sábado, 1 de fevereiro de 2014


POSTURAS INCOERENTES

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

            O noticiário da imprensa me impulsionou a tratar do assunto da demolição do Hotel Internacional dos Reis Magos e os defensores do patrimônio público.

            Realmente não sei explicar o critério adotado pelos ‘defensores’ quando abraçam um prédio cujas linhas arquitetônicas não têm características singulares, esteticamente sem expressar uma beleza defensável e que esteve em descaso durante muitos anos, sem qualquer grito de quem quer que seja.

            A estrutura destruída pela maresia ensejaria uma pequena fortuna para sua reconstrução, pois reparação é pouco diante de tanto estrago, além do fato de que os seus espaços estão superados pelas exigências da atividade moderna.

            Não faz muito tempo que alguns poucos abnegados – e bote pouco nisso – tentaram o tombamento do Estádio Machadão que, ao reverso do hotel, estava sendo utilizado, tinha linhas arquitetônicas arrojadas, construiu uma história de rara beleza e foi apontado até como “poema de concreto armado”. Contudo forças “ocultas” fincaram pé pela sua demolição, quando existiam outras opções de construção da Arena das Dunas em outro local mais adequado, com gasto menor e sem comprometer a mobilidade urbana, já precária naquele local.

O ato de abraçar o Machadão foi simplesmente melancólico, pois a sociedade não apoiou, os ‘defensores’ do patrimônio público não apareceram e a obra foi destruída.

            Precisamos ter uma linha de conduta sem cinismo e dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.

            Estou ao lado do magistrado Airton Pinheiro pela sua coragem e coerência, voltado unicamente para o bem da cidade.

            Ainda na linha da defesa da nossa cidade, também estou plenamente ao lado do Juiz Federal Magnus Delgado quando determinou a interdição da praia de Areia Preta.

            Pode até parecer uma atitude forte demais, contra a qual já existem movimentos em contrário, mas é preciso analisar que a omissão do poder público e o descaso dos ecologistas já se estendem por muitos anos (o processo data de 1991), posto que a decisão decorrente da ação contra os esgotos clandestinos construídos pelos especuladores imobiliários nunca foi cumprida e agora chegou a hora de se respeitar o cidadão natalense. Está certo o Juiz – é agora ou nunca.

            Em ambos os casos espero que as instâncias superiores examinem as questões sem se incomodar com as pressões externas e vejam somente o que é melhor para a cidade de Natal.
 
Newton Avelino é um artista que se coloca entre os melhores do País, abordando uma temática regional e também universal, quando ressalta a cultura nordestina, a riqueza do folclore, dos traços característicos do nosso povo e costumes. Contudo, não estaciona apenas nessa geografia sentimental, adentrando nas figuras que ornamentam a história da humanidade, em particular as passagens bíblicas. Adota uma técnica nas acrílicas, que o diferencia dos pintores tradicionais, fazendo com que o seu trabalho ressalte aos olhos pela multiplicidade de cores e dos traços cada vez mais precisos. O Brasil é devedor de um reconhecimento a esse grande artista, que já se tornou conhecido além mar. Parabéns ao grande artista potiguar, orgulho da nossa arte plástica.

Saudações cordiais deste amigo e admirador Carlos Roberto de Miranda Gomes.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

CRÔNICA DE 
Rinaldo Barros

O que fazer...de nossas vidas?

