- "Eu não acredito em caridade, eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima pra baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas".Eduardo GaleanoA propósito, recebi pelo mundo virtual um vídeo onde uma criança ferida clama pelo amor de Deus para lhe minorar a dor. Em seguida, um áudio esclarece que cada repercussão daquela imagem permitirá uma ajuda de 1 centavo em favor da cirurgia da criança exposta. Logo depois recebo o alerta de amigos de que aquilo é um golpe. Fiquei triplamente chocado - seja pelo clamor do sofrimento; pelo desmascaramento de uma fraude; enfim, de ter incomodado meus amigos reproduzindo a encenação. NÃO SEI, mas a figura da criança desesperada me trouxe a lembrança de que É VERDADE que a saúde está sucateada e tais fatos são corriqueiros nos hospitais; que a inteligência da Polícia não localiza esses exploradores do sentimento alheio. DESCULPEM pela minha ingenuidade, mas aproveito o episódio para rogar aos amigos que orem, rezem e apelem para o transcendental para que possamos ter a esperança de melhor qualidade de vida no futuro. É só uma questão de fé!
sábado, 4 de novembro de 2017
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
As pessoas podem ser dividas em três grupos:
Os que fazem as coisas acontecerem;
Os que olham as coisas acontecendo;
e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu.
Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando.
Nunca deixe de ter dúvidas, quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada.
Antoine de Saint-Exupéry
Os que fazem as coisas acontecerem;
Os que olham as coisas acontecendo;
e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu.
Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando.
Nunca deixe de ter dúvidas, quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
UMA OPINIÃO
O
MERCADO É O MELHOR JUIZ
Geniberto Paiva Campos (*) – Brasília, 29 de outubro, 2017
“- Pois agora vejo claro que é inútil pedir justiça ao poder contra o
poder...” (1)
(Fala do personagem Sancho,
na peça “O Melhor Juiz, o Rei”, Lope de Vega, 1562/1635)
O segundo “julgamento” de
Michel Temer, o qual resultou em nova “absolvição” pela Câmara dos Deputados,
nos remete às teses do dramaturgo espanhol Lope de Vega, autor da peça “O Melhor Juiz, o Rei”.
Denunciado novamente pela
PGR, com graves acusações, o presidente – ainda – em exercício, obteve os votos
necessários ao não reconhecimento da nova denúncia.
Em permanente estado de
perplexidade, o povo brasileiro, distante e aparentemente alheio, assiste
impassível ao surgimento de uma nova
moral. Um novo conceito de “corrupção”. Onde tudo é permitido, desde que
sejam atos praticados pelos representantes dos interesses da Elite. A favor do
Mercado. E do Neoliberalismo.
E onde se comprova, mais uma
vez, que a luta contra a “corrupção ´é
apenas um mero pretexto político para justificar o afastamento de governos
ditos “populistas”, inaceitáveis para a Elite. Governos que defendem os
interesses da maioria dos cidadãos, cuidam da soberania nacional e dos direitos
de todos brasileiros, preservando o Estado Democrático de Direito.
Ao se apropriar da política
e, finalmente, do Poder, o Mercado mostrou que o moralismo é a mais perfeita tradução da hipocrisia e do cinismo da
classe dominante e dos seus confiáveis e permanentes serviçais da mídia e das
classes médias.
O caso do ex-presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preso na carceragem curitibana, é
totalmente atípico. Quem sabe um dia, teremos conhecimento pleno dos fatos
reais que o colocaram atrás das grades?
Mas o desenrolar dos últimos
acontecimentos já nos permite concluir que o Governo, ou vá lá, os 3 PODERES, tornaram-se reféns do Mercado
e da Teoria Neoliberal.
E o Brasil, lamentavelmente
com ajuda de “brasileiros transnacionais” (2), foi apropriado por um sistema
político/econômico ilegítimo e improdutivo,
potencialmente capaz de destruir a Nação, tornando-a simples Colônia, produtora
e exportadora de matérias primas. Se possível, a preços vis. Projeto que,
cinicamente, ousou denominar “Ponte para
o Futuro”.
Nenhum país, repetimos, nenhum país que adotou as teses
econômico/sociais do Neoliberalismo, tornou-se um país melhor. Ao contrário.
Regrediu como Nação.
Alguns economistas (3)
sustentam: “a justiça social dinamiza a
economia, reduz as tensões políticas, reduz os conflitos éticos.
Essencialmente, (isso é o principal!), ela é saída produtiva”.
O Capitalismo Neoliberal não
tem futuro. Torna-se uma espécie de réquiem para o Capitalismo Produtivo e
Democrático. Garantidor dos direitos sociais.
