Por: Carlos Roberto de
Miranda Gomes
Chegou a hora de dar adeus ao
veraneio em Cotovelo 2013/2014. As obrigações nos convocam a retornar à selva
de pedra.
Às vezes chego a pensar que veranear
é um exercício de masoquismo, pois após momentos lúdicos somos abruptamente
chamados à realidade e forçados a deixar tudo e voltar à rotina.
São coisas impostas pela vida!
Em Cotovelo vivenciamos dias e
noites que ficarão gravadas em nossa memória familiar e individual. Com
especial carinho registro os parentes que vieram abraçar Rosa em seu
aniversário e ontem, os seus velhos colegas do Colégio das Neves – dois momentos
inesquecíveis.
O contato com a natureza. A visita permanente
dos parentes e amigos preencheram os dias do veraneio, aliados à paz para boas
leituras, filmes selecionados, escrever minhas Cartas e meditar, num
caleidoscópio de emoções permanentes.
As mensagens dos amigos nos
confortaram e fizeram fortalecer nossas amizades, não deixando que o tédio
tomasse conta dos muitos momentos de solidão.
Este ano atrevi-me a escrever mais
que o normal, arriscando a primeira experiência no campo do romance ou conto.
Vou ainda fazer algumas complementações e verificar se valeu a pena – o tempo
dirá.
Fica um pouco de saudade desses
momentos tão agradáveis vividos, na esperança que nenhum imprevisto impeça a
volta quando outro verão chegar.
Esperamos que as coisas evoluam para
as melhorias do sistema de esgoto, tão badalado, mas ainda sem funcionamento;
que a edilidade e o MP resolvam a poluição sonora das casas de show em Pirangi,
que se estende a Cotovelo e nos deixem em paz, sem quebrar a placidez dos
momentos que procuramos descansar; que a comunicação via internet seja
facilitada.
Confesso – a nostalgia invadiu o meu
espírito. Fui dar a última vista d’olhos no mar de janeiro. Sentei-me no
alpendre e ouvi vários discos de Edith Piaf; li os jornais do dia; joguei uma
partida de dominó com Carlos Neto e agora vou aguardar a irradiação do primeiro
jogo oficial da Arena das Dunas. Vou dormir a última noite do verão de Cotovelo,
pois amanhã enfrentaremos o caminho da volta.
Não quero olhar para traz para evitar a
sensação desagradável da partida. Se tudo correr bem, voltarei nos finais de
semana para interromper a prescrição, como me dizia sempre o saudoso amigo
Mário Moacyr Porto (sempre repito isso porque é gostoso.
Cada dia tem o seu próprio problema
e o tempo pertence a Deus!
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