sábado, 24 de outubro de 2015

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Da escritora ANADITE FERNANDES DA SILVA

Lançamento ontem na Catedral Metropolitana de Natal.

Trabalho de grande valor para o conhecimento preciso das Bandeiras e Brasões, Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte.

A orelha do livro é de Vicente Serejo que diz da importância da obra para o Estado.

Presenças da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Academia Macaibense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte e da União Brasileira de Escritores do RN.  Registramos Valério Mesquita, Leide Câmara, Carlos Gomes e esposa,  George Veras e grande número de amigos. PARABÉNS.

Leide Câmara e a escritora
A escritora autografa o livro para Carlos Gomes e Therezinha

CENAS DO CAMINHO - Violante Pimentel



A PROIBIÇÃO

José Beltrão, um rico fazendeiro nordestino, costumava convidar o padre da cidade para o almoço do domingo em sua fazenda. Certo dia precisou viajar, a negócios, para outro Estado, e, já bem distante de casa, lembrou-se de mandar umas ordens a Elvira, sua jovem mulher. Através do seu fiel escudeiro, o capataz Sávio, mandou proibir a mulher de receber em casa o padre da Paróquia, durante sua ausência. Por outro lado, ela estava proibida também de ir à casa do padre, e até de conversar com ele, enquanto o marido não voltasse.
O empregado voltou depressa, para transmitir a Elvira as ordens do patrão. No caminho, sentiu-se intrigado com a estranha atitude do seu amo, e concluiu que ele estava desconfiado da fidelidade da mulher. Com certeza, estava com ciúme do jovem padre, um tipo viçoso e envolvente. O fiel escudeiro, então, resolveu modificar a proibição do patrão. Sabia que certas mulheres não aceitam ordens. Fazem exatamente o contrário daquilo que lhes é proibido. Muito astucioso, o empregado mudou o recado.
Ao ver a esposa do patrão, o empregado foi logo questionado por ela:
– Por que você voltou tão depressa, Sávio?
– Voltei para dar um recado à senhora. Meu amo mandou lhe recomendar que, durante a ausência dele, não brinque com Zorro, o molosso. Pede que a senhora não o monte, pois teme que ele a agrida e lhe cause algum dano.
Molossos são um grupo de cães de físico forte. São sólidos e compactos, e pesam em torno de 48 a 60 quilogramas. Por serem muito grandes, subjugam o oponente com facilidade, tornando difícil a reação. Seu ataque é fulminante. Sua cabeça não é muito grande, mas possuem uma enorme boca, com dentes capazes de triturar ossos.
Cães desse tipo eram usados pelos romanos, gregos e assírios como máquinas de guerra, para proteção de rebanhos, e nas arenas para lutar contra leões, ursos e outros cães.
Molosso, portanto, é um cão de fila, de grande porte, acostumado às rédeas.
A mulher estranhou a ordem do marido, transmitida pelo empregado, pois nunca havia se aproximado do molosso. Nunca havia tido vontade de acariciá-lo, nem de montá-lo. Essa ordem era desnecessária, e só serviu para deixar Elvira irritada.

Mal o empregado pegou a estrada de volta, a mulher teve a curiosidade de se aproximar de Zorro, o molosso. Pegou pedaços de bolo para distribuir com todos os cachorros, coisa que nunca fizera antes. Ficou admirada com a alegria deles, balançando a cauda, num sinal de agradecimento pela comida recebida. Gratificada com a receptividade dos cachorros, Elvira repetiu a distribuição de pedaços de bolo, até notar que eles estavam saciados. Não sentiu nenhuma agressividade por parte dos animais. Pelo contrário, eram todos muito dóceis, inclusive Zorro, o molosso, que lhe despertou um carinho especial. Elvira sentou-se nas suas costas, apertando-as com os quadris. De repente, o animal se enfureceu , arreganhou os dentes e cravou-os no seu braço direito. Outros empregados da fazenda dominaram o molosso, para que largasse o braço de Elvira. O sangue jorrou e o estrago foi grande, sendo preciso chamar um médico para socorrê-la.
Ao retornar da viagem, o fazendeiro encontrou a esposa de cama e muito abatida, com um grande curativo no braço.
Ao vê-lo, a mulher falou revoltada:
– Agradeço a você esse vexame que eu passei! Se eu não tivesse recebido aquela ordem de não me aproximar do molosso, jamais isso teria acontecido. Eu nunca teria tido a ideia de montar o Zorro!!!
Intrigado com o que ouviu, o fazendeiro procurou Sávio, para esclarecer essa história. O homem, ao ver o patrão, procurou logo se justificar:
– O senhor mandou ordenar à patroa que não recebesse o padre em sua casa, na sua ausência. Como eu sei que o costume das mulheres é fazer o que lhe proíbem, eu mudei o recado. Se eu tivesse dado o recado certo, ela teria introduzido o padre na sua casa, e só Deus sabe o que teria acontecido! Eu quis evitar que o senhor corresse o risco de ser corno. Com a proibição de se aproximar do molosso, ela sentiu vontade de acariciá-lo e até de montá-lo, o que resultou na fúria e mordidas do animal.
José Beltrão ficou pensativo e viu que Sávio, seu fiel escudeiro, tinha razão. O seu verdadeiro recado poderia ter provocado coisa pior…
O empregado teve a melhor das intenções… E as mordidas do molosso não trouxeram ao fazendeiro nenhum peso na cabeça…

A G E N D E - S E





Noite de Autógrafos com Renan II de Pinheiro e Pereira, para lançamento do livro Fátima e Pontmain: Aparições de paz em tempos de guerra, Editora Ecclesiae
DIA 19 Nov - Shopping Midway Mall Horário: 18:00


Este não é um livro com viés pietista ou espiritualista: é uma descrição e análise das circunstâncias de duas aparições de Nossa Senhora, em Fátima (Portugal) e em Pontmain (França), e das mensagens nelas divulgadas, que se destacam das demais por terem ocorrido em tempos de guerra, mas tratarem de paz. São palavras que influenciaram várias pessoas e inspiraram a edificação de diversas igrejas.


(Colaboração do leitor ODÚLIO BOTELHO)