sábado, 7 de dezembro de 2013

UM HOMEM CHAMADO PAZ - ROBERTO LIMA DE SOUZA.

 
ROBERTO LIMA DE SOUZA
UM REI: MANDELA

UM HOMEM CHAMADO PAZ 
- Poema à Memória Bendita de Nelson Mandela
POR  Roberto Lima de Souza 

 Um dia, a paz despojou-se das convenções humanas 
E foi nascer, de novo, vestindo pele negra, 
No hemisfério sul, no continente mais negro 
Deste mundo de meu de Deus... 

 É que a paz se cansou de ser branca no hemisfério norte,
 Onde surgiram, meu Deus, as grandes guerras, 
Embora tantos por lá tenham sempre buscado a paz, 
Tenham sempre sonhado com a paz, sempre ela, 
 Vestida de branco e sempre bela... 

 A paz, porém, naquele extremo sul, não foi reconhecida
 Porque estava vestida de negro 
E os que governavam, 
 Iguaizinhos aos homens do outro hemisfério,

 Imaginavam que ela, a paz,
 Nascesse branca, dócil e subserviente ao regime
 Que apartava os homens pelas diferenças de cor... 

 E a paz, tomando as dores da sua prima-irmã, a igualdade, 
 Precisou endurecer-se na vida para poder lutar 
E enfrentar as duras injustiças sofridas pelos seus irmãos,
 Só porque tinham a mesma cor da sua pele... 

 E porque defendia direitos iguais para os seus, 
Foi a paz considerada subversiva 
E, por longos vinte e sete anos, banida, 
Privada do convívio dos seus...

 E a paz, então, começou a cantar pela voz dos seus irmãos de cor 
E de todas as outras cores que tem o amor... 
E o seu canto foi ouvido pelo mundo inteiro, 
Do hemisfério sul ao hemisfério norte, 
Porque o canto da paz é um grito que vence o furor,
Que não teme a força bruta, que não teme mesmo a morte...

 E tão forte foi o canto da paz 
Que, um dia, num dia de muita claridade,
 Mandela, que nasceu livre,
 Reencontrou a liberdade 
E, a ela, de mãos dadas, fez esquecer a ideia de norte e sul: 
Vestiu-se com as cores todas da diversidade, 
E, entre os homens de pele branca e de pela escura, 
Passou a conviver no coração de todos 
Com o nome de fraternidade, 
Até que, um dia, foi chamado, de novo, de paz, 
Nos braços do Pai de toda a humanidade...

 Natal, 6 de dezembro de 2013.


 
UMA ALEGRIA RELATIVA TOMA CONTA 
DO MEU SER
- Para meu amado pai Fernando Rezende –
 
