é misericórdia pura. Ah, se o homem entendesse os propósitos de Deus e estivesse de coração sempre aberto para receber – e agir a favor do outro em misericórdia! Com certeza o mundo não seria o mesmo. Pois, se houvesse misericórdia em nossas ações, o dinheiro público não seria desviado para outros fins e o leite das crianças jamais serviria a outros objetivos que não o de alimentá-las. Ah, pobres crianças! Aliás, para estes que agem assim, só a misericórdia de Deus é o que nos resta pedir.              
 

domingo, 21 de dezembro de 2014


FELIZ NATAL
A sensibilidade do jornalista Vicente Serejo, em sua coluna “Cena Urbana”, diariamente publicada no JH (Jornal de Hoje), nos oferta, de forma antecipada, o mais belo cartão de Natal que tive a oportunidade de receber.
Não é a beleza plástica de uma bela pintura ou fotografia formal, mas um conjunto de palavras geradas pela mente de um homem santificado pelas obras, gestos e emoções que desenvolve neste sofrido planeta e, com mais proximidade, neste Estado que até já foi proclamado como Rio Grande Sem Sorte.
Referimo-nos à inspirada epístola do apóstolo vivo de Jesus, Padre João Medeiros Filho, que lhe conferiu o título “Deus e Jesus Cristo, Médicos dos Médicos”, cuja apreciação nos falta a indispensável competência para avaliar, mas tão somente sentir a verdade proclamada, que de uma maneira irrefutável, garante que DEUS EXISTE e se fez homem por ordem do PAI, cujo nascimento se revive no dia 25 de dezembro de cada ano.
Em verdade, nem mesmo sabemos o que de mais importante selecionar ou ressaltar do seu pensamento, pois todos os exemplos são fantásticos, verdadeiros e ampliam em todos nós a grandeza do DEUS PAI e a glória do DEUS FILHO. Contudo, pela coincidência de já havermos vivido a idade bíblica, pela gratidão do acréscimo que nos vem sendo concedido, destacamos:
E a todos, após 45 anos de labuta intensa e dedicação à causa médica e à humanidade, quando a idade avança e as forças talvez comecem a definhar, convém rezar como o salmista: “E agora na velhice, não me abandones, Senhor, até que eu anuncie Teu poder, as Tuas maravilhas às gerações que virão”  (Sl 71, 18).
                Com humildade agradecemos tão belo presente e retribuímos os votos de esperança e nos acostamos aos votos que proclama o final da sua mensagem, quando se refere aos muitos profissionais potiguares (mais apropriadamente aos da gloriosa medicina):
Que Eles recompensem e iluminem a todos, neste tempo de luz e de paz, quando celebramos o Natal do Senhor. Que Maria Santíssima venha colocar nos braços de cada um dos senhores, na Noite Santa, o Menino Jesus e que Ele possa lhes sorrir e lhes dizer o que está escrito no Seu Evangelho: Tudo aquilo que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,40).
FELIZ NATAL AO EMINENTE PADRE JOÃO MEDEIROS FILHO e a todos os CRISTÃOS que comungam da mesma intensidade de fé, mas, igualmente, aos que professam outros credos e até aos que pensam quem não crêem em nada, pelo menos como cidadãos do mundo,  se confraternizem pela vida.
QUERIDOS AMIGOS E AMIGAS,
TEMOS MIL MOTIVOS PARA ABRAÇÁ-LOS E DESEJAR UM FELIZ NATAL
E PRÓSPERO 2015.
AS DIFICULDADES SERÃO VENCIDAS. O AMOR TRIUNFARÁ. BOAS FESTAS PARA TODOS.

Carlos Roberto de Miranda Gomes & família - NATAL – RIO GRANDE DO NORTE - BRASIL