VELHOS CARNAVAIS
sábado, 18 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
C O N S O C I A L
VI Regional: LITORAL ORIENTAL E METROPOLITANA
No dia e local indicados, ali compareceram menos de 30 participantes, fazendo com que, em uma questão de ordem levantada, fosse verificada a inexistência de quorum para deliberações, ficando remarcada para o dia 1º de março vindouro, no mesmo local e horário.
O fato, no mínimo, merece uma reflexão – há desinteresse dos órgãos e da comunidade pelo exercício do seu direito à transparência da gestão pública?
Na condição de representante da OAB/RN, quero protestar pelo aparente descaso e rogo que essa oportunidade não seja desperdiçada e, consequentemente postergado o efetivo direito de cidadania.
Em verdade, prefiro acreditar que houve um equívoco de divulgação em face do rebuliço da época de carnaval, o que é profundamente lamentável, e espero que no dia 1º de março seja o movimento redimido, com uma freqüência maciça e um evento proveitoso.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Osvaldo D’Amore - mais um artista que partiu
O Maestro e violinista Osvaldo D’Amore, morre aos 61 anos, na madrugada desta quinta-feira (16) em Natal.
Nascido em Buenos Aires, Argentina, Osvaldo D’Amore começou a estudar música com o pai aos 7 anos de idade.
Na Argentina, trabalhou como violinista da Orquesta Filarmónica de Buenos Aires e da Camerata Bariloche, realizando diversas tournées pela América do Sul, América do Norte e Europa.
Veio residir em Natal desde os anos 70 e, pelo seu valor profissional e adaptação à realidade social da terra potiguar, recebeu da Assembleia Legislativa o título de Cidadão Norte-Riograndense em 1994.
A sua trajetória registra ter sido um dos criadores do Quarteto de Cordas da UFRN. Esteve, por cerca de 20anos, à frente da Orquestra Sinfônica do RN.
Deixando a condição de maestro da OSRN passou a dedicar o seu talento a um projeto nobre - “Tocando a Vida”, desenvolvendo aulas de iniciação musical com alunos da Escola Estadual Jean Mermoz, no bairro de Bom Pastor.
Preparou uma plêiade de bons músicos, dentre os quais o seu filho, músico Ticiano D’Amore, guitarrista e professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN).
Como homem criativo moderno, Ticiano também é conhecido pelo seu personagem da internet, Uílame, onde alimentava site de cultura.
A par dos informes básicos de sua biografia, D´Amore deixou um grande círculo de amigos que estão tristes com sua partida e convivência harmoniosa e aquele charme de pessoa lhana, que encantava como pessoa e como músico.
Com a saudade dos seus familiares e amigos, deixa no ar o aroma do seu tradicional cachimbo, companheiro de toda uma vida e o acorde final de um tango – “Mi Buenos Aires querido”.
No Céu aparece agora uma nova estrela.
É a simples homenagem de quem muito o admirava.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Nossa Atlântida
por Edgar Barbosa
Macau nasceu do mar revolto e se estendeu por terra, com o seu povo de salineiros e de pescadores, ouvindo e aprendendo o marulho bravio das ondas. O destino quis que ela tivesse um nome evocativo das longas e aventurosas viagens aos portos do longínquo Oriente. Um nome que se pronuncia imaginando iates, gôndolas, falúas, barcos de velas brancas, gemendo cantigas de gajeiros e arfando nas enseadas de países distantes.
Mas, no burburinho de tantas sugestões românticas que esse nome desperta, ninguém conseguiu fazer ressurgir do abismo em que se afogou, a ilha de Manoel Gonçalves, a nossa perdida Atlântida, que ainda não encontrou o seu Platão.
A Ilha de Manoel Gonçalves, tal como nos parece na imaginação sempre disposta a iludir-se e a sonhar, não foi nenhuma dessas cidades contra as quais a ira oceânica se desmandou implacavelmente. Era uma feliz aldeia de pescadores sem vícios nem crimes que chamassem a si o castigo dos elementos. O mar, em luta com a terra, enrolava parceis e recifes, arrastando-os no dorso das vagas. A humilde ilhota de pescadores, no meio do tremendo campo de batalha, assistia inquieta às escaramuças que arrancavam pedaços do seu solo. E enfim, um dia, apenas viçou sobre a imensidão oceânica o pugilo derradeiro de terra, pedestal de uma cruz que abria os braços, clamando e perdoando. Os habitantes fugidos da ilha condenada e moradores da margem direita do rio foram em procissão de ladainhas e preces, buscar o cruzeiro que o oceano havia respeitado. E em Macau os seus primitivos povoadores continuaram a amar e venerar os velhos santos, as queridas imagens e a cruz que abençoara a agonia da ilha perdida.
