sexta-feira, 15 de setembro de 2017

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A TARDE-NOITE DE ZILA MAMEDE

 
Gildete Moura Figueiredo

Tarde de homenagem a Zila Mamede, escritora e NOSSA REFERÊNCIA NO ESTADO. Momento de reencontros no dia 12 de setembro no Salão de Eventos da Academia Norte Riograndense de Letras, promovida pelo Governo do Estado, Conselho Estadual de Cultura e ANRL.Bibliotecários, escritores, membros da ANRL e Conselheiros se pronunciaram com depoimentos, leitura de poemas, e canto de poemas musicados por ZM foram apresentados  "em capela" pela professora, prima e escritora Nivaldete da UFRN. A familia Mamede fez a entrega de dois livros da homenageada para Biblioteca da ANRL (NAVEGOS, A Herança, EDURN, 2003; e Civil Geometria...bibliografia de JCMN, 1987). Foi oferecido um gostoso café, chá, chocolate, finos biscoitos, bolos, e chocolates "Sonho de Valsa" foram MIMOS da carinhosa FESTA, e o exemplar da Revista do Conselho que divulga a Cronologia de ZM👏👏👏👏👏 aos promotores: Governo do Estado, FJA, Conselho Estadual de Cultura e ANRL.


MEU COMENTÁRIO:
A simplicidade do texto acima, da escritora Gildete Moura Figueiredo é pouco para expressar a maravilha da solenidade de ontem  em homenagem a ZILA MAMEDE no salão de eventos da ANRL. Muito bem organizada por IAPERI ARAÚJO, não deixou de passar silente a data de 12 de setembro, dia em que se comemora a extraordinária poetisa macaibense AUTA DE SOUZA.
A reunião do Conselho de Cultura do Estado tomou tal dimensão, que ao final todos comentavam o fato de não ter sido gravada, pois representou efetivamente momentos de grande valor cultural e justas homenagens às poetisas do presente e de um passado distante.
Lamento a ausência de maior número de imortais, como também de membros da comunidade cultural para dar dimensão grandiosa à reunião e servir como bom exemplo de lembrar pessoas que valorizaram a terra potiguar.
PARABÉNS ao Conselho de Cultura pela solenidade, simples e bela, como mereciam ZILA e AUTA.
(Carlos de Miranda Gomes - Cadeira 33 ANRL).

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O JOGADOR E O PERU – Berilo de Castro


