sábado, 20 de abril de 2019

Sábado de Aleluia ou Sábado Santo 

e a Vigília Pascal

Imagem Sábado de Aleluia ou Sábado Santo e a Vigília Pascal

O Sábado de Aleluia ou Sábado Santo é o dia anterior à Páscoa no Cristianismo, sendo considerado o último dia da semana santa.
Outra nomenclatura conhecida do Sábado de Aleluia, é o “Sábado Negro”, remetendo ao luto da morte de Cristo.
O Sábado de Aleluia é marcado dentro da Igreja por algumas diferenças em relação aos outros dias tanto da semana santa quanto dos dias normais, abaixo os ritos deste dia:
  • Os Santos e ícones como a Cruz são cobertos caso não estejam com um pano roxo, simbolizando o luto.
  • Não é realizada a celebração da Eucaristia
  • Celebra-se apenas a parte da liturgia das horas
  • É proibido celebrar qualquer outro sacramento exceto o da Confissão.
  • Porém existe uma regra que é uma exceção para este dia santo, onde a Eucaristia é permitida apenas em caso de morte.

Malhação de Judas

Uma outra tradição conhecida do Sábado de Aleluia em países como Brasil, Portugal e Espanha, é a malhação de Judas, que representa a morte do traidor Judas Iscariotes.

Vigília Pascal

Na noite do Sábado de Aleluia é realizada a Vigília Pascal, que é considerada a mais importante e mãe de todas as vigílias, além do coração do ano litúrgico.
A celebração desta vigília é dividida em quatro partes:
  1. A Liturgia da luz ou ‘lucernário’;
  2. A Liturgia da Palavra;
  3. A Liturgia batismal;
  4. A liturgia eucarística;

As Dores de Nossa Senhora

Esta é uma celebração que trás todos os sofrimentos de Nossa Senhora, relembrando do nascimento de Cristo, até a dor infinita de Maria ao deixar seu filho Jesus no sepulcro.
Além disso durante a Vigília Pascal da noite será celebrada a Missa da Ressurreição. Essa missa é seguida pela bênção do Fogo Novo e do Círio Pascal, bênção da água Batismal e Renovação das Promessas do Batismo.
Fogo: Sinal da presença de Deus na história, em suas manifestações de salvação. Ligado ao fogo, temos o círio pascal que aceso no fogo novo lembra o Cristo ressuscitado.
Luz: Símbolo da vida. Representa a presença de Cristo que é vida e oferece vida e salvação ao homem. Jesus atravessa as portas da mansão dos mortos, vencendo e trazendo a luz para a humanidade.
Água: Também é sinal da vida que é comunicada ao cristão quando ele renasce pelo batismo para um mundo novo.
Sendo assim o Sábado de Aleluia é o dia para se guardar luto pela morte de Jesus.
Publicado em Nossa Sagrada Família.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

DA DOR À MORTE DE UM INOCENTE



Sexta-feira da Paixão ou Sexta-feira santa é o dia em que a comunidade cristã comemora o simbolismo da dor, da paixão e morte de Jesus Cristo, renovando a fé do sacrifício do Homem Deus pela humanidade.
Após um julgamento esdrúxulo, ilegal e por autoridade não competente, o Cristo assume o seu papel profético.
É o momento maior da cristandade para se fazer uma reflexão sobre o sacrifício de Jesus na cruz e renovar a fé na VERDADE DO SALVADOR. Portanto, hoje é dia de penitência e sacrifício do jejum e abstinência dos prazeres mundanos.
QUE O SILÊNCIO E A PAZ ESTEJAM PRESENTES NESTA SEXTA-FEIRA SANTA 
E QUE SE FAÇA UMA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA TRIUNFANTE.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

A ÚLTIMA CEIA


Quinta-feira Santa

Crédito das fotos: Wikipédia, a enciclopédia livre.


 É o dia que antecede o caminho da cruz, onde a Igreja Católica repete o lava-pés e a Última Ceia do Senhor com os seus apóstolos. A liturgia da Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e dá início ao Tríduo Pascal, que vai da paixão do Senhor, com todo o sofrimento até o Calvário, a Crucificação e  a morte, completando-se  com o Sábado de Aleluia e a Ressurreição (Domingo de Páscoa), onde a alegria volta a reinar com o retorno do Salvador ao mundo material.