Por Flávio Rezende*
 
Sou aquele tipo de pessoa que se reclamar de algo na vida, pode afirmar seguramente que estou fazendo isso de “bucho” cheio, como se diz no popular.
Com uma constelação de amigos, familiares próximos, esposa e filhos presentes, tenho caminhado pela vida colecionando sorrisos e catalogando amizades, podendo escrever sem medo de errar, que se existe felicidade, venho tendo o êxtase de ser parente dela, diante de tantos momentos mágicos e de experiências benfazejas nesta existência material que passo na presente encarnação.
Apesar de estar tendo o gostoso prazer de sentir muitas satisfações interiores e de poder gozar das preciosidades que a vida oferta em generosos momentos desde o meu nascimento, ultimamente, um vácuo assume lugar vez por outra e, a alegria passa por relativização, principalmente quando gostaria de potencializá-la, ao querer compartilhá-la com um dos seres mais importantes: meu amado pai.
Ele despediu- se da vestimenta corpórea há pouco tempo e, desde então, todas as maravilhosas notícias que gostaria de dizer-lhe - quase sempre em primeira mão, experimentam a desagradável sensação de sua não audição, me deixando um pouco triste, pois, ao dar uma importante entrevista, passar numa seleção de mestrado ou receber uma importância financeira que pudesse realizar algum projeto material, teria nele a interlocução agradável, a partilha saudável, a divisão do prazer adequada.
Meu pai era muito mais que um simples pai, era amigo, era conselheiro, era psicólogo, ouvinte e, vibrava com cada conquista, com cada passo que fui dando como escritor, jornalista e ativista social. Meu amado pai Fernando Rezende era um porto seguro, uma segurança, uma verdadeira bem aventurança para meu ser.
Não sou dado à depressão, só tristezas ligeiras, que vem e passam, mas elas estão dizendo sim às vezes, principalmente nos fins de tarde, quando invariavelmente ligava para dizer algo de bom ou que o amava. Sempre começava com uma brincadeira, fazia imitações, ele sorria de lá e eu de cá, juntos confessávamos coisas e, não era incomum terminar um dizendo que era igual ao outro.
Não sei se agora digo se somos ou que fomos parecidos em doenças, casamentos, gostos, passagens pessoais na vida, enfim, papai gostava de repetir que éramos uma cópia fiel um do outro e eu feliz, aceitava a sina de bom grado, pois sempre o amei profundamente e o admirei apaixonadamente.
Continuo tendo muitas coisas para lhe dizer meu querido pai. O tenho feito no silêncio. Apesar de ter crenças espíritas, sou meio fraco nestas certezas e, nas minhas dúvidas existenciais, não sei ao certo se o senhor me ouve de fato.
Na dúvida continuarei compartilhando minhas vitórias e pedindo auxílio nas minhas vacilações. Na dúvida continuarei revelando meu amor por ti papai e, torcendo para que não se apresses em voltar, pois quero um dia lhe abraçar ai, nas nuvens, neste lugar que dizem ser bom, neste paraíso que dizem existir, pois pelo que aqui fizeste, sei que numa boa morada deves estar.
Ilumina meus passos querido pai, para que possa ter crédito suficiente para em teus braços me afundar quando um dia por ai chegar. Inspira minhas decisões amantíssimo PAI, para que meus débitos terrenos não me afastem de sua área divina, torcendo eu para que trilhando a estrada dos seus ensinamentos, possa pavimentar a rota de estar em sua presença, quando a hora adequada chegar.
Pretendo levar na bagagem uma tonelada de bondades, quilos e quilos de boas ações, para que no abrir das malas em sua doce presença, possas presenciar o quanto fui fiel ao que me ensinou e, na comunhão do pai e do filho, o espírito santo possa reinar, absoluto, nos amalgamando em divina e maravilhosa unidade de amor filial.
Papai passe um cotonetezinho angelical em seu ouvido e ouça que seu apaixonado filho está repetindo diariamente feito mantra, te amo, te amo, te amo...
 
·        É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)








PAI DE MEU PAI (BELA CRÔNICA DE CARPINEJAR)

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida.
Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.
A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes.
Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
– Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
– Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.
____________________________________
Publicado no jornal Zero Hora, Revista Donna, p.6, Porto Alegre (RS), 06/10/2013 Edição N° 17575.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013





INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
– A MAIS ANTIGA INSTITUIÇÃO CULTURAL DO ESTADO –
Rua da Conceição, 622 / 623, Centro – CEP: 59025-270 – Natal/RN  -  Brasil
CNPJ.: 08.274.078.0001-06  -  Fone: (0xx84) 3232-9728
E-mail: ihgrn1902@gmail.com

 

 

NOTA OFICIAL

            Tendo em vista os comentários relativos ao embargo pelo IPHAN, de serviço que estava sendo realizado no auditório da sede do Instituto, esta  Diretoria, após reunião especial, resolveu emitir esta nota oficial para a reposição da verdade:

1º)  Não é exata a divulgação de que o piso retirado do auditório fosse original;

2º) A Diretoria do IHGRN  conhecia o requerimento dirigido ao IPHAN visando a recuperação do auditório, sob a responsabilidade do Vice-Presidente, diante da precariedade dos mosaicos ali existentes e dos problemas de funcionamento e segurança que vinham ocorrendo em relação ao piso do referido auditório.

3º) Declara que a ação do Diretor Vice-Presidente Ormuz Barbalho Simonetti não foi arbitrária, pois a autorização foi requerida ao órgão competente, embora reconheça que o seu Diretor interpretou equivocadamente o teor da resposta, em forma de Parecer, elaborado pelo IPHAN, tendo o mesmo assumido a responsabilidade de fazer os devidos esclarecimentos, o que já ocorreu, sendo apresentada a documentação exigida pelo referido órgão federal.

4º) A Diretoria acatou as justificativas apresentadas pelo citado dirigente e reconhece que o dirigente referido agiu de boa fé e em prol da Instituição;

5º) Por último, a Diretoria repudia os comentários divulgados via rede social, de forma precipitada e sem a observância do contraditório, o que gerou distorções sobre a realidade dos fatos, excetuando-se, apenas, as reportagens da imprensa, consideradas comedidas e observando o princípio do contraditório. Compromete-se esta Diretoria a prestar os esclarecimentos necessários aos seus associados, à imprensa e à sociedade potiguar, tão logo concluído o processo em andamento no IPHAN.

