sábado, 29 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
LANÇAMENTOS NO DIA 28 DE AGOSTO
Reza a lenda que a escrita é uma atividade solitária, mas entre fórmulas batidas e receitas não convencionais, o engenheiro José Narcelio e os médicos Maciel Matias e Armando Negreiros podem ser considerados uma exceção neste universo. Há mais de três décadas eles compartilham entre si um passatempo: a escrita e leitura de crônicas cotidianas.
Agora, pela primeira vez, os amigos se preparam para um lançamento em conjunto dos textos que até então cada um havia publicado em jornais diferentes da cidade. A editora é a mesma (Jovens Escribas), a revisora dos textos também é a mesma (Beatriz Madruga), mas os assuntos tratados, eles garantem que são bem diferentes.
O lançamento coletivo de “Crônicas Quase Agudas – Histórias daqui, dali e d’alhures” (Armando Negreiros); “Minha Seleção” (José Narcelio) e “Bebi Água Benta. E agora? – Um Pouco de Quase Tudo” (Maciel Matias) ocorre nesta sexta-feira, a partir das 17h, no Iate Clube de Natal.
MINHA SELEÇÃO
O engenheiro civil José Narcelio até guarda no currículo dois livros (“A História da Escola de Engenharia da UFRN” e “Rodoviarismo no RN”), mas mergulha agora pela primeira vez também em um livro somente de crônicas, estilo do qual ele começou a se aproximar exatamente em 1987, quando fez sua primeira. “Como o próprio título indica, enquanto fazia a Minha Seleção do que já tinha escrito nesse tempo todo mapeei mais de 600 crônicas, publicadas em todos os lugares, inclusive na Revista Veja”, comenta o escritor que dividiu seu livro em sessões, como “Família” e “Reflexões”.
“Nós três escrevíamos pra jornal e no momento em que percebemos que isso não seria mais possível resolvemos preservar o nosso pensamento com estes livros que fizemos questão de lançar juntos também. Será um momento de muita festa para todos nós por reunir todos que nos leram nesses anos”, conta José, que tem um diferencial dos amigos: a paixão por contos e romances.
Entre os 90 textos que compõem “Minha Seleção”, várias crônicas, mas também alguns contos já publicados e que serviram de “ensaio” para os seus dos primeiros romances com previsão de serem lançados no ano que vem. São eles: “O Segredo da Matriz” e “Rosas de Chumbo”.
“O primeiro trata sobre a cidade de São Rafael, que foi engolida pela barragem de Armando Ribeiro Gonçalves e ficou totalmente em baixo d’água; e o segundo é uma grande aventura na época da ditadura”, detalha o autor sobre os próximos títulos.
Questionado sobre o ponto essencial que aprendeu com as crônicas ao longo desse tempo escrevendo, ele encerra: “Olha, acho que para ser um bom cronista você precisa essencialmente ler bastante. Tudo está na base da leitura, absolutamente tudo”, conclui o autor estreante aos 71 anos.
BEBI ÁGUA BENTA, E AGORA?
Dia desses a esposa deixa uma garrafa cheia de água benta em cima do frigobar, mas infelizmente só ela sabia que a água era benta. Horas depois, a faxineira coloca a garrafa para gelar e mais depois ainda o marido chega de ressaca em casa, louco de sede. Ao acordar, pela manhã do outro dia, a confusão estava feita: a água que ia benzer a casa já tinha abençoado o marido.
A história é verídica, mas o oncologista Maciel Matias (65) não revela com quem aconteceu. O mesmo se repete nas demais crônicas que ele reuniu em seu livro: todas reais, mas com uma dose certa de... Água benta? Não, imaginação mesmo!
Com 400 páginas e 120 crônicas, o livro é inteiramente escrito na forma de diálogo, como se o próprio autor estivesse conversando com os personagens citados, todos muito curtos, assim como ele mesmo explica.
“Armando sempre deu um incentivo muito grande porque já conheço ele há mais de 40 anos”, comenta o médico que recebia feedback até mesmo de seus pacientes sobre os textos que publicou essencialmente no Jornal de Hoje, antes do impresso ser fechado.