Você já parou para pensar no que significa a palavra "progresso"? E “prosperidade”?
Pense mais um pouco, pois as palavras têm força: desenvolvimento, avanço, melhoria, evolução, expansão, ampliação, riqueza, fartura, abundância, qualidade de vida, civilização, trabalho, saúde, educação, informatização, cidades limpas, pontes, estradas, indústrias e muitas outras coisas, que ainda estão por vir e que não conseguimos sequer imaginar.
Agora pense um pouquinho mais: será que tudo isso de bom não tem um preço?
Será que para ter toda essa facilidade de vida nós não pagaremos nada?
A sabedoria popular ensina que para tudo na vida existe um preço. Pois é, nesse caso não é diferente.
O atual modelo hegemônico de crescimento econômico, globalizado, gerou enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza no mundo, por outro lado, a miséria, a violência, a degradação ambiental, a poluição e a barbárie aumentam geometricamente dia-a-dia.
Em contraponto, é totalmente viável a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico e tecnológico com a preservação ambiental e com a redução da pobreza no mundo. Construindo o progresso, a prosperidade, a civilização.
Os estudiosos do Desenvolvimento Sustentável (DS), o definem como: equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico, o aumento da produtividade, e o respeito à Natureza, tendo como centro os diversos grupos sociais, na busca da eqüidade social.
Alerto para o fato de que o conceito de “eqüidade” é mais realista do que o de “justiça”, pois o primeiro recomenda tratar desigualmente os desiguais.
A meu ver, e acho que o caro leitor concorda, tratar a todos igualitariamente é injusto.
Para alcançarmos o DS, a proteção da Natureza tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente. É aqui que entra uma questão primordial: a diferença entrecrescimento e desenvolvimento.
A diferença é que o crescimento não conduz nem à justiça nem à eqüidade social, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto a não ser o acúmulo de riquezas nas mãos de uma minoria.
desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las eqüitativamente, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, de gerar prosperidade.
Ou seja, desenvolver com sustentabilidade é conquistar: 1) a satisfação das necessidades básicas da população (habitação, alimentação, segurança, saúde, educação e lazer); 2) a solidariedade para com as gerações futuras, de modo que elas usufruam de igualdade de oportunidades, que tenham chance de viver melhor no médio e longo prazo; 3) a preservação da identidade histórico-cultural de cada povo; 4) a participação democrática da população de cada comunidade envolvida e; 5) redução da poluição e preservação da diversidade dos recursos naturais: água limpa, oxigênio, fauna e flora.
Para tanto, o olhar da Ciência para essa questão deve ser político (com “P” maiúsculo), e exige uma abordagem teórica informada pela visão pragmática, considerando o Ser Humano como centro da vida no planeta.
Todavia, na luta para chegar ao DS, no atual momento histórico, é preciso utilizar a arma do voto com essa perspectiva, refletindo seriamente sobre uma questão fundamental: quem, de verdade, pela sua história de vida, reúne melhores condições, experiência e competência, para administrar como uma ponte para o futuro?
Se a política faz parte da nossa vida e está presente em todas as relações sociais, porque a participação do cidadão comum nesse processo ainda é tão limitada?
A única saída é acordar, sair da inércia e enfrentar o grande desafio de assegurar a participação política da população, pois, só através do exercício consciente da cidadania teremos possibilidades de questionar o modelo excludente da nossa sociedade, na busca de soluções.
Resumo da ópera: agora em 2014, o caro leitor vai ter a rara oportunidade de decidir, com a força do seu voto, sobre qual herança deseja deixar para os seus filhos e netos.


 (*) Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


A Parede retentora de mágoas

Certo dia, de forma acidental, encontrei um grupo de amigos num salão de exposição de artes plásticas, no saguão da Universidade de Princeton. E, feliz por tê-los encontrado ali, terminei por sentar-me com eles numa vasta sala de aulas, onde assistiriam uma preleção.
Passei  a  assistir a explanação e empolguei-me, porque o tema era psicologia. Estava sendo proferida por um professor cujo nome ora não me ocorre, mas fora  ministrada em língua espanhola, razão por que me recordo de algumas coisas do conteúdo da referida palestra.
Fragmentariamente, algo permanece em minha memória e transformou-se em motivo de minhas pesquisas e análises nesse campo.
Faz mais ou menos uns vinte dias, estava eu esperando uma pessoa no “hall” de um edifício, quando ouvi uma pancada no interior da sala fronteiriça ao elevador, que estava fechada. Fiquei atento.  O barulho repetiu-se e ouvi a seguinte verbalização: “Mer....! Exijo reconhecimento. Não me conformo com tamanha displicência. Yamanha desatenção!  Que falta de respeito!   Minutos depois, a porta abriu-se e a moça saiu sozinha, portando uma bolsa. E sala estava vazia. Não havia mais ninguém, 
Fiquei preocupado!  A moça aparentemente estava bem. Possivelmente, estivesse ensaiando algum texto de teatro ou novela.  Eu fiquei supondo coisas.
Chegando a pessoa que eu aguardava, logo trocamos a documentação que viemos permutar e, de repente ela me olhou, perguntando: Você está bem? Está tão tenso!
Não! Respondi. É que acabo de ouvir um caso inusitado. Então contei-lhe o que ouvi.  A pessoa riu e me disse: “Essa moça que você viu sair é estudante de psicologia e, de quando em vez, ela joga coisas na parede, fala palavrões, grita ou resmunga para desabafar as mágoas que guarda ao longo dos dias. É o que ela explica, pois, todos nós conhecemos essas reações dela.  A suplantação das mágoas.
Dizem os psicólogos: “Quando estiver abafado, não se infarte! Grite para ninguém ou jogue coisas nas paredes ou no chão!. 
Nós, que professamos a doutrina dos espíritos, dizemos:
-“Faça como recomenda o Cristo: Ore e vigie! Peça perdão de suas faltas, mesmo que desconheça quem tenha sido o ofendido. Ofereça a outra face!
DEUS vos abençoará.
Jansen Leiros


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Biógrafo de Clarice pede que Caetano mude posição sobre biografias; 
 
