sexta-feira, 14 de junho de 2024

Nélio Silveira Dias Júnior 8 de junho às 06:47 · Berilo Wanderley: um jornalista potiguar inesquecível Talvez muitos não tenham conhecido Berilo Wanderley, por ter partido, em 1979, ainda jovem, aos 45 anos. Mas, com certeza, dele já ouviram falar. Os formados em jornalismo, principalmente, sabem quem foi Berilo Wanderley, pois o Centro Acadêmico de Comunicação da UFRN leva o seu nome. Mesmo aqueles menos familiarizados com a história local, de alguma forma, já se depararam com Berilo, já que seu nome batiza, em Natal, uma rua em Lagoa Nova, uma Escola Estadual em Neópolis e uma Escola Municipal nas Quintas. Apesar de ter falecido jovem, Berilo Wanderley marcou positivamente a comunidade natalense. Sua memória continua viva. Francisco Berilo Pinheiro Wanderley (1934-1979) formou-se na primeira turma da Faculdade de Direito de Natal e fez pós-graduação em Madrid. Foi promotor de justiça, professor universitário, jornalista, escritor e crítico literário e de cinema. No direito, teve uma passagem pela Promotoria de Justiça. Mas, logo se desencantou, a função de acusar alguém era, para ele, árdua demais, “incompatível com o seu temperamento” (João Batista Machado). “Era poeta demais para pedir a condenação de alguém” (Nei Leandro de Castro). Berilo não temia o risco, o imponderável, principalmente, quando se tratava de buscar algo que achava que valia a pena. Em Clarice Lispector, encontrou a definição da sua jornada, ao citá-la, em uma entrevista: “terei que correr o sagrado risco do acaso”, e um dia, “substituirei o destino pela probabilidade” (Ícone Fashion - FJA). Deixou a carreira jurídica de lado e foi em busca do que gostava. Foi no magistério/jornalismo que se encontrou e exerceu o seu ofício. A sua missão, realmente, era escrever e informar. O jornal impresso foi seu veículo de comunicação. Trabalhou na “A República”, “Diário de Natal” e na “Tribuna do Norte”. Berilo Wanderley fazia quase de tudo dentro de um jornal: copydesk, chefe de reportagem, redator, editor, cronista e crítico de cinema, desempenhando essas funções com competência. Excelente titulista, capaz de fazer vários títulos, com rapidez incrível (João Batista Machado). Na Tribuna do Norte, se destacou na qualidade de cronista, "sabia esgrimar a arte da palavra, como fenômeno estético, preocupado não somente na empatia do leitor, mas, também, em lhe oferecer o registro dos fatos reais". "Foi um satírico incansável de tipos e costumes" (Woden Madruga). Isso tudo pude perceber na leitura das suas crônicas, não na época da publicação, que talvez não tivesse ainda nascido, mas, agora, registradas em seu livro: "O Menino e Seu Pai Caçador", constatando a qualidade da linguagem utilizada. Sua obra é marcada pela habilidade de envolver o leitor e transportá-lo para aqueles universos, vividos ou imaginados pelo autor. "A crônica leve, descontraída, o estilo simples, enxuto, a ironia fina, a farpa bem colocada, estava no gosto do leitor. Mexia com os assuntos do cotidiano, descobrindo tipos que ele encontrava pelos becos e bares da Cidade, contando histórias, registrando acontecimentos, ocorrências literárias da província" (Woden Madruga). As crônicas de Berilo Wanderley são capazes de dar vida a personagens simples, tornando-os relevantes e importantes dentro da narrativa, o que retrata, pelo que parece, a sua humanidade e solidariedade com seu semelhante. É uma característica admirável de sua escrita. Berilo Wanderley pertenceu a uma geração de grandes valores, grandes figuras, como Newton Navarro e Luís Carlos Guimarães, mortos antes do tempo que mereciam para escrever, sonhar e amar (Nei Leandro de Castro). Na verdade, foi um mestre da linguagem, utilizando-a de forma precisa e elegante em suas crônicas. Cada palavra parece ser cuidadosamente escolhida, com significado e emoção, para transmitir o seu pensamento. Hoje, conhecendo um pouco da história de Berilo Wanderley e, principalmente, lendo seus livros: "O Menino e Seu Pai Caçador", “Cine Lembrança”, “Telhado do Sonho”, “Revista da Cidade”, tenho a saudade de quem não convivi, sequer conheci. Os livros podem nos conectar com pessoas, que nunca se tem a oportunidade de conhecê-las pessoalmente; despertar empatia; nos transportar para outros mundos, tempos e experiências. Essa, talvez, seja uma das magias do livro. Cada página que leio, cada história que absorvo, faz com que eu sinta como se estivesse conversando com a pessoa, compartilhando ideias, pensamentos e experiências. Depois de ter lido os livros de Berilo Wanderley bate o desejo de ler mais as suas crônicas, outras crônicas, o que não é mais possível, pois ele partiu, partiu para nunca mais escrever. Aí vem o sentimento de saudade, decorrente de admiração, respeito e gratidão por tudo que essa pessoa desconhecida me proporcionou através da leitura, levando-me para tempos idos e não vividos. “Esse tipo de pessoa, quando se encanta, deixa atrás de si um rastro tão luminoso de atos, uma senda tão vigorosa de passos, que por isso mesmo torna-se imortal”. Fontes: Woden Madruga (Prefácio do Livro: O menino e seu pai caçador) Ney Leandro de Castro (Tribuna de Norte, 18/11/2011) Brechando.com Fundação José Augusto - Figuras de Destaque João Batista Machado (Cine Lembrança)

