quinta-feira, 5 de abril de 2018

H O J E




INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN IHGRN <ihgrn.comunicacao2017@gmail.com>




Caros Sócios,

O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte terá hoje, dia 05 de abril de 2018, dois eventos da maior importância, que ocorrerão na sua sede histórica:

1 - Exposição de Minérios do Rio Grande do Norte, sob a curadoria do técnico de geologia Pedro Simões Neto Segundo, denominada "Um Gabinete de Curiosidade", que terá início a partir das 16 horas.

2 - Palestra do professor e historiador Raimundo Arrais, sobre AUGUSTO TAVARES DE LIMA, a partir das 18 horas, no Salão Nobre da sede do IHGRN.

Contamos com a presença de todos os Acadêmicos desta Instituição.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

quarta-feira, 4 de abril de 2018

PAMPULHA


Igreja São Francisco de Assis da Pampulha

texto Gustavo Sobral e ilustração Arthur Seabra

O pintor foi Candido Portinari. O projetista, Oscar Niemeyer. O calculista, Joaquim Cardoso. O jardim é de Burle Marx. Para São Francisco, na Pampulha, se fez uma igrejinha em 1943, protegida e guardada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. É patrimônio da humanidade.

Reza a história que o santo Francisco de tudo se despejou para viver a natureza, entre os pássaros, sob as árvores, pregando a abnegação e o amor ao próximo. E assim sua imagem e semelhança perduraram séculos e em seu nome se fez o templo que repousa às margens da lagoa, em Belo Horizonte/MG.

Seus construtores eram jovens e idealistas como o santo, crentes na mudança das formas e do espaço, na projeção de uma nova arquitetura que não se faria sozinha. A exemplo de Francisco, a sua casa era obra do trabalho coletivo, erguendo-se um novo templo, como nunca havia existido.

O concreto armado por invenção de Oscar e o cálculo de Cardozo curvaram-se à obra do santo. A estrutura côncava da cobertura nasceu do chão em meia-lua, não era mais de laje e pilotis a arquitetura. Operaram os construtores um novo milagre da arquitetura, dispensada a alvenaria, fez-se um telhado com toda a estrutura.

Nascia a casa para o santo Francisco que merecia para completo trabalho ser adornada pelas mãos de artistas, então, invocado, o artista Candido Portinari desenhou Francisco e os animais que o cercavam, e assim entregou a concepção dos painéis de azulejo e da composição da via sacra. Foi chamado o escultor Alfredo Ceschiatti para trabalhar os baixos-relevos em bronze do batistério e Paulo Werneck, também artista, para desenhar a capela.


A obra de Francisco era uma composição de todos. Nada podia faltar. A casa de Francisco assumia, nas mãos desses artesãos brasileiros, a beleza dos seus contornos, a mesma simplicidade e o despojo em que viveu e pregou o santo que a casa nomeia.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

DE OLHO!






      Eis que entramos no mês de ABRIL, recheado de expectativas de toda ordem, decisões judiciais relevantes e mês da desincompatibilização para o fim de candidaturas. 
            Agora será possível conhecer as pretensões eleitorais e, consequentemente, o começo das nossas investigações para os candidatos para que, com responsabilidade, possamos achar um caminho verdadeiramente responsável e sustentável para este Brasil de todos nós. 
      Deixemos de lado o fanatismo e a atenção a nomes e fiquemos adstritos com os projetos e a história que envolve quem pretenda nos governar. 
        PRUDÊNCIA, INDEPENDÊNCIA E RESPEITO AO PAÍS - é tudo o que se espera na próxima eleição - MARCO FUNDAMENTAL PARA A CONTINUIDADE OU NÃO DO ESTADO BRASILEIRO.

UMA OPINIÃO RESPEITÁVEL





A ÉTICA COMO PRETEXTO OU A POLITIZAÇÃO DA ÉTICA
Geniberto Paiva Campos – Brasília, 29 de março, 2018