“Eu gostava muito de publicar os textos porque os pacientes mesmo chegavam para comentar e isso vai dando entusiasmo, então por isso eu resolvi publicar esse meu primeiro livro com algumas delas”, explica Maciel avisando que na época mais produtiva ele chegava a escrever cerca de 3 crônicas por semana.
“Sempre que acordo costumo ler jornais e escrever”, conta, reconhecendo também que os jornais impressos ainda são as melhores fontes de crônicas do dia a dia. “Hoje pode até haver esse debate de que o público está na internet, mas é diferente sim e o alcance é bem maior”, conta.
CRÔNICAS QUASE AGUDAS
Na medicina, o termo “crônica” significa uma enfermidade que é recorrente durante toda a vida de um paciente “fulano tem uma dor crônica”, enquanto o termo “agudo” indica algo inesperado, do tipo “fulano teve uma apendicite aguda”.
Quem explica, do outro lado da linha, é o mais experiente dos amigos, o anestesiologista Armando negreiros (64), que com “Crônicas Quase Agudas” encaixa na prateleira o oitavo livro da carreira paralela como escritor. Ele, aliás, foi o maior catalisador do lançamento triplo, já que os amigos nunca haviam se aventurado no tipo de publicação, muito embora todos escrevessem crônicas para jornais rotineiramente.
“Olha, nesse livro especificamente eu reuni desde críticas mais ácidas até alguns desmandos governamentais. Falo muito sobre o desmanche do Machadão, por exemplo, e essa desomenagem prestada a João Cláudio de Vasconcelos Machado pra botar o nome do estádio de Arena das Dunas”, ilustra sobre a publicação que reúne também diversas frases da internet.
“O livro tem basicamente duas partes, a de crônicas e essa outra com frases engraçadas de anônimos e famosos”, explica Armando, mais conhecido pela sua coluna no extinto Diário de Natal, no qual assinava, todos os domingos, o “Poucas e Boas”, espaço que lhe rendeu seus três primeiros livros de crônicas (Poucas e Boas 1, 2 e 3).
“Para mim a boa crônica precisa ser bem humorada”, considera sobre o estilo textual. “E precisa nascer do dia a dia, do cotidiano. Até hoje escrevo, mesmo longe dos jornais há algum tempo... Já tenho material para os dois próximos”, conta.
Carlos Fialho
Para
mirandagomes1939@yahoo.com.br jbmjor@yahoo.com.br leide.camara@live.com
divamcunha@yahoo.com.br profsouza@yahoo.com.br e 8 mais...
divamcunha@yahoo.com.br profsouza@yahoo.com.br e 8 mais...
Ilustríssimos Senhores Acadêmicos, em nome do nosso autor, Dr. Armando Negreiros,
membro desta nobre
membro desta nobre
Academia, gostaríamos de convidar os senhores para o lançamento de seu mais recente
livro de crônicas a
livro de crônicas a
se chamar “Crônicas quase agudas”.
O evento será realizado juntamente com os lançamentos de outros dois autores que temos a
honra de também
honra de também
publicar: Maciel Matias e José Narcelio.
A noite de confraternização e noite de autógrafos terá lugar no Iate Clube de Natal, nesta
próxima sexta-feira,
próxima sexta-feira,
28 de agosto, a partir das 17h, mas sem hora para acabar.
Será uma grande honra e motivo de grande alegria poder contar com tão ilustres presenças
em nosso
em nosso
lançamento festivo.
Muito obrigado.
Editora Jovens Escribas
Selo Editorial Bons Costumes
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
VIOLÊNCIA CONTRA A PAISAGEM
A memória desconstruída?
Foto: Rodrigo Dantas
Por Lívio Oliveira
Assustei-me quando me deparei com as ruínas, nada além de montes de entulhos e poeira, ocupando o terreno onde ficava o belo casarão que eu contemplava todas as vezes que passava naquele cruzamento, naquele encontro de ruas, hoje bem mais pobres. Foi como uma morte, uma espécie de morte da memória, uma morte da esperança e da permanência do sonho. Um apagar e um despertar diante da desconfortável visão da perda. Perda minha, individual, e perda coletiva, de toda a cidade que tanto se ressente de não ter o seu patrimônio arquitetônico e histórico respeitado e preservado.
