sábado, 16 de fevereiro de 2013



no TJRN


Glauber Rego é o novo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
O noticiário local de hoje informa que foi expedido ofício ao Presidente
da Assembleia Legislativa do estado com o nome do advogado escolhido
pela governadora Rosalba Ciarline para ocupar a vaga de desembargador
 no Tribunal de Justiça do RN.
Glauber Rêgo é natural de Pau dos Ferros, casado com Fabíola e
tem 2 filhos. É advogado formado pela UFRN e também Engenheiro
Agrônomo pela ESAM. Há 15 anos atua nas áreas do Direito civil,
Empresarial, Trabalhista e Administrativo. Segue uma linha de
 pauferrenses jurístas como Hemetério Raposo de Melo e
Raimundo Nonato Fernandes.
Agora haverá sabatina na Comissão de Constituição de Justiça
da Casa Legislativa Estadujal, na próxima terça-feira, para o
 Plenário votar se concorda ou não com a indicação da Governadora.
É compromisso do advogado Glauber Rêgo de realizar um trabalho
 comprometido com os princípios republicanos e com a ética.
A nomeação está vinculada ao decreto legislativo.
Este blog envia os parabéns ao escolhido e à classe dos advogados,
que em pleito memorável, soube escolher a sua lista, confirmada
pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado com a composição da
lista tríplice, com os três primeiros nomes enviados pela
Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Rio Grande do Norte,
em sua lista sêxtupla.

Notícias

Quinto Constitucional: TJRN 

define lista tríplice

por Maiara Cruz
Imagem Interna
Votação para a formação da lista tríplice aconteceu na manhã desta sexta (15), no plenário do TJRN
















O Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
escolheu hoje (15), em sessão extraordinária, a lista
com os nomes dos três advogados que estão aptos
a concorrer à vaga de desembargador, destinada ao
Quinto Constitucional. Doze dos quinze desembargadores
titulares do TJ participaram da votação.

O eleito para o primeiro lugar foi o advogado Artêmio Azevedo,
com 10 votos. Glauber Rego foi o segundo escolhido para
lista tríplice, com sete votos. Na escolha para o terceiro nome,
houve empate entre Magna Letícia e Verlano Queiroz. Como
nenhum candidato obteve a maioria dos votos, houve uma
segunda votação. Desta vez, Magna conseguiu seis votos,
contra cinco de Verlano. O mesmo aconteceu na terceira
votação. O presidente do TJ suspendeu então a sessão
por 30 minutos. A votação foi decidida no quarto escrutínio.
Magna conseguiu se eleger após receber a maioria absoluta
dos votos (sete, contra cinco de Verlano).

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
no Rio Grande do Norte, a eleição foi satisfatória.
“Tivemos celeridade no processo. Estou feliz com o
resultado. Os três escolhidos estão capacitados para
assumir a cadeira de desembargador”.

Segundo Aderson Silvino, presidente do Tribunal, o
próximo passo será marcar uma audiência com a
governadora Rosalba Ciarlini para entregar a lista tríplice.
“A eleição do Quinto Constitucional é muito rara.
O Quinto está previsto na Constituição. É importante
que haja essa mescla no Tribunal para que todos
possam contribuir com o seu conhecimento”,
disse o desembargador.

A OAB/RN entregou a lista sêxtupla ao TJRN no
último dia 4, através do Ofício nº 36, já que o direito
de ocupar a vaga pertence, desta vez, à entidade.
Os seis nomes foram enviados, obedecendo a ordem
de votação.

Depois de 80 anos, os advogados norte-rio-grandenses
puderam escolher, de forma direta, os integrantes da lista
sêxtupla do Quinto Constitucional para vaga de
Desembargador do Tribunal de Justiça do RN,
deixada com a aposentadoria compulsória do
desembargador Caio Alencar.

Dos vinte candidatos, os seis mais votados na eleição
realizada em 22 de outubro de 2012, foram: Magna
Letícia, Artêmio Azevedo, Marisa Rodrigues, Verlano
Queiroz, Glauber Rêgo e Priscila Fonseca. Passaram
para a lista tríplice: Artêmio Azevedo, Glauber Rêgo
e Magna Letícia.