É preciso muito cuidado com o uso de certos conceitos.
Podemos, sem perceber, ser objeto da mais grosseira manipulação.
Lancemos a convocatória: - Cidadãos de todo o mundo, uni-vos. Nada tendes a perder ao fazer o diagnóstico e denunciar a mais abjeta campanha, hipocrisia jamais perpetrada contra mentes crédulas e ingênuas. Integrantes do vasto rebanho dos tolos, facilmente manipuláveis. Há décadas.
Convoquem-se os filósofos, os doutores da Academia, os sábios de todas áreas do conhecimento. Precisamos estar atentos e fortes contra o assédio moral dos hipócritas militantes. Ou seremos vítimas da mais tosca manipulação política, aplicável a segmentos, digamos, mais sensíveis da sociedade.
Comecemos então, didaticamente, por definir hipocrisia, para chegarmos à ética.
Eis a definição mais precisa que encontramos: “hipócritas são aqueles que aplicam aos outros os padrões que eles se recusam a aceitar para si mesmos”.
Portanto, nada mais fácil do que impor a ética como padrão de conduta inviolável. Principalmente quando esse padrão não é aplicável àqueles que impõem esse excelso valor.
E, ainda mais grave, quando os que se supõem portadores de elevados conhecimentos e douta sabedoria são tão somente ridículos parlapatões. A expor, tristemente, a sua ignorância, perceptível e evidente, mesmo disfarçada sob as vestes da “politização”, expostas a toda hora, nos veículos de comunicação de massa.
Como resultante dessa tosca manipulação dos hipócritas, surgem, e são prontamente assimilados, conceitos filosóficos historicamente aceitos e respeitados, agora travestidos de novos significados. E edulcorados de conteúdos políticos e partidários.
A Ética, por exemplo.
 Aprendemos com Kant: “Atua de tal maneira, que tua conduta possa tornar-se, em condições similares, normas para todos os homens.”
No dicionário Houaiss, “ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especificamente a respeito da essência das normas, valores prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social”.                          
Ao assistir a um Seminário, em ambiente acadêmico, sobre a ética aplicada a diversas situações nas relações humanas e sociais – na economia, na política, no judiciário - me dei conta que o conceito clássico de ética não conseguia permear de maneira convincente nenhuma das situações expostas.
Na economia, por exemplo, ao abordar o controverso tema da “Dívida Pública”, ficamos na dúvida se é, de fato, uma questão ética ou simples caso de delegacia de polícia.
Pois o Neoliberalismo, nos últimos tempos adotado no Brasil, ao priorizar o lucro acima de todos os princípios, por onde passa, vai reduzindo a pó valores como o Trabalho, Divisão do Produto do Trabalho, Direitos Humanos e princípios como Honestidade e Decência na sociedade humana.
Dizia o dramaturgo Bertolt Brecht, em frase que lhe é atribuída: - “O que é o roubo de um banco, comparado à fundação de um banco?” questionando severamente a natureza eticamente fluida das transações bancárias.
Após a brilhante e corajosa exposição de uma participante do evento, sobre a origem e a natureza da Dívida Pública, e a gatunagem que isso representa, caímos na realidade: é, realmente, um simples caso de polícia. Colocado num patamar bem inferior aos princípios éticos e filosóficos. Lembrando a canção popular: -“CHAME O LADRÃO! CHAME O LADRÃO!”
O sigilo bancário, levado às suas últimas consequências, produziu essa estranha distorção – moralmente aceita – os Paraísos Fiscais. Um local sagrado, onde o Capital Financeiro esconde e aumenta os seus lucros, livres dos incômodos de taxações e impostos.
Saí do evento perguntando aos meus perplexos botões: qual a diferença entre estes estranhos paraísos fiscais e as malas de dinheiro guardadas pelo deputado baiano, na sala do seu apartamento em Salvador, na Bahia de todos os santos e de todos os pecados? Uma simples questão de endereço?
E em triste desalento, cheguei à conclusão: não seria mais correto e apropriado organizar um outro seminário, intitulado, “A HIPOCRISIA NAS RELAÇÕES JURÍDICAS, ECONÔMICAS E POLÍTICAS NUM MUNDO ORIENTADO PELOS VALORES NEOLIBERAIS”???
Talvez fora da Academia. Quem sabe num desses presídios brasileiros. Superlotados de negros e pobres. Onde a maioria cumpre longas penas, mesmo sem prévio julgamento, e sem sentenças definitivas. Pois, como aprendemos, “a lei é para todos”. Mas as penas...

domingo, 1 de abril de 2018

*DOMINGO DE PÁSCOA* - JESUS RESSUSCITA








        Dia da ressurreição, onde Jesus se levanta de sua sepultura, e vence a morte. É o dia do grande milagre! 

        O dia em que Cristo volta à vida através da Sua Ressurreição de entre os mortos. 

        É o dia em que se celebra a vida, o amor e a misericórdia de Deus.