Parece que tudo vai alimentando as bocas enormes das caçambas de entulhos que se multiplicam nos quadriláteros da província, ocupando espaços outrora destinados às pessoas, à passagem dos veículos, da vida que deveria ser pulsante, corrente e harmônica, mas que se depara quase sempre com a paralisia das vontades de autoridades ou com a sofreguidão de particulares alimentando seus bolsos com o lixo em que transformam nossa história.
Depois, quando cheguei em casa e liguei o computador, foi que vi as fotos do acontecimento, reproduções da tragédia, quadro a quadro, destacando-se a máquina gigantesca e destruidora, com sua mão de ferro poderosa arrancando o rosto já triste do casarão, seus olhos, portas e janelas, suas telhas, cabelos e dentes, seus batentes, paredes ao chão, ao pó, como um corpo tombando para o nada, para o esquecimento e desonra, humilhante fim para o lugar que abrigou gentes e vozes e gestos: a vida havia sido violada com a queda do casarão. O silêncio se instalara. Os ruídos e barulhos vis vieram antes. Virão depois.
Foi-se num sábado. E foi num domingo em que mais me entristeci. O que colocar no lugar? Como tapar aquele buraco aberto no peito da cidade, que vinha de mais umas e outras perdas incalculáveis? Quantos buracos ainda serão abertos no coração que sangra sem parar? O que ainda arrancarão diante dos nossos olhos perplexos e impotentes? Em que farmácia, das muitas farmácias já existentes na cidade, encontraremos remédios que amenizem a dor e que façam cicatrizar a ferida? Farmácias não curam mesmo esse tipo de mal. Fazer o quê? Nada. Chorar, talvez. Ou pedir que nos ouçam. E parem.
São as casas derrubadas, são as árvores caídas e seus pássaros desabrigados, são as memórias desgastadas, são os ideais perdidos, patrimônios materiais e imateriais abandonados, são os restos que se amontoam e se empilham e que nos fazem perguntar sobre a necessidade de tanta sofreguidão, tanta correria para não se chegar a lugar nenhum. A velha pergunta se repete mais uma vez: onde vamos parar? Onde vamos parar, meu Deus? Em que vilipendiado ponto largaremos nossos restos identitários?
Pobres de nós, os desamparados no meio das especulativas selva e guerra capitalistas, que não entendemos porque todos os dias nos roubam a herança cultural, nossos valores e princípios, ícones e símbolos, a nossa compreensão acerca dos componentes humanos da beleza artística e do engenho criativo e utópico, isso que se esfarela em poucos instantes, após tanto labor ter sido dedicado para que se erguesse.
Proponho, em face de tal realidade, que seja levantada uma estátua colossal aos “deuses” capitalistas que já tomaram conta da cidade, e que se dance sobre os cadáveres da nossa cultura, que sejam distribuídos os fármacos da ignorância eterna e que se comemore sobre os escombros da cidade que almejávamos ter. Ou, então, que urgentemente descubramos um novo sentido para empregarmos ao real e iniciemos a reconstrução do sonho, antes que tudo venha ao chão da memória, em pó e perda.
Lívio Oliveira
Poeta.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
DIA DO SOLDADO
25 de Agosto – Dia do Soldado
A data é consagrada como Dia do Soldado, exatamente o dia em que em 1803 nasceu de LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA, o "Duque de Caxias", patrono do Exército Brasileiro.
Foi um militar com uma carreira exemplar, natural da então Capitania do Rio de Janeiro, herdeiro de uma família da aristocracia militar portuguesa.O seu genitor também foi militar, servindo ao exército português no Brasil, que, à época do nascimento do futuro duque, em 1803, estava na iminência de entrar em estado de guerra contra as forças napoleônicas na Europa, situação que motivou na mudança da família real portuguesa para o Brasil, com a elevação do país à categoria de Reino Unido e a futura independência, em 1822, com a participação de Luís Alves.
No Brasil Imperial, sob a liderança de D. Pedro I, as forças militares também começaram a passar por uma transformação e associaram-se à figura do imperador brasileiro e às novas instituições criadas sob a égide da Constituição Imperial de 1824.