Acompanharam a votação: o presidente da OAB/RN,
Sérgio Freire; o Conselheiro Federal, Lúcio Teixeira; o
Conselheiro Seccional, Deywson Gurgel; o presidente
da OAB Mossoró, Aldo Fernandes; e o presidente da
CAARN, Paulo Coutinho.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013



ATO DE GRANDEZA
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor

Nos últimos dias a renúncia de Bento XVI ao Trono de Pedro, vem causando perplexidade no mundo religioso e político de todo o mundo.
Especulações têm sido levantadas a propósito dos motivos determinantes desse ato extremo, nem todos com a sensatez como deveria ser encarado.
A Igreja pode até ser eterna, mas os seus dirigentes são humanos e frágeis por natureza, daí não dever ser motivo de estranheza gestos como o do atual Papa Joseph Ratzinger (Bento XVI).
Em meu sentir, a sua decisão representa um ato de grandeza, ou de humildade como dizem alguns. Em verdade, vamos procurar nas Sagradas Escrituras, na epistola sobre os Pastores e seus deveres:

“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com Seu próprio sangue.” Atos 20.28

O Papa, com extrema benevolência e sabedoria tudo fez para cumprir a máxima bíblica, mas teve de lidar com a hipocrisia e divisão da Casa de Deus, sentindo-se, em razão de sua fragilidade física, incapacitado para dar o comando enérgico que a situação impõe.
A par de tudo isso, a humanidade vive uma crise de amor e compreensão, com a persistência da beligerância entre povos, a luta religiosa radical, pondo em risco a unidade da paz.
A saída do Papa do seu Pontificado não o retira da cena religiosa, pois a sua sabedoria é indispensável à estabilidade das mensagens da Igreja Católica que, certamente, dele se socorrerá em muitas oportunidades.
O Cardeal Ratzinger é prolífero em seus escritos desde o Concílio Vaticano II, continuando nos Papados posteriores, habilidade que sempre desenvolveu sem alarde ou ostentação.
Comenta-se que a sua obra é a mais exuberante dentre todos os sucessores de Pedro, tendo como ponto fundamental a serenidade.
Estamos, por conseguinte, num momento histórico da humanidade, quando todos, ainda que não cristãos, se preocupam com o sucessor de Bento XVI, augurando que sopros Divinos se estendam ao Colégio Cardinalício e, com a proteção de Deus, saiba escolher um novo Mandatário da Fé, do Amor, da Caridade e da Paz, para conduzir o rebanho nesse tumultuado Século 21.
É o que esperamos, Amém.


PARA QUEM TEM FÉ

O cirurgião que encontrou a Jesus NO CORAÇÃO DE UMA CRIANÇA 
-Amanhã de manhã eu vou abrir o teu coração. Explicava o cirurgião para uma criança. 
 
E a criança o interrompeu:
-Você encontrará Jesus ali? 
O cirurgião olhou para ela, e continuou:
-Eu vou cortar uma parede do teu coração para ver o dano completo. 
-Mas quando você abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.
O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio. 
-Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida, ainda com teu coração aberto. 

-Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz claramente que Ele mora ali. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive ali... 
Então você vai encontrá-lo no meu coração! 

O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou: 

-Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo? 
Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos. E, além disso, eu vou concluir se posso te ajudar ou não. 

-Mas você encontrará Jesus ali também? É sua casa, Ele vive ali, sempre está comigo. 

O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável. 

Terapia: analgésicos e repouso absoluto. 

Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse:
-Morte nos primeiros anos de vida.
Então, parou o gravador.
Mas tenho algo a mais a dizer:
-Por quê? Perguntou em voz alta.
Por que acontecer isso com ela? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê? 

De repente, Deus, nosso Criador respondeu: 

O menino, minha ovelha já não pertencerá a teu rebanho, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão com ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo. 

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou: 

-Tú criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses?

O Senhor lhe respondeu:
-Porque é tempo de regressar ao seu rebanho, sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha minha com dom de médico para que ajudasse a seus irmãos, mas com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador. 
Então enviei outra de minhas ovelhas, o menino enfermo, não para perdê-lo, e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo, com dotes de médico volte para mim. 
Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente. 

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam a frente do médico. 

O menino acordou e murmurando rapidamente perguntou: 

-Abriu meu coração? 

