sábado, 1 de julho de 2017

UMA VIDA




50 ANOS são passados daquele 1º de julho de 1967, quando nasceu THEREZA RAQUEL ROSSO GOMES. Parto normal, infância e juventude sadia.
Duas faculdades ocuparam o seu tempo - Administração e Direito.
No correr da existência um casamento do qual vieram os filhos LUCAS ANTÔNIO E CARLOS VICTOR, depois agregou-se MALU, o xodó de todos.
Percalços inesperados forçaram-na a ter que lutar sozinha pela família e o faz com dedicação e competência.
A saúde lhe tem sido madastra, mas contornada na medida do possível.
A família aguarda para abraçá-la hoje, com todo o carinho. Um bolinho, sem açúcar não faz mal a ninguém.
Parabéns querida filha
Um grande beijo dos seus pais CARLOS & THEREZINHA

quarta-feira, 28 de junho de 2017

ONDE ESTÁ A VERDADE?


ONDE ESTÁ A VERDADE?

A indagação é pertinente nos dias de hoje. Se por um lado existe denúncia formalizada contra o Presidente Michel Temer, por outra, esta autoridade maior do País acusa o Procurador Geral Janot de forjar uma peça de ficção e insinua que ele teria participado de vantagens financeiras decorrentes de uma advocacia efetuada por Marcelo Miller, ex colega de profissão, em favor do grupo JBS.
De duas uma - ou a denúncia, por tão grave, impõe a saída do Presidente da chefia do governo brasileiro - se for considerada consistente - ou do contrário, é indispensável a punição do Procurador Geral por prevaricação e desídia.
Nesse cipoal de incertezas fica o povo brasileiro, joguete e jogado à crucial dúvida! 
O caso, na verdade, não é de quem tem mais força, mas da restauração da moralidade no Brasil, hoje considerado um País onde a corrupção é a regra.
Cremos que o jogo a ser travado no Parlamento dará o rumo final da nossa pátria ou amargaremos o dissabor da desmoralização perante a comunidade internacional.
A programada solução política com eleições diretas, sem que antes se resolva esse imbróglio, não terá legitimidade.
Enquanto isso, ficam sem solução as questões das reformas necessárias para o retorno da governabilidade. A oposição tem grande responsabilidade nisso, pois se não encarar essa exigência político-administrativa, não pode continuar com a cômoda posição de ser contra sem justificar o porquê. 
Todos têm que assumir as responsabilidades do Estado brasileiro, senão ficamos sem solução democrática para a continuidade da vida nacional.
Lembrem-se todos que o Estado é uma criatura forjada pelo povo, o verdadeiro destinatário da sua existência. Não podemos continuar a inverter essa pirâmide, onde a criatura devora o criador.
O Supremo Tribunal Federal deve ser o fiador da legalidade ou teremos consagrado o que vem sendo apregoado por aí - a nossa Democracia é de papel. 
Termino o meu desabafo com duas expressões conhecidas: "Brasil, mostra tua cara" e "o homem chega a desanimar da virtude, rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto".

terça-feira, 27 de junho de 2017

ENTREVISTA IMAGINADA


Carlos Drummond de Andrade, o mundo é grande

26/06/2017



texto Gustavo Sobral e ilustração Arthur Seabra

Mineiro. De Itabira. Funcionário público e poeta. Simplicidade, um pouco de melancolia e beleza como uma praça de uma cidadezinha pequena num fim de tarde. Um tanto bucólica, mas grande. Sentimento do mundo a partir do cotidiano. Eis a poesia drummoniana.

O poeta, um homem de testa larga, alta e óculos de aro, cuja falta dos óculos um dia tenha feito tropeçar, por causa das retinas fatigadas, numa pedra no meio do caminho. É que no meio do caminho tinha uma pedra. Uma pedra que é o verso no caminho da poesia.

Décima terceira entrevista da série entrevistas imaginadas, quando se falará de e com poetas e escritores, pelo que já disseram em seus versos e prosa, por isso, imaginadas, mas nunca imaginárias, porque o fundo da verdade é o que já disse e está estampado no que já disseram. O entrevistado da vez, como se disse, é poeta, Carlos Drummond de Andrade. Entrevistamos o poeta no volume Sentimento do Mundo, lançado em 1940, no meio do caminho de sua poesia.

Entrevistador: O que tem nas mãos, poeta?
Drummond: O sentimento do mundo.

E: E Itabira, o que representa?
D: Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!

E: Que sonhavam os conselheiros angustiados?
D: a futura libertação dos instintos e ninhos de amor a serem instalados nos arranha-céus de Copacabana, com rádio e telefone automático.

E: Como desce a nós o cavaquinho (bem afinado!) do morro da Babilônia?
D: desce até nós, modesto e recreativo, como uma gentileza do morro.

E: O que não roeu do velho álbum de fotografia o verme?
D: Só não roeu o imortal soluço de uma vida que rebentava daquelas páginas.

E: O que é que cabe só na rua Larga dos Poetas e em mais nenhuma outra?
D: Só nesta cabem a poeira, o amor e a Light.

E: E o mundo?
D: o mundo é mesmo de cimento armado.

E: E o que faz com os amigos num terraço mediocremente confortável?
D: bebemos cerveja e olhamos o mar.

E: E os inocentes do Leblon?
D: tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem.

E: Chegou um tempo...
D: em que não adianta morrer, em que a vida é uma desordem. A vida apenas, sem mistificação.

E: Uma revelação?
D: Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro, vendo o subúrbio passar.

E: Poeta do passado ou poeta do futuro?
D: Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro.

E: E seu coração é do tamanho do mundo?
D: não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor.

E: Um coração para as dores do mundo?
D: nele não cabem nem as minhas dores.

E: então é por isso que...
D: gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito.

E: Por que tanto?
D: Preciso de todos.

E: para terminar, poeta, fale do mundo e da rua?

D: a rua é menor que o mundo. O mundo é grande.

domingo, 25 de junho de 2017

CANTIGA DE AMIGO

Aproveito este dia chuvoso para matar as saudades. Muitas, tantas, daqueles que o tempo levou na viagem final ou que as asas levaram para outros lugares e ainda não retornaram.
Como exemplo dos que fizeram a viagem final lembro do companheiro de rádio Edmilson Avelino, o menino prodígio que fazia coro com outros do seu tempo, como Odúlio Botelho, José Filho, eu e alguns mais. Os que saíram para outras terras lembro de Serginho meu primo, que mora em Araraquara, Antonio Edvaldo, no Rio de Janeiro, Ciro Tavares, em Brasília. Mas há um, em especial, que conheci há uns 10 anos, coincidentemente irmão de Edmilson e que mantém a tradição de cantar bem. Ultimamente não tenho recebido notícias suas, mas para matar as saudades dos nossos encontros festivos, registro aqui algumas de suas interpretações, com um recado: Didi, estou começando a arrumar as malas, mas antes de partir gostaria de deixar gravado um CD com os amigos da música - você, Domilson, Iara, Odúlio, Picado. Não sei se será possível - talvez num trabalho via internet. Vamos prá frente.
Potiguares, se deleitem com essa voz de veludo, como é conhecido na Cidade Maravilhosa. COM VOCÊS, DIDI AVELINO