domingo, 23 de fevereiro de 2020


 


Cartas de Cotovelo
  (22/02/2020)
Décima Quarta Carta (Carnaval)

SÁBADO DE CARNAVAL

Sem qualquer entusiasmo para brincar o Carnaval, resolvi vir par a praia de Cotovelo visando descansar e reviver tantos carnavais que passei aqui com THEREZA, menos o de 2019, apesar de compradas as camisetas da 3ª Cotovelada que ela chegou a ver, mas não deu tempo para usar. Guardei-as num lugar especial e vai se juntar à camisa que adquiri para a 4ª Cotovelada, apenas pelo espírito colaborativo e para usar durante as fotografias que deverei fazer durante o trajeto, sem alegria, mas com amor a esta comunidade que vem preenchendo a minha solidão.

Na vinda senti uma grande calmaria no trânsito, como que não fosse haver nada nas praias do sul. Comprei na Mercearia/Padaria tradicional do Pium algum alimento que faltava, uma porção de sopa e pão. Tudo nos devidos limites. Fui até a orla para verificar o resultado da recuperação da escadaria que construí há uns 30 anos atrás. Tudo ótimo – vai durar mais 30 anos e sem a ajuda do Poder Público. Pude verificar uma festinha familiar que terminou no começo da noite. Já depois do jantar ouvi como músicas de uma bandinha lá pras bandas do Barramares que durou cerca de 20 minutos. Já escuro, passou o “cavaco Chinês” com o seu chamado inconfundível.
       
        Jantar e televisão para curtir as novelas e a segunda noite dos desfiles carnavalescos de São Paulo. Lembrei-me dos velhos filmes realizados no oriente onde um agente público gritava, enquanto a cidade dormia: “São ... tantas horas ... tudo está calmo”. Amanhã vou conferir essa calmaria, esperando que o dia seja de sol para o prazer da caminhada e banho de mar e logo à tardinha acompanhar a bandinha da PROMOVEC.

        Tudo isso renova a minha saudade de tempos passados onde fui um bom folião, pulando nos salões do América e Aéro Clube e desfilando na Escola de Samba Deliciosos na Folia.

        Amanhã direi o resultado.

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