terça-feira, 11 de junho de 2024

Reconstruir o Brasil Padre João Medeiros Filho A reconstrução pessoal ou social é inerente à história humana. O Brasil, em diferentes momentos, viveu etapas reconstrutivas. Atualmente, há interpelação da consciência cidadã e cristã sobre a necessidade de ressignificar a Pátria. A pandemia marcou a urgência de se repensar os serviços públicos. Muitos não querem admitir que o tempo pandêmico abalou vários setores da sociedade, notadamente a saúde e a educação. No mínimo, comprovou-se a sua precariedade ou ineficiência crônica. “Saúde e educação de um povo não se improvisam”, afirmou Dr. Marcolino Candau, primeiro brasileiro a dirigir a Organização Mundial da Saúde. Os problemas socioeconômicos, políticos, educacionais, a carência de segurança alimentar para tantos, gerando desigualdade social, clamam pela reconstrução do País. Enquanto isso, o tempo precioso é ocupado com diatribes ideológicas, inócuas e deletérias, tornando o radicalismo além de agudo, crônico. Tem razão o salmista: “Se o Senhor não construir a casa, debalde trabalham os que a edificam” (Sl 127/126, 1). Análises científicas vêm mostrando, em muitos aspectos da conjuntura sociopolítica, um processo de deterioração do tecido social. Considerações técnicas explicitam desmontes que atingem a estrutura da sociedade, cujos alicerces foram abalados: improbidades, privilégios, mentira social, demagogia, narrativas, ensaios ideológicos despropositados, descaso educacional etc. Tudo isso requer lucidez e serenidade dos cidadãos. Um velho líder potiguar comparou nossa política a “uma moça despudorada, apresentada por membros da família como uma jovem honrada e virtuosa.” Há unanimidade sobre a necessidade de intervenções urgentes para evitar que se constitua, entre nós, a verdadeira “abominação da desolação” (Dn 19, 27). Essa foi a expressão bíblica que definiu o caos reinante no povo prevaricador do Antigo Testamento. A história da Terra de Santa Cruz, não obstante percalços e vicissitudes, carece de apreço. O País detém um relevante potencial humanístico e material para se reerguer. Não pode estar em mãos equivocadas nem ser refém de inescrupulosos e oportunistas, cujo objetivo é seu projeto de poder e não de uma nação humana e justa. Não se deve apostar no “déjà vu”. Preocupa sobremaneira o diagnóstico de nossas feridas políticas. Nossa Terra vive a carência de uma visão moderna de gestão, capaz de oferecer respostas rápidas, adequadas e atualizadas. Há de se corrigir degradações gravíssimas na educação, infraestrutura, segurança e saúde, no sistema eleitoral, na política ambiental e administração pública. É imprescindível um novo movimento civilizatório. Muitas coisas precisam ser pautadas urgentemente para retirar o País dos atrasos e marasmo. É característico no Brasil viver intensa e antecipadamente os períodos eleitorais. Nem bem acabam as eleições federais e estaduais, já se entabulam os conchavos para os pleitos municipais, ou vice-versa. Respiram-se campanhas eleitorais o tempo todo. O pior é o clima contaminado por vícios interesseiros, os quais reduzem a discussão política a nomes e pessoas, que traduzem esquemas obsoletos e perpetuadores de privilégios e erros. O que se espera dos líderes e dignitários não é uma briga medíocre e improdutiva, mas uma ampla pauta de diálogo civilizatório, incluindo especial atenção ao linguajar corrente, uso ético e produtivo das tecnologias contemporâneas. Infelizmente, o Brasil vai se tornando um solo de narrativas em todos os segmentos e matizes ideológicos. Sepultam-se a verdade, o realismo e a honestidade intelectual. Há cada vez mais falácias, relatosdesonestos edesconexos, impedindo avanços e agravando a polarização. Convive-se com falas fora dos trilhos, incompatíveis com os cargos ocupados, comprometendo a seriedade dos poderes e instituições. Não raro, discursos e pronunciamentos geram desentendimentos, acarretando intransigências, reforçando radicalizações, alimentando medos, minando a paz social. Na tarefa de reconstruir a Nação, misterse faz investir em palavras que iluminem e apaziguem pela verdade que transmitem. É preciso respeitar autoridades e direitos, salvaguardar a Pátria com políticas sensatas, varrer os cenários da vergonhosa desigualdade social, garantir a vigência de valores e princípios inegociáveis. Assim é possível reconstruir verdadeiramente nosso torrão natal. Nisto consiste a recomendação bíblica, interpretada apenas do ponto de vista demográfico: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 9, 7). Crescer em dignidade e grandeza humana. Multiplicaro bem-estar social dos filhos de Deus! “Feliz é a nação, cujo Deus é o Senhor” (Sl 33/32, 12).