Foi assim que morreu, há muitas dezenas de anos, a ilha de Manoel Gonçalves, afogada no delta indomável do Rio Piranhas. Mas, do amarfanhado lençol marinho que a sepulta ela por vezes aparece, como uma Vitória Régia, numa ressurreição. As suas ruínas, as pedras das suas casas, os tijolos das suas calçadas onde tantos meninos brincaram e correram, cantando e sorrindo para o mar, ainda afloram aos olhos supersticiosos dos pescadores, pelas noites de lua.
A Ilha de Manoel Gonçalves morreu para que a cidade de Macau nascesse. Nenhuma semente de terra dessas milhares que Deus semeou pelo mar teve um destino tão lindo. Macau surgiu, cresceu para o oceano revolto, transformou a água invasora em pirâmides de sal que cintilam como um diadema de imperatriz. E já agora não é mais possível trocar por nenhum ouro do mundo toda a pobre existência ignorada da ilha que morreu do mal de ser feliz.
EDGAR BARBOSA
_______________
Colaboração do pesquisador João Felipe da Trindade
Conhece Macau?
Roteiros do Brasil
Região Pólo Costa Branca
HISTÓRIA DA CIDADE
No ano de 1825, aproximadamente, as águas do Oceano Atlântico, começaram a invadir a pequena ilha de Manoel Gonçalves que neste tempo, era habitada por portugueses que se dedicavam à exploração e ao comércio de sal.
Em 1829, tornando-se impossível a permanência destes habitantes na ilha, em função do avanço das águas, decidiram então transferir-se para um outro lugar, escolhendo a ilha localizada na foz do rio Assú-Piranhas, denominada de Macau, nome este originado da corruptela da palavra chinesa A-MA-NGAO, que significa abrigo ou porto de Ama, deusa dos navegantes.
Os fundadores do povoado de Macau, foram os portugueses: o capitão Martins Ferreira e quatro genros deste: José Joaquim Fernandes, Manoel José Fernandes, Manoel Antônio Fernandes, Antônio Joaquim de Souza e ainda João Garcia Valadão e o brasileiro João da Horta. Seus habitantes dedicavam-se inteiramente à exploração do sal, que ainda hoje constitui a base econômica do município e em menor escala a pesca artesanal.
O povoado de Macau desmembrou-se de Angicos e tornou-se município através da Lei nº 158, de 02 de outubro de 1847. A comarca foi criada pela Resolução nº 644, de 14 de dezembro de 1871, sendo que a Lei nº 761, de 09 de setembro de 1875 elevou à categoria de Cidade e sede do município.
Significado do Nome
Seu nome é uma corrupta da palavra chinesa A-MA-NGAO, que significa Abrigo ou Porto de Ama, deusa dos Navegantes.
Aniversário da Cidade
2 de Outubro de 1847
CARACTERÍSTICAS
Macau é o maior produtor de Sal do país e um dos maiores do mundo. Destaca-se, também, na produção de pescado, tanto de água doce quanto de salgada. Abriga pirâmides de sal marinho, as famosas salinas; cata-ventos gigantes; velhos casarões e belas praias. É banhada pelo rio Açu e cercado por ilhas, praias, mangues e gamboas. Sua Padroeira é Nossa Senhora da Conceição.
Clima
Semi-árido
Temperatura Média
27,2ºC
COMO CHEGAR
Partindo de Natal: BR-406
Localização
Município do Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Norte.
Limites
Ao Norte com o Oceano Atlântico; Ao Sul com os municípios de Pendências, Afonso Bezerra e Alto do Rodrigues; Ao Leste com os municípios de Guamaré e Pedro Avelino; Ao Oeste com o município de Carnaubais.
Acesso Rodoviário
BR-406 e RN-118
Distâncias
178 Km da Capital
TURISMO
Principais Pontos Turísticos
Farol de Macau
Farol com 11 m de altura e alcanse luminoso de 12 milhas náuticas.
Localização: Torre da caixa dágua da CIRNE.
Obelisco da Independência
Construção de 1922, feita para comemorar o I Centenário da Independênci do Brasil
Localização: Praça da Conceição
Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Construção do séc. XVII
Localização: Praça da Conceição, 65, Centro- Tel: 521-1635
Museu do Carnaval Colô Santana
Localização: Rua São Vicente, s/nº, Campi Avançado da UFRN.
Museu José Elviro
Localização: Rua Augusto Severo, s/nº, próximo à Igreja Matriz.
Praias
As praias de Camapum, Barreiras, e Diogo Lopes, são paraísos ecológicos, ainda inexplorados que podem ser alcançados por estradas asfaltadas ou em prazerosos passeios de barcos.