Natal, 06 de dezembro de 2013

Valério Alfredo Mesquita

Presidente

Minha singela homenagem ao grande homem político do nosso tempo, que construiu com amor, perdão e paz a revolução da liberdade e do respeito a diversidade racial e da certeza de que somos todos iguais irmãos nessa terra.
Se encanta e adormece o corpo e voz de NELSON MANDELA, mas a sua alma sublime, lá de junto do Deus Criador vela pelo povo de todas as cores, etnias e credos da terra - e que mand...
e de lá do céu vir, Mandela Paz, Mandela Perdão, Mandela Amor e Mandela Liberdade!.

MANDELA, PAZ E LIBERDADE.
Ivam Pinheiro.

Oh! Vida que não se finda assim
feito pluma em aura divina no ar.
E Mandela livre descansa enfim
no jardim do céu gerando amor.
Liberdade é a conquista do lutar
e dar sentido sem cansar jamais
da nação que se quer ser na paz
o exemplo de semear luzes e flor.

Mande ela logo para todos daqui.
Mande liberdade feito voo colibri.
Em mil cores extinga o apartheid.
Não tem cor a alma, é sentimento.
Mandela livre seja o pensamento
do tempo, silêncio e nunca tarde.

Oh! Vida que não calou na prisão
que foi puro coração e no sonhar
pacificamente se refez revolução.
Mandela, a paz para ser fraternal
ideal de seu povo e viver o amar
união e canção pra Africa do Sul.
Felicidade é o seu legado natural
e liberdade é sua paz do céu azul.


Natal,RN, Brasil, 05/12/2013.
20 h: 27 min. - 21 h: 09 min.


ORMUZ BARBALHO SIMONETTI – um homem de luta

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, do IHGRN e do INRG

Não data de longo curso a minha amizade com Ormuz, posto que começou na convivência cultural, quando pretendeu criar o Instituto Norte-Rio-Grandense de Genealogia.

Naquela ocasião, nem sei mesmo como foi o nosso encontro e nem quem nos apresentou, embora já me agradasse saber ser o sogro de Catarina de Adilson Gurgel e Cristina e pai de Thiago, jovem e promissor advogado, a quem tenho particular admiração.

Desde logo senti a sua disposição para o trabalho, que até se tornava difícil acompanhar, mas deu para chegar. Criamos o INRG. Depois também nos encontramos quando ele pretendeu ajudar o confrade Luciano Nóbrega, que estava com dificuldade para fechar a 1ª edição da Revista da ALEJURN. Foi você quem fez pesquisa de preços, providenciou as bonecas da obra e a sua impressão.

Durante pequeno espaço de tempo, conviveu com alguns integrantes da Academia Jurídica, notadamente Jurandyr, Luciano, Maux, eu e Odúlio, mesmo que algumas pessoas interpretassem que ele “queria alguma coisa”, o que não é verdade, pois não tendo formação jurídica jamais poderia pleitear essa alegada “alguma coisa”.

Mais adiante assumimos o encargo de ajudar Jurandyr Navarro na difícil tarefa de terminar o mandato de Enélio Petrovich e nos empenhamos, juntamente com João Felipe da Trindade para fazer um novo Estatuto Social do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, pois o então vigente datava de 1927, em desconformidade com as novas exigências do Código Civil.

Aprovado o novo Documento Básico da Casa da Memória, já despertava  uma pequena e gratuita oposição, sem justificativa.

Apesar desse nosso trabalho, pretensos candidatos à Presidência do IHGRN não se lembraram dos nossos nomes e então resolvemos sair com uma chapa própria, tendo por cabeça o nome de Valério Mesquita. Fomos vitoriosos, arregaçamos as mangas e começamos a trabalhar.

Quem frequenta a centenária Instituição é fácil ver as realizações já feitas, promovendo a modernização e atualização de procedimentos, celebração de cooperação técnica e financeira com órgãos públicos e privados, obtendo doação de material de expediente, computadores, três aparelhos de ar condicionado, verbas para tocar as inúmeras necessidades, atualização dos serviços prestados, liberação de certidões negativas federais e municipais, reordenamento de livros, reparação de salas, uma das quais para abrigar a Comissão que fará nova catalogação do acervo e muitas outras coisas mais.

