quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 

Cenas Natalenses


Cenas Natalenses

Gustavo Sobral se lança mais uma vez sobre a cidade do Natal e o resultado é um novo livrinho Cenas Natalenses (8 Editora /Offset, 2020, 60p, R$ 25,00).

Imprimindo a sua linguagem característica e o traço torto dos seus desenhos, Sobral parte para retratar coisas da cidade, a feira livre, a praia, o farol, o Potengi, a flora do Parque das Dunas e outras cenas mais.

Um passeio pelo seu olhar sobre a cidade, uma prática de jornalismo visual que requer olhos e ouvidos. É folhear para ver.


VENDA
Flora Cafeteria
Na Floricultura Flor de Algodão.
Av. Rodrigues Alves, 443-A, Petrópolis.
Horário de funcionamento:
segunda a sexta, 12h às 19h;
sábados 9h às 15h.
Telefone para contato (84) 2030-4090
PAGAMENTO APENAS EM DINHEIRO (R$ 25,00)
ou transferência para conta corrente:
Banco do Brasil, Agência 1668-3, Conta 36530-0.

VENDA
Livraria Cooperativa Cultura, UFRN.
Horário de funcionamento: segunda a sexta, 9h às 16h.
Entrega pelo Delivery, telefone para contato e pedidos (84) 3211-9230
ou pelo WhatsApp (84)99864-1991.
Aceita todas as formas de pagamento disponíveis na livraria.
Valor do livro R$ 25,00

Conheça outros títulos do autor na seção “livros” em gustavosobral.com.br

 

O historiador e uma procura pela obra dispersa

Conversas literárias

 

 

 

Quando inventei de procurar Rodolfo Garcia na aventura da sua obra dispersa, dois caminhos se apresentaram. O primeiro deles, a imagem que dele traçaram os seus contemporâneos – e foi preciso passar por ela para então chegar ao caminho que pretendia – e encontrar o historiador na obra dispersa.Apresento aqui, um resumo desta busca, em dois pontos: o retrato e um percurso pela obra.

 

O retrato

 

O retrato que do historiador os pares pintaram está em duas dimensões, a física e a psicológica, as quais, en passant, serão apenas pinceladas, para que, se possa fazer o breve passeio pretendido pela produção intelectual de Rodolfo Garcia.

 

Para Câmara Cascudo, Garcia é o “lobo famoso Cariri”, porque quando sozinhos, Cascudo tratava Garcia por Herr Wolf, ou seja, em tradução literal, o “lobo famoso”; e traçou um retrato do homem em uma de suas visitas, em maio de 1935, a Biblioteca Nacional – BN.

 

Cascudo escreve sobre Garcia: era “alegre, acolhedor, simples, inteligente às minhas perguntas insistentes como as de catecismo. Eu ainda sou cariri... escrevia-me...”

 

Elmano Cardim, sucessor na Academia Brasileira de Letras – ABL, também o descreve: olhos de míope por trás dos óculos, cachimbo britânico no bico e envergava um sorriso voltariano.

 

Levi Carneiro completa a figura: baixo, corado, cabelos e bigodes brancos, além de curtos, sem qualquer vaidade, poderia até, por isso, esconder a sua personalidade forte, nobre e altiva. Se ao mesmo tempo era austero e discreto, comedido e cortês, solícito e serviçal, também era malicioso e irônico, totalmente implacável com os pretensiosos.

 

Aqui, já se vai conhecendo mais a personalidade por trás da figura, e como atuava: enquanto os amigos conversavam [isso na Biblioteca Nacional, onde Rodolfo Garcia era diretor], registra Josué Montello: Rodolfo Garcia continuava as suas pesquisas em sua larga mesa de trabalho, munido de uma lente, debruçado sobre os documentos.

 

Fixam, portanto, os seus pares, a imagem que foi a que prevaleceu: a do pesquisador atento, meticuloso, debruçado sobre os documentos, capaz, por seu conhecimento, de dirimir todas as dúvidas históricas, e que escreveu uma obra pouco conhecida hoje e dispersa sobretudo nas edições da revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

 

A procura da obra dispersa


O segundo ponto aqui tratado é uma procura pela produção intelectual de Rodolfo Garcia no contexto da sua trajetória.

 

Fui encontrar a produção intelectual de Rodolfo Garcia nas revistas do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e nos Anais da Biblioteca Nacional.

 

Juntei fragmentos, li suas introduções, explicações, notas, artigos e conferências. Tudo na intenção de encontrar o trabalho disperso de Rodolfo Garcia.