Praia de Camapum
Entre a Ilha do Alagamar e a sede municipal, despontou na década de 90 como a melhor praia do município, tendo como grande atrativo a Vaquejada de Praia – única no Brasil – que se realiza anualmente no mês de julho, no Parque de Vaquejada “Flávio Sá”. Onde também acontece concentração de foliões durante todo o período de Carnaval. Concentração essa que conta com um palco armado para levar alegria e descontração tanto para o povo macauense como também para os turistas e visitantes em geral.
Praia de Barreiras
Distrito do município de Macau, é uma praia típica de pescadores, com a beleza natural de suas camboas.
Praia de Diogo Lopes
Sendo um dos distrito do município de Macau de maior população, caracterizado como Praia de pescadores. Conhecida por possuir belas vistas naturais.
EVENTOS
Festa de Sebastião
Localização: Barreiras
Data: 20 de Janeiro
Festival de Música
Data: 15 dias antes do Canaval
Carnaval
Data: Fevereiro
Festa das Flores
Data: Última semana de Maio
Diofo Fest Folia
Data: Última semana de Maio
Intervenção Cultural
Data: Junho a Setembro
Festas Juninas
Data: 20 a 29 de Junho
Vaquejada de Praia
Data: 2ª Semana de Julho
Festa de Nossa Senhora dos Navegantes
Data: 15 de Agosto
Festa do Sal e do Reencontro
Data: 1º a 9 de Setembro
Festa de Nossa Senhora da Conceição
Data: 8 de Dezembro
____
Do site: férias.tur.br
MOACIR FRANCO, O SHOW DA VIDA
postado por O Santo Ofício
fevereiro 14, 2012
Por Marcia Leite de Oliveira Torres (*)
“Boa noite veiarada” é a frase de abertura do show Moacir Franco, satirizando a condição do ser idoso ou estar na “terceira idade”, ou seja, as limitações, as dores, as doenças, a diminuição da libido, etc.
No decorrer do evento ele resgata momentos importantes de sua vida e de sua carreira, os ganhos e as perdas, demonstrando boa forma, desenvoltura e comunicação como cantor e comediante. O momento crítico vivenciado nessa idade por todos os humanos perpassa algumas sequências do show ora de forma cômica, ora caricata, ora de forma sofrida. Em contrapartida, o show é bastante dinâmico e resgata o viver e a alegria trazendo uma variedade de situações românticas e cômicas nas canções e na sua relação com o público.
O tema terceira idade induz a refletir sobre o que ocorre ao se entrar última etapa da vida: o ser humano vivencia sua finitude, questiona-se sobre a impermanência, enfim, sobre a morte. O indivíduo dá-se conta que já percorreu a maior parte da estrada da vida e agora está prestes a encontrar com ele mesmo. Aqui reside o ponto crucial, a proximidade da fase final de uma vida que, para ser encarada de frente, é necessário que seja redimensionada, considerada não como sendo catastrófica, mas como uma busca interior para encontrar o verdadeiro sentido da existência.
Moacir nos brinda com um show que mostra de forma alegre e descontraída a vida na terceira idade. Canções como Soleado, e outras desse tipo nos fazem galgar planos mais elevados e buscar as respostas em novos paradigmas. É essa dimensão que ele aparenta antever em sua jornada trazendo músicas como a do início do show que nos conduz a reviver e renascer diante de cada obstáculo. Ele tem a coragem de mostrar de modo artístico e belo uma música que retrata o fim da estrada, a aproximação da morte, e de outra forma de vida, a música que serviu de alento a um homem em fase terminal da doença.
Finalizando, nada se perde, tudo se transforma. A vida nos ensina e nos faz crescer a cada fase que transpomos e em cada etapa ela nos brinda com aprendizados novos que nos conduzem a encontrar a essência interior que reside em todos nós.
(*) Marcia Leite de Oliveira Torres é médica
postado por O Santo Ofício
fevereiro 14, 2012
Por Marcia Leite de Oliveira Torres (*)
“Boa noite veiarada” é a frase de abertura do show Moacir Franco, satirizando a condição do ser idoso ou estar na “terceira idade”, ou seja, as limitações, as dores, as doenças, a diminuição da libido, etc.
No decorrer do evento ele resgata momentos importantes de sua vida e de sua carreira, os ganhos e as perdas, demonstrando boa forma, desenvoltura e comunicação como cantor e comediante. O momento crítico vivenciado nessa idade por todos os humanos perpassa algumas sequências do show ora de forma cômica, ora caricata, ora de forma sofrida. Em contrapartida, o show é bastante dinâmico e resgata o viver e a alegria trazendo uma variedade de situações românticas e cômicas nas canções e na sua relação com o público.
