sábado, 5 de dezembro de 2015


 

Mundo Cordel
 – Marcos Mairton
CANTORIA DE EXCELÊNCIA

Diz a lenda que, certa vez, em um lugar frequentado por muitas autoridades, uma dupla de cantadores foi contratada para se apresentar, mostrando um pouco da arte do repente.
Depois de apresentarem sextilhas e setilhas, e de glosarem vários motes, à escolha dos organizadores do evento, chegou a hora do desafio.
Nesse momento, um dos convidados, tendo conhecimento de que às vezes os combates dos repentistas são um tanto renhidos, advertiu os artistas que mantivessem o embate em um nível adequado à respeitabilidade das autoridades presentes.
– Se possível, – disse o excelentíssimo convidado – seria interessante até que os senhores tratassem um ao outro por “vossa excelência”, como costumamos fazer entres nós.
Ouviram-se alguns aplausos à intervenção feita.
Enquanto isso, os cantadores entreolharam-se e fizeram aparentemente um sinal de positivo, com a cabeça. Um deles respondeu:
– Pode deixar, excelência, que aqui quem manda é o freguês.
E começaram:
Olho pra vossa excelência
E me dá até gastura.
Porque não tem compostura,
Nem respeito, nem decência.
Verdadeira excrescência,
Não cumpre o que é prometido,
Volta e meia anda metido
Em tudo que é obscuro
Por isso estou bem seguro:
Vossa Excelência é bandido!
Vossa excelência devia
Ter cuidado com o que diz,
Pra não ser tão infeliz
Nas coisas que pronuncia.
Quem tem a vossa mania
De roubar essa nação,
Não tem qualquer condição
De me chamar de bandido,
Pois é fato conhecido,
Vossa Excelência é ladrão!
Vossa excelência não tente
Por em mim o seu defeito,
Pois já conheço o seu jeito
Quando rouba e quando mente.
É ladrão reincidente,
Tirando de quem trabalha
Pra dividir com a gentalha
Que compõe sua quadrilha:
O filho, o genro e a filha,
Vossa excelência é canalha!
É melhor deixar em paz
Minha família decente,
Porque nela não tem gente
Que faça o que a sua faz.
Vivem por aqui, atrás
De pegar um descuidado.
É mãe, é filho, é cunhado,
Um bando de vigaristas.
E o chefe desses golpistas,
Vossa excelência, um safado!
Vossa excelência extrapola
Toda minha paciência,
Mas assim vossa excelência,
Se compromete e se enrola.
Vou lhe pegar pela gola,
E jogar dentro do esgoto,
Fedorento, sujo e roto.
E será bem merecido,
Pois, além de ser bandido,
Vossa excelência é um escroto!
Não pense, vossa excelência,
Que me assusta ou me faz medo.
Levantando esse seu dedo,
Prometendo violência!
Conheço toda a sequência
Dessa sua encenação.
Quer bancar o valentão
Mas apanha da mulher
Digo aqui o que eu quiser:
Vossa excelência é um cagão!
Cabra safado, ladrão,
Sujeito de má conduta!
Sua mãe é prostituta,
O seu pai é cafetão!
Não vou lhe meter a mão
Porque sei que você gosta.
No lugar onde se encosta
Fica uma mancha fedendo,
Que todos fiquem sabendo:
Vossa excelência é um bosta!
A essa altura do desafio, tinha gente que aplaudia e dava risada, dizendo que os cantadores levaram muito a sério o pedido para que mantivessem o nível do desafio à altura dos convidados.
Coincidência ou não, o convidado que havia dado a sugestão de os cantadores se tratarem por excelência já havia saído, demonstrando certo constrangimento. Seguiu em direção ao estacionamento, acompanhado por uma fila de excelências menores, que lhe prestavam homenagem.
Os cantadores ainda tinham munição para levar longe a batalha, mas mestre de cerimônias interrompeu os cantadores e os parabenizou, dando por encerrada a peleja.
 ______________
Colaboração de Odúlio Botelho

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

LANÇAMENTO HOJE, NO PALÁCIO DA CULTURA - 19h

Sinopse 

Obra de ficção tecida caprichosamente com os fios do romance e da aventura, este livro encerra uma narrativa rica de acasos e de instigantes desafios. 

