sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020



PRESSÁGIOS E TRAVESSIAS

Valério Mesquita*

Aprendi a me contentar com o que sou e com o que tenho, como falava o apóstolo Paulo. Não me compraz abordar esse tema que representa, apenas, uma despretensiosa opinião entre milhares. Falo para lembrar que o mundo precisa é de um bom retorno à moral, aos bons costumes e às boas maneiras. O Brasil está grandemente desacreditado no exterior, tanto do ponto de vista político e esportivo, bem assim com relação a segurança e a moralidade pública. Hoje, se a polícia agir para manter a ordem social é logo acusada de repressora. Se ela prender o criminoso ou o viciado, a legislação penal permissiva e retrógada coloca nas ruas para repetirem tudo outra vez. O país parece que não está mais acreditando em si mesmo.
Os princípios basilares da constituição de uma família, obra de Deus, estão sendo confundidos e modificados pela opção individual de vida com pessoas do mesmo sexo, em nome de falsa modernidade. Modernidade para mim é o progresso da ciência médica, da informática, da engenharia, das comunicações, etc. Mas, em desagrado com o que é sagrado e consagrado é degradação, degenerescência. O direito individual de escolher a condição sexual, é assunto exclusivo de cada um que deve ser respeitado. No entanto, tratar a união de parceiros iguais tal e qual uma família constituída, significa destruir uma geração que já está contaminada e descompensada pela perda da guerra contra a droga. Aonde a justiça brasileira quer chegar? Trata com indiferença as passeatas que festejam o consumo da droga. Depois, recebe com ceticismo o clamor popular para endurecer a  legislação penal contra os menores infratores que comandam hoje as estatísticas criminais! E ai? O governo está criminalizando a pobreza porque falhou na educação dos jovens. Ou vamos nos transformar numa imensa população carcerária ou tudo virar mesmo um caos.
O movimento dos sem-terras faz “gato e sapato”. Invade e depreda tudo! Aliás, quando ocorrerá a invasão da turba multifacetária ao STF? Os índios já deram o bom exemplo intimidando a Câmara Federal. A legislação brasileira sobre esses assuntos corporativos é frouxa e mixuruca. O excesso de tolerância pode causar mortes por imprudência ou falta de autoridade. A grande burrice da escolha nacional de gastar bilhões para salvar o falido futebol – em vez do próprio brasileiro, ser humano, pobre, sem saúde e segurança, é um absurdo. Viva o circo! Abaixo o pão! Um dia – o que não desejo – mas prevejo, quando acontecer uma tragédia que atinja congressistas, ministros da área jurídica ou suas famílias, aí sim! Será dada a largada. Os jovens ocupam as ruas do Brasil com protestos, lutando e depredando mais para tirar centavos de uma passagem de ônibus do que pela vida, pela punibilidade das gangues dos crimes hediondos.
Nas antiguidades grega, romana e principalmente a judia, revelada no Antigo Testamento, todas acreditavam em um Deus irado que punia todos que ameaçavam os respectivos povos com catástrofes e sinistros. Na Bíblia Sagrada, Moisés, Josué, Samuel, Ezequiel, Jeremias, Daniel, Isaías, além dos profetas menores, todos escolhidos e inspirados por Deus, descrevem intervenções divinas em defesa e preservação do povo judeu. Nos dias de hoje, ante a derrocada moral do mundo, só temos a recorrer mesmo ao Altíssimo. Esperar o retorno de Jesus Cristo, no final do milênio, conforme rezam as Escrituras, parece ser a única salvação para depurar, higienizar e moralizar o planeta. Se não ocorrer uma medida preventiva do Céu, tudo o mais vai piorar igual a cantiga da perua. Quem viver, verá: o diabo favorecendo os maus e a gente pedindo a Deus que nos acuda.
(*) Escritor

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020


             Terminou, tudo terminou, foi final. Agora é a quarta-feita de cinzas da realidade da vida.