O tema terceira idade induz a refletir sobre o que ocorre ao se entrar última etapa da vida: o ser humano vivencia sua finitude, questiona-se sobre a impermanência, enfim, sobre a morte. O indivíduo dá-se conta que já percorreu a maior parte da estrada da vida e agora está prestes a encontrar com ele mesmo. Aqui reside o ponto crucial, a proximidade da fase final de uma vida que, para ser encarada de frente, é necessário que seja redimensionada, considerada não como sendo catastrófica, mas como uma busca interior para encontrar o verdadeiro sentido da existência.
Moacir nos brinda com um show que mostra de forma alegre e descontraída a vida na terceira idade. Canções como Soleado, e outras desse tipo nos fazem galgar planos mais elevados e buscar as respostas em novos paradigmas. É essa dimensão que ele aparenta antever em sua jornada trazendo músicas como a do início do show que nos conduz a reviver e renascer diante de cada obstáculo. Ele tem a coragem de mostrar de modo artístico e belo uma música que retrata o fim da estrada, a aproximação da morte, e de outra forma de vida, a música que serviu de alento a um homem em fase terminal da doença.
Finalizando, nada se perde, tudo se transforma. A vida nos ensina e nos faz crescer a cada fase que transpomos e em cada etapa ela nos brinda com aprendizados novos que nos conduzem a encontrar a essência interior que reside em todos nós.
(*) Marcia Leite de Oliveira Torres é médica
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O CIDADÃO TAMBÉM TEM O DIREITO DE SE DEFENDER!
Reportagem de o "NOVO JORNAL / NATAL" (em 08/02/2012)
O clube
O Clube do Tiro Atitude (CTA) é uma associação civil sem fins lucrativos, de finalidade desportiva e social, com personalidade jurídica distinta de seusassociados. Fica no Sítio Recanto Beira Rio, na Rua Luiz Gerônimo da Silva, nº 22, praia de Pirangi do Norte. Atualmente, são mais de 30 associados. Para
fazer parte, o interessado é avaliado por uma assembléia, formada pelos
sócios fundadores.
O primeiro critério a ser analisado é a vida pregressa. Com impedimento imediato se a pessoa possuir algum antecedente criminal. “Aqui só entra gente de bem, de caráter”, avisou Marcelo Porpino.
Em breve, ainda segundo o instrutor e proprietário, o CTA pretende
promover a sua primeira competição esportiva. E para participar, obviamente,
é preciso se filiar. O ingresso, como já foi dito, depende da avaliação dos
fundadores. Uma vez aceito, existe uma taxa de admissão chamada de “joia”.
Para quem não é policial, a joia custa R$ 600, com mensalidades de R$
60. Para os policiais civis, militares da PM, Corpo de Bombeiros, federais e
rodoviários federais, ou então militares das forças armadas (Marinha, Exército
e Aeronáutica), a inscrição custa metade do preço, o mesmo valendo para as
mensalidades. O dinheiro pago é usado para as despesas com a manutenção
das instalações e aquisição de equipamentos de segurança.
Outras informações pelo www.clubedotiro.com.br ou pelos telefones
8118-5008 e 9152-7105.
Antes mesmo de explicar o paço a paço de uma aula de tiros, vale aqui registrar algumas frases pontuais ditas por Marcelo Porpino.
“Todo mundo, quando segura uma arma, se sente poderoso.
É da natureza humana. Quem nunca teve vontade de atirar?”. E
não é que o policial tem mesmo razão. Pelo menos para este repórter,
que não perdeu a oportunidade de empunhar uma arma e puxar o gatilho. A sensação, realmente, é ótima.
A primeira lição foi conhecer a arma que seria utilizada na pista
de tiros. No caso, uma pistola americana calibre ponto 40, fabricada pela Taurus. Leve, confortável, poderosa. De uso exclusivo das forças policiais, é uma das preferidas, pois o projétil dificilmente transfixa o corpo. E essa é uma característica importante em ações policiais, pois quando o chumbo entra e sai do corpo, existe o perigo de o tiro seguir sua rota e acabar atingindo outra pessoa que não tenha nada a ver com o ocorrido.
Depois de pôr os óculos e os protetores de ouvido, o passo seguinte
foi conhecer os mecanismos de trava, carga e descarga da arma. Tudo ok. Em seguida, vieram orientações para montar uma boa base – a posição correta do
corpo para um tiro firme e seguro.
Pernas flexionadas, com a esquerda um pouco a frete da direita.
Isso vale para os destros. Para os canhotos, a posição é inversa. Braços
esticados na altura dos olhos (mas não muito por causa do coice) e mãos fechadas em torno do cabo da arma. O dedo, como recomendado,
só vai ao gatilho quando o alvo está na mira.
Por fim, foi só aguardar o comando do instrutor. “Em guarda
(posição). Enquadrar alça e massa (apontar a arma para o alvo e mirar). Atirador pronto? (pergunta que o instrutor faz para se certificar que o aluno está preparado).