Jesus, num gesto de profunda humildade, lava os pés dos seus discípulos e com eles participa da Ceia, que seria a última daquele período de agonia, mas que daí em diante se perpetua em todo o mundo para comemorar a fraternidade.
"Na missa católica, o Santíssimo Sacramento permanece exposto até que o serviço se conclua com uma procissão para levá-lo até o local onde ele será depositado. O altar-mor e todos os demais são limpos de toda decoração, com exceção do Altar de Reposição. Até 1969, o missal romano previa este rito sendo realizado de forma cerimonial acompanhado do canto dos salmos 21 e 22, uma prática que ainda permanece em muitas igrejas anglicanas. Em outras denominações cristãs, como as luteranas e metodistas, a limpeza do altar e do presbitério ocorre como preparativo para a solene e mais sombria ação litúrgica da Sexta-feira Santa pois nesse dia não se celebra missa."


Aproveitando a Semana Santa, a Igreja Católica realiza a cerimônia do Crisma, com a benção dos Santos Óleos que são distribuídos com as diversas unidades da Igreja para utilização durante o ano na unção dos enfermos, no Crisma e como óleo dos catecúmenos, no Sábado de Aleluia, durante a Vigília Pascal, para batizar e confirmar os que entram para a igreja.

A reflexão e a renovação da fé são atributos fundamentais para a consolidação do cristianismo e a redenção do mundo.

    quarta-feira, 17 de abril de 2019

    CAMINHO DA SEMANA SANTA

    QUARTA - FEIRA SANTA OU QUARTA-FEIRA DE TREVAS

    No calendário cristão considera-se a Quarta Feira desse 
    período quaresmal, como QUARTA-FEIRA DE TREVAS 
    para lembrar a traição de Judas Iscariotes. Contudo, não 
    deixa de ser uma Quarta-Feira SANTA, porque 
    precursora do cumprimento da profecia que coloca 
    Cristo como o redentor da humanidade.
    Para melhor esclarecer  este tema, transcrevemos 
    estudo feito no Blog Breviário:



    "Tenho estado todos os dias convosco no templo, 
    e não estendestes as mãos contra mim,
    mas esta é a vossa hora e o poder das trevas."
    São Lucas 22,53






    Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi 
    ter com os príncipes dos sacerdotes e 
    perguntou-lhes: 15 Que quereis dar-me e eu vo-lo 
    entregarei. Ajustaram com ele trinta moedas de 
    prata. 16 E desde aquele instante, procurava uma 
    ocasião favorável para entregar Jesus(MT 26, 14-16)




















    Judas Iscariotes, um dos 
    Doze, foi avistar-se com os 
    sumos sacerdotes 
    para lhes entregar Jesus. 
    11 A esta notícia, eles 
    alegraram-se e prometeram 
    dar-lhe dinheiro. 
    E ele buscava ocasião oportuna 
    para o entregar. 
    ( MC 14,10-11)




















    Levantai-vos e vamos! 
    Aproxima-se o que me 
    de entregar. 
    43 Ainda falava, 
    quando chegou 
    Judas Iscariotes, 
    um dos Doze, e com ele um bando 
    armado de espadas e cacetes, 
    enviado pelos sumos sacerdotes, 
    escribas e anciãos.44 Ora, o traidor 
    tinha-lhes dado o seguinte sinal: Aquele 
    a quem eu beijar é ele. Prendei-o e 
    levai-o com cuidado. 45Assim que ele se 
    aproximou 
    de Jesus, disse: Rabi!, e o beijou. 
    46 Lançaram-lhe
     as mãos e o prenderam. (MC 14 ,42-46)


    Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito 
    e declarou abertamente: Em verdade, em verdade 
    vos digo:
    um de vós me há de trair!... 22 Os discípulos 
    olhavam uns para os outros, sem saber de 
    quem falava. 23 Um dos discípulos, a quem Jesus 
    amava, estava à mesa reclinado 
    ao peito de Jesus. 24 Simão Pedro acenou-lhe 
    para dizer-lhe: Dize-nos, de quem é que ele fala. 
    25 Reclinando-se este mesmo discípulo sobre o 
    peito de Jesus, interrogou-o: Senhor, quem é? 
    26 Jesus respondeu: É aquele a quem eu der 
    o pão embebido. Em seguida, molhou o pão e 
    deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 
    27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. 
    Jesus disse-lhe, então: O que queres fazer, 
    faze-o depressa. 28 Mas ninguém dos que 
    estavam à mesa soube por que motivo lho dissera. 
    29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam
    alguns que Jesus 
    lhe falava: Compra aquilo de que temos necessidade 
    para a festa. Ou: Dá alguma coisa aos pobres. 
    30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, 
    apressou-se em sair. E era noite... 31 Logo que 
    Judas saiu, Jesus disse: Agora é glorificado o 
    Filho do Homem, 
    e Deus é glorificado nele.  (JO 13, 21-31)

