“Tão sublime Sacramento” Padre João Medeiros Filho Este cântico litúrgico é a parte final do hino eucarístico “Pange Lingua”, composto, em 1264, por Santo Tomás de Aquino para a festa de “Corpus Christi, a pedido do Papa Urbano IV. Esta música sacra, apresentada em canto gregoriano ou polifonia, marcou a vida espiritual de muitos. O compositor brasileiro Toquinho, parceiro de Vinicius de Moraes, ainda hoje se encanta e se emociona, ao recordar a melodia tocada por Padre Romano, organista do Liceu Salesiano do Coração de Jesus (São Paulo), onde estudou. No Seridó, a interpretação musical do Maestro Felinto Lúcio comove, de modo especial, os fiéis na Bênção do Santíssimo Sacramento. A partitura do eminente seridoense é executada na Basílica de São Pedro (Vaticano), graças a nosso conterrâneo Monsenhor Flávio José de Medeiros Filho. Plantão permanente da eterna solidariedade de Deus é o Pão Eucarístico, meiguice de um Pai, que nos envia um Irmão para dialogar conosco. Ele assegurou-nos: “Quem comer deste Pão, jamais terá fome” (Jo 6, 35). A Eucaristia é a espera de Deus por nós, abraço divino que nos é reservado. Beijo carinhoso de um Pai cheio de bondade, que no silêncio da Hóstia nos mostra seu amor misericordioso. Eis o gesto augusto da presença celestial, temporalizada no mistério da Encarnação. Cristo quis se unir à humanidade e revelar que ela tem um valor infinito, não obstante as suas limitações. Um dia, Deus em sua inefável benignidade nos perfilhou. A Encarnação é uma incomensurável prova de amor de Deus. Mas, Ele quis ir além. Complementou misteriosamente sua prodigalidade no Sacramento do Altar. Ele se dá ainda mais, transformando elementos materiais em símbolos de sua pessoa. Consagra o universo, através dos três elementos que o representam: pão, vinho e água. A matéria inanimada torna-se suporte da divindade de Cristo ali presente, porém latente. Graças à fé, pode-se sentir essa teofania de Jesus, concedida por Deus aos filhos adotados. Por isso, exclamou Tomás de Aquino: “Ainda que o sentido falhe, a fé basta para confirmar o coração sincero.” A profecia de Isaías, retomada pelo Mestre, no Evangelho de João, afirma: “Todos que tendes sede, vinde à água. Vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; comprai, sem dinheiro e sem pagar, vinho e leite” (cf. Is 55,1 e Jo 7,37). Alude ao alimento espiritual que Jesus oferece com seu Corpo e Sangue. É verdade que temos sede de justiça e do próprio Deus, às vezes, aparentemente, tão distante de nossos sentimentos e vidas. A Eucaristia sacia a nossa fome de valores maiores. Quem tem saudades de Cristo, vai buscá-Lo na beleza dessa presença silenciosa. E, embora sem falar, Ele deixa sua graça penetrar no íntimo de cada um que se achega a Ele para mitigar todo tipo de fome e sede. A Eucaristia é o pão dos viandantes, o viático na dimensão semântica do termo. Não apenas para os enfermos, mas, sobretudo para os caminhantes. Vale citar as palavras dirigidas ao profeta Elias, cansado, deprimido, como muitos de nós, em certos momentos da vida: “Levanta-te e come, porque ainda tens um caminho longo a percorrer” (1Rs 19, 7). “Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18), largados à própria sorte, garantiu-nos o Senhor. A Eucaristia é Cristo em nós. A caminhada solitária é difícil. Por esse motivo, Cristo quis conviver conosco. A dimensão do diálogo é importante. Assim sendo, Jesus legou-nos esse memorial, sinal de sua companhia. Não querendo que padecêssemos de solidão ou abandono, fez-se Pão e permanência. O “Sublime Sacramento” é antecipação do banquete da eternidade, no qual gozaremos o definitivo de nossa história. Deus, por Cristo, abranda em nós as saudades do Eterno. Extasia-nos um mistério tão admirável! Apesar de suas interrogações, os fiéis encontrarão paz na intimidade eucarística. Sustentados pela fé, que ilumina os nossos passos na noite da dúvida e das dificuldades, pode-se proclamar, como fizera o saudoso Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, quando pároco de Currais Novos: “Rei eterno, ó Deus humanado, suplicamos aos céus com fervor. Glória a Ti, ó Jesus escondido, ó mistério querido, ó milagre sublime de amor!” (Hino do Congresso Eucarístico Paroquial, outubro de 1937).