Os fatos têm lugar em consequência de uma abordagem corsária, da expropriação de um tesouro contrabandeado e da intrépida busca pelo local onde foi cuidadosamente escondido. 

Trata-se de um relato que seduz por nos transportar de forma impressionante a belíssimos locais em distintos países, através da alternância de acontecimentos em épocas recentes e remotas. 

Acima de tudo, contém uma história que cativa e fascina pelo mistério que encerra e emociona pelo incrível e surpreendente final. 

O Autor 

Nascido em Natal-RN, Francisco Antonio Cavalcanti sempre demonstrou paixão pela literatura, expressando sua sensibilidade nos poemas e textos que costuma escrever, apesar de uma formação acadêmica de caráter eminentemente técnico. É engenheiro, especialista em desenvolvimento, mestre em administração e doutor em engenharia de produção. Profissionalmente, direcionou sua preocupação a duas áreas: planejamento estratégico e gestão de tecnologia. Docente da Universidade Federal da Paraíba, orientou trabalhos acadêmicos e participou de vários projetos de pesquisa com a Universidade de Grenoble. Publicou Tecnologia e Dependência: O Caso do Brasil, pela Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro; Planejamento Estratégico Participativo: Concepção, Implementação e Controle de Estratégias, e Êxito Profissional: Conhecimentos e Atitudes, ambos pela Editora Senac São Paulo. Há pouco tempo, Brindou o público leitor com sua primeira ficção, O Violoncelo: Uma Trajetória de Acasos e Mistério, pela Editora Livre Expressão, Rio de Janeiro. 

Agora, traz a público seu segundo romance, Diário de Bordo: O Legado de Jacques Drouvot, pela Chiado Editora, Lisboa. 
O MOMENTO DIFÍCIL DO BRASIL

Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor

            Nos meus 76 anos de existência não lembro de situação mais grave do que a que o Brasil está atravessando.
            Fui contemporâneo de algumas crises, de golpes de Estado e de Governo, mas em todos esses momentos a economia deixava perspectivas de possibilidade de recuperação.
           Presentemente assisto, preocupado, a situação econômica recessiva, beirando a depressão, com as dívidas interna e externa superando qualquer expectativa, mercê das informações inverídicas até as vésperas da última eleição e logo depois, a proclamação da realidade, passando de um anúncio de superávit pífio para um déficit espantoso, indicando queda drástica das finanças públicas e privadas, numa cascata inusitada.
            A par disso, constatamos uma fragilidade do Parlamento brasileiro, num despreparo aflitivo, com o funcionamento desordenado, agressivo e autoritário, deixando sem esperança o povo brasileiro.
            Tenho acompanhado o noticiário e assistido as sessões e fico descrente de que tenhamos, a curto prazo, condições de recuperação, mas certo de que 2016 será mais difícil ainda, com desemprego, inflação e incerteza política; com possibilidade de retrocesso em alguns aspectos, como o de retorno ao tempo do mapismo eleitoral, e degradação salarial, com perspectiva de redução dos lucros da atividade industrial e comercial capaz de fechamento de muitas empresas, atraso de salários e não pagamento de compromissos, em contraste com o aumento da carga tributária tripudiando sobre os mais frágeis economicamente.
            Não acredito que a simples aprovação do impeachment da Presidenta Dilma seja solução, até porque são quase nulas as possibilidades da assunção por quem preencha condições ideais de continuidade do restante do mandato presidencial. Teremos que antecipar a eleição e os custos ainda mais agravarão as finanças públicas.
            O Estado do Rio Grande do Norte vai enfrentar tempestades em razão da confluência: redução da arrecadação e aumento de despesas, entre elas, as remanescentes da falta de sensibilidade do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, permitindo o pagamento de um “auxílio moradia”, eticamente ilegítimo e ainda com efeito retroativo; o uso precipitado dos fundos previdenciário e financeiro e a situação de uma seca persistente.
            Por outro lado, se concretiza a despesa desmedida com pagamentos milionários aos construtores da Arena das Dunas e o risco de ser acionada a execução do Fundo Garantidor, com irremediável prejuízo ao patrimônio público.
            Cantei esses perigos em meus artigos na rede virtual e até em publicações na imprensa, enquanto mereci algum espaço.
            Vamos nos preparar para uma economia de guerra e repensar essas extravagantes festas carnavalescas que oneram, mais e mais, as já combalidas finanças do povo.