No Período Regencial, quando, a partir do ano de 1838, começaram a estourar várias revoltas de teor separatista no Brasil, o Duque de Caxias já era um oficial respeitado e conseguiu uma enorme projeção por comandar exitosamente a dissipação de várias dessas revoltas.
Nesse período, especificamente no ano de 1841, Caxias recebeu seu primeiro título nobiliárquico, o de Barão de Caxias, que faz referência à cidade maranhense de Caxias, onde o exército imperial conseguiu uma de suas mais célebres vitórias. Ao longo do Segundo Reinado, Caxias teve a sua posição de nobre elevada para conde, marquês e, por fim, duque.
Além disso, Caxias foi senador do Império pelo Rio Grande do Sul, província para a qual também foi nomeado por Dom Pedro II comandante-em-chefe do Exército em operações. Nas fronteiras do Sul do país, a partir de 1852, Caxias esteve à frente das represálias contra as investidas de Argentina e Uruguai ao Brasil.
Ao lado de outros comandantes célebres, como o general Osório, o Duque conseguiu grandes vitórias sobre as tropas do ditador paraguaio Solano Lopez entre os anos de 1866 e 1868, naquela que foi a maior guerra já vista na América do Sul, a Guerra do Paraguai.
Caxias faleceu em 1878 e até hoje sua memória é lembrada não apenas no Dia do Soldado, mas também em vários rituais e cerimônias do Exército Brasileiro, com o uso de uma réplica do seu espadim pelos oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras.
*Créditos da imagem: Shutterstock e Georgios Kollidas e dados colhidos no site Brasil Escola.
Em 20 de janeiro de 1959 fui convocado a prestar o serviço militar e o fiz no 16º RI, Companhia de Comando e Serviço, liderada pelo Capitão Mílton Freire, nascido em Mossoró e tendo como Comandante Geral o Ten.Coronel Dióscoro Gonçalves Vale, seridoense de fibra. Cheguei à graduação de Cabo de Infantaria.
Ao ser licenciado em dezembro do mesmo ano, após cumprir a minha missão, registro um período de patriotismo e camaradagem mantido com os colegas de caserna de todas as patentes e graduações, a exemplo do Sargento João Gregório Filho, do Sub-Tenente Evilásio, Sargentos 35 (Lins), Waldomiro, Loureiro, Tenentes Carvalho (aspirante) e Carvalho da Seção Mobilizadora, dos Soldados Xisto Thiago, Ugoberto, Miguel Mossoró, Ivo, Carneiro, Cavalcanti, Sávio e Flávio, Pedro, Lenilson, Benvenuto e tantos outros.
SAUDAÇÕES AOS SOLDADOS BRASILEIROS.
DHNET, COMITÊ ESTADUAL DA VERDADE-RN E A COMISSÃO DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE DJALMA MARANHÃO LANÇARAM DVD MULTIMÍDIA ENFOCANDO O UNIVERSO MUSICAL E ARTÍSTICO DA GESTÃO DO EX-PREFEITO DE NATAL.
Ocorreu no dia 22 de Agosto, o lançamento do DVD Multimídia DJALMA MARANHÃO – HINOS E CANÇÕES que registra o universo musical e artístico do contexto cultural da gestão do ex-Prefeito Djalma Maranhão.
O evento segue a continuidade da Coleção Memória das Lutas Populares no RN, sendo o título número 14 de uma série de publicações produzidas pela DHnet-Rede Direitos Humanos e Cultura em parceria com o Comitê Estadual da Memória, Verdade e Justiça do RN e pela Comissão do Centenário de Nascimento de Djalma Maranhão, instituída pela Fundação José Augusto.