segunda-feira, 10 de junho de 2024

TREMOR,TREMORES Valério Mesquita* mesquita.valerio@gmail.com Na política, não temos mais líderes como antigamente: os neófitos já saúdam os náufragos que irão morrer amanhã. A paisagem é deserta. As instituições se burocratizaram em blocos de ferro e cimento armado. Não têm mais lume nem leme. “Igrejinhas” tão somente. Não sei se há esperança. Não sei de há salvação. As únicas ameaças à ordem constituída continuam a ser a Covid, a dengue, a zica, a chikungunya e a varíola do macaco. Muitos acreditam que é o maior desafio ainda não enfrentado pelo Ministério Público. Por outro lado, Natal a cada dia, fica mais insuportável com a quantidade de veículos de motos. Principalmente aquelas que cortam o seu carro pela direita. Mas, assim caminham as capitais, as metrópoles para o futuro enganoso oferecido pelas imobiliárias. O ensino público e privado mercadejou-se tanto quanto o turismo sexual. Perdeu a qualidade. E viva a quantidade. O homem social hoje virou ambiguidade ficcional. Previna-se o leitor: não confundir amizade social com solidariedade humana. São manifestações caracterológicas do vivente completamente heterogêneas. O egoísmo, a acomodação, modificadas pelo tom da luz reinante destruíram o sentimento cristão do mundo. O homem cresce, vive e morre numa jaula, limitado às imposições de sua vida miúda, repleta de frustrações e às circunstâncias. Há pessoas que pensam que não vão morrer nunca. Principalmente os que são ricos ou que, pelo menos, pensam. Assim imaginam muitos empresários, políticos, socialites, juristas e outros nomes, renomes e pronomes suspeitos. Fenelon já dizia “que ninguém dê crença a felicidade presente. Há nela uma gota da baba de Caim”. As fortunas inexplicáveis de alguns, da noite para o dia, cabem no raciocínio do pensador francês. Essa categoria de novos ricos torna-se perfeita, apenas, na ruindade e nem na morte é solidária. Às vezes, diante do infortúnio alheio, ancoram suas amarras no mais profundo silêncio e na mais abominável indiferença. A postura ante o mundo é de desamparo e desalento. Não há lógica própria nessa conduta centrada unicamente na anormalidade do desvio comportamental porque a amizade virou interesse, esbulho, vantagem, lucro. Lembro a minha mãe, que algumas vezes rebatia a solidão centenária com uma frase humilde, sábia e confortadora: “meu filho, se eu fosse uma pessoa rica a minha casa estaria repleta de visitas”. A humildade e a caridade cristã teriam sido substituídas pelo messianismo dos “pobres de espírito”? Seria ataraxia, morbidez ou equívoco trágico imaginar que ninguém seu morrerá nunca? Mas a vida é um labirinto movida por difusa fluidez temporal, constituída de fases e de fezes (no sentido consumista, digestivo da palavra). E eu pensava nesse turbilhão do tempo, dos modismos, que o exercício da amizade fosse contínuo, mas é tão “imortal” quanto a hipocrisia de acreditar nos homens que integram as instituições públicas e privadas. Daí deduzir que toda celebridade em Natal quando não é célere e celerada. A corrosão cotidiana da busca pelo dinheiro e pelo poder enferruja com rapidez as “glórias e grandezas” de alguns profissionais que se julgam donos do mundo, quando pensávamos justos e coerentes. As mutações históricas dos valores da personalidade humana, ao que me parece, foram provocadas pela “revolução” dos costumes sociais, principalmente o comodismo, a apatia pelo semelhante, o medo de morrer, as fobias e a falta de religiosidade. Aí, instaura-se um jogo de buscas. O coração desumanizado do selvagem habitante da cidade, que segrega o próximo jamais conhecerá qualquer modalidade de amor, principalmente na noite sem face e derradeira do ataúde, porque em vida foi ausente, insensível, reduzido à condição de bicho. Esse será o calvário do insensato, do que utiliza a amizade como negócio, como moeda de troca. Vai vagar como Caim na noite gelada do tempo sem jamais achar abrigo. Aos ricos materiais mas pobres em espírito, ofereço a reflexão do poeta Mário Quintana: “Essa idade tão fugaz na vida da gente, chama-se apenas presente e tem a duração do instante que passa”. (*) Escritor