Na década de 1950, o ABC FC colecionava títulos na cidade. Sobrava, como se diz na linguagem, “boleira”.
Em um desses anos, o seu treinador, o pernambucano Edésio Leitão, conceituado e ganhador de títulos no Nordeste, foi ricamente contratado para comandar um famoso time alagoano —  o Centro Sportivo Alagoano (CSA). Conhecedor e admirador do bom futebol praticado pelo seu ex-comandado, o lateral esquerdo carinhosamente conhecido por Jaquinha —, o treinador fez e foi de imediato atendido no pedido de contratação do bom jogador.
Tudo fechado para alegria de todos: um excelente contrato para o atleta e uma belíssima aquisição para o clube.
Contrato feito, o embargue aéreo logo é   programado para Maceió/AL. Uma alegria contagiante e um belo sonho realizado pelo jogador. “Sal na molheira” — primeira viagem pelos céus do Brasil.
A chegada do atleta potiguar foi muito festejada pela torcida do time alagoano. O jogador assume de imediato a titularidade da equipe e inicia alguns bons jogos amistosos como pré-temporada para o campeonato no ano seguinte.
Era final de ano. Verão de muito sol e muitos festejos na cidade de Maceió, com a chegada do Natal e das festividades do final de Ano.
O atleta potiguar, na sua chegada, teve que ficar hospedado na residência do seu treinador e amigo Edésio Leitão (o paizão), até o  momento de poder se transferir para uma pensão/hotel; quem sabe mandar buscar a família para essa sua nova e deslumbrante experiência de vida, à época, repito, de final de ano: chegada do Natal e Festas de fim do Ano.
Como de costume, o treinador e sua família, muito religiosa, se uniam sempre diante de uma bela e rica ceia de Natal e, agora, melhor ainda, para comemorar a chegada do amigo e do bom atleta contratado.
Tudo organizado, belíssima e farta mesa de Natal, com tudo que tinha de direito. A família do treinador, sempre unida e muito cristã, vai, como de costume, assistir à santa missa à meia-noite. Nessa ocasião, o amigo/treinador pede ao atleta/hóspede para ficar no gerenciamento da   alegre e festiva residência até o término do ato religioso.
— Pois não, meu treinador, é com muito prazer e alegria. Podem ir tranquilos para a santa missa.
— Obrigado, meu craque!
Acontece que o solícito jogador, ficando sozinho, se sentiu despertado pelo seu apetite devorador (marca maior da sua identidade) com o cheiro sufocante e desafiador do bem assado peru, de fazer salivar os mais do súditos, fiéis e duros veganos. Não deu outra: foi lá no prato cheiroso do penoso e provou do “veneno”. Não teve como se controlar. A hora e meia da missa foi o suficiente para devorar todo o belo e apetitoso prato atrativo do peru.
De volta, os anfitriões, radiantes e felizes, vão cumprimentar e abraçar o seu hóspede/amigo; logo percebem algo estranho: a mesa desarrumada, o prato principal mexido e vestígio oleoso em volta da boca do gentil e solícito hóspede/atleta.
A festa não acontece. A ausência, a  integridade do bendito, abençoado e apetitoso peru tirou a total alegria da sonhada reunião familiar; a graça e o desejo maior de todos em saborear o  desejado penoso “gu lu gu lu” foi para o beleléu.
Muito alvoroço, muito barulho e muita pressa para mandar o mais rápido possível o bom jogador e indesejável hóspede — o devorador de peru de volta para  Natal.
O retorno do nosso bom atleta foi mais rápido do que ele esperava; só que no lento, duro e desconfortável vagão de carga do trem da Rede Ferroviária Nordestina.
Oh! Peru gostoso!
Berilo de Castro – Médico, escritor, membro do IHGRN  – berilodecastro@hotmail.com.br