-Sim. Disse o cirurgião. 

-O que encontrou? Perguntou o menino. 

Tinha razão, reencontrei Jesus ali. 

Deus tem muitas maneiras diferentes para que você volte para o seu lado. 

Leia esta mensagem até o final. 

Eu quase apaguei esta mensagem, mas fui abençoado quando cheguei ao final. 

Assunto: Leia somente se tem tempo para Deus. 

Deus, quando recebi esta mensagem pensei... Eu não tenho tempo para isto... e realmente é inoportuno durante o horário de trabalho. Logo, eu percebi que ao pensar assim é exatamente o que tem causado muitos dos problemas em nosso mundo atual. Buscamos ter a Deus só na igreja aos domingos de manhã. Às vezes, talvez um domingo à noite... Sim, nós gostamos de tê-lo na doença... e, sobretudo, nos funerais. Mas, não temos tempo, o lugar para Ele nas horas de trabalho ou em nosso tempo livre... Porque .... Isso é na parte de nossas vidas em que pensamos: "Nós podemos e devemos controlar sozinhos" 

Que Deus me perdoe por haver pensado que não há um tempo e lugar onde Ele não seja o PRIMEIRO em minha vida. Devemos sempre ter tempo para lembrar TUDO o que Ele fez e faz por nós. Jesus disse: "Se tú tem vergonha de mim, eu me envergonharei de ti diante de meu Pai". 

Então me ajoelhei para orar, mas não por muito tempo, tinha muito para fazer. Tive que apressar-me e ir trabalhar já que as cobranças logo estariam diante de mim. Dei um salto e meu dever cristão estava concluído. 

Minha alma pode então descansar em paz. Em todo o dia não tive tempo de falar uma palavra de encorajamento, nem de falar de Jesus aos meus amigos; iriam rir de mim e eu ficaria com medo. Não há tempo, não há tempo. Há muito o que fazer. Esse era a minha reclamação constante. Não há tempo para dar-lhe as almas necessitadas, só na última hora, a hora da morte. Então parei em pé diante do Senhor, o vi e permaneci de cabeça baixa, já que em Suas mãos ele segurava um livro, o livro da vida. Deus deu uma olhada no seu livro e disse: 'Não posso encontrar o teu nome, uma vez estive a ponto de anotá-lo, mas nunca encontrei o tempo
"Tens agora o tempo para reenviar esta mensagem?
De todos os presentes que podemos receber, uma oração é o melhor. Não custa nada e traz recompensas maravilhosas, Deus te abençoe. 

Que Deus te abençoe e te guarde.
Não é curioso que quando chegar o momento de reenviar esta mensagem, você vai deixar de enviar a muitas das pessoas que estão na tua lista de contatos porque você não está seguro(a) do que vão pensar de você. 

Oro por todos aqueles que reenviarem esta mensagem a todos os contatos, eles serão abençoados por Deus de uma maneira especial. 

Envie-a também à pessoa que te enviou, para que saiba que realmente foi enviado a muitas pessoas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


Toque - Livros e Cultura

por Carlos de Souza


Poetas com estilos variados para curtir

Agora que todos já viveram suas catarses de alegria intensa, pularam e dançaram durante os dias de carnaval, as mentes ficam mais calmas e se preparam para a Páscoa que se aproxima. Essa é a tradição do carnaval, tá lá em Bakhtin, pode conferir. Pois então sugiro a leitura de alguns poetas que se seguem:

Vou começar com uma mulher, pois elas têm primazia aqui. Constantina, de Cínthya Verri, Editora Edith, São Paulo, 77 páginas. São versos intimistas, voltados para a primeira pessoa, uma tendência em poetas de nosso tempo e lugar. São sempre poemas curtos na tradição deixada pelos poetas mimeógrafos dos anos 70, mas a temática é outra. Aqui o tom é nitidamente biográfico. A poeta fala de sua infância, ou de uma infância fictícia, não importa. Parece um diário. É bonito? Claro que é. Quem gosta de ler poesia, sempre vai encontrar motivos para encantamento. Encontrei alguns “cacos” como nos versos “gostar de quem crer em deus”. Acho que é “crê” no caso aqui. Mas tudo bem, quando se é jovem é sempre possível aprender mais e mais. E Cínthya Verri é uma gaúcha bem jovem. O livro evolui em quatro fases. Na segunda, estamos em uma espécie de rito de passagem. Na terceira, estamos chegando à maturidade. Os poemas ficam mais densos, piscam os olhos para a finitude. Na quarta, chegamos ao “Acaso”, como ela mesma indica. Aí entram o amor e o sexo. As dores de amores. Chegamos ao ápice.

