Reza a lenda que a escrita é uma atividade solitária, mas entre fórmulas batidas e receitas não convencionais, o engenheiro José Narcelio e os médicos Maciel Matias e Armando Negreiros podem ser considerados uma exceção neste universo. Há mais de três décadas eles compartilham entre si um passatempo: a escrita e leitura de crônicas cotidianas.
Agora, pela primeira vez, os amigos se preparam para um lançamento em conjunto dos textos que até então cada um havia publicado em jornais diferentes da cidade. A editora é a mesma (Jovens Escribas), a revisora dos textos também é a mesma (Beatriz Madruga), mas os assuntos tratados, eles garantem que são bem diferentes.
O lançamento coletivo de “Crônicas Quase Agudas – Histórias daqui, dali e d’alhures” (Armando Negreiros); “Minha Seleção” (José Narcelio) e “Bebi Água Benta. E agora? – Um Pouco de Quase Tudo” (Maciel Matias) ocorre nesta sexta-feira, a partir das 17h, no Iate Clube de Natal.
MINHA SELEÇÃO
O engenheiro civil José Narcelio até guarda no currículo dois livros (“A História da Escola de Engenharia da UFRN” e “Rodoviarismo no RN”), mas mergulha agora pela primeira vez também em um livro somente de crônicas, estilo do qual ele começou a se aproximar exatamente em 1987, quando fez sua primeira. “Como o próprio título indica, enquanto fazia a Minha Seleção do que já tinha escrito nesse tempo todo mapeei mais de 600 crônicas, publicadas em todos os lugares, inclusive na Revista Veja”, comenta o escritor que dividiu seu livro em sessões, como “Família” e “Reflexões”.
“Nós três escrevíamos pra jornal e no momento em que percebemos que isso não seria mais possível resolvemos preservar o nosso pensamento com estes livros que fizemos questão de lançar juntos também. Será um momento de muita festa para todos nós por reunir todos que nos leram nesses anos”, conta José, que tem um diferencial dos amigos: a paixão por contos e romances.
Entre os 90 textos que compõem “Minha Seleção”, várias crônicas, mas também alguns contos já publicados e que serviram de “ensaio” para os seus dos primeiros romances com previsão de serem lançados no ano que vem. São eles: “O Segredo da Matriz” e “Rosas de Chumbo”.
“O primeiro trata sobre a cidade de São Rafael, que foi engolida pela barragem de Armando Ribeiro Gonçalves e ficou totalmente em baixo d’água; e o segundo é uma grande aventura na época da ditadura”, detalha o autor sobre os próximos títulos.
Questionado sobre o ponto essencial que aprendeu com as crônicas ao longo desse tempo escrevendo, ele encerra: “Olha, acho que para ser um bom cronista você precisa essencialmente ler bastante. Tudo está na base da leitura, absolutamente tudo”, conclui o autor estreante aos 71 anos.
BEBI ÁGUA BENTA, E AGORA?
Dia desses a esposa deixa uma garrafa cheia de água benta em cima do frigobar, mas infelizmente só ela sabia que a água era benta. Horas depois, a faxineira coloca a garrafa para gelar e mais depois ainda o marido chega de ressaca em casa, louco de sede. Ao acordar, pela manhã do outro dia, a confusão estava feita: a água que ia benzer a casa já tinha abençoado o marido.
A história é verídica, mas o oncologista Maciel Matias (65) não revela com quem aconteceu. O mesmo se repete nas demais crônicas que ele reuniu em seu livro: todas reais, mas com uma dose certa de... Água benta? Não, imaginação mesmo!
Com 400 páginas e 120 crônicas, o livro é inteiramente escrito na forma de diálogo, como se o próprio autor estivesse conversando com os personagens citados, todos muito curtos, assim como ele mesmo explica.
“Armando sempre deu um incentivo muito grande porque já conheço ele há mais de 40 anos”, comenta o médico que recebia feedback até mesmo de seus pacientes sobre os textos que publicou essencialmente no Jornal de Hoje, antes do impresso ser fechado.
“Eu gostava muito de publicar os textos porque os pacientes mesmo chegavam para comentar e isso vai dando entusiasmo, então por isso eu resolvi publicar esse meu primeiro livro com algumas delas”, explica Maciel avisando que na época mais produtiva ele chegava a escrever cerca de 3 crônicas por semana.
“Sempre que acordo costumo ler jornais e escrever”, conta, reconhecendo também que os jornais impressos ainda são as melhores fontes de crônicas do dia a dia. “Hoje pode até haver esse debate de que o público está na internet, mas é diferente sim e o alcance é bem maior”, conta.
CRÔNICAS QUASE AGUDAS
Na medicina, o termo “crônica” significa uma enfermidade que é recorrente durante toda a vida de um paciente “fulano tem uma dor crônica”, enquanto o termo “agudo” indica algo inesperado, do tipo “fulano teve uma apendicite aguda”.
Quem explica, do outro lado da linha, é o mais experiente dos amigos, o anestesiologista Armando negreiros (64), que com “Crônicas Quase Agudas” encaixa na prateleira o oitavo livro da carreira paralela como escritor. Ele, aliás, foi o maior catalisador do lançamento triplo, já que os amigos nunca haviam se aventurado no tipo de publicação, muito embora todos escrevessem crônicas para jornais rotineiramente.
“Olha, nesse livro especificamente eu reuni desde críticas mais ácidas até alguns desmandos governamentais. Falo muito sobre o desmanche do Machadão, por exemplo, e essa desomenagem prestada a João Cláudio de Vasconcelos Machado pra botar o nome do estádio de Arena das Dunas”, ilustra sobre a publicação que reúne também diversas frases da internet.
“O livro tem basicamente duas partes, a de crônicas e essa outra com frases engraçadas de anônimos e famosos”, explica Armando, mais conhecido pela sua coluna no extinto Diário de Natal, no qual assinava, todos os domingos, o “Poucas e Boas”, espaço que lhe rendeu seus três primeiros livros de crônicas (Poucas e Boas 1, 2 e 3).
“Para mim a boa crônica precisa ser bem humorada”, considera sobre o estilo textual. “E precisa nascer do dia a dia, do cotidiano. Até hoje escrevo, mesmo longe dos jornais há algum tempo... Já tenho material para os dois próximos”, conta.
Carlos Fialho
Para
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divamcunha@yahoo.com.br profsouza@yahoo.com.br e 8 mais...
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Ilustríssimos Senhores Acadêmicos, em nome do nosso autor, Dr. Armando Negreiros,
membro desta nobre
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Academia, gostaríamos de convidar os senhores para o lançamento de seu mais recente
livro de crônicas a
livro de crônicas a
se chamar “Crônicas quase agudas”.
O evento será realizado juntamente com os lançamentos de outros dois autores que temos a
honra de também
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publicar: Maciel Matias e José Narcelio.
A noite de confraternização e noite de autógrafos terá lugar no Iate Clube de Natal, nesta
próxima sexta-feira,
próxima sexta-feira,
28 de agosto, a partir das 17h, mas sem hora para acabar.
Será uma grande honra e motivo de grande alegria poder contar com tão ilustres presenças
em nosso
em nosso
lançamento festivo.
Muito obrigado.
Editora Jovens Escribas
Selo Editorial Bons Costumes
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