Pista quente! (significa que o disparo já pode ser feito, pois não há obstáculos entre o atirador e o alvo). Fogo. É bala!
Vale ressaltar que a munição utilizada no Clube do Tiro. Atitude é por conta dos associados.
Cada um leva a sua. As armas também. Apenas para os iniciantes, aqueles que não possuem autorização de porte ou posse, é que o clube disponibiliza
o armamento, mas sempre com o auxílio e o acompanhamento de um dos cinco instrutores do clube.
A maioria dos associados é composta por policiais e militares, homens e mulheres que trabalham em rádio patrulhas, BOPE, programas de prevenção
às drogas, delegacias especializadas.
No entanto, também tem muita gente, cidadãos comuns, que frequentam o local em busca de conhecimento para se defenderem da criminalidade.
Um destes pacatos cidadãos é o empresário do ramo imobiliário Marcelo Oliveira de Lima.
“Estou aqui desde o início. Já tenho todas as noções gerais sobre
manuseio e defesa”, disse ele.
Mas, afinal, o que leva um chefe de família a participar de um clube
de tiros? A resposta foi mais rápida que um disparo. “A violência
tá crescendo. Eu preciso defender a mim e a minha família”, pontuou. “Torço para nunca precisar, para nunca ter que usar minha arma. Mas, se precisar, estou preparado”, resumiu.
A segurança no Clube do Tiro Atitude é total. Segundo o próprio Marcelo Porpino, em todo o país não há notícias sobre acidentes ou incidentes nos últimos 50 anos. “Aqui, a segurança é prioridade. Isso eu garanto”, afirmou.
De fato. Até para se aproximar das baias, é preciso seguir à risca uma série de normas e regras.
Tudo para garantir a integridade dos instrutores, dos praticantes e também dos aprendizes.
Placas espalhadas por todos os cantos não deixam ninguém esquecer as obrigações.
Tá tudo escrito: “Trate sua arma como se ela estivesse carregada, mantendo sempre o dedo fora do gatilho e o cano da arma apontado para o chão; Só coloque o dedo no gatilho quando estiver apontando sua arma para o alvo e pronto para atirar; Use sempre óculos de segurança e protetor auricular; Não tome bebidas alcoólicas antes ou durante os tiros; Nunca tente atirar com uma
arma que você não conheça o funcionamento ou manejo da mesma;
Em caso de nega (falha no disparo), mantenha a arma apontada para o alvo e aguarde alguns segundos antes de descarregá-la, evitando exposição com a culatra; Se o tiro for fraco, antes de efetuar outro disparo, descarregue a arma
e verifi que se o cano está obstruído; Nunca atire em objetos no chão, água, rocha ou qualquer superfície onde o projétil possa ricochetear; Atire sempre em direção ao alvo; Em caso de dúvidas, tire o dedo do gatilho, abaixe sua arma e chame o instrutor”.
Tomadas as devidas precauções, o passo seguinte é abrir fogo. Porém, para puxar o gatilho pela primeira vez, o aluno iniciante precisa antes passar
por uma etapa de aprendizado teórico. São aulas que tratam das munições, dos calibres, do manuseio e do carregamento.
E o mais importante: a posição correta para empunhar a arma.
“Aqui eu consegui aperfeiçoar o que aprendi na academia.
Conheci novas técnicas de tiro e de defesa. Adoro”, contou Hélio Martins, soldado lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar. Com 11 anos de carreira, o policial disse que só não vai ao clube quando não dá mesmo. “Pelo menos
duas vezes no mês estou aqui, atirando”, acrescentou.
Para Abimael da Cunha Lima, agente do 1º Distrito Policial de Mossoró, não basta ter formação policial para ser um bom atirador.
Segundo ele, o tempo na academia é muito curto. Depois de formado, dificilmente um policial passa por algum curso de reciclagem.
“Por isso a importância do Clube do Tiro Atitude. Estou aqui para aprender. Acabei de me formar como policial civil. Quer saber quantos tiros eu dei? Apenas 20 em quatro meses de capacitação.
É muito pouco. Aqui no clube é diferente. Aqui eu atiro à vontade”, revelou Abimael, acrescentando que só em um dia de treinos no Clube do Tiro ele realiza mais de 50 disparos.
“EM GUARDA. ENQUADRAR alça e massa. Atirador pronto? Pista quente!”. Deu pra entender? Não? Vamos tentar outra vez:
“Em posição. Apontar e mirar. Pronto pra atirar? Fogo!”.
De uma maneira ou de outra, é muito simples o que deseja o instrutor: que o aluno aprenda a manusear uma arma de fogo. E que ele, caso ocorra uma situação de extrema necessidade, saiba como utilizá--la com segurança e presteza.
É este o propósito do Clube do Tiro Atitude, uma associação criada há dois anos pelo advogado e agente Marcelo Porpino, de 45 anos, metade deles
dedicado à Polícia Civil.