Misto Códice – Códice Mestizo, de Paulo de Tarso Correia de Melo, Sarau das Letras, Mossoró, 98 páginas. Para entender esse livro é melhor ouvir as palavras do próprio poeta: “Traduzi, adaptei, fantasiei até perder o controle da criação”. Paulo de Tarso é um poeta canônico, grande nome da poesia potiguar. Prescinde de apresentações. Neste livro ele homenagear os escritores presentes ao Encontro de Poetas Iberoamericanos de Salamanca e também o escritor espanhol Miguel de Unamumo. Livro de grande erudição e beleza poética. Impossível de analisar aqui neste curto espaço.

Incerto Caminhar, de David Medeiros Leite, Sarau das Letras, Mossoró, 109 páginas. Este livro foi premiado no II Concurso de Poesia em Língua Portuguesa da Universidade de Salamanca e Escola Oficial de idiomas de Salamanca, Espanha. É um livro bilíngue, em espanhol e português. Muito bem escrito e ilustrado. Chamou minha atenção a simplicidade dos versos, uma tradição modernista no Brasil que parece ter agradado muito aos espanhóis.

Gramática, de Carlos Gurgel, Editora do Departamento Estadual de Imprensa, Natal, 138 páginas. Este livro saiu diretamente de uma mente que viveu o apogeu do poema mimeógrafo, passou por todas as transformações da contracultura e ainda continua instigante e combativa. A linguagem é aquela exuberante, transbordante de ideias como um Allen Ginsberg potiguar. O autor mescla poemas curtos com poemas torrenciais, de deixar o leitor sem fôlego. Muito bom esse livro de Gurgel. Recomendo.

Atestado de Órbita, de Carito Cavalcanti, Editora Jovens Escribas, Natal, 135 páginas. Este também é um livro impregnado de juventude e criatividade. Carito é conhecido por seus trocadilhos inventivos e músico revolucionário numa província que pouco o entende. O livro tem aquele sabor agridoce dos Beatnicks, pé na estrada. É inquietante e inconformado. Carito faz aqui uma espécie de auto de fé particular, colocando seu corpo e mente em sacrifício de uma arte que o consome. Prazeroso de se ler e comentar com quem ainda não leu.

Poesia Alguma, de Ruy Rocha, Jovens Escribas, Natal, 61 páginas. Aqui encontramos novamente aqueles poemas telegráficos, tão ao gosto da geração 70 em diante. O poeta destila aqui todas as suas influências e leituras e presenteia o leitor com sua vivência. A meu ver, Ruy é um poeta em gestação, alguém em busca de uma voz particular que o tire da mesmice. Deu o primeiro passo, exposto livremente nas livrarias, como diria Drummond. Talvez o poema que resuma este livro seja Troturado em que ele diz: “Ali vai um torturado pelo desejo/ a realidade  é dele e de mais ninguém/ Ele deseja gritar uma coisa/ que não tem nome.”

O Teorema da Feira, de Lívio Oliveira, Edição do Autor, Natal, 115 páginas. Lívio é um poeta prolífico e premiado e até já fez um CD em parceria com o músico Babal. É um poeta inquieto, afeito a acirrados debates culturais, principalmente no blog Substantivo Plural, de Tácito Costa. Qual seu estilo? Totalmente imerso nas premissas do Modernismo, essa verdadeira camisa de força que deixou os poetas brasileiros sem muitas saídas. Lívio é inventivo e referencial como a maioria dos poetas daqui e de alhures. Senão vejamos: “caminharei com quatro mágicos em abbey Road/ me perderei em piccadilly circus e morrerei na grama fria”.

Mostrei aqui a vocês um breve panorama da poesia que se pratica no Rio Grande do Norte e em alguns lugares do Brasil. Creio que a poesia está passando por um momento de espanto. O mundo moderno, com seu 11 de setembro e seus Drones, parece ter deixado a todos meio nus.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

QUARTA-FEIRA DE CINZAS
PARA RELEMBRAR O PASSADO QUE FICOU

PARA MEDITAR NO INÍCIO DA QUARESMA


    “Ninguém faz nada sozinho.”

 UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN – UBE/RN
 Comunicado de reunião nº 02/2013
      
         Através do presente Comunicado ficam todos os membros da Diretoria, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo e associados  cientes que,  por motivo superior, a   1ª Reunião Ordinária  do ano de 2013, prevista para o dia 07 do corrente mês fica remarcada para o dia 21, no mesmo local e na mesma hora.

     

      Ordem do Dia:

1.        Leitura da Ata anterior
2.        Planejamento das atividades do ano de 2013


                                    Eduardo Gosson
                                Presidente


Data: 21.02.2013 (quinta-feira)
Hora: 16h
Local : ANL

A Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte realizará no dia 20 de fevereiro Aula Magna de abertura do ano da ESA. A palestra será proferida pelo professor Misael Montenegro Filho, que abordará o tema “A Responsabilidade Civil do Advogado”. O evento terá início às 19h, no Auditório do Ministério Público, que fica na Rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, 97 - Candelária - Natal/RN.
As inscrições são limitadas e podem ser feitas de forma gratuita através do e-mail: esa@oab-rn.org.br.
Misael Montenegro Filho
É bacharel em Direito, formado pela faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1993. Autor de diversos livros jurídicos, destacando-se: Curso de Direito Processual Civil, em três volumes; Manual de Processo Civil: técnicas e procedimentos; Processo de Conhecimento na Prática; Ação de Indenização na Prática; Recursos Cíveis na Prática; Ação de Execução na Prática, Ações Possessórias, Código de Processo Civil Comentado e Interpretado e Responsabilidade Civil - Aspectos Processuais, todos editados pela ATLAS, além de Processo Civil para Concursos Públicos e Processo Civil no Exame de Ordem, publicados pela Editora Método. Membro do IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Processual.
AULA MAGNA DE ABERTURA DO ANO ESA
Dia: 20/02/2013
Hora: 19h
Local: Auditório do Ministério Público (Rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, 97 - Candelária - Natal/RN)
Palestrante: MISAEL MONTENEGRO FILHO
Tema: A Responsabilidade Civil do Advogado
Inscrições: Através do e-mail esa@oab-rn.org.br (inscrições limitadas em 290 e o certificado de 5h será entregue 15 dias após o evento na OAB/RN)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vou pro baile - Gomes de Melo do RN

domingo, 10 de fevereiro de 2013


MEUS VELHOS CARNAVAIS. 3
Carlos Roberto de Miranda Gomes,escritor


O carnaval, em sua concepção original, era considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo e sempre teve um significado ligado à liberdade total de dizer e fazer, gerando as críticas e sátiras. 
Com as sucessivas crises econômicas e políticas já não persiste a alegria espontânea do folião, pois tudo é artificial, promovido pelos órgãos municipais, sem o interesse da totalidade da população, ou, palcos com músicas tocadas por bandas contratadas – algumas “fajutas” e causadoras, posteriormente, de inquéritos em razão de irregularidades cometidas.
O carnaval de rua ainda é mantido, com suas tradições originais na região Nordeste do Brasil, notadamente nas cidades de Recife e Olinda, onde as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu, com desfiles de bonecos gigantes representando pessoas populares em todo o mundo. Também na Bahia, em especial na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas agitadas defendidas por cantores e grupos típicos da região, como são exemplos os blocos afro-brasileiros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi. 
Desfile terminou no Largo do Rosário dos Homens Pretos (Foto: Luna Markman/G1)    
No eixo Rio - São Paulo, o carnaval é um espetáculo para atrair turistas, sem mais a espontaneidade dos primeiros tempos, embora sua magnitude atraia as vistas de todo o mundo.
 