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

MEMÓRIA MUSICAL – Berilo de Castro



1 — Na década de 1960, o Aeroclube/Natal, apresentava um frequentado programa de fim de tarde e início da noite( Matinê) aos domingos, sempre trazendo uma atração musical de destaque no cenário artístico nacional. Certa feita, fora anunciado e convidado um jovem cantor/compositor de nome Roberto Carlos – o “Rei do Rock”. Era, de fato, um estranho, um desconhecido cantor, cujo maior sucesso era a música “O Calhambeque” (Road Hog -1962) composição de John Loudermilk, versão de Erasmo e Roberto Carlos (1964).
Anunciado pelo apresentador e iniciado o show, com pouco tempo, a plateia, inquieta, não curtiu, não gostou; e ensaiou   uma sonora vaia, deixando o jovem artista em situação nada agradável – uma decepção geral para os expectadores presentes.
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2 — Nas suas apresentações, que foram muitas na nossa cidade, o incomparável e inesquecível cantor romântico Altemar Dutra (1949-1983), após os seus shows se dirigia aos singelos bares da orla marítima e do centro da cidade, para curtir a madrugada tomando o seu bom uísque Chivas, cantando, esbanjando e curtindo a sua bela voz ( sem plateia —  era a sua única exigência). Sorte, muita sorte, para os poucos e felizes madrugueiros boêmios potiguares.
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3 —  Idenilde Araújo Alves da Costa (Núbia Lafaiete, Assu/RN, 1937 – Rio de Janeiro/RJ – 2007) – relatou no Programa Memória Viva, pela TV Universitária/Natal, que teve o prazer e a  honra de ser a primeira cantora escolhida pelo compositor romântico  Adelino Moreira (1918-2002), para interpretar o seu grande sucesso “Devolvi” (1961); fato que gerou uma ciumeira danada nas outras intérpretes; a mais queixosa foi  Ângela Maria.
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4 —  José Luiz da Silva (Zé Luiz, Ponta de Mato/Ceará-Mirim/RN – 1915 -1982 -Natal/RN ) foi um desconhecido compositor, parceiro do famoso cantor alagoano Augusto Calheiros (1891—1956 ), — “A Patativa do Norte”, para quem compôs e vendeu por migalhas, grandes sucessos, como: “Grande Mágoa”, “Vida de Caboclo”,  “Célia”, “Casa de Sapê”. Morreu pobre, esquecido. Sepultado no reino dos esquecidos.
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5 — Garota de Ipanema é a segunda música mais tocada no mundo nos últimos cinquenta anos; a primeira é Yesterday ( Paul Mac Cartney).   Uma das canções mais regravadas em todos os tempos, com mais de 200 versões. Cantada pela primeira vez pelo cantor Pery Ribeiro fora do Brasil – Nova York / EUA.
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6 —  A música “Grito de Alerta” (nome sugerido por Agnaldo Timóteo), do cantor/compositor Gonzaguinha, foi baseada numa história contada por Aguinaldo ao seu grande amigo e confidente Gonzaguinha, sobre os desencontros do seu relacionamento com um “amigo” – Paulo César Souza, o Paulinho. A bela música foi entregue à cantora Maria Bethânia para gravar, episódio que causou ciúme, rancor e aborrecimento ao “menino ou menina” —Timóteo.
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7 —  O nosso imortal humorista Chico Anysio, foi também um grande e famoso compositor. Deu uma importante contribuição para a história da música popular brasileira (MPB). Compôs mais de 200 canções. Em parceria com o potiguar (macauense) Hianto de Almeida, gravou mais de sessenta músicas, entre elas “Conversa de Sofá”, canção que recebeu na época, do iniciante maestro Tom Jobim o seu primeiro arranjo.
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8 — O grande, famoso e imortal compositor de  sambas paulistanos, Adoniran Barbosa, autor de: “Iracema”, “Trem das Onze”, “Saudosa Maloca”, também compôs belas músicas românticas, como o grande sucesso: “Bom dia, tristeza”, em parceria com o poetinha Vinicius de Moraes. “Bom dia, tristeza / Que tarde de  tristeza / Você veio hoje me ver / Já estava ficando / Até meio triste / De estar tanto tempo / Longe de você”.
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9 —  O nosso representante maior, que contou e cantor com seus baiões, xotes e xaxados a história sofrida do povo e da região nordestina, é o autor da bela página musical romântica: “Dúvida”. “Não sei por que razão tu tens ciúmes / Não sei por que razão não crês em mim / Bens sabes que te quero e meu amor é tão sincero / É demais duvidar tanto assim, ai de mim”.
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10 —  Gilson Vieira da Silva, irmão do também cantor e compositor  Nazareno Vieira ( falecido), potiguares de Macau/RN;  o primeiro, radicado no Rio de Janeiro, é  destaque nacional  como cantor, compositor e produtor musical. Autor dos sucessos como: “Casinha Branca”,”Verdade Chinesa” “Lesões Corporais” e muitos outros.
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11 —  Lourenço da Fonseca Barbosa ( Capiba — Surubim/PE, 1904, Recife/PE, 1997). Bem jovem, foi residir em Campina Grande /PB, chegando a jogar como zagueiro, no time do Campinense Club. Aos vinte anos gravou a sua primeira música —  a valsa “Meu Destino”.  Em 1938, concluiu o curso de Direito em Recife/PE, nunca foi receber o diploma, nem nunca  exerceu o ofício.  Em 1945, gravou seu grande sucesso “Maria Bethânia”, canção feita em 1943, por encomenda do diretor Hermógenes Viana, do Teatro dos Bancários, para a peça Senhora de Engenho, de Mário Sette. A música dois anos “estourou” nas rádios com a belíssima  gravação, na voz inigualável e inesquecível de Nelson Gonçalves; gravou também em parceria com o compositor e poeta Hermínio Bello de Carvalho, a canção: “Amigo é Casa”
Foi protagonista da  primeira troça, o Galo da Madrugada, hoje, o bloco que reúne o maior número de foliões no mundo. Compôs mais quatrocentas músicas, a maioria frevos.
Berilo de Castro – Médico, escritor, membro do IHGRN  – berilodecastro@hotmail.com.br