Autor da biografia 'Clarice', escritor Benjamin Moser pede ao amigo que reconsidere sua iniciativa.
Caro Caetano,
Nos EUA, quando eu era menino, havia uma campanha para prevenir acidentes na estrada. O slogan rezava: "Amigos não deixam amigos bêbados dirigir". Lembrei disso ao ler suas declarações e as de Paula Lavigne sobre biografias no Brasil. Fiquei tão chocado que me sinto obrigado a lhe dizer: amigo, pelo amor de Deus, não dirija.
Nós nos conhecemos há muitos anos, desde que ajudei a editar seu "Verdade Tropical" nos EUA. Depois, você foi maravilhoso quando lancei no Brasil a minha biografia de Clarice Lispector, escrevendo artigos e ajudando com o alcance que só você possui. Admiro você, de todo o meu coração.
E é como amigo e também biógrafo que te escrevo hoje. Sei que você sabe da importância de biografias para a divulgação de obras e a preservação da memória; e sei que você sabe quão onerosos são os obstáculos à difusão da cultura brasileira dentro do próprio Brasil, sem falar do exterior.
Fico constrangido em dizer que achei as declarações suas e da Paula, exigindo censura prévia de biografias, escandalosas, indignas de uma pessoa que tanto tem dado para a cultura do Brasil. Para o bem dessa mesma cultura, preciso dizer por quê.
Primeiro, achei esquisitíssimo músicos dizerem que biógrafos querem ficar com "fortunas". Caetano, como dizem no Brasil: fala sério. Ofereço o meu exemplo. A biografia de Clarice ficou nas listas de mais vendidos em todo o Brasil.
Mas, para chegar lá, o que foi preciso? Andei por cinco anos pela Ucrânia, pela Europa, pelos EUA, pesquisando nos arquivos e fazendo 257 entrevistas. Comprei centenas de livros. Visitei o Brasil 12 vezes.
Fiquei contente com as vendas, mas você acha que fiquei rico, depois de cinco anos de tais despesas? Faça o cálculo. A única coisa que ganhei foi a satisfação de ver o meu trabalho ajudar a pôr Clarice Lispector no lugar que merece.
Tive várias vantagens desde o início. Tive o apoio da família da Clarice. Publico em língua inglesa, em outro país. Tenho a sorte de ter dinheiro próprio. Imagine quantos escritores no Brasil reúnem essas condições: ninguém.
Mas a minha maior vantagem foi simplesmente ignorância.
Não fazia ideia das condições em que trabalham escritores e jornalistas brasileiros. Não sabia quanto não se pode dizer, num clima de medo que lembra a época de Machado de Assis, em que nada podia ofender a "Corte".
Aprendi, por exemplo, que era considerado "corajoso" escrever uma coisa que todo mundo no Brasil sabe há quase um século, que Mário de Andrade era gay. Aprendi que era até inusitado chamar uma cadeira de Sergio Bernardes de feia.
Aprendi o quanto ganham escritores, jornalistas e editores no Brasil, e quanto os seus empregos são inseguros, e como são amedrontados por ações jurídicas, como essas com que a Paula, tão bregamente, anda ameaçando.
É um tipo de censura que você talvez não reconheça por não ser a de sua época. Não obriga artistas a deixarem o país, não manda policiais aos teatros para bater nos atores. Mas que é censura, é. E muito mais eficaz do que a que existia na ditadura. Naquela época, as obras eram censuradas, mas existiam. Hoje, nem chegam a existir.
Você já parou para pensar em quantas biografias o Brasil não tem? Para só falarmos da área literária, as biografias de Mário de Andrade, de João Guimarães Rosa, de Cecília Meirelles, cadê? Onde é que ficou Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre? Você nunca se perguntou por que nunca foram feitas?
Eu queria fazer. Mas não vou. Porque o clima no Brasil, financeiro e jurídico, torna esses empreendimentos quase impossíveis. Quantos escritores brasileiros estão impedidos de escrever sobre a história do seu país, justamente por atitudes como as suas?
Por isso, também, essas declarações, de que o biógrafo faz isso só por amor ao lucro, ficam tão pouco elegantes na boca de Paula Lavigne. Toda a discussão fica em torno de nossas supostas "fortunas".
Você sabe que no Brasil existem leis contra a difamação; que um biógrafo, quando cita uma obra ainda com "copyright", tem obrigação de pagar para tal uso. Não é diferente de você cantar uma música de Roberto Carlos. Essas proteções já existem, podem ser melhoradas, talvez. Mas estamos falando de uma coisa bem diferente da coisa que você está defendendo.
De qualquer forma, essas obsessões com "fortunas" alheias fazem parte do Brasil do qual eu menos gosto. Une a tradicional inveja do vizinho com a moderna ênfase em dinheiro que transformou um livro, um disco, uma pintura em "produto cultural".
Não é questão de dinheiro, Caetano. A questão é: que tipo de país você quer deixar para os seus filhos? Minha biografia foi elogiosa, porque acredito na grandeza de Clarice. Mas liberdade de expressão não existe para proteger elogios. Disso, todo mundo gosta. A diferença entre o jornalismo e a propaganda é que o jornalismo é crítico. Não existe só para difundir as opiniões dos mais poderosos. E essa liberdade ou é absoluta, ou não existe.
Imagino, e compreendo, que você pense que está defendendo o direito dos artistas à vida privada. Mas quem vai julgar quem é artista, o que é vida privada e o que é vida pública, sobre quem, e sobre o que se pode escrever e sobre quem e, sobre quem não? Você escreve em jornal, você, como o artista deve fazer, tem se metido no debate público. José Sarney, imortal da Academia Brasileira das Letras, escreve romances. Deve ser interditada também qualquer obra crítica sobre ele, sem autorização prévia?
Não pense, Caetano, que o seu passado de censurado e de exilado o proteja de você se converter em outra coisa. Lembre que o Sarney, quando foi eleito governador do Maranhão, chegou numa onda de aprovação da esquerda. Glauber Rocha, também amigo seu, foi lá filmar aquela nova aurora.
Não seja um velho coronel, Caetano. Volte para o lado do bem. Um abraçaço do seu amigo,
Benjamin Moser
Benjamin Moser é autor de "Clarice" (Cosac Naify)
__________________
Colaboração do meu leitor e amigo Edilson Avelino

