sábado, 2 de julho de 2016

UMA ROSA PARA ROSA


No dia 30 de junho de 2016 a minha filha ROSA LIGIA ROSSO GOMES FLÔR terminou a sua missão profissional funcional como Promotora de Justiça, do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte.
Criatura de uma bondade transcendental, espiritualizada, praticante do bem, filha, esposa e mãe adorada, começou a sua jornada nas lides jurídicas no meu escritório, Edifício Cidade do Natal, mas logo prestou concurso público e foi aprovada.
Sua primeira Comarca foi Jadim de Piranhas, depois teve atuação em outros Municípios como Lages, Tangará, Açu, Patu, Campestre, Ceará Mirim, até chegar a Natal. Em todas elas deixou a marca da sua competência e bondade, tanto que sempre homenageada em sua saída.
Agora, quando passa para a inatividade, recebeu dos seus amigos e colegas da Vara de Família uma singela homenagem, como mostram os flagrantes abaixo:





Agora deverá retornar ao ninho antigo, partilhando comigo e com os seus irmãos do nosso escritório de advocacia, onde certamente ofertará os seus conhecimentos jurídicos, a sua experiência, sempre na defesa dos mais carentes e  dos que têm sede de Justiça.
Claro que deixou uma parte do seu coração com o Órgão Ministerial que sempre honrou.
PARABÉNS DOUTORA ROSA LIGIA
TODOS NÓS TE AMAMOS.



RESPONSABILIDADE FISCAL IV


Para ser possível a efetiva execução do ORÇAMENTO e a observância do equilíbrio fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal, de maneira bastante racional, fixou regramento a permitir esse equilíbrio e a indicação de mecanismos para as correções necessárias a fim de que, no final do exercício, possa indicar as condições ideais de governabilidade. Eis os dispositivos saneadores:

Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
II - demonstrativos da execução das: a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.
§ 1º. Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
§ 2º. O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2º do art. 51.

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2º, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
III - resultados nominal e primário;
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
§ 1º. O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demonstrativos:
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3º do art. 32;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
§ 2º. Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
I - da limitação de empenho;
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança

OBS. Atente-se que este Relatório tem por escopo orientar a administração para os necessários procedimentos de ajustes, de forma a manter o equilíbrio das finanças públicas, permitindo a "limitação de empenho", quando necessária e a especificação das medidas pertinentes à correção das imperfeições. Não nenhuma punição, mas serve como alerta para os administradores.

Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I - Chefe do Poder Executivo;
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 55. O relatório conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.
§ 1º. O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.
§ 2º. O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
§ 3º. O descumprimento do prazo a que se refere o § 2º sujeita o ente à sanção prevista no § 2º do art. 51.

§ 4º. Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.

OBS.: Diferentemente do Relatório Resumido, o Relatório de Gestão Fiscal tem outro objetivo - exige a apresentação de comparativos para possibilitar o exame final da gestão e a imposição das sanções necessárias.

sexta-feira, 1 de julho de 2016


quinta-feira, 30 de junho de 2016

H O J E


Comunicado nº 05/2016
O Presidente da União Brasileira de Escritores – UBE-RN convida a Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo e interessados para participarem da Reunião Ordinária, cuja pauta segue:
PAUTA
I – leitura da Ata anterior
II – Informes
. Cartório
.finanças: situação da UBE
. recadastramento
. audiências e reivindicações
. Dia do Escritor (25 de julho)
. Aniversário da UBE (14 de Agosto= 57 anos) 
. Jornal O GALO 
. Dia Estadual e Municipal do livro infanto-juvenil (08 de setembro)
- lei municipal nº
- lei estadual nº 
III – Avaliação do semestre e perspectivas para o segund
Eduardo Gosson
Presidente
ONDE E QUANDO
Data: 30.06.2016
Hora: 16h

Local: (sala do Conselho Estadual de Cultura na ANL) 
Lembrete: os confrades que ainda não quitaram a anuidade/2016
poderão fazê-lo neste dia. A Tesouraria estará funcionando durante 
A reunião
UBE-RN: 57 ANOS DE LUTAS EM PROL DO ESCRITOR POTIGUAR