            Mais do que nunca é preciso muita cautela, patriotismo, honestidade e perseverança, sem golpes nem contragolpes, pondo as coisas em seus devidos lugares. Porém nada será possível sem que o povo assuma consciência da situação e tome atitudes na escolha dos seus mandatários.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015



O TEMPO E A CIRCUNSTÂNCIA


Valério Mesquita*



O meu nome tem sido veiculado, ultimamente, por grupos de amigos, em conversas, na rede social e por outros meios de comunicação, como candidato a prefeito de minha terra em 2016. Não afirmei que seria, mesmo inscrito no PMDB. Talvez, por ter evitado, em duas ocasiões (2014 e 2015) que esse partido saísse das mãos da ex-prefeita Marília Dias, à pedido dela. Por essa intervenção, o meu nome se sobressaiu.

Afirmei sim, que somente seria candidato caso conseguisse unir os partidos de oposição, em nome do sentimento nativista, de macaibanidade e de conterraneidade. Macaíba precisa de uma frente ampla, acima dos partidos políticos. Necessita de um grito de libertação, contra dezesseis anos de dominação.

Sem eu ter afirmado, nem aos lideres do meu partido que era formalmente candidato, percebo a atitude anônima, do condomínio do poder municipal de buscar me atingir a qualquer custo. Sendo candidato ou não, a minha posição e atitude é uma só:

a) Só serei candidato se os conterrâneos, o povo e as lideranças partidárias e políticas assim desejarem.

b) Se isso não acontecer, reafirmo e reitero que a minha posição foi, é e será, contrária aos “proprietários” da prefeitura de Macaíba, por uma questão de princípio e de critério, além de ser macaibense, cidadão independente e sem ficha suja em cartório, Tribunal de Justiça, tribunais do Brasil, Tribunal de Contas e nem nos cargos diretivos que ocupei ao longo de minha vida.

c) Por que Parnamirim e São Gonçalo se desenvolveram e Macaíba ficou atrasada, no campo da saúde, da segurança e da educação? Como pré-candidato e pela minha experiência de vida pública desejo debater e equacionar esses e outros problemas que afligem o município tanto na área urbana como na área rural.

Quando fui prefeito e deputado, ao lado da ex-prefeita Odiléia, eletrificamos ruas e a área rural de Macaíba, onde nenhum povoado havia sido ainda beneficiado. Implantamos cinco conjuntos habitacionais, quando antes de 1970 não existiam nenhum, além de pavimentação de ruas e construção de praças. Construímos o hospital regional Alfredo Mesquita Filho e o Centro de Abastecimento Municipal. Restauramos o Solar do Ferreiro Torto e asfaltamos as RN estaduais Macaíba/Vera Cruz, Macaíba/São Gonçalo do Amarante, com o apoio do governo José Agripino. Implantamos o Centro Industrial Avançado (entre Macaíba e Parnamirim), no governo Garibaldi Filho, tendo sido o seu relator na Assembleia Legislativa além da instalação de uma Companhia Militar para a segurança da cidade. Conseguimos junto ao governo, a construção do CAIC Jessé Freire, além das escolas Pedro Gomes, Alfredo Mesquita e no interior de Macaíba: as de Traíras, Cana Brava, Mata Verde, Capoeiras e mais oito comunidades do interior. Apoiamos o esporte amador, a cultura, a corrida Augusto Severo, festas populares, carnavais e a classe estudantil, tudo foi incentivado, porque o que nos inspirava era o sentimento do povo e da cidadania macaibense.