    Depois dessas palavras, Jesus saiu com os 

    seus discípulos para além da torrente de 
    Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou 
    com os seus discípulos. Judas, o traidor, 
    conhecia também aquele  lugar, porque 
    Jesus ia frequentemente 
    para lá com os seus discípulos. Tomou então 
    Judas a coorte e os guardas de serviço dos 
    pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com 
    lanternas, tochas e armas. Como Jesus 
    soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, 
    adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? 
    Responderam: A Jesus de Nazaré. 
    Sou eu, disse-lhes. (Também Judas, o traidor, 
    estava com eles.) 6Quando lhes disse Sou eu, 
    recuaram e caíram por terra. (JO 18, 1-6)




    NA QUARTA DE TREVAS É TRADIÇÃO REZAR-SE 
    14 SALMOS LEMBRANDO OS 14 PASSOS DO 
    CALVÁRIO DE CRISTO, TENDO UM CANDELABRO 
    TRIANGULAR DE 15 VELAS ACESO.
     A CADA SALMO APAGA-SE UMA VELA, LEMBRANDO 
    A VIDA DE JESUS QUE SE VAI, SÓ NÃO A DO MEIO 
    DO CANDELABRO. POR FIM, ELA TAMBÉM SE 
    APAGA LEMBRANDO A MORTE DE JESUS. E A 
    IGREJA FICA NA ESCURIDÃO.

    EM SEGUIDA, TODOS BATEM OS PÉS E AS 
    CADEIRAS, FAZENDO RUÍDO , LEMBRANDO A 
    RESSURREIÇÃO E A VELA DO MEIO É ACESA 
    DE NOVO. 


    ESSE COSTUME JÁ NÃO É MUITO USADO EM 
    TODAS AS IGREJAS. PRINCIPALMENTE, DEPOIS 
    DA REFORMA DO CONCÍLIO VATICANO. POUCAS 
    CONSERVAM ESSA TRADIÇÃO QUE, AO MEU VER, 
    É MUITO BONITA POR 
    TODO O SIMBOLISMO DELA.

    "E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, 
    os homens amaram mais as trevas do que 
    a luz, porque as suas obras eram más."
     São João 3,19

    "Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: 
    Eu sou a luz do mundo; quem me segue 
    não andará em 
    trevas,  mas terá a luz da vida."
     São João 8,12


    "Eu sou a luz que vim ao mundo, para que 
    todo aquele que crê em mim 
    não permaneça 
    nas trevas."
    São João 12,46


    "E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos 
    anunciamos: que Deus é luz, e não há nele 
    trevas nenhumas. "
    I São João 1,5
    "Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco 
    por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes 
    luz, para que as trevas não vos apanhem; pois 
    quem anda nas trevas não sabe para onde vai."
    São João 12,35





    domingo, 14 de abril de 2019

    DOMINGO DE RAMOS




    Desde a partida da minha THEREZINHA que resguardo todas as datas e momentos que ela, particularmente, tinha grande afeição. O DOMINGO DE RAMOS é uma delas, como data marcante e, posteriormente, como o momento do encantamento de Dona Rosa, sua mãe amada.
    Hoje, após o café da manhã com alguns familiares, fui até Cotovelo para renovar as minhas lembranças e saudades. Enfim, aliviar o peso que o coração ainda guarda no recôndito da minha alma.
    Assim, como homenagem ao DIA SANTO e em HOMENAGEM A ELA, transcrevo artigo de um clérigo católico  Padre Tomaz Hughes SVD:

    Bendito aquele que vem em nome do Senhor. (Lucas, 19, 29-40
    * Como seria impossível fazer jus ao Evangelho da Paixão em uma reflexão tão curta, refletiremos sobre o Evangelho da procissão.
    Quase não há comunidade católica no Brasil que não comemore hoje, com muita alegria, a entrada de Jesus em Jerusalém. São organizadas procissões, o povo abana ramos, se celebram encenações do evento. Pessoas que dificilmente pisam em uma igreja nos domingos comuns, hoje fazem questão de não perder a procissão. Porém, para não reduzirmos a comemoração a mero folclore, é importante estudar o que significava este evento para Jesus, e para o evangelista.
    Dificulta o nosso entendimento da passagem a nossa pouca familiaridade com o Antigo Testamento. Cumpre relembrar um trecho do profeta Zacarias: “Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento, num jumentinho, filho duma jumenta... Anunciará a paz a todas as nações, e o seu domínio irá de mar a mar, do rio Eufrates até os confins da terra” (Zc 9, 9-10). Esse era um trecho muito importante na espiritualidade do grupo conhecido como “os pobres de Javé”, que esperavam a chegada do Messias libertador. Nesse grupo encontravam-se Maria e José, e os discípulos de Jesus. Foi dentro desta espiritualidade que Jesus foi criado. Zacarias traçava as características do messias - seria um rei, “justo e pobre”, não de guerra, mas de paz! Viria estabelecer uma sociedade diferente da sociedade opressora do tempo de Zacarias (e de Jesus, e de nós) - onde os poderosos e violentos oprimiam os pobres e pacíficos! Seria uma sociedade onde, entre outros elementos, a economia estaria a serviço da vida! Um rei jamais entraria numa cidade montado em um jumento - o animal do pobre camponês, mas num cavalo branco de raça! Jesus, fazendo a sua entrada assim, faz uma releitura de Zacarias, e se identificou com o rei pobre, da paz, da esperança dos pobres e oprimidos!
    Por isso, muitas vezes perdemos totalmente o sentido da entrada de Jesus em Jerusalém. Celebramos o evento como se fosse a entrada de um Governante dos nossos tempos - com pompa, imponência, e demonstração de poder e força. Na verdade, houve uma procissão assim em Jerusalém no mesmo dia da entrada de Jesus – a entrada do Procurador romano, Pôncio Pilatos, chegando com toda a pompa de Cesaréia Marítima, com uns cinco mil soldados, para ostentar o poder repressor do Império. À tarde, pelo porta oriental, Jesus fez o contrário! Entrou como o servo de Javé, na simplicidade que é próprio de Deus e dos seus enviados.  Chamamos o evento da “entrada triunfal de Jesus” - e realmente foi, mas como triunfo do Deus que se encarnou entre nós como o Servo Sofredor! Nada mais longe do sentido original desse evento do que manifestações de poderio e pompa, mesmo - ou especialmente - quando feitas em nome da Igreja e do Evangelho de Jesus! O poder e a pompa seduzem – devemos ficar eternamente gratos ao Papa Bento XVI pelo desapego que ele demonstrou em renunciar, pelo bem da Igreja.  Uma atitude digna de um verdadeiro discípulo do Mestre do Domingo de Ramos!
    O texto convida a todos nós a revermos as nossas atitudes. Seguimos Jesus - mas, será que é o Jesus real, o Jesus de Nazaré, o Jesus rei dos pobres e humildes, o Jesus cumpridor da profecia de Zacarias? Ou inventamos um outro Jesus - poderoso nos moldes da nossa sociedade, com força, poder e prestígio, conforme o mundo entende esses termos? Essa semana foi o ponto culminante de toda a vida e missão de Jesus - das suas opções concretas em favor dos oprimidos, do seu desafio à religião oficial que escondia o verdadeiro rosto de Deus, das consequências políticas e econômicas da sua proposta de uma sociedade justa e igualitária, manifestação concreta da chegada do Reino de Deus. Tudo isso levou os poderosos, romanos e judeus, a tramarem a sua morte. É importante lembrar que a paixão e morte de Jesus foram consequência da sua vida - é impossível entender o que significa a Semana Santa sem ligá-la com o resto da vida de Jesus e com a sua proposta para a sociedade e para os seus seguidores. Jesus não morreu - foi morto porque incomodava, como continua a incomodar ainda hoje os que continuam com o sistema opressor que é a expressão do anti-Reino, mesmo quando disfarçado com discurso religioso, como se fazia no Templo.
    Nos adverte um canto usado nas celebrações de hoje: “Eles queriam um grande rei, que fosse forte, dominador. E por isso não creram n’Ele e mataram o salvador!” Realmente acreditamos no rei dos pobres e oprimidos, ou só fazemos um folclore no Dia de Ramos, bonito, mas totalmente desvinculado da mensagem verídica e profunda do profeta Zacarias e do evangelho de hoje?
    Padre Tomaz Hughes SVD