*ALELUIA*❗

*Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo*❗🙏
_________________
Colaboração do amigo ASSIS CÂMARA

P Á S C O A





PÁSCOA É LIBERTAÇÃO
* Adalberto Targino

Na Páscoa, a mais importante e maior festa da Cristandade, é celebrada a ressurreição de Jesus Cristo, depois do seu suplício, morte e assunção, mas para os judeus significa a libertação do cativeiro egípcio para as primícias da terra prometida, sendo considerada uma comemoração perpétua em honra de Deus (Êxodo 12.14).
Enquanto os judeus festejam em 8 dias a sua páscoa em nome de uma conquista ou vitória terrena-material da libertação da escravidão egípcia, os cristãos comemoram a vitória transcendental e metafísica da libertação da morte espiritual e do pecado. Ambas se referem à passagem, à mudança: a dos judeus foi a transposição do Mar Vermelho; a dos cristãos, a transmutação da morte espiritual para a vida eterna.
A Páscoa é o sustentáculo da fé cristã. Sem ela sucumbiria todo o seu arcabouço teológico-doutrinário, baseado na certeza da ressurreição de Cristo e que pelo batismo o crente sai da morte (descrença) para uma nova vida (ressurreição espiritual), a exemplo de Jesus, que ressuscitou dos mortos. Eis porque a páscoa é a maior e mais culminante base da fé cristã, na qual crêem cerca de 2 bilhões de seres humanos.
Em contraponto à comilança de coelhos da páscoa e outras guloseimas contemporâneas, admoestava São Epifânio, séc. IV: “os seis dias da Páscoa transcorrem para todos à base de comer apenas pão, sal e água, ao entardecer”.
Já Santo Agostinho, séc. IV, um dos mais ilustres teólogos cristãos do mundo, afirmava “por isso, meus irmãos, se queremos celebrar uma Páscoa saudável, passemos dos pecados à justiça, padeçamos por Cristo, apascentemos nos pobres  a Cristo”.
Na esteira desse pensamento, Santo Atanásio prelecionava: “a Páscoa verdadeira é a abstinência do mal, exercício da virtude, e passo da morte à vida”.   
A ressurreição de Lázaro, por exemplo, simboliza o chamamento permanente da humanidade a sair da inércia espiritual (descrença, indiferença, omissão) para a vida em abundância, constituída pela força motriz suprema da fé, estado de paz profunda, nirvânica e santificadora.
A santidade ou ressurreição cristã independe dos nossos atos passados, da origem cultural, da prática de uma doutrina, de etnia ou tradição. Prova disso é que um ladrão e bandido como Dimas, condenado pela Justiça Romana em face dos seus inúmeros delitos, além de ser um pária da sociedade e sem histórico religioso, foi declarado santo (o primeiro da História) pelo Filho de Deus unicamente em razão de sua fé. Por que não os moralistas, religiosos e puritanos sacerdotes Caifás e Anás, que se julgavam guardiões e cumpridores da Lei de Deus? Não, porque eles tinham tudo, menos a fé.
A transformação interior faz do velho homem um novo homem, como na metamorfose da lagarta em borboleta. São dois momentos totalmente diferentes, perceptíveis pela mudança de comportamento e maneira de enxergar a vida.
Páscoa e Ressurreição se confundem porque ambas significam mudança, como no toque de Midas transformador do barro em ouro. Com efeito, do mesmo modo, as Trevas se transmutam em Luz.  
Precisamos da ressurreição que transforma a fraqueza do vício das drogas em sobriedade, a ganância que leva à corrupção em resignação, o desvio sexual da pedofilia à pureza, os sentimentos mesquinhos da inveja, da calúnia, da difamação, da intriga, da fofoca e do egoísmo em solidariedade, assim como os males  da depressão e do medo em serenidade e segurança.
A ressurreição verdadeiramente metafísica e transcendental constitui-se numa metamorfose intrínseca e espiritualmente norteada pelas palavras e exemplos de Jesus, o sublime Mestre e Salvador.
O homem renascido pela fé tem novo alento, força, energia, vigor espiritual. Todos podem continuar olhando o mundo superficialmente, mas ele, o transformado, vê o âmago, a essência, a profundidade.
A partir daí, o ressurreto espiritualmente troca a glutonice do ovo de chocolate pelo jejum da páscoa, o coelho comercial pelo Cordeiro libertador, que ,segundo a Bíblia, extirpa todo o mal (João 1.29).
Ademais, homem nenhum conseguirá a consciência “justa e perfeita” (santidade) senão pela fé. Todos, sem exceção, são infratores ou violadores da Palavra Sagrada. Sem a Graça presenteada pela confiança em Jesus e a vontade de acertar – mesmo errando – ninguém se libertará do jugo das fraquezas humanas, que são tentadoras e dominadoras. Até Cristo foi tentado, imagine nós, reles instrumentos das ambições e prazeres profanos.
Desse modo, esta é a época de reconciliação e perdão. O momento próprio à extirpação da violência, da fome, da corrupção e das injustiças; da expiação dos erros, superação das nossas dores e da passagem para uma nova vida. 
Afinal, sintetizo, com fulcro na Bíblia Sagrada (I Coríntios 5.7-8): “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e verdade”.
* O autor é advogado e
  Ex-Presidente da Academia de Letras Jurídicas do RN.