 

A obra dispersa

 

A história de Garcia pesquisador e autor começa em Recife, no abrir do século XX, publicando artigos pelos jornais pernambucanos, inclusive, reportagens, e sob pseudônimo.

 

São de 1904, na revista do IAHGP (vol. 11, n. 64), as anotações bibliográficas sobre as Notas dominicais, de Louis François Tollenare, e sobre Na conferência açucareira do Recife, de Francisco Augusto Pereira Costa. No periódico Cultura Acadêmica, saiu-se com um artigo sobre Antônio Vicente do Nascimento Feitosa, datado de 1906.

 

Era ainda o jovem estudante de Direito.

 

Em 1910, já aparece como integrante da comissão de trabalhos geográficos do IAHGP. Em 1912, professor de português, geografia e história universal e do Brasil. Junto ao irmão Aprígio publica um trabalho polêmico que gerou uma nota de desagravo do Instituto Arqueológico pernambucano, é o trabalho Cotas a um Dicionário, comentando o dicionário de Sebastião de Vasconcelos Galvão.

 

Aprígio e Rodolfo Garcia assim se referiram ao Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco, de Vasconcelos Galvão: trabalho de erudição inflada e ideias inexatas, ciência apressada e equivocada, confusão de significados e anarquia grafológica, entre outros defeitos.

 

Sustentaram que é preciso um mínimo de preparo filológico e conhecimento do assunto para que se possa ao menos saber distinguir a diferença dialética entre o tupi austral e o da costa, conhecer as alterações de som e de forma pelas quais o idioma passa no tempo e no espaço, além de outras regras atinentes à formação dos vocábulos.

 

Mas não é por todo este reboliço que Garcia deixa em 1913 o Recife rumo ao Rio onde o irmão Aprígio já vivia, e sim por questões políticas típicas dos amores e ódios da República Velha e aqui se dá a entrada, quando chega ao Rio, no IHGB, onde faz escola como pesquisador na função de bibliotecário e pesquisador.

 

Saiu em 1911 com Nomes de aves na língua tupi (Contribuição para a lexicographia portuguêsa) e, em 1913, com o notável e elogiado Dicionário de Brasileirismos (Peculiaridades pernambucanas).

 

E começa o seu trabalho como anotador de documentos históricos, preparação de introduções e notas e a composição de bibliografias, que seriam publicados na revista do IHGB trabalho que daria continuidade na BN quando ali ingressou como diretor.

 

Rodolfo Garcia passou a ser referência como profundo conhecedor do tema dos viajantes e autor de um trabalho sobre as explorações científicas publicado no Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil (1922).


Capistrano de Abreu convidou Rodolfo Garcia para juntos anotarem a terceira edição da História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, do Visconde de Porto Seguro, Varnhagen.

 

Um trabalho tido por monumental e que o consagrou.

 

Ao mesmo tempo que preparavam a edição crítica e anotada da história de Varnhagen, Capistrano de Abreu e Garcia elaboraram uma série de outros trabalhos voltados para a publicação de documentos importantes da história brasileira.

 

Em 1923, foram convidados pelo presidente da ABL, Afrânio Peixoto, a participar de uma coleção que a Academia pretendia publicar.

 

A pretensão era a publicação de obras raras referentes à literatura e à história do Brasil, acompanhadas de introduções e notas a encargo de autoridades no assunto.

 

Foi o caso da escolha do Tratado da Terra do Brasil e História da província de Santa Cruz, a quem vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gandavo, reunidos em um único volume, publicado em 1924 pela ABL, na série Clássicos Brasileiros, que saiu com advertência por Afrânio Peixoto, nota bibliográfica de Rodolfo Garcia e introdução de Capistrano de Abreu.

 

Outra publicação alcançada: Tratados da terra e gente do Brasil.

 

O interesse pelas explorações científicas levaria Garcia a ampliar o trabalho elaborado para o dicionário do IHGB, que resultaria no livro História das explorações científicas no Brasil, não concluído.

 

No entanto, com a morte de Garcia, Eustáquio Duarte assumiu a missão de organizá-lo e anotá-lo. Missão frustrada pelo falecimento de Duarte, em 1955. O trabalho nunca chegou a ser publicado.

 

Na Biblioteca Nacional, a coleção Rodolfo Garcia guarda versões incompletas, datilografadas e com anotações e correções manuscritas do que seria o tomo primeiro.