domingo, 10 de setembro de 2017


Hoje é o dia do meu aniversário. Não estou fazendo festa porque a família está de luto por ADRIANO GOMES DA COSTA e ontem perdi um grande amigo NIVALDO BONIFÁCIO. Fiquei lisonjeado com as mensagens recebidas, as quais agradeço emocionado. Peço permissão para transcrever apenas uma, que demonstra o grau de afeto dos meus amigos. É do meu confrade LÍVIO OLIVEIRA, abaixo reproduzida:




No correr do dia, entre outras mensagens, recebi mais uma que agora transcrevo, enviada pelos meus confrades Assis Câmara e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas:

10/09/17 16:07:01 *AMIZADE*

De: Assis Câmara e Marcelo Ribeiro Dantas

     Para o Professor Carlos
     Miranda Gomes

Como um tesouro que se tem guardado
Em cada amigo eu vejo meu passado
Na marcha regressiva da Saudade.

Como um tesouro que se tem na mente
Em cada amigo eu tenho um presente
Na marcha tão constante da bondade.

Como um tesouro, só que bem mais puro,
Em cada amigo espelho meu futuro:
É a marcha progressiva da amizade!

NA MANHÃ DESTE SÁBADO 9 DE SETEMBRO, A ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS ENGALANOU-SE COM SOLENIDADE PARA DAR POSSE A SUA NOVA DIRETORIA E A 14 NOVOS ACADÊMICOS. FUNDADA NO DIA 12 DE SETEMBRO DE 2010 (ANIVERSÁRIO DE AUTA DE SOUZA), FOI INSTALADA EM SOLENIDADE NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO RN NO DIA 27 DE OUTUBRO DO MESMO ANO E QUE AGORA RECEPCIONOU ESTA NOVA SOLENIDADE.


A MESA DOS TRABALHOS FOI COMPOSTA PELO PRESIDENTE CÍCERO MACEDO, QUE ENTREGOU O POSTO AO HISTORIADOR ANDERSON TAVARES DE LYRA E PELOS REPRESENTANTES DA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS (VALÉRIO MESQUITA), ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RN (ARMANDO HOLANDA) E INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFIO DO RN (CARLOS DE MIRANDA GOMES).
OS TRABALHOS FORAM INICIADOS COM O DESFILE DAS BANDEIRAS DO BRASIL, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E DO MUNICÍPIO DE MACAÍBA, CONDUZIDAS POR UM GRUPO DE ESCOTEIROS, SOB O TOQUE DE MARCHAS E DOBRADOS EXECUTADOS PELA BANDA DE MÚSICA DA GLORIOSA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO QUE, EM SEGUIDA, EXECUTOU O HINO NACIONAL DO BRASIL.
APÓS A POSSE DA NOVA DIRETORIA E DOS ACADÊMICOS, USARAM DA PALAVRA O ACADÊMICO NELSON FREIRE, EM NOME DOS DEMAIS EMPOSSADOS E DO ACADÊMICO CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA, QUE FEZ O ELOGIO DO SEU PATRONO JOSÉ JORGE MACIEL, CADEIRA 35.
OS TRABALHOS FORAM ENCERRADOS COM A EXECUÇÃO DO HINO DO RIO GRANDE DO NORTE.

FOI UMA BELA MANHÃ DE CONFRATERNIZAÇÃO E ALEGRIA, SENDO OFERECIDO UM LAUTO CAFÉ DA MANHÃ AOS PRESENTES. PARABÉNS.