           
              Após as festividades do Carnaval, onde a alegria foi o fundamento da festa, chegamos à Quarta-feira de Cinzas, dando início ao período da QUARESMA, período de 40 dias que se inicia com a Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira Santa.

             Segundo a tradição da Igreja Católica, este período se situa entre duas datas compreende 47 dias, mas os domingos não são contados, pois estes são dias em que os fiéis não devem fazer penitência, nem sacrifícios.

        É o tempo para os católicos se prepararem para a meditação e mudança, como aconteceu com  Jesus ficou quarenta dias no deserto jejuando e orando, antes de iniciar sua vida pública.


        Faz parte do ritual litúrgico, ao mesmo tempo da aposição das cinzas, fazer o lançamento da CAMPANHA DA FRATERNIDADE, que neste ano de 2020, tem como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”, foi buscar na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10), o modelo de relação e encontro que deve nortear a Missão da Igreja e, consequentemente, da Comunidade.

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020



Cartas de Cotovelo
(25/02/2020)

Décima Sétima Carta (Carnaval - a volta)

TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL

        A gripe me pegou de cheio. Não consegui dormir direito em razão da tosse, aliada a uma defesa orgânica mais baixa decorrente do meu estado de espírito.

           Foram muitas as lembranças de THEREZA, em cada cômodo da casa, ao ver nossa vizinha Dona Socorro, ao fazer compras na mercearia, no comer as tapiocas molhadas de côco, na visita do beija-flor, dos passarinhos, do jardim, principalmente a safra de pitangas que começou, do pé de pimenta cheia de frutos que era um xodó dela. Não vi desta feita os camaleões que habitam nosso quintal. Não suportei a saudade e vou de volta pra Passargada de Natal, para ficar mais perto de Deus e das lembranças da mulher amada.
       
       Desculpem meus amigos pela minha tão grande tristeza, mas compreendo que são os desígnios da vida e a vontade do Criador. Não levo daqui decepções. Ao contrário, uma iluminação exuberante que nos presenteou o Prefeito de Parnamirim, que apenas está devendo mandar colocar uma carrada de piçarro para evitar os constantes atolamentos – uma parte eu fiz por minha conta e ficou ótima e fazer esforços para a ligação do esgoto.

       Este carnaval foi de muita paz e fiquei contente com a alegria sadia dos confrades da PROMOVEC. Parabéns. Infelizmente não pude bater um papo com a turma.

      Comunico que, com recursos próprios, recuperei a escadaria de acesso à praia que eu fiz há quase 30 anos passados. A minha alegria confortante com os comentários anônimos nas pessoas que a utilizam. Não quero agradecimentos, pois por ali descemos eu e ela tantos anos.

      Por derradeiro fui me despedir do mar, mais aprazível do que nunca e as pessoas passeando num colóquio com a natureza.

       Estejam certos que na semana santa voltarei. Deixo aqui um pedaço do meu coração. Antecipei a minha quarta-feira de cinzas. ATÉ BREVE.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020


 
Cartas de Cotovelo
(24/02/2020)
Décima Sexta Carta (Carnaval)

SEGUNDA-FEIRA DE CARNAVAL

Como já era esperado, o Carnaval da PROMOVEC foi um novo sucesso, reinando somente a alegria, segundo os relatos que recevi pela internet. Publico abaixo alguns flagrantes da festa, desde a casa o eterno anfitrião Cornélio, o caminho pelas ruas de Cotovelo novo, até chegar à sede. PARABÉNS a todos os participantes. ALEGRIA, ALEGRIA para todos vocês.
 
 

 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 







  










domingo, 23 de fevereiro de 2020




Cartas de Cotovelo
  (23/02/2020)
Décima Quinta Carta (Carnaval)


DOMINGO DE CARNAVAL


Após uma noite calma em todos os sentidos, com o banho de luz que a Prefeitura nos deu, o dia amanhece com um sol bonito, refletindo nas xananas que ficam num terreno defronte à nossa casa, dando a impressão de gotas de cristal. Uma praia exuberante e bem curtida pelos moradores, veranistas e visitantes.

