terça-feira, 8 de setembro de 2015

FINAL DE SEMANA


Conforme anunciei neste Blog, como autêntico natalense, procurei aproveitar este último fim de semana, alongado com o feriado do Dia da Pátria, na minha aprazível Praia de Cotovelo, onde tive a oportunidade de mergulhar nas leituras e meditações.
No campo da leitura tive a satisfação de devorar três livros: NATAL, USA, de LENINE PINTO, que já havia lido tempos atrás e que a releitura foi totalmente diferente, como nunca tivesse notícia da obra.
É um trabalho OBRIGATÓRIO para se conhecer um pedaço da história de Natal, especificamente no período da 2ª Guerra Mundial. Pessoas, costumes, inovações, evolução e consequências da passagem dos americanos por nossa cidade.
Lenine Pinto está impecável na narração de episódios e nos oferta a exata visão do tempo. Parabéns. Adorei a obra e vou recomendá-la aos meus amigos contemporâneos das circunstâncias. Sua narração, para quem fechar os olhos, representa a passagem de um filme e podemos rever lugares e episódios que nos foram muito caros. PARABÉNS LENINE e também o SEBO VERMELHO nos seus 30 anos de existência.
Concluída a prazerosa leitura de Lenine, inicio o belíssimo trabalho do Padre JOÃO MEDEIROS FILHO, cuja exemplar me foi enviado através do amigo comum Valério Mesquita.
Se, qualquer dúvida, os "Bilhetes de Emaús" são balsamos de amor, elevação espiritual, atualidade e lições de vida. Após a leitura senti um conforto e uma paz indescritíveis. É obra para se presentear!
O terceiro livro não é lançamento, mas um trabalho com longevidade em homenagem a HOMERO HOMEM. Editado pela Editora Presença, em 1979, numa coedição com a UFRN. 
"Terra Iluminada; País do não chove e Lá Fundamental", reunindo 3 livros de poemas onde o utor presta homenagens a pessoas da terra e outros intelectuais de além rio/mar. Registro o primeiro em honra a ALVAMAR FURTADO, nesses trechos:

"Fui (ainda sou) o Oceano.
Tive ilhas remotas encantadas
E golfos os mais persas. Tive sórdido
Paul, área interdita
Ao com´rcio de peixe e da gaivota.
.....
Meu fichário de águas guarda ainda
Um Potengi de antanho e fundo leito
Onde dormem igaras, toassús,
Bujarronas, velames e sextantes,
Dobrões de Espanha,
ânforas de vinho do Castelo Keulen,
Torres do Tombo,
Ouro dos Brasis

Fui (ainda sou) o Oceano:
Berço do peixe-mero e da albacora,
Manjedoura do cachalote branco.
Jardim com seu repuxo de golfinho,
Rinha real do choque de espadartes.
Casa do parto anterior ao homem
Com suas armadilhas e notícias.
 * * *

Mas, na planície dos sentimentos, a tristeza também nos visitou = morreu IVONCISIO MEIRA DE MEDEIROS, meu colega do TRE, de UFRN e da Academia Macaibense de Letras. É a rotatória da existência, inclemente e sorrateira. Está cada vez mais perto o amanhã...

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