O DVD “Djalma Maranhão – Hinos e Canções”, segundo o músico, poeta e compositor Prof. Roberto Lima, um dos participantes do disco, “...contempla o registro de diversas composições musicais surgidas na esteira da legenda “Djalma Maranhão”. São marchas, baiões, sambas, emboladas, frevos-canção, algumas paródias de autores anônimos, outras de compositores que se engajaram na trajetória política do Prefeito Maranhão. Dosinho, Oscar Siqueira e Jacira Costa, entre outros, são exemplo dos que participaram bem dessa fase. Dessa fileira, fizeram ainda parte vários cantores, cujas vozes ainda reverberam na memória dos que viveram aqueles anos de liberdade política e efervescência popular pré-64. Destacaram-se, entre outros, Luíza de Paula, Clóvis Alves e, posteriormente, Fernando Towar que se iniciava com a sua voz fenômeno.
O trajeto histórico de Djalma Maranhão, no entanto, constituiu-se, a posteriori, em fonte de inspiração para a criação e recriação da nossa arte, fazendo florescer pinturas como as de Dorian Gray, canções e poesias como, por exemplo, Chico Santeiro, poema de Deífilo Gurgel, musicado por Roberto Lima e a Ode ao Prefeito Djalma Maranhão igualmente de autoria deste último. Vê-se o legado do “prefeito do povo” na evocação dos autos folclóricos da chamada época de Djalma Maranhão, todos resgatados nas diversas manifestações artísticas de gerações de autores.
Deste DVD, participam Fernando Towar, Clóvis Alves e Oscar Siqueira Filho, que canta, além de outras, uma composição do pai; Ivo Shin com a sua flauta mágica, CATS na percussão e eu com as composições já citadas, voz e violão. Temos todos o mérito não de uma apresentação irretocável, mas o de registrar, com os poucos ensaios que coordenamos, as “Marchas e Canções” de eras memoráveis que povoavam lembranças privilegiadas, mas que podem agora ser revisitadas e compartilhadas com as nossas novas gerações...”
Esse Lançamento faz parte de uma extensa programação em Homenagem ao Centenário de Nascimento desse importante militante político que terá Memorial Online; Exposição de Fotografias e Banners, presencial e virtual; Rodas de Conversa; Seminários; Sessão Solene; Cortejo Cultural; Show Musical e encerrando com a Entrega do XXI Prêmio Estadual de Direitos Humanos Emmanuel Bezerra onde serão homenageados Professores e Alunos da época da gestão do ex-Prefeito.
Maiores informações:
Contatar Roberto Monte – Tel. 3201-4359 / 3211-5428 / 99977-8702
Aluízio Matias – 98721-7705 / 99890-3861 (Também WathsApp)
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
NOITE DE QUASE NENHUM AUTÓGRAFO
A imprensa local vem informando o resultado de pesquisa feita em Natal, onde 70% das pessoas não cultivam o hábito de ler livro, sendo a maioria de homens.
Deve ter sido por isso que a Feira de Livros com noite de autógrafos foi, para mim, decepcionante. Não conseguimos alcançar o numerário de que precisávamos para oferecer como contrapartida em Convênio celebrado com a Fundação José Augusto. Vamos pensar em outra forma de obter o que necessitamos.
O Presidente Valério
Mesquita tem se pronunciado dando conta da sua decepção este ano com a falta de atenção para com o IHGRN, até mesmo dos associados, que não prestigiaram a nossa promoção e boa parte sequer recolheu a anuidade 2015.
Recentemente foi aberta uma janela pela Prefeitura de Natal. Vamos à luta.
Enquanto isso, esperamos que as pessoas de boa vontade compareçam à sede do Instituto para a aquisição de algumas obras que foram doadas pelos autores, a preços módicos e os associados inadimplentes paguem a anuidade devida. ESTE ANO TEREMOS ELEIÇÃO PARA O PERÍODO DE 2016-2019, será no próximo dia 10 de novembro e é preciso estar adimplente. Após a eleição vamos apurar os faltosos e iniciar um processo de eliminação de quem tenha demonstrado não ter interesse em continuar sócio da Casa da Memória.
ISTO É ALGO LAMENTÁVEL.
domingo, 23 de agosto de 2015
OPINIÃO QUE MERECE MEDITAÇÃO
A
EDUCAÇÃO PELA COERÇÃO – Como Reconstruir a Ditadura
Geniberto
Paiva Campos - Brasília – DF – agosto,
2015
(Nazi fascismo, a doença infantil do
Neoliberalismo)
1.