O prefeito atual saiu na frente como candidato a reeleição porque já tem pra tal empreitada tudo estruturado. Centenas de cargos comissionados, a maioria parlamentar na câmara municipal e recursos públicos para obras e convênios. Todos estão animados porque o poderio é farto e fácil. Política é troca de favor, de emprego, de interesse, subserviência, etc. Por outro lado, para combater de forma eficiente e com resultados, torna-se imperativa a formação de uma aliança, de partidos, de lideranças e de jovens que se rebelem e não tenham medo de ter medo. Não temam, não transijam, não se submetam. É a eterna luta entre o poder dominador e as pessoas livres e os cidadãos. O grupo que está aí, administrando Macaíba, já têm os erros e exageros enxergados pelo povo. O fato é que, para combatê-los é preciso aglutinar, discutir, sem ambição de ser prefeito, vice, mas, acima de tudo, erguer uma bandeira unificada do sentimento nativista de macaibanidade, contra o sistema oficial que se apoderou, há doze anos. E isso leva tempo. “Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”.

Para eleição de 2016, faltam quase onze meses, ainda. Sair candidato sem planejamento e sem a união de todos é panaquice. Pressa em política é aborto


(*) Escritor.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015


O SUSTO
violante pimentel
Violante Pimentel
Era um tradicional bar do Recife (PE), ponto de encontro de poetas e boêmios, em cuja parede principal se podia ler o belíssimo poema “CHOPP”, do grande poeta Carlos Pena Filho, que diz:
Na avenida Guararapes,
o Recife vai marchando. 
O bairro de Santo Antônio,
tanto se foi transformando
que, agora, às cinco da tarde,
mais se assemelha a um festim,
nas mesas do Bar Savoy,
o refrão tem sido assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
Ah, mas se a gente pudesse
fazer o que tem vontade:
espiar o banho de uma,
a outra amar pela metade
e daquela que é mais linda
quebrar a rija vaidade.
Mas como a gente não pode
fazer o que tem vontade,
o jeito é mudar a vida
num diabólico festim.
Por isso no Bar Savoy,
o refrão é sempre assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
Como o Bar Savoy ficava próximo a um conhecido Órgão de Saúde Pública, vários médicos se reuniam ali, depois do expediente, para trocar ideias e molhar a palavra. O ponto era muito frequentado por esses profissionais, adeptos de uma boa bebida e um ambiente requintado. Entre os frequentadores, havia alguns boêmios apaixonados, médicos ou não, que diariamente ali “assinavam o ponto”. Também havia os namoradores, os que tinham a alma livre e viviam apaixonados. Eram frequentadores tradicionais e de boa situação financeira.
Certa vez, num começo de noite, um cardiologista de meia idade, assíduo frequentador do Bar Savoy, foi incomodado por uma “mariposa”. A mulher viera lhe cobrar um dinheiro prometido numa farra. O profissional mandou, discretamente, que ela se retirasse daquele ambiente, mas a criatura insistiu em escandalizar. Falou alto, chamando a atenção dos frequentadores. O homem, então, pegou, bruscamente, a sua tradicional maleta de médico e gritou:
– Espere aí que você vai ter o que merece!!! – E fez menção de abrir a maleta, dando a impressão de que iria sacar uma arma. A mulher saiu correndo, e meia hora depois retornou, acompanhada de dois policiais, que exigiram que o médico lhes entregasse a tal arma. A mulher insistia em dizer que a mesma estava dentro daquela maleta de médico. Além de exigir que o médico lhes entregasse a arma, os policiais o convidaram a acompanhá-los até a Delegacia de Polícia, no carro da Rádio Patrulha. .
Calmamente, o médico entregou sua inseparável maleta aos policiais, para que os mesmos apreendessem a questionada arma.
Um dos policiais abriu a maleta do médico, mas ficou desapontado, ao verificar que ali estavam apenas um Aparelho de Medir Pressão Arterial, um Estetoscópio, um Termômetro, e nada mais.
De imediato, todos os amigos se aproximaram do médico importunado. Os policiais logo entenderam que estavam diante de um cidadão de bem, um cardiologista de respeito, e que o mesmo não portava arma nenhuma. Com certeza, tinha havido um equívoco, e tudo era fruto da mente doentia daquela mulher destrambelhada.
A mulher foi conduzida até à Delegacia de Polícia no carro da Rádio Patrulha, e o conhecido médico continuou com os amigos no Bar Savoy, comendo, molhando a palavra, e se divertindo com o ocorrido.
Violante Pimentel – Procuradora aposentada 