É legítimo, portanto,
perguntar: - para onde o governo Michel Temer pretende levar o Brasil?
Independente da sua
legitimidade, da honestidade e da correção da conduta pública dos seus
integrantes, o mal que este governo está fazendo ao Brasil poderá tornar-se
irreversível. Inviabiliza o país como nação livre e soberana. Respeitada no
concerto internacional.
A forma ladina, fraudulenta
como o grupo político de Michel Temer arrebatou o poder de um governo eleito
democraticamente, jamais lhe permitiria tamanha ousadia e irresponsabilidade na
condução da coisa pública.
Aos que costumam estabelecer
comparações históricas, não há como fazer confrontos entre o governo Temer e os
governos militares (1964/1985).
Para efeitos comparativos
vamos lembrar de início dois presidentes do ciclo dos generais, Castelo Branco
e Ernesto Geisel, os quais podem ser designados, com justiça, como os de maior
visão estratégica do país e do contexto geopolítico. Ambos militares
originários da Escola Superior de Guerra/ESG, do Exército Brasileiro. E ainda o
general João Batista Figueiredo, que encerrou o período autoritário, promulgou
a Anistia, e conduziu o período da Abertura e garantiu a transição pacífica do
poder aos civis, grandiosa obra política de brasileiros liderados pelo então
governador mineiro Tancredo Neves.
Como enfrentar o imenso
desafio colocado a todos os brasileiros, ameaçados de perder direitos
conquistados e que imaginavam permanentes? Como enfrentar as ameaças, agora já
bem visíveis, de retrocesso?
O ex-ministro Eugênio
Aragão, em artigo recente (4), afirma precisarmos imediatamente de “coragem
civil”. E diz: “O Brasil se encontra numa
dessas encruzilhadas da história em que dependerá muito de se acertar em
escolhas dramáticas para não cair no abismo. E todos parecem saber o melhor
rumo, mas ninguém o quer desbravar. O abismo é o outro, a quem se quer
eliminar, mal enxergando que, a cada impulso exterminador, aproxima-se mais a
borda do precipício que pode a todos engolir”.
Está, assim, lançado o
desafio. Dito de outro modo: A SAÍDA É POLÍTICA.
Precisamos usar de toda
nossa inteligência, coragem e serenidade para impedir a destruição do nosso
país. Enfrentando um inimigo oculto, que não ousa assumir abertamente a sua
deletéria missão. Com o vergonhoso auxílio de brasileiros “transnacionais”.
Conhecidos, antigamente, como traidores da pátria...
(*) – Do Coletivo Lampião
(1) – Lope de Vega in “O
Melhor Juiz, o Rei”
(2) – Alm. Othon Luiz
Pinheiro da Silva, in Carta Capital, Nº 975, outubro, 2017
(3) – Ladislau Dowbor, in Caros Amigos, nº 247, outubro,2017
(4) Eugênio Aragão, in
Diário do Centro do Mundo/DCM, outubro, 2017
domingo, 29 de outubro de 2017
MACAÍBA: 140
ANOS (2017)
Valério
Mesquita*
O ponto alto das comemorações dos 140 anos da emancipação
política e administrativa de Macaíba será o aniversário de 208 anos de nascimento
do seu fundador Fabrício Gomes Pedroza, cujas cinzas foram trasladadas do Rio
de Janeiro para a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição. O 27 de outubro
de 1877, pela lei nº 801, Macaíba – que antes se chamava Coité – desmembrou-se
de São Gonçalo. Aí amplia-se o período de esplendor comercial do porto de
Guarapes que irradiou energia econômica a todos os quadrantes. Monopolizou o
sal para o sertão, incentivou a indústria açucareira do vale do Ceará-Mirim,
financiou a produção adquirindo as safras das fazendas de algodão, cereais,
couros e peles. Fundou a “Casa dos Guarapes” e do alto da colina comandou o seu
mundo de transbordamentos, onde tudo era rumor, vida, agitação, atividade.
É nesse vácuo de duzentos anos que reside a minha perplexidade.
Um silêncio dominado pelo abandono e a indiferença. Ninguém coloca em cena a
coragem de contemplar restituído o universo oculto de Fabrício que fez brilhar
o nome de Macaíba dentro e fora do RN, na segunda metade do século dezenove.