Duas recentes decisões do Congresso Nacional
nos colocam a pensar sobre o presente e o futuro imediato do Brasil: a redução
da maioridade penal, aprovada em segunda votação pelo plenário da Câmara e um
projeto, aceito pela Comissão de Educação do Senado, que obriga os pais de
alunos a comparecerem pessoalmente às escolas para acompanhar o desempenho
educacional dos filhos. Com penas draconianas para os pais “infratores”. Correndo
por fora, projeto recente de um deputado prevê severa punição para professores
que “discutirem política em sala de aula”.
A primeira impressão é de
incredulidade. Será possível que tal nível de intolerância e estupidez tenha
contaminado o comportamento dos chamados representantes do povo? Estaríamos,
então, caminhando inexoravelmente para um estado policial, através da criação
de um aparato legal retrógrado, medieval? Incabível em escolas do século 19. E
total e absolutamente inadequado para as primeiras décadas do século 21, onde a
Tecnologia da Informação se introduz gradativamente no aprendizado, fulminando conceitos
e paradigmas seculares do ensino tradicional. E num momento em que o acesso à
informação é livre e a interatividade entre emissor e receptor de notícias e
dos fatos políticos e sociais é total, através de novos (e anteriormente
impensáveis) meios eletrônicos.
Por que obrigar pais de
alunos a comparecerem pessoalmente às escolas, sob as penas da Lei? Não
existiriam outros meios de acompanhar a evolução escolar moderna, senão com a
presença obrigatória dos pais dos alunos? Estaria em tramitação secreta no Congresso uma
lei proibindo ou restringindo o uso de computadores, celulares e smart phones e
da Internet em todo o território
nacional? Afinal, essas geringonças eletrônicas poderiam estar destruindo a
família brasileira...
E por que proibir e punir
com os rigores da Lei, os professores que discutirem política em sala de aula?
Quem vai fiscalizar e definir o que é “política”, numa sociedade de consumo de
um mundo globalizado?
O Conservadorismo
brasileiro, expressão local do Neoliberalismo, parece, ensandeceu
definitivamente. Jogar a juventude brasileira nos cárceres e nas masmorras
prisionais, sem qualquer finalidade recuperação. Senão como torpe vingança da
elite socioeconômica sobre pobres, negros e desvalidos em geral, nos quais
coloca, precoce e implacavelmente, o estigma de criminosos. A consciência do
povo brasileiro, em sua sabedoria, percebe que a redução da maioridade penal é
uma lei feita sob medida para o andar de baixo da pirâmide social.
2.
No início do século 20, uma frase de conteúdo
crítico, quase ferino, sobreviveu a décadas de evolução histórica: “ o
esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. Atribuindo aos
“esquerdistas” sentimentos e
comportamentos intolerantes, negação do direito de pensar diferente dos adversários, radicalismo
e dogmatismo inconsequentes, vendo no diferente um inimigo. Enfim, a negação da
racionalidade democrática.
Decorrido um século, esse
estigma se inverte, politicamente. Abstraindo completamente as fundamentais lições
dos fatos transmitidas pela História Contemporânea, a Elite brasileira vai às
ruas, sob o pretexto de incontida e indignada campanha
contra a Corrupção. Mas, paradoxalmente, pregando o Golpe e defendendo soluções
truculentas fora da Legalidade Democrática e do Estado de Direito. Numa clara
manifestação de corrupção da Política e da Cidadania, recentemente expressas
através do sufrágio universal, agora negadas pelos que se acham acima da lei e
das normas inscritas na Constituição do país. Dessa forma impedindo a evolução
natural do Processo Civilizatório, nunca é demais repetir.
Talvez seja apropriado
colocar algumas questões bem atuais: “- o
nazi fascismo é a doença infantil do Neoliberalismo?” Aonde o Congresso Nacional e os movimentos de
rua da classe média – sempre aos domingos - pretendem chegar com tais ações? Seria correto
supor tratar-se da adoção, sutil, indolor, por meio de movimentos “políticos”, de leis e editos
votados às pressas, em madrugadas sombrias, de um novo regime ditatorial na nossa pátria,
como sempre dormindo, tão distraída?
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