Mas o seu grande sonho era recuperar o auditório para que ele voltasse a servir para as aulas dos estudantes que por ali passam, as reuniões da Diretoria e palestras dos sócios, isto é, fez o bastante para despertar ciumadas, enfim, sem querer alimentou a “Rede de Intrigas”, que chegou sorrateira, covarde por denunciante anônimo ao IPHAN, logrando uma ordem de embargo e a disparada de mensagens grosseiras, não verdadeiras e tendenciosas, pela rede social, estas inauguradas por um confrade dos dois Institutos antes mencionados.

Ormuz, Natal é uma cidade que sempre gostou de intrigas, endeusamento de uns e execração de outros, na direção que o vento dá, sem resguardo do princípio constitucional do contraditório e encontra abrigo em algumas pessoas que aderem sem saber nem do que se trata.

Você é apenas a vítima da vez. Não perca o seu entusiasmo, pois a verdade será apresentada e todos conhecerão o seu caráter e o dos seus detratores, como também a indiferença ou omissão de outros.

Hoje, nas comemorações dos seus 63 anos receba o meu abraço, a minha solidariedade e disposição de lhe ajudar a repor a verdade. Falo por mim, pois o IHGRN em breve dará a sua posição oficial.

Lembro o pranteado Aldair Soares: ”Só deixo o meu Cariri no último pau de arara”.

 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O PRESIDENTE DA UBE CONVIDA PARA A NOITE DE AUTÓGRAFOS DE CLAUDIONOR BARROSO BARBALHO, DO SEU LIVRO: "CONHEÇA O QUE É MUSEU",.
 EDUARDO GOSSON
PRESIDENTE DA UBE/RN
CLAUDIONOR BARBALHO
AUTOR
CONHEÇA O QUE É MUSEU

CLAUDIONOR BARROSO BARBALHO 

 Nasceu em Arez/RN no dia 13/09/1946, filho de Bianor Boavista Barbalho e Elina Barroso de Souza. Licenciado em História, possui pós graduação em Museologia na Universidade Federal da Paraíba-UFPB. Em sua terra natal fundou a Escola Municipal João Guió, ensinou História do Brasil no Colégio Marista de Natal. No Centro Regional de Ensino Superior do Seridó fundou a Cadeira de Arquelogia e Museologia.
 Em 1982 retornou a Natal onde passou a lecionar Pré-Hstória, Arqueologia e Museologia no Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Além de diversos trabalhos em revistas científicas, o professor Claudionor publicou os seguintes livros: 
1. Conheça o que é museu. Natal: 2ªEdição, Nave da Palavra,2013. 
2. Breve História dos Símbolos Nacionais. Natal: Natal Editora, 2005.

SERVIÇO: 

DATA: 05-12-2013
HORA: 18 HS
LOCAL?: ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, RUA MIPIBU, 443, PETRÓPOLIS.

claudionorbarbalho1946@hotmaul.com

terça-feira, 3 de dezembro de 2013



“UMA ESMOLA, POR AMOR DE DEUS”

PADRE JOÃO MEDEIROS FILHO (pe.medeiros@hotmail.com)

É comum em nossas ruas, alguém estender a mão e nos dizer: “Uma esmola, por amor de Deus”. (Alguns não falam mais, apenas gesticulam. Cansaram!). Talvez jamais imaginemos qual será a história daquele pedinte, esquálido e envelhecido precocemente. Como terá sido sua infância? Que sonhos teriam povoado sua juventude? Após tantas vicissitudes, o que pensa ainda da vida e espera da sociedade? Poucos se questionam a respeito do ser humano, imagem e semelhança de Deus, à sua frente. E diante de cada pedido, há olhares, palavras e sentimentos de piedade, indiferença ou desdém.

Ante a pobreza do mendigo, cada transeunte tem em mente perguntas ou respostas: umas políticas e ideológicas, poucas evangélicas. Alguns dizem: “Eu não dou esmola”. Outros afirmam: “Eis o resultado de uma sociedade estruturada sobre a injustiça”. Muitos se perguntam; “Onde está o dinheiro de nossos impostos?” ou “Por que o governo nada faz por tais pessoas?” Os mais solidários e sensíveis reconhecem: “Meu Deus, que rosto sofrido!” ou “O que posso ou devo fazer"?

Hoje lançamos naves espaciais; graças a Deus, obtemos progressos consideráveis nas pesquisas do câncer e desenvolvemos tipos de sementes adaptadas às condições climáticas de cada solo e região. No entanto, quantos Lázaros continuam, há anos, percorrendo nossas ruas, estendendo suas mãos para matar a fome com as migalhas de nossas mesas (cf. Lc 16,19-31).