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN - UBE/RN COMUNICADO N º 01/2014



UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN 
- UBE/RN 
 Comunicado nº 01/2014 

 Através do presente Comunicado ficam 
todos os membros da Diretoria Executiva, 
do Conselho Consultivo e do Conselho 
Fiscal
(biênio 2014-2015) convocados à 1ª Reunião 
Ordinária 
com a seguinte ORDEM DO DIA 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA 
O BIÊNIO 2014-2015 

 Data: 30.01.2014 (quinta-feira) 
 Hora: 16h 
 Local: Academia Norte-Rio-Grandense
de Letras - ANL Rua Mipibu, 443 - Cidade Alta 

 ROBERTO LIMA DE SOUZA
 Presidente 

 A SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE!

domingo, 26 de janeiro de 2014


CARTAS DE COTOVELO 2014 (15)
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

            Chegou a hora de dar adeus ao veraneio em Cotovelo 2013/2014. As obrigações nos convocam a retornar à selva de pedra.
            Às vezes chego a pensar que veranear é um exercício de masoquismo, pois após momentos lúdicos somos abruptamente chamados à realidade e forçados a deixar tudo e voltar à rotina.
            São coisas impostas pela vida!
            Em Cotovelo vivenciamos dias e noites que ficarão gravadas em nossa memória familiar e individual. Com especial carinho registro os parentes que vieram abraçar Rosa em seu aniversário e ontem, os seus velhos colegas do Colégio das Neves – dois momentos inesquecíveis.
            O contato com a natureza. A visita permanente dos parentes e amigos preencheram os dias do veraneio, aliados à paz para boas leituras, filmes selecionados, escrever minhas Cartas e meditar, num caleidoscópio de emoções permanentes.
            As mensagens dos amigos nos confortaram e fizeram fortalecer nossas amizades, não deixando que o tédio tomasse conta dos muitos momentos de solidão.
            Este ano atrevi-me a escrever mais que o normal, arriscando a primeira experiência no campo do romance ou conto. Vou ainda fazer algumas complementações e verificar se valeu a pena – o tempo dirá.
            Fica um pouco de saudade desses momentos tão agradáveis vividos, na esperança que nenhum imprevisto impeça a volta quando outro verão chegar.
            Esperamos que as coisas evoluam para as melhorias do sistema de esgoto, tão badalado, mas ainda sem funcionamento; que a edilidade e o MP resolvam a poluição sonora das casas de show em Pirangi, que se estende a Cotovelo e nos deixem em paz, sem quebrar a placidez dos momentos que procuramos descansar; que a comunicação via internet seja facilitada.
            Confesso – a nostalgia invadiu o meu espírito. Fui dar a última vista d’olhos no mar de janeiro. Sentei-me no alpendre e ouvi vários discos de Edith Piaf; li os jornais do dia; joguei uma partida de dominó com Carlos Neto e agora vou aguardar a irradiação do primeiro jogo oficial da Arena das Dunas. Vou dormir a última noite do verão de Cotovelo, pois amanhã enfrentaremos o caminho da volta.
Não quero olhar para traz para evitar a sensação desagradável da partida. Se tudo correr bem, voltarei nos finais de semana para interromper a prescrição, como me dizia sempre o saudoso amigo Mário Moacyr Porto (sempre repito isso porque é gostoso.

            Cada dia tem o seu próprio problema e o tempo pertence a Deus!