MAIS UM ANO QUE PASSOU EM NOSSAS VIDAS
Hoje termina 2011, um ano que teve o registro de vários acontecimentos catastróficos na natureza numa mostra de que os homens não evoluíram na conservação do meio ambiente ou na construção de obras preventivas desses eventos esperados.
A economia mundial sofreu revezes, mostrando o despreparo dos administradores, na maioria dos países, para suportarem essas crises, daí a “quebra” de Estados que eram contabilizados como grandes potências econômicas.
Foi o ano de muita mudanças políticas, com a queda e morte de alguns ditadores sanguinários, restituindo aos povos um fio de esperança em dias melhores para os seus cidadãos.
O Brasil teve resultados surpreendentes de um lado, no campo federal, mudando o rumo político plantado por um governo populista e já com atitudes voltadas para o absolutismo, mas por outro se envolveu em crise moral de grandes proporções. A corrupção aflorou de maneira assustadora, com inúmeras intervenções da Polícia Federal e Ministério Público através de várias Operações, envolvendo grande quantidade de políticos, em sua maioria, mas também de servidores públicos de categoria e até das organizações privadas que conduzem a produção de riquezas.
O Poder Judiciário teve um ano negativo, com denúncias contra magistrados, manutenção de privilégios, falta de sensibilidade em determinadas decisões, fazendo com que o povo, de uma maneira nem sempre justa, o enquadrasse no mesmo nível dos costumeiros excessos de outros Poderes.
Em nosso Estado e em vários municípios, com destaque para Natal, os resultados administrativos foram decepcionantes, caracterizados pela falta de ações, ausência de políticas públicas consistentes e com um desapego revoltante às prioridades.
Muita conversa fiada e muito engodo, fizeram prosperar o projeto da construção da Arena das Dunas, com a demolição antecipada do complexo esportivo do Machadão e a ameaça de leilão de outros bens do patrimônio público, em detrimento da necessidade gritante de obras de estrutura, recuperação dos serviços de educação, segurança e saúde pública, gerando greves e outros embates na cobrança da sociedade civil organizada. A mobilidade urbana não saiu do papel, mas está na fala ufanista da Prefeita de Natal, detentora do pior índice de aprovação das últimas décadas, com a ameaça de voltar a disputar o cargo.
O pior de tudo é a indiscutível “briga” pelo poder político, com acusações mútuas dos antigos correligionários visando a disputa do poder, mentores de todas as ações deletérias registradas no ano e agindo com a arrogância de donos do mundo. O povo não é consultado em nada e eles deitam e rolam, até para a escolha do nome do futuro aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, onde querem se apropriar do direito de indicações de nomes políticos, sem a preocupação com a história. É uma terra de “deuses”, de tribos que só têm caciques e faltam índios.
Chegamos ao último dia do ano com o mesmo “besteirol” dos videntes, alguns encomendados para a premonição dos futuros vencedores dos cargos políticos em disputa.
E o povo, coitado, acreditando nas mesmas “simpatias” dos anos precedentes, com muita roupa branca representando uma pretensa “pureza” que não existe, esquecendo de pagar seus compromissos, intelectuais em confronto de vaidades, muita bebida, muito carnaval, muita queima de fogos à custa do depauperado erário público e até amanhã – dia internacional da ressaca, da ilusão. No outro dia voltaremos ao sacrifício e à convivência com novas “operações isso ou aquilo” e as punições sempre em atraso.
MEU DEUS, AJUDA A ESSES POVOS SOFREDORES colocando cada coisa no seu devido lugar.TENDE PIEDADE DE NÓS!
Vamos trabalhar duro para mudar o rumo das coisas. É isso o que eu espero para 2012.