 

Foi prolífico na década de 1920, publicando diversos trabalhos deste cunho.

 

As órfãs é uma delas, resultado de uma palestra proferida no IHGB e depois recolhida à revista (número 192, p.137-143, 1946) – Rodolfo Garcia pôde, assim, esclarecer um capítulo da história que o intrigava.

 

Há ainda um anedotário delicioso sobre Rodolfo Garcia, sobretudo, as histórias sobre a história que costumava a contar. 


O Imperador Pedro II em uma viagem resolve desviar do caminho a saber que nas tão não próximas proximidades havia um cidadão que supunham falar Tupi e para surpresa e espanto de todos não falava nada; o porteiro do edifício curioso para saber o que tanto Garcia e Capistrano de Abreu conversaram durante uma tarde inteira, perguntou, e eles responderam: ora, discutíamos a introdução da jaca no Brasil!

 

Mas esta é uma outra história que contarei numa próxima oportunidade.

 

__________________

*Texto elaborado para o IX Encontro das Academias, especial Rodolfo Garcia, promovido pela Fundação Biblioteca Nacional e a Academia Cearamirinense de Letras e Artes. 

 

Evento online em transmissão ao vivo, realizado no dia 20 de novembro de 2020, com a participação de Luiz Ramiro Junior, Fundação Biblioteca Nacional; acadêmicos da Academia Cearamirinense, André Felipe Pignataro e Francisco Martins; e convidados Gabriela D´Ávila e Gustavo Sobral.

 

Para ler este e outros inscritos, acesse: gustavosobral.com.br

PARA REFLETIR

 

Valério Mesquita*

Mesquita.valerio@gmail.com

 

Na Bíblia está escrito (Gálatas 6.7-8):  “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”

 

.Eis aqui alguns nomes notórios que esqueceram a prática do bem.

 

JOHN LENNON: Alguns anos depois de dar uma entrevista a um grande jornal americana, disse: “O cristianismo vai se acabar, vai se encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso, eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo (1966)”. Lennon, depois de ter dito que os Beatles estavam mais famosos que Jesus Cristo, recebeu cinco tiros de um dos seus fãs.

 

TANCREDO NEVES: Na ocasião da campanha presidencial, disse que se tivesse quinhentos votos do seu partido, nem Deus podia tirá-lo da presidência da República. Os votos ele conseguiu, mas o trono lhe foi tirado um dia antes de tomar posse.

 

BRIZOLA: No ano de 1990, quando houve uma outra campanha presidencial, disse que aceitava até o apoio do demônio para se tornar presidente. A campanha quando acabou, apontou Collor como presidente e não mostrou Brizola nem em segundo lugar.

 

CAZUZA: Em um show no Canecão (Rio de Janeiro), deu um trago em um cigarro de maconha, soltou a fumaça para cima e disse: “Deus, essa aí é pra você!”. Nem precisa falar em qual situação morreu esse homem.

 

O CONSTRUTOR DO TITANIC: Na ocasião em que foi construído, apontaram-no como o maior navio de passageiros da época. No dia de entrar em alto-mar, uma repórter fez a seguinte pergunta para o construtor: “O que o senhor tem a dizer para a imprensa a respeito da segurança deste navio?”. O homem, com um tom irônico, disse: “Minha filha, nem se Deus quiser ele tomba esse navio”. O resultado foi o maior naufrágio de um navio de passageiros no mundo.

 

MARILYN MONROE: Foi visitada por Billy Graham durante a apresentação de um show. Ele, um pregador do Evangelho, na época havia sido mandado pelo Espírito Santo àquele lugar, para pregar a Marilyn. Porém ela, depois de ouvir a mensagem do Evangelho, disse: “Não preciso do seu Jesus”. Uma semana depois foi encontrada morta em seu apartamento.

 

BON SCOTT: Ex-vocalista do conjunto AC/DC. Cantava no ano de 1979, uma seguinte música com a seguinte frase: “Don’t stop me, I’m going down all the way, wow the high way to hell” (Não me impeça... Vou seguir o meu caminho até o fim, na auto-estrada para o inferno). No dia 19 de fevereiro de 1980, Bon Scott foi encontrado morto, asfixiado pelo próprio vômito.

 

Outros seres importantes também se esqueceram de que a nenhum nome foi dada tanta autoridade como a que há no nome de JESUS.

 

Não esqueça disso: muitos morreram, mas somente um ressuscitou: JESUS!

 

(*) Escritor.