THIAGO GONZAGA - DIA 1º (HOJE)


domingo, 29 de novembro de 2015

CULTURA AO ALCANCE DE TODOS





FRANCISCANOS: 
SOLO, COLOQUIAL E MUSICAL
- HORÁCIO PAIVA, EDUARDO GOSSON
  & ROBERTO LIMA

NATAL - 2015
À Sua Santidade,
           O Papa Francisco
 Um poema
uno e trino
que se inicia
se desdobra
e se amplia
na inspiração devocional 
de três poetas...

O início: O POEMA
- por Horácio Paiva

 O NATAL DE SÃO FRANCISCO
  - Horácio Paiva 


São Francisco refletia
sobre as chagas de Jesus
e a esperar se quedava
transido de frio e jejum.
  
Que procurais São Francisco
nesta noite de Natal?
A quem chamais, pobrezinho
na noite fria de Assis?

Já não tendes o presépio
e vossa fé bem plantada?
Vosso bordão, vosso hábito
e as vossas orações?

As cinco chagas chamais
de Nosso Senhor Jesus Cristo
profundo e simples quereis
compartir a sua sorte.


Há uma estrela a guiar
o caminho até as chagas.
Há o sangue derramado
sobre a neve sossegada. 

O meio: O DIÁLOGO 
- por Horácio Paiva & Eduardo Gosson

 O NATAL DE SÃO FRANCISCO E DO POETA HORÁCIO PAIVA
   Horácio Paiva  &  Eduardo Gosson  -

São Francisco refletia
sobre as chagas de Jesus
e a esperar se quedava
transido de frio e jejum.

-  Medito em profundo silêncio e solidão!

Que procurais São Francisco
nesta noite de Natal?
A quem chamais, pobrezinho
na noite fria de Assis?

-  Procuro pelos desvalidos deste mundo.

Já não tendes o presépio
e vossa fé bem plantada?
Vosso bordão, vosso hábito
e as vossas orações?

-  Sim, tenho tudo isso. Contudo, preciso buscar a todos,
   para que não se perca nenhum.

As cinco chagas chamais
de Nosso Senhor Jesus Cristo
profundo e simples quereis
compartir a sua sorte.

-  Sim, o verbo é simples!

Há uma estrela a guiar
o caminho até as chagas.
Há o sangue derramado
sobre a neve sossegada.

-  Sim, o seu sangue não foi em vão. Sobre a neve nascerão
   rosas e esperança.

O final: A CANÇÃO 
A letra (com as alterações textuais) e a  Partitura
- por Roberto Lima


O NATAL DE SÃO FRANCISCO

                        Letra: Horácio Paiva & Eduardo Gosson com adaptação de Roberto Lima
                               Música: Roberto Lima

Prólogo:
São Francisco refletia
} bis
 
Sobre as chagas de Jesus
E, no chão, se estendia,
Abrindo os braços em cruz...






1-
Que esperais, ó São Francisco,
Hirto de frio e jejum?
} bis
 
Que fazeis, pobre Francisco,
A vos quedar sobre o chão?


} bis
 



Eu medito no silêncio
E em profunda solidão!





2-
Que buscais, ó São Francisco,
Nesta noite de Natal?
} bis
 
A quem chamais, pobrezinho,
Na noite fria de Assis?






} bis
 
Eu procuro pelos pobres,
Desvalidos deste mundo!





