sábado, 12 de setembro de 2015

COMISSÃO DA VERDADE DA UFRN



Neste último dia 8.09.15, com a autorização do Prof. Carlos Gomes, Presidente, foi feita a entrega das pastas com documentos da COMISSÃO DA VERDADE DA UFRN para ficarem depositadas no Departamento de História, até que seja inaugurado o Memorial previsto para o velho prédio da Faculdade de Direito da Ribeira.
   
  




A documentação foi colocada na Estante 811 e foram responsáveis pela transferência e arquivamento, respectivamente:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3k_EsK5Ht4GYRWixahxJKNjhYElmfUBnaQp3J0Bm1gd5VoS5Qr9mLq0p1v742oztIJ3MbQalZtXsGOivVt8RHA41ujUcm_weGT1ni7KV01fwkjwn1AnRgIa8BaQmfwcItemb5smtik1oj/s1600/transparent-95031.png
        
      
Bel. JUAN DE ASSIS, Membro da CV ; KADMA MAIA, Secretária da CV; Estudante MAYANE COSTA, estagiária da CV e IRIS DANTAS, Coordenadora do Laboratório de História da UFRN.
  

   
(texto de Juan de Assis)  


CRÔNICA DE UMA VIAGEM

   
Tadeu Arruda Câmara

DIÁRIO DE BORDO 

(Tadeu Arruda Câmara) 
Cansado da mesmice e curioso por conhecer outros lugares, interessei-me em fazer um cruzeiro de Buenos Ayres até as cidades Punta Del Leste e Montevidéu no Uruguai. Fui até à agência de turismo, fiz o pacote e aguardei o dia do embarque. 
Do dia do meu contrato até o dia do embarque, foi só de ansiedade: como seria o navio? O frio, o avião. Morro de medo de avião! 
Chegando o dia do embarque, peguei o voo para São Paulo. Lá pernoitei, seguindo viagem para Buenos Ayres. Tudo transcorrendo normalmente. Desci no aeroporto, um carro esperava-me com um motorista bem educado, levando-me até ao hotel. A entrada da cidade de Buenos Ayres é muito bonita, com muitas paisagens verdejantes. 
O hotel chamado de Vista Sol tinha um apelido de quatro estrelas, mas estrela mesmo só no banho. Um hotel antigo com precárias instalações. A primeira coisa que fiz foi correr para o banheiro, louco por um banho; a encanação muito antiga mostrava duas torneiras: uma, provavelmente, quente; e outra, fria, ambas em posições verticais. Sem indicação alguma, fui na sorte. Abri a primeira que jorrou um jato d’água quentíssimo. Aí foi o maior sufoco, a primeira vítima foi meu aparelho reprodutor. 
No outro dia, um carro me pega, levando-me até o porto onde um enorme e luxuoso navio me esperava. Era o MSC OPERA. Um navio com dois mil e duzentos turistas e setecentos empregados; um luxo indescritível. A área de lazer era um verdadeiro clube, com todo tipo de jogo, piscinas, bares, etc. 
O restaurante com comida farta servia um cardápio internacional a qualquer hora que você quisesse. Parecia um sonho, tudo era glamour. A tripulação educada, poliglota e sempre atenta aos meus pedidos. 
Na cabine muito confortável que estava, tinha uma varanda onde, nos quatro dias que passei a bordo, contemplava o nascer e o pôr do sol diariamente. Era aí a hora que mais doía a saudade de minha terra. 
Durante a noite, só festa. O navio com vários salões, teatro. Houve duas grandes festas, a do comandante e a dos italianos. Participei das duas. Muita gente bonita. 
A primeira visita do cruzeiro foi à cidade de Punta Del Leste. Uma cidade de porte médio. As praias, todas, são do rio Prata. Rio que, na sua parte mais larga, chega a 221 quilômetros. Um verdadeiro oceano! É o rio mais largo do mundo. Posteriormente, falarei das belezas deste lugar. 
Nossa segunda visita foi à cidade de Montevidéu. Muito bonita! E apesar de ser antiga, tem um povo agradável, bastante comunicativo. Foi lá onde aconteceu a primeira copa do mundo, em 1930, saindo vencedora a seleção uruguaia. 
Foram quatro dias a bordo no navio. Uma verdadeira cidade flutuante. Tudo ‘nos conformes’. Atendimento irretocável. Aquela impressão que a maioria de nós tem de que o navio balança, que enjoa, nada disso existe, só sabíamos que o navio navegava quando olhávamos para fora. 
Terminando o cruzeiro na cidade de Buenos Ayres, lá fiquei no hotel Colon. Muito bom, com excelente atendimento, situado no centro da cidade, mais precisamente na Praça da República. 
O povo argentino transparece sofrido, sem autoestima. A inflação dá sinais de retorno. 
Aquela história de que eles não gostam dos brasileiros, é verdade; e não só é pelo futebol não, é histórica. Pude constatar. A cidade não é feia, é uma São Paulo em menores proporções, com muitos prédios antigos. 
O tango é uma febre. É o que Buenos Ayres tem de melhor. Nas ruas, nas lojas é o que se escuta. 
Fui a um show de tango num teatro chamado “Senhor Tango”. Foi deslumbrante! O tango é, para os argentinos, o que o forró é para os nordestinos. 
Percorri quase Buenos Ayres toda. Fiz questão de sentir o povo. Conversava com todo o mundo. Notava o povo trancado quando se falava em política. Na opinião deles, somos desonestos, não só pelos ‘mensaleiros’: eles lembram muito o furto da Taça do Mundo Jules Rimet da Confederação Brasileira de Futebol, no ano de 1983, onde derreteram três quilos e oitocentos gramas de ouro puro. Esta taça foi quando o Brasil consagrou-se tricampeão mundial no México em 1970. 
Após dois dias de intensa movimentação em Buenos Ayres, retornei para o Brasil.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

