Minhas Cartas de Cotovelo – versão de 2021-38
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes
A primavera já se aproxima, mas o inverno ainda deixa a terra molhada, em menor quantidade de como deveria ser, sinal de problemas para dias futuros.
Em que pese esse fato incontestável, ainda está sendo possível aproveitar os ditames da natureza, quando permite que possamos realizar atos que alegram nosso coração e faz cumprir o ensinamento cristão – amar ao próximo como a ti mesmo.
Neste sábado senti o peso dos anos quando assumi compromissos humanitários – primeiramente com a realização, com sucesso, do lançamento do meu livro “O Circo Vive” nas dependências da PROMOVEC, gentilmente autorizada pelo amigo Octávio Lamartine, permanente agente humanitário na comunidade de Cotovelo/Pium.
Muitos e gratificantes comparecimentos, muitos autógrafos e compensação em boa doação de alimentos, que de lá já foram para os destinatários.
Voluntários animaram a reunião, capitaneada pelo amigo Eugênio Rangel, grupos de atividades circenses exibindo suas habilidades; registro da minha sobrinha Neta Isadora, com sua palavra firme e convincente em favor do Circo, atividade que exerce com amor.
Amigos, muitos amigos, prestigiaram o evento. Mas senti falta de muitos companheiros da PROMOVEC, sobretudo porque tudo o que “vendi” dos livros tinha destino humanitário. Nada demais. Outras oportunidades virão.
Em segundo lugar, de lá, já beirando o meio dia, fui para um almoço do Rotary Club Natal-Sul, parceiro nas ações sociais da Comunidade local. Tudo dentro do figurino, muita camaradagem e permuta de livros por doações de alimentos para nossas ações humanitárias. Ainda durante os autógrafos na casa de Teresa Neuma e Afonso, comecei a receber a pressão da família para o aniversário do meu neto Guilherme. Apressei os passos e deu tempo para a comemoração em minha casa de Cotovelo, há poucos metros de onde estava almoçando. Já sentido a atmosfera da noite chegou a hora da verdade – estou velho e o cansaço bateu forte. Praticamente desmaiei no ventre da minha rede.
Agora, refeito, fiz a última refeição do dia e preparo-me para vencer a noite no meu Circo da Vida onde vieram-me saudades, lembranças e avaliações do dia agitado. Meditações com minha filha Rosa sobre problemas familiares, com invocação do Evangelho para dar a luz do caminho a seguir.
A cruz existe em todos nós e nos resta aceitá-la com o pedido ao Criador que nos conceda força para suportá-la.
Espero que amanhã o sol venha nos aquecer para uma recuperação física do dia agitado antecedente. Assim espero. Amém.