3-
Já não tendes o presépio,
Vossa fé já bem plantada,
} bis
 
O bordão e vosso hábito
E as vossas orações?


} bis
 



Eu preciso buscar a todos
Pra não perder-se nenhum!





4-
As cinco chagas chamais
De Nosso Senhor Jesus Cristo,
} bis
 
Profundo e simples quereis
Compartir a sua sorte?






} bis
 
Sim, pois o verbo é simples,
Mas traz a vida de Deus!


5-
Há uma estrela pra guiar
O caminho até as chagas,
} bis
 
Mas há sangue derramado
Sobre a neve sossegada.






Seu sangue não foi em vão,
} bis
 
Pois se cumpriu a aliança,
Sobre a neve nascerão
Rosas vivas de esperança!







                        PARTITURA MUSICAL
                                               - por Roberto Lima


NOTAS SOBRE OS AUTORES

Horácio Paiva

Horácio de Paiva Oliveira nasceu em Macau, Rio Grande do Norte, Brasil, em 30 de agosto de 1945, filho de Horácio de Oliveira Neto e Francisca Paiva de Oliveira. Desde cede manifestou-se o seu gosto pela literatura, sobretudo pela poesia. Publicou o seu primeiro poema aos 16 anos. Aos 18, com outros jovens escritores, criou em Natal o “movimento dos novíssimos”, que mantinha uma coluna literária no antigo jornal católico “A Ordem” (“Coluna dos novíssimos”). Foi funcionário do Banco do Brasil, onde serviu como escriturário, instrutor de direito civil e comercial e, depois, advogado. Iniciou seu curso de Direito em Recife, concluindo-o em Natal. Advogado, participou ativamente das lutas pelo restabelecimento, em seu País, do Estado Democrático de Direito. Foi fundador e presidente da Comissão Justiça e Paz  -  entidade pioneira na defesa dos direitos humanos, vinculada à Arquidiocese de Natal  -, membro do Comitê da Anistia no RN, coordenador do Comitê Pró-Diretas de Natal, fundador e presidente da Coordenação Intersindical do Estado do RN, membro da Comissão Nacional Pró-CUT (representando o RN), presidente do Sindicato dos Bancários do RN (de 1980 a 1989) e diretor da Federação dos Bancários de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Prêmio de Direitos Humanos “Emanoel Bezerra”. Cidadão Natalense, através de lei municipal. A vida intensa dedicada ao movimento social retardou o lançamento de seu primeiro livro de poesias (“Navio entre espadas”), que somente veio a lume no ano de 2002. Está incluído na antologia “Geração alternativa (antilogia poética potiguar)”, organizada pelo escritor J. Medeiros e editada em 1997. Participou, depois, de uma coletânea macauense de versos, chamada “A escola de Macau”, e publicada em 2003. Recentemente, em agosto de 2012, ao completar 67 anos, lançou seu livro de poemas “A Torre Azul”. Tem, prontos, em vias de publicação, dois novos livros de poesias:  “Caderno do Imaginário” e “Sou de Deus”.



Endereço: Rua Joaquim Patrício, 2598 – Condomínio Corais de Cotovelo – torre azul – apto. 302

                 Praia de Cotovelo – Parnamirim/RN – Brasil (CEP. 59.161-900)

Telefones: 55 (084) 4104.0202  -  55 (084) 99142.4317

E-mail:  horacio_oliveira@uol.com.br



Eduardo Gosson



Há 56 anos, precisamente no dia 1º de junho de 1959, às 7:22h, na maternidade Januário Cicco, apareceu no mundo, filho de Elias Antônio Gosson (filho de imigrantes libaneses) e Maria Dantas de Araújo, com 2,700 (dois quilos e setecentos gramas). Jornalista e Sociólogo,   publicou os seguintes livros:

O Ciclo do Tempo, 1990 (Poesia) -Sociedade e Justiça: História do Poder Judiciário do RN. Natal: 1998. (História) - Ministros Potiguares, 2005. (História) - Poema das Impossibilidades, 2007. (Poesia) – Entre o Azul e o Infinito, 2012 (poesia) e Crônicas da família Gosson, 2013, (Genealogia). Para publicação os seguintes: Almanaque da Poesia Potiguar, Eu não sabia que doía tanto (poemas e crônicas) e Crônicas do Tempo Presente (crônicas). Participou da reorganização da UBE-RN, sendo eleito Presidente  por três mandatos (2008-2009), (2010-2011)  e (2012-2013).