SOLENIDADES DE HOJE NO IHGRN



O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE TEM A HONRA DE ABRIR HOJE AS SUAS PORTAS, PARA A SOLENIDADE COMEMORATIVA DA SEMANA DA PÁTRIA, GESTO QUE SE TORNOU PERMANENTE NESTA CASA DA MEMÓRIA, PALESTRA SOBRE A NOSSA INDEPENDÊNCIA A CARGO DO NOSSO PRESIDENTE HONORÁRIO JURANDYR NAVARRO DA COSTA. E DA POSSE DE NOVOS SÓCIOS EFETIVOS, CORRESPONDENTES E HONORÁRIOS.

NOVOS SÓCIOS
1) Adauto José de Carvalho Filho (efetivo);
2) Everaldo Lopes Cardoso (efetivo);
3) Fernando José de Rezende Nesi (efetivo);
4) Francisco Honório de Medeiros Filho (efetivo);
5) Francisco Martins Alves Neto (efetivo);
6) Franklin Capistrano (efetivo);
7) Haroldo Pinheiro Borges (efetivo);
8) João Batista Xavier de Sousa  (efetivo);
9) José Augusto de Freitas Sobrinho (correspondente);
10) Lenilson Antunes de Lima (efetivo);
11) Limério Moreira da Rocha (correspondente);
12) Marciano Batista de Medeiros (efetivo);
13) Pedro Guilherme Barbalho Cavalcanti (efetivo);
14) Rinaldo Claudino de Barros (efetivo);
15) Rubens Lemos Filho (efetivo);
16) Safira Bezerra Ammann (efetiva);
17) Wellington Souza de Medeiros (efetivo).
 SÓCIOS HONORÁRIOS:
17) Paulo Pereira dos Santos, QUE INTEGROU O CONSELHO FISCAL DESTA GESTÃO E AGORA PASSA AO QUADRO DE HONRA.
18) Lúcia Helena Pereira, NOSSA QUERIDA POETISA DAS FLORES, NASCIDA NA TERRA DOS CANAVIAIS, QUE TAMBÉM PARTICIPOU DO NOSSO CONSELHO FISCAL E AGORA PASSA A COMPOR NOSSO QUADRO DE HONRA.
19) Inácio Magalhães de Sena, INTELECTUAL QUE SE NOTABILIZOU PELA MILITÂNCIA NO MUNDO CULTURAL DO ESTADO, NOTADAMENTE NA SUA CIDADE-BERÇO (CEARÁ-MIRIM). NA OPORTUNIDADE A ESCRITORA JOVENTINA SIMÕES FARÁ A ENTREGA DE IGUAL TÍTULO OUTORGADO PELA ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS “PEDRO SIMÕES NETO”.
 




quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA VÍRGULA

100 Anos de vírgula... 
Sobre a Vírgula
 
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI

 (Associação Brasileira de Imprensa).
 
 Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
 Não, espere.
 Não espere..
 
 Ela pode sumir com seu dinheiro.
 23,4.
 2,34.
 
 Pode criar heróis..
 Isso só, ele resolve.
 Isso só ele resolve.
 Ela pode ser a solução.
 Vamos perder, nada foi resolvido.
 Vamos perder nada, foi resolvido.
 
 A vírgula muda uma opinião.
 Não queremos saber.
 Não, queremos saber.
 
 A vírgula pode condenar ou salvar. 
 Não tenha clemência!
 Não, tenha clemência!
 
 Uma vírgula muda tudo.
 ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
 
 Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
   
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
 * Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM... 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

FINAL DE SEMANA


Conforme anunciei neste Blog, como autêntico natalense, procurei aproveitar este último fim de semana, alongado com o feriado do Dia da Pátria, na minha aprazível Praia de Cotovelo, onde tive a oportunidade de mergulhar nas leituras e meditações.
No campo da leitura tive a satisfação de devorar três livros: NATAL, USA, de LENINE PINTO, que já havia lido tempos atrás e que a releitura foi totalmente diferente, como nunca tivesse notícia da obra.
É um trabalho OBRIGATÓRIO para se conhecer um pedaço da história de Natal, especificamente no período da 2ª Guerra Mundial. Pessoas, costumes, inovações, evolução e consequências da passagem dos americanos por nossa cidade.
Lenine Pinto está impecável na narração de episódios e nos oferta a exata visão do tempo. Parabéns. Adorei a obra e vou recomendá-la aos meus amigos contemporâneos das circunstâncias. Sua narração, para quem fechar os olhos, representa a passagem de um filme e podemos rever lugares e episódios que nos foram muito caros. PARABÉNS LENINE e também o SEBO VERMELHO nos seus 30 anos de existência.
Concluída a prazerosa leitura de Lenine, inicio o belíssimo trabalho do Padre JOÃO MEDEIROS FILHO, cuja exemplar me foi enviado através do amigo comum Valério Mesquita.
Se, qualquer dúvida, os "Bilhetes de Emaús" são balsamos de amor, elevação espiritual, atualidade e lições de vida. Após a leitura senti um conforto e uma paz indescritíveis. É obra para se presentear!
O terceiro livro não é lançamento, mas um trabalho com longevidade em homenagem a HOMERO HOMEM. Editado pela Editora Presença, em 1979, numa coedição com a UFRN. 
"Terra Iluminada; País do não chove e Lá Fundamental", reunindo 3 livros de poemas onde o utor presta homenagens a pessoas da terra e outros intelectuais de além rio/mar. Registro o primeiro em honra a ALVAMAR FURTADO, nesses trechos:

"Fui (ainda sou) o Oceano.
Tive ilhas remotas encantadas
E golfos os mais persas. Tive sórdido
Paul, área interdita
Ao com´rcio de peixe e da gaivota.
.....
Meu fichário de águas guarda ainda
Um Potengi de antanho e fundo leito
Onde dormem igaras, toassús,
Bujarronas, velames e sextantes,
Dobrões de Espanha,
ânforas de vinho do Castelo Keulen,
Torres do Tombo,
Ouro dos Brasis

Fui (ainda sou) o Oceano:
Berço do peixe-mero e da albacora,
Manjedoura do cachalote branco.
Jardim com seu repuxo de golfinho,
Rinha real do choque de espadartes.
Casa do parto anterior ao homem
Com suas armadilhas e notícias.
 * * *

Mas, na planície dos sentimentos, a tristeza também nos visitou = morreu IVONCISIO MEIRA DE MEDEIROS, meu colega do TRE, de UFRN e da Academia Macaibense de Letras. É a rotatória da existência, inclemente e sorrateira. Está cada vez mais perto o amanhã...