O tradicional beija-flor foi o primeiro a dar o ar de sua presença, depois alguns passarinhos alegraram o amanhecer para sugerir um bom desjejum, com a indispensável tapioca molhada da receita inconfundível da saudosa Dona Helena.

Preparamos [Ernesto] carinhosamente um churrasco para nosso irmão patriarca Moacyr Gomes da Costa e Iris, mas ele não pôde vir porque os filhos chegaram para uma confraternização em sua casa de Natal. Ficará para outra oportunidade.

Hoje está programada a saída do bloco da PROMOVEC. Para isso a sede está engalanada e a Diretoria deve estar a mil para que tudo dê certo como nos anos anteriores. Desta vez pretendia, pelo menos, fotografar o roteiro, já que não vou mais brincar o Carnaval, em respeito ao meu passado com THEREZA, que continua viva no coração da família.



Contudo, juntou-se ao meu espírito de quarta-feira de cinzas  um possível resfriado em razão da quentura desmedida neste fim de verão e decidi não comparecer, preferindo ficar matando o tempo com minhas leituras e escritos na brisa do meu primeiro andar, ao som, mesmo ao longe, de bandinhas pela redondeza executando as velhas marchas de carnaval, aquelas que no passado marcou tanto a vida do casal.

       Espero que os confrades Esam, Octávio, Eugênio e Roberta enviem para mim a resenha fotográfica do evento para eu divulgar e publicar no Informativo deste mês de fevereiro já no seu final.

Desculpem a minha ausência, mas a lembrança da minha amada companheira de todos os carnavais é bem mais forte do que toda comemoração que se faça. Aproveitem a festa com suas parceiras para não sentir o gosto amargo da saudade, mesmo que seja carnaval.


 


Cartas de Cotovelo
  (22/02/2020)
Décima Quarta Carta (Carnaval)

SÁBADO DE CARNAVAL

Sem qualquer entusiasmo para brincar o Carnaval, resolvi vir par a praia de Cotovelo visando descansar e reviver tantos carnavais que passei aqui com THEREZA, menos o de 2019, apesar de compradas as camisetas da 3ª Cotovelada que ela chegou a ver, mas não deu tempo para usar. Guardei-as num lugar especial e vai se juntar à camisa que adquiri para a 4ª Cotovelada, apenas pelo espírito colaborativo e para usar durante as fotografias que deverei fazer durante o trajeto, sem alegria, mas com amor a esta comunidade que vem preenchendo a minha solidão.

Na vinda senti uma grande calmaria no trânsito, como que não fosse haver nada nas praias do sul. Comprei na Mercearia/Padaria tradicional do Pium algum alimento que faltava, uma porção de sopa e pão. Tudo nos devidos limites. Fui até a orla para verificar o resultado da recuperação da escadaria que construí há uns 30 anos atrás. Tudo ótimo – vai durar mais 30 anos e sem a ajuda do Poder Público. Pude verificar uma festinha familiar que terminou no começo da noite. Já depois do jantar ouvi como músicas de uma bandinha lá pras bandas do Barramares que durou cerca de 20 minutos. Já escuro, passou o “cavaco Chinês” com o seu chamado inconfundível.
       
        Jantar e televisão para curtir as novelas e a segunda noite dos desfiles carnavalescos de São Paulo. Lembrei-me dos velhos filmes realizados no oriente onde um agente público gritava, enquanto a cidade dormia: “São ... tantas horas ... tudo está calmo”. Amanhã vou conferir essa calmaria, esperando que o dia seja de sol para o prazer da caminhada e banho de mar e logo à tardinha acompanhar a bandinha da PROMOVEC.

        Tudo isso renova a minha saudade de tempos passados onde fui um bom folião, pulando nos salões do América e Aéro Clube e desfilando na Escola de Samba Deliciosos na Folia.

        Amanhã direi o resultado.