“Começamos com um clube exclusivo para policiais civis e militares, um local onde os colegas pudessem treinar e aprimorar as técnicas que aprenderam durante o curso de formação. Agora, além disso, também estamos abertos
para receber qualquer pessoa que queira praticar ou mesmo aprender a atirar, seja para proteção pessoal, familiar, patrimonial ou, para quem preferir, apenas como um exercício esportivo”, explicou Porpino.
O Clube do Tiro Atitude fica no Sítio Recanto Beira Rio, na Rua Luiz Gerônimo da Silva, na praia de Pirangi do Norte.
Abre apenas aos sábados e domingos, das 8h às 11h30. E foi num destes finais de semana que a reportagem encontrou o instrutor, que foi logo dizendo: “Eu tenho muito gosto pela profissão que abracei.
Uma vontade enorme de contribuir com a segurança pública.
Aqui nós fazemos isso”, disse ele, apontando para as baias e pistas onde são efetuados os disparos.
São nestas pistas que o pessoal aproveita, também, para aliviar o estresse do dia a dia. Segundo Porpino, o clube possui hoje mais de 30 associados.
A maioria é de policiais e de militares das forças armadas.
Contudo, como estes já sabem manusear e atiram com certa frequência – seja
nas atividades profissionais ou em treinamentos – a presença no clube durante os finais de semana também serve como válvula de escape.
“Criamos o clube também como um espaço para confraternização, bate-papo, encontro de amigos. O dia a dia de um policial é muito puxado. Por isso, muitos vêm aqui para descarregar os problemas. Atirar alivia as preocupações, desobstrui a mente e depois, pode acreditar, deixa uma sensação de paz e
tranquilidade”, ressaltou.
Paz e tranquilidade. Foi justamente o que sentiu a jovem advogada Nathália Gurgel, de 23 anos. Recentemente aprovada na OAB, ela insistiu para que
seu pai a levasse ao clube. Tiro certo. Mesmo apreensiva e um pouco nervosa, logo ela já estava com uma pistola calibre 380 entre as mãos. No primeiro tiro, medo. Mas foi apenas pelo susto com o barulho. Do segundo disparo em diante, Nathália já mostrava confiança e sorrisos.
“Eu fiquei nervosa, angustiada.
Depois eu relaxei e gostei. É muito legal”, disse ela, ao falar sobre sua primeira experiência com uma arma de fogo.
APONTAR!
CLUBE DO TIRO INSTALADO NA PRAIA DE PIRANGI, ASSOCIAÇÃO REÚNE POLICIAIS E CIVIS QUE QUEREM TREINAR OU APRENDER A USAR UMA ARMA PARA SE DEFENDER DA VIOLÊNCIA
FOGO!
Nathália Gurgel, advogada, teve sua primeira experiência com arma de fogo: “Eu fiquei nervosa, angustiada. Depois eu relaxei e gostei”
ANDERSON BARBOSA
DO NOVO JORNAL
SEGURANÇA GARANTIDA PARA INSTRUTORES E APRENDIZES REPÓRTER EXPERIMENTA PISTOLA PONTO 40 E APROVA PACATOS
CIDADÃOS SE PREVINEM
A VIOLÊNCIA TÁ CRESCENDO.
EU PRECISO DEFENDER A MIM E A MINHA FAMÍLIA”
Marcelo Oliveira de Lima, Empresário
Marcelo Porpino, advogado e agente da Polícia Civil: fundador do clube Clube do Tiro Atitude reúne cerca de 30 associados nos finais de semana
__________________
Repórter Anderson Barbosa: “A sensação, realmente, é ótima”
FOTOS: MAGNUS NASCIMENTO / NJ (aqui não reproduzidas).
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
GREVE NAS POLÍCIAS MILITARES
A sociedade brasileira assiste preocupada à ebulição de acontecimentos perturbadores da ordem e da segurança pública decorrentes de reivindicações salariais por parte daqueles que a deveriam proteger, sendo oportuno questionar o cerne do problema que não se limita a um único estado federativo.
A questão toma dimensões maiores à medida que envolve instituições organizadas com base na hierarquia e na disciplina e que, tradicionalmente, respeitam a ordem jurídica existente, sendo fácil simplificar atribuindo-se os lamentáveis episódios ocorridos a ações de elementos mal formados, mas com liderança na caserna.