O que fazemos por eles? Qual a postura da Igreja? No passado, havia grandes obras assistenciais, como as Casas de Caridade do Padre Ibiapina. Depois, nasceram iniciativas sociais visando à promoção humana.  Porém, constatamos já não ser isso o bastante. Mister se faz uma renovação das estruturas de nossa sociedade para que o processo de empobrecimento deixe de fazer novos miseráveis.

São incontáveis os necessitados ao nosso lado, não apenas o esmoler das calçadas. Há pobres no campo econômico: famintos, sem teto e sem saúde (em macas, nos corredores dos hospitais), desempregados, vivendo indignamente. Existem pobres no campo social: marginalizados por inúmeras razões, migrantes, analfabetos etc. Deparamo-nos com os pobres na consistência física ou moral: deficientes, alcoólatras, drogados, prostitutas, debilitados psiquicamente. Vemos ainda os pobres de amor: idosos desprezados, crianças sem lar, famílias desfeitas ou desagregadas. Enfim, os pobres de valores autênticos: escravos do prazer, do dinheiro, do poder, os sem Deus.

A mão estendida em nossa direção é um grito de alerta: alguém necessita não só de nossa ajuda material, mas também de nosso tempo, nossa dedicação e amor. Poderemos nos omitir, refugiando-nos em desculpas; ou, então, nos unir a todos os que se inquietam com os olhares e as palavras: “Uma esmola, por amor de Deus!” A Igreja latino-americana declarou sua opção preferencial pelos pobres. Mas, parece que eles não estão em nossos templos nem Ela perto deles!

Ao nosso redor, há crianças carentes; mães grávidas abandonadas; adolescentes que bem cedo são motivo de preocupação; idosos sem família e sem amor. Pensar nesses problemas e interessar-se por eles, poderá ser o primeiro passo para a descoberta de novas respostas para a miséria material e espiritual que nos desafia. Deste modo, talvez descubramos que somos ricos porque Alguém (Cristo), um dia, estendeu sua mão em nossa direção, levantou-nos e nos acolheu como irmãos, dando-nos dignidade e razões para viver. Não será um convite para fazermos o mesmo? Nós que transitamos em carros com ar condicionado, bem vestidos e alimentados, inclusive com direito a lazer, já pensamos que, sem a graça divina, talvez estivéssemos nas ruas, de mão estendida, pedindo “uma esmola, por amor de Deus”?

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013



O VALE VERDE GUARDAVA O SEU 
ABRAÇO PARA AS IMORTAIS DA ACLA.
HAVIA EM TUDO UM SILÊNCIO RELIGIOSO REVERENCIANDO O PASSADO.
  
A CIDADE ENGALANADA, LOGO MAIS,
 NA HORA CREPUSCULAR, DEIXAVA 
SUAS LUZES ILUMINANDO O 
CORREDOR CULTURAL ONDE O 
POVO TENTAVA RESGATAR A FORTUNA 
ESCRITA PELOS ESCRITORES DE 
ONTEM E DE HOJE.
  ACLA EM FESTA COM NOVOS SÓCIOS
IMORTAIS REVERENCIANDO O PASSADO, 
CADA UM COM SEU BUQUÊ DE 
LEMBRANÇAS.
E NOSSOS MITOS INTERIORES 
TRAZIAM SUAS VOZES...NÓS SABÍAMOS
QUE ELES ESTAVAM POR PERTO...
NUM DOS TERRAÇOS DA CASA-GRANDE
DO ENGENHO SÃO LEOPOLDO, DO 
CONFRADE FRANKLIN MARINHO E 
DA QUERIDA GRACINHA, UMA PÁGINA 
DO GRANDE LIVRO SE ABRIA...
MOMENTOS DO PASSADO VOLTAVAM
 NAQUELE SILÊNCIO...
 SAUDADES DOS QUE SE FORAM 
ANTES E DO QUE ENCANTOU-SE ESTE 
ANO E NÃO ESQUECEMOS .
 