Endereço:

Telefones: 55 (084) 98782.3660


Roberto Lima



Roberto Lima de Souza nasceu em Natal em 02 de abril de 1946. É poeta e escritor (prêmio Othoniel Menezes, 1978 e Prêmio Câmara Cascudo, 1980 da Prefeitura de Natal e um dos ganhadores do Concurso literário Américo de Oliveira Costa” da UFRN/2014, nas categorias conto e poesias.), compositor laureado em festivais, destacando-se: 1° lugar do Norte e Nordeste (Recife) no I Festival Nacional da Música Popular Brasileira "O Brasil Canta no Rio”, e 5° lugar na Finalíssima Nacional (TV Excelsior, Rio de Janeiro); 1° lugar no II Festival Natalense da Canção Popular Natal;  2° Lugar IV Festival Internacional da Canção (fase Norte/Nordeste) e Finalista do IV FIC - TV Globo, Rio de Janeiro; 2º lugar no Concurso Nacional de Música da ANDES para Professores Universitários; 3º e 2º lugar, respectivamente, no I e II Forraço – Inter TV Cabugi. Presidente da União Brasileira dos Escritores/RN, membro do Instituto Histórico do RN, membro da Comissão Estadual de Folclore. Professor da UFRN, onde foi um dos fundadores do departamento de Artes, primeiro Coordenador do Curso de Educação Artística e também um dos fundadores do Curso de Filosofia e fundador do primeiro Curso de Pós-Graduação em Filosofia. Na UFRN, foi eleito Chefe do Departamento de Filosofia por três vezes e Vice-Diretor do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes-CCHLA. É mestre em Lógica e Filosofia da Ciência (UNICAMP) e doutor em Filosofia (Université Catholique de Louvain / UNICAMP). Recebeu diploma de Personalidade Benemérita pelos serviços prestados ao desenvolvimento da Cultura, das atividades artísticas e da Música (UFRN); Prêmio de Diretos Humanos/89 do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular e Movimento Nacional de Direitos Humanos; Medalha do Mérito Cultural “Deífilo Gurgel" do Governo do RN e Medalha e Diploma do Mérito Cultural “Deífilo Gurgel” da Câmara Municipal de Natal. Entre outras funções públicas, foi Chefe da Casa Civil do Governo do Estado (RN), Diretor Administrativo da EMPROTURN, Diretor Cultural da Fundação Capitania das Artes – FUNCARTE, Secretário de Administração e Gestão de Pessoas da Prefeitura Municipal de Natal e Presidente da FUNCARTE. É membro da Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da CNBB e tem colaborado com diversas publicações e cancioneiros Litúrgicos. É autor de várias músicas religiosas cantadas Brasil afora, inclusive do Hino da Campanha da Fraternidade de 2007 – “Amazônia e Fraternidade”, da Letra do Hino da Campanha da Fraternidade/2012 “Fraternidade e Saúde Pública" e da letra e da Música do Hino da CF 2014 “É para a Liberdade que Cristo nos Libertou”. Obras principais: As Dimensões do Tempo (poesias), Les “Autos” Populaires du Nordest du Brésil – in Art et Societé – Université de Namur (Bélgica – 1994); Romance da Princesa Kalina (Cordel em 10 cantos), As Dimensões do Espaço Íntimo (Poesias), O Quinto Anjo e Outros Contos.





Endereço: Rua Valter Fernandes, 3559 – Capim Macio.

                   CEP – 59.082-090

Telefones: (84) 3642-3805  -  (84) 9.8899-9686

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