Este ano em nosso Estado, então, chegamos ao pico do fracasso, pois com o estado de calamidade rondando a maior parte dos municípios potiguares, receberam advertência do Ministério Público para declinarem do patrocínio oficial. Natal, em particular, não pode disponibilizar recursos em razão de sua situação financeira precária, herança da alcaidessa Micarla de Souza, detentora de um marco de descrédito da gestão política, só deixando coisas por fazer e dívidas a saldar.
Alguns folguedos esporádicos, como "Velhos Carnavais",organizado por Gtenberg Costa e o Baile de Máscaras, no largo do Atheneu.
Resta, neste ano, a fuga para as praias para uma alegria “forçada”, à custa de muita bebida e zoada. Esperam-se melhores augúrios para os próximos anos.

O PRIMEIRO CLARIM PARTE II
                   Ciro José Tavares

            O que nos impressiona na Ribeira é a atração atávica e uma relação apaixonada que mantemos com o velho e esquecido bairro à margem direita do Rio Potengi. Isso seria natural quando nossos avós moravam e trabalhavam ali, no começo do século XX. Mas esse amor inexplicável parece nos ter sido legado como herança da qual não podemos nos libertar. Os carnavais da cidade começavam nas ruas estreitas, vagarosamente espalhando-se pelas ladeiras na direção da Ribeira do Alto, que a incúria administrativa da época decidiu chamar de Cidade Alta, quando podia ter seguido o exemplo português da região da Beira, dividida em diferentes distritos administrativos sem perder a identidade original.
            Nas décadas de 50 e 60, a Ribeira ainda pulsava e muitos tinham seus negócios e escritórios. Durante o carnaval, sem nenhuma obrigação, desciam para conversar na Avenida Tavares de Lira, à porta da Livraria Ismael Pereira ou da Agência Pernambucana, saber dos boatos do Carneirinho de Ouro, falar das perspectivas momescas e comentar as notícias dos jornais. Por volta das onze horas da manhã, final do expediente,disputavam um lugar na Confeitaria Delícia, com sua porta larga voltada para a beleza da Praça Augusto Severo. Olívio, o proprietário de origem portuguesa, sempre acomodava todos distribuindo sua simpatia contagiante. O calor da conversa era esfriado por cervejas estupidamente geladas, acompanhadas por petiscos da melhor qualidade. Olívio, paciente, deixava o seus clientes à vontade e esses, ao redor do meio-dia sabiam que era tempo de tomar outro rumo. Na Avenida Rio Branco, entre as Ruas General Osório e professor Zuza, o Granada Bar, do Nemésio Morquecho, fervia de foliões fascinados pelas iguarias que apenas ele conhecia os segredos e Luís seu garçom 24 anos,,não parava de comandar pedidos  e atender a pressa dos clientes empedernidos. Nas voltas que a vida dá o Granada Bar já não existe, Nemésio habita outra dimensão, mas Luís com a mesma eficiência de antigamente é, hoje, o respeitável proprietário do ótimo Lula Restaurante, na Rua Xavier da Silveira, no bairro de Morro Branco, zona Sul da capital potiguar.
            A outra opção dos carnavalescos, no sábado do Zé Pereira, era a Confeitaria Cisne, dos irmãos Miranda, no Grande Ponto, em plena fogueira da animação. O estabelecimento estava estrategicamente bem localizado. Dez ou vinte passadas separavam-no da Avenida Rio branco, onde passariam blocos, tribos de índios e mulheres lindas em carros abertos que faziam o corso.
            Também era na confluência da Avenida Rio Branco com a Rua João Pessoa a estação final da animada turma que trabalhava no Matadouro de Natal, no bairro das Quintas, e que se denominava bloco da Salgadeira.
            O pessoal pegava cedo no serviço até chegar a fanfarra que os conduziria ao centro da cidade. Na carroceria de uma camionete uma bem cevada porta- estandarte convocava os foliões que venciam o cansaço com renovados goles de aguardente. Quando atingiam o baldo pareciam turba de bárbaros alucinados.
“Atravessando o deserto do Saara,
o sol estava quente e queimou a nossa cara
Alah, oh! Meu bom Alah
Oh! Que calor, Que calor, Que calor.”
 Do alto do Edifício do Natal Clube era possível ver a evolução que, o estudante “Pecado” na sua ironia ferina e preconceituosa chamava de “mundiça”
As atividades da plebe e dos outros blocos estavam em compasso de espera para o domingo que seria duríssimo. Também curávamos a noite do baile dos karfajestes que terminara pelas quatro horas da manhã.

Cortei o sinal - Gomes de Melodo RN