AQUI, COMO MAGIA, DUAS MENINAS
DO VALE CANTANDO ELEGIAS
CADA UMA VOLTANDO NO TEMPO
O JARDIM E SEU ENCANTO QUE O 
TEMPO CONSERVA NA MOLDURA 
DE UM TEMPO IMPREGNADO DE SAUDADE.
UMA CASA SECULAR
 
A JORNALISTA HELOÍSA, DA TV CABUGI, 
QUE DESEJOU SABER DA HISTÓRIA DA
ACLA E DO SEU CRIADOR E PRESIDENTE 
FUNDADOR - PEDRO SIMÕES NETO, 
ATRAVÉS DA CONFREIRA QUERIDA 
E GRANDE ARTICULADORA - JOVENTINA 
SIMÕES DE OLIVEIRA, ÚNICA IRMÃ DO 
ALUDIDO...-
UMA HISTÓRIA SEM FIM QUE ESSA 
GERAÇÃO VAI CONTANDO E DEIXARÁ
PARA AS NOVAS 
EM CADA MOMENTO AS PÁGINAS DA 
HISTÓRIA DESVENDAVA OS CAPÍTULOS...
 TODOS COM UM SÓ PENSAMENTO DE 
AMOR E SAUDADE AO VALE VERDE
QUERIDO
O ALMOÇO DELICIOSO OFERECIDO POR 
GRACINHA MARINHO, A ANFITRIÃO, 
MULHER DE MUITOS DOTES CULINÁRIOS 
E UM EXEMPLO DE SIMPATIA HUMANA.        
DELÍCIA, ALÉM DOS SUCOS, COCADAS...
 
A JORNALISTA HELOÍSA, LINDA, OPTOU 
PELOS SUCOS, MAS O CÂMERA NÃO 
RESISTIU AO CARDÁPIO.
GRACINHA E LÚCIA HELENA, SIMPATIA 
À PRIMEIRA VISTA
 
GRACINHA MARINHO
 
O VERDE DILETO BEIJANDO O ME
 ILHAR DE AMOR
 O ENGENHO SÃO LEOPOLDO, NO
COMEÇO DE SUA DESPEDIDA
OS BUEIROS PELOS CAMINHOS
 
O SOLAR ANTUNES - 1888 - SEDE DA 
PREFEITURA
 
A DESCIDA PASSANDO PELO SOLAR 
E PELO MERCADO, COM O VALE LÁ 
EMBAIXO
 A ESTRADA PARA OS ENGENHOS 
OU O QUE RESTA DELES
O VERDE COM O GUAPORÉ RESISTINDO...
A FRONDOSA ÁRVORE DO VERDE NASCE
 
O ENGENHO VERDE NASCE - O GRANDE
 AMOR DE NILO PEREIRA
 
CAPELA E SUA IGREJINHA RESTAURADA
 
ESCOMBROS DE UM SOLAR SUNTUOSO,
DEIXANDO SUA IMPONÊNCIA ARQUITETÔNICA SOBRESSAIR-SE EM MEIO AOS CAMINHOS.
 
"ESTE VALE EXISTE? E O VERDE, É UMA 
COR OU UM SENTIMENTO"? RUY ANTUNE
PEREIRA - ENGENHO MUCURIPE
 
A MATRIZ DE N.SRA. DA CONCEIÇÃO
 
ENGENHO SÃO LEOPOLDO
A LINDA CASA DO ENGENHO SÃO 
LEOPOLDO
 
EMMANUEL CAVALCANTI (PRESIDENTE 
DA ACLA), ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
 (PRESIDENTE DO INSTITUTO DE 
GENEALOGIA) E JANILSON DIAS DE 
OLIVEIRA, CONFRADE E QUERIDO 
AMIGO QUE SEMPRE DÁ CARONA À 
LEDA VARELA E À MIM. HOMEM BOM, 
SOLIDÁRIO.
(ALGUMAS FOTOS FICARAM RUINS POR 
CAUSA DO SOL FORTE)
 
MESMA FOTO DE OUTRO ÂNGULO.

 
A CASA GRANDE
UMA CASA DE LEMBRANÇAS FIÉIS
LEDA VARELA E LÚCIA HELENA
UM DIA DE GRANDE FELICIDADE
CADA UM REVENDO O SEU PEQUENO

ENTRANDO NO VALE
 
O VALE VERDE INDICAVA OS CAMINHOS. 
AS ÁRVORES ACENAVAM. A VOZ DO 
TEMPO ECOAVA.
O ENGENHO SÃO LEOPOLDO QUE O 
GRANDE ORADOR E HISTORIADOR 
FRANKLIN MARINHO EVOCA COM EMOÇÃO.
 
O RIO CEARÁ-MIRIM
 O CANAVIAL

ESSA É UMA PARTE DE UM VALE QUE 
NÃO PERDE O SEU ENCANTO