Difícil e triste é aprofundar a análise e constatar que a maior causa é a conjuntura política nacional onde são raros os exemplos de justiça, dedicação e seriedade no trato da coisa pública e de dignidade, honestidade e competência no exercício dos mais elevados cargos, enquanto abundam os enriquecimentos ilícitos de detentores de mandatos, de operários da justiça e de membros do staff governamental, aproximando o brasileiro comum da situação indesejável de cidadão inferior envergonhado de sua estagnação por querer ser honesto e obrigado a ser trabalhador. Não é exagero assim pensar se nos lembrarmos que aos privilegiados, próximos do poder, não lhes falta criatividade para a garantia de remunerações condignas, tal como menor tempo de jornada de trabalho, benefícios específicos, vantagens pecuniárias diversas, assistência médica pronta, geral e irrestrita, revisão salarial anual, generosa e sem delongas, e tantas outras. Junte-se a isso a demagógica e irresponsável fixação de um piso salarial de R$4.000,00 para soldado da Polícia Militar do Distrito Federal, embora pago pela União, incompatível, segundo é proclamado, com a realidade econômica do governo federal e com a estrutura federativa, mas facilmente previsível como geradora de pleitos de igualdade salarial nas outras congêneres, além de um evidente descaso com as Forças Armadas, postas em situação de inferioridade.
É fácil reprimir quando se tem a competência legal do emprego da força, mas difícil é governar para todos e não apenas para partidos e/ou pequenos grupos, buscando-se, com oportunidade, sinceridade e determinação, a aplicação da justiça à nação por inteira, sem a criação de cidadãos de segunda classe.
O ser humano é produto do meio em que vive e não nasce violento. Se o meio se esgarça, tornando-se impuro e injusto, consequências indesejáveis hão de surgir.
(Gen Ex José Carlos Leite Filho – linsleite@supercabo.com.br – 10/02/12)
(Publicado no “O Jornal de Hoje”, de 11/02/12 – Natal-RN)
domingo, 12 de fevereiro de 2012
DEÍFILO GURGEL EM VÁRIOS TONS
Um soneto inédito de Deífilo Gurgel
Por Nelson Patriota
Se todo poeta se torna, com o passar dos anos, um metafísico, um filósofo condenado a formular insistentemente perguntas irrespondíveis, não é o caso, então, de censurar o poeta Deífilo Gurgel por ter se dobrado ao metafísico em sua última fase. O soneto “Solidão”, datado de 4 de agosto de 2009, e que nos foi oferecido pelo autor para o n. 4 da Revista do Conselho Estadual de Cultura (ainda inédita), tem em seu último terceto uma síntese, porém, antimetafísica (um tento para Deífilo), comparável àquela de “Preparação para a morte”, de Manuel Bandeira, em sua lucidez chã, sem véu de alegoria. Diz o verso: “Um dia a Morte, monja silenciosa, / me levará também, só, entre rosas, / para a outra margem desta solidão”.
Citemos, porém, os dois quartetos e o terceto faltantes, haja vista que “Solidão”, até onde sabemos, permanece inédito: “Com que festejo, agora, esta chegada /de volta à minha terra, ao chão comum, / se todos já partiram, um a um, / levados pelo Vento, para o Nada? // Com quem dividirei minha risada, / se não encontro mais, aqui, nenhum / dos velhos companheiros de jornada, / que o Vento arrebatou, frágeis anuns? // De que me vale perguntar à Morte / por que os levou, para que Sul ou Norte, / se a Morte não responde à indagação? [...]”.
Mas a poesia de Deífilo Gurgel, vasta vaga que se espraia em tantas margens, comporta a cada arremetida um modo de ser e de ver que se desdobra e se diversifica sempre segundo uma lógica própria que lhe é exclusiva. Ao escrever “Uma história da poesia brasileira”, o carioca Alexei Bueno antologiou, dentre os poetas norte-rio-grandenses vivos, apenas Deífilo Gurgel, representado no livro pelo soneto “A praia”. Bueno justificou a escolha sob o argumento de que se tratava de “um dos sonetos mais belos de nossa poesia”. Diva Cunha e Constância Lima Duarte, em sua “Literatura do Rio Grande do Norte: antologia”, também se curvaram ao encanto dos sonetos de Deífilo, e o mesmo aconteceria com Assis Brasil, em seu livro “A Poesia Norte-Rio-Grandense no século XX”, entre outros.
A rigor, Deífilo Gurgel não poderia ser alinhado ao lado de poetas do lado soturno da vida, como uma leitura descontextualizada do soneto “Solidão” poderia sugerir. Nascido e criado numa praia, acostumado à luz abundante e ubíqua que recobre nossa região, ele teria naturalmente que ser um poeta do lado ensolarado da vida, como, de fato, foi. Dito de outra forma, era uma pessoa alegre, otimista e confiante no trabalho que desenvolvia desde muitos anos, fosse na seara da poesia, fosse naquela outra do folclore, da cultura popular, com seus romanceiros, seus autos populares, que encarava como seu verdadeiro trabalho, por requerer método, pesquisa e análise. Em contraste, a poesia às vezes é puro diálogo interior.