Não bastam, apenas, reprisá-lo com lendas e narrativas, como tivesse sido um
mundo de ficção. Melhor que a dispersão da palavra solta é ouvir o eco de suas
paredes reerguidas, das vozes trazidas pelo vento das vidas que não se
pulverizaram mas renasceram pelas mãos das novas gerações. Esse universo
semidesaparecido, clamo por ele, aqui e agora, afirmando que a melhor imagem de
um homem, após a morte, não são as cinzas, mas a obra (casarão dos Guarapes)
que legou à posteridade, revivida e restaurada como reconfortante e fiel
fotografia de sua história e vida.
Como guerreiro solitário, luto há mais de quinze anos pela
restauração dos escombros do empório dos Guarapes. Como membro, àquela época,
do Conselho Estadual de Cultura do Estado, consegui o tombamento. De imediato,
no desempenho do mandato parlamentar obtive do governo a desapropriação da área
adjacente. Batalhei, em alto e bom som, junto aos gestores públicos a
elaboração do projeto arquitetônico, que, até hoje, dormita em armário
sonolento da burocracia. Foi uma agitação, apenas, que não se moveu nem
comoveu. Saí dos movimentos da superfície oficial, para as janelas da imprensa
e outras vozes, em coro uníssono, oraram comigo pelas ruínas da mais reluzente
história da economia do RN: os Guarapes. Todo esse conjunto de verdades fixas
foi ilusão imaginar que a lucidez jamais se disfarçaria em surdez. Como
enfrentei e venci no passado, partindo de perspectivas débeis e precárias,
óbices quase intransponíveis quando restauramos as ruínas do Solar do Ferreiro
Torto a Capela de Cunhaú, sinto que não perdi os laços entre a fragmentação do
sonho e a fé incondicional no meu pragmatismo, de que tudo, até aqui, nada foi
em vão.
Reproduzir a realidade, tal que se imagina que fosse, o
burburinho comercial e empresarial daquele tempo de Fabrício, faz-nos refletir
e aprender para ensinar aos jovens de hoje através de exemplos, imagens e
ritmos, a saga de que vultos como o dele iniciaram uma figuração, nova, nítida
e luminosa, pouco tempo depois, numa Macaíba que começava a nascer com Auta de Souza,
Henrique Castriciano, Tavares de Lyra, Augusto Severo, Alberto Maranhão, João
Chaves, Octacílio Alecrim e outros que construíram em modelos de vidas o
prestigio da terra natal – que não se evapora, nem se desmancha. Essa realidade
para mim é tensa e inquieta, porque cabe hoje revivê-la em todos nós. É
imperioso que os nossos governantes tracem esboços para uma saída, uma
superação, criando-se fendas e passagens, para juntos, todos, respirarmos o
oxigênio da convivência com os nossos antepassados. Se todos nós pensarmos
assim, com cada palavra significando labareda, lampejo, no centésimo quadragésimo
aniversário, derrubem, pois, os obstáculos que impedem as luzes do empório dos
Guarapes refletirem sobre a posteridade. Se assim não agirmos tudo será cinzas.
(*) Escritor.
HOMENAGEM NO HOSPITAL INFANTIL VARELA SANTIAGO
Nas comemorações pelo transcurso dos 100 anos do Hospital Infantil VARELA SANTIAGO, no dia 27 de outubro, foi realizada solenidade de inauguração da sala do Centro de Treinamento e Desenvolvimento Professor Carlos Ernani Rosado Soares
O evento contou com a presença do Prof. Manoel de Medeiros Brito, Presidente do Hospital Infantil VARELA SANTIAGO, do Diretor Dr. Paulo Xavier, do Presidente do Conselho Regional de Medicina Dr. Marcos Lima de Freitas e da Senhora Madalena Soares, viúva do homenageado
O orador oficial da solenidade foi o médico Aldo Medeiros, considerado o filho profissional do Dr. Ernani, em razão dos muitos anos de atividade conjunta com o mesmo, desde os tempos de acadêmico de Medicina
Velhos companheiros médicos = Onofre Lopes Júnior e Genibaldo Barros
Amigos e pacientes do homenageado = Carlos Gomes, Therezinha Rosso e Carlos Rosso
O evento contou com grande número de colegas, amigos e familiares do homenageado
Momento do descerramento da placa comemorativa
Instante dos cumprimentos à família do homenageado = Dona Madalena, Erman e Lorena
A HOMENAGEM FEZ JUSTIÇA A UM EXTRAORDINÁRIO MÉDICO E HUMANISTA DO NOSSO ESTADO, PROFESSOR EMÉRITO DA UFRN E "HONORIS CAUSA" DA UERN, MEMBRO DAS ACADEMIAS DE MEDICINA E NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, HOMEM AMENO E SOLIDÁRIO.
Assinar:
Postagens (Atom)