Durante alguns meses do ano de 1999, pude conviver de perto Deífilo Gurgel, privando de suas orientações e de seu saber, quando trabalhamos na feitura do livro “400 nomes de Natal”. O livro foi planejado para celebrar os 400 anos de fundação da cidade de Natal, que se festejariam no ano seguinte. Rejane Cardoso, responsável pela coordenação do projeto, além de Manoel Onofre Jr. e Jardelino Lucena, dividiram conosco os ônus desse livro ambicioso e temerário, que reduz à mesma estatura personagens díspares e desiguais da história potiguar.
Mais tarde, eu reencontraria Deífilo Gurgel no Conselho Estadual de Cultura, ao lado de outros companheiros dessa frágil nau que, no fim das contas, é qualquer instituição cultural pública. O velho poeta não se queixava de nada; via com naturalidade a passagem dos anos que, afinal, é uma herança comum a todos os que têm a fortuna de envelhecer. Essa é uma daquelas lições de vida que não se esquece.
* * *
EPITÁFIO
Este foi um homem feliz.
Trabalhou em silêncio,
sua ração cotidiana
de humildes aleg(o)rias
Nunca o seduziu a glória dos humanos
Nem a eternidade dos deuses.
Fez o que tinha de fazer:
repartiu o seu pão entre os humildes,
defendeu como pôde os ofendidos,
semeou esperanças entre os justos,
e partiu, como tinha de partir
feliz com sua vida e sua morte
Deífilo Gurgel
Natal: 27.09.1994
TARRAFAS – Deífilo Gurgel
À sombra do cajueiro que floresce junto ao mar
Paciente o pescador tece a rede de pescar
Enquanto a mão se entretece nesse mister singular
Outra mão por trás do tempo vai tecendo sem cessar
A tarrafa que algum dia, vai pescar o pescador
Juntamente com seu tédio, seu sorriso e sua dor.
E tece com tal mestria essa tarrafa de vento
Que o pescador nunca pensa, quando pesca o seu sustento
Que a morte o está pescando, lentamente, dia a dia
Nessa embora inevitável, invisível pescaria.
Madona
Os passos que perdi, nos descaminhos
e as lágrimas ardentes que chorei;
os risos, os abraços, os carinhos,
tudo que fui, que sou e que serei;
a glória de ser bom entre os espinhos
e de fazer do amor a minha lei;
os versos que espalhei pelos caminhos
e os que, cantando, um dia espalharei,
é tudo teu, Senhora; e se teu filho
não alcançou aquele intenso brilho
que almejaste, um dia, entre esperanças,
ainda é o mesmo que na infância amaste
e com teus gestos brandos ensinaste
a amar o céu, as flores e as crianças.
Deífilo Gurgel
Areia Branca, Meu Amor
DEÍFILO GURGEL
A cidade adormecida,
no coração do poeta,
entre pregões matinais,
subitamente, desperta.
Para trás da Serra Vermelha,
nasce a manhã, nas levadas,
na solidão das salinas,
nas águas envenenadas.
Maçaricos alçam vôo,
nas várzeas de pirrixiu.
pescadores solitários,
pescam o silêncio do rio.
Num bosque de matapasto,
atrás de Amaro Besouro,
desabrocha o fumo bom,
em fino cálices de ouro
Calafates calafetam
velhos barcos irreais.
Moinhos movem o vento,
nas tardes do nunca mais.
O sol se pondo na Barra,.
entre mangues e canoas,
põe rebrilhos de vitrilhos,
nas marolas das gamboas.
A noite cai. Cães vadios
ladram na rua, à distância.
Deslizam sombras esquivas,
nas esquinas da lembrança.
Todos os que se mudaram
para o outro lado da vida
e dormem, no cemitério
da cidade adormecida,
vêm a mim, me cumprimentam,
me comovo ao recebê-los,
baila uma fina poeira,
em torno dos seus cabelos.
Converso com Pum-na-guerra,
Fumo-bom e Baranhaca.
Abraço Maria Mole,
Ciço Cabelo de Vaca.
Passo no Canal do Mangue,
vou à Fuzaca, à Favela.
Na rua da frente há moças
debruçadas na janela.
D. Adelina me argúi
na taboada e ABC.
Começa tudo de novo,
Pela estrada do aprender.
Ouço as valsas da Água Doce,
nas tardes de antigamente.
entre Bois e Pastoris,
sou menino novamente.
As ruas se embandeiraram,
Há lanternas pelas portas.
São João acorda, entre o riso
de pessoas que estão mortas.
Os pés do menino vão
nessas ruas do sem-fim.
O tempo não conta mais,
partiu-se, dentro de mim.
Nesse burgo de lembranças,
guardado pela memória,
minha vida se inicia,
recomeça minha história.
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