VM


O SONHO NÃO ENVELHECE

Valério Mesquita*

Os fatos da mídia noticiosa brasileira mais divulgados na atualidade são: corrupção política, homicídio, tráfico de drogas, estupros, assaltos e delações premiadas. O Brasil vive o seu maior momento de azar. Até a falência do seu futebol é pública e notória. A sociedade está pedindo uma marreta para acabar com tudo isso. Lembrei-me da velha canção do inicio do rock: “Dá-me um martelo”. A Polícia Federal e o Ministério Público estão cumprindo com êxito as suas incumbências. Se as demais instituições públicas e privadas envolvidas não se regenerarem, só Deus o fará como disse Paulo em II Crônicas, 7, 14: “E se o meu povo, que chama pelo meu nome, se humilhar e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.
Quais lideranças políticas aqui no Brasil devem ser vistas como justas, honestas e confiáveis? Que partidos políticos merecem o voto do povo? O Brasil tornou-se um país de metástases. Todos são farinha do mesmo saco. Falta dinheiro para pagar o funcionalismo. A máquina estatal é pesada e fantasmagórica. Existem gestores públicos nascidos e concebidos na mentira. Falseiam os dados, malversam os números e mascaram os resultados. Os poderes constituídos mais parecem uma família amplificada, sob a égide da operação: não me toques!”. A botija não pode ser quebrada! Dentro desse prisma sofrem os bons, os puros e os corretos. Lá em Provérbios 16.4 está escrito que “O Senhor faz todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios e até ao ímpio para o dia do mal”. O vaidoso e o mentiroso um dia sairão do fausto e serão julgados pela iniquidade, pela vaidade e a incúria administrativa. Como tem panacas e sabichões gerindo a coisa pública neste país!!
Sobre a crise moral e generalizada que abate o país muitos articulistas analisam, criticam e enxergam de muitas maneiras. Ninguém, todavia, pode deixar de reconhecer que a legislação brasileira é falha e caduca com relação a menoridade penal e ao precário sistema penitenciário. Jamais o enxugamento das despesas com as duas casas do congresso, as assembleias legislativas e as câmaras municipais irá acontecer honestamente. A democracia pode ser mais eficiente com um custo menos dispendioso. O sistema político que aparentemente caiu (PT), à pretexto de fortalecer movimentos sindicais, trabalhistas, direitos humanos, MST, para, também, se autopromover politicamente - institucionalizou a desordem nas ruas, nas rodovias e no campo. A paralisação da economia, da mobilidade urbana e a depredação de prédios e serviços públicos são práticas intoleráveis. A essa perturbação da “ordem e do progresso” equivocadamente denominaram de “direitos humanos”. Nada a ver!
Daí acreditar que o sonho não envelhece. E nem envilece. Se não punir adequadamente o delinquente e o propinaduto que apodrece o instituto da licitação, o gestor público vai comprar de novo o caráter dos fracos em véspera de eleição. Sem dúvidas, continuaremos a sofrer o suplicio pior do que o zika, a microcefalia e a chikungunya.
Concluída a operação “lava jato” se o Brasil não mudar, extirpando os “hábitos e costumes políticos”, as leis viciadas dos nossos códigos, pouco valerão a investigação hercúlea e inédita da força tarefa (PF e MP) e o apoio da mídia nacional (TV, rádio e jornal), como verdadeira revolução branca, legal, democrática e moralizadora. Nas eleições deste ano e de 2018, caberá ao povo fazer a sua parte: escolher bem e livremente. Se assim não for, o eleitor vai junto com o candidato para o boletim de ocorrência.


(*) Escritor

quarta-feira, 29 de junho de 2016

HOJE É DIA DE SÃO PEDRO

... DE JACAREI - SP - BRASIL: 29 DE JUNHO - DIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

São Pedro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

São Pedro Apóstolo
papa
Nome de nascimento Simão Pedro
Nascimento Betsaida, Palestina
ca. 1 a.C.
Eleição 30 d.C.
Fim do pontificado ca. 67 d.C. (ca.37 anos)
Morte Roma, Itália
ca. 67 (67 anos)
Sucessor São Lino
Dia consagrado 29 de junho
Listas dos papas: cronológica · alfabética
São Pedro (Papa)
São Pedro e as Chaves do Reino dos Céus
Papa, Princípe dos Apóstolos, Kepha (que quer dizer Rocha) e Pescador de Homens
Nascimento  ? 1 ano a.C em Betsaida, Palestina
Morte c67 d.C em Roma
Veneração por Toda a Cristandade
Principal templo Basílica de São Pedro, Vaticano
Festa litúrgica 29 de junho
Atribuições duas chaves, cruz invertida, rede de pescador
Padroeiro dos Papas e dos pescadores
Gloriole.svg Portal dos Santos
São Pedro ou São Pedro Apóstolo, em hebraico:כיפא, em grego koiné: Πέτρος, Petros, "Rocha", segundo a interpretação católica e ortodoxa, fragmento (de pedra), "pedrinha", segundo a interpretação protestante. [nota 1] (Betsaida, século I a.C., — Roma, cerca de 67 d.C.)[nota 2] [2] foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos.
A Igreja Católica considera Pedro como o primeiro bispo de Roma[3] [4] e, por isso, o seu primeiro papa. Ele seria, até hoje segundo o catolicismo, o detentor do mais longo pontificado da história: cerca de trinta e sete anos.

Nome e importância


Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão Pedro, no livro dos Atos dos Apóstolos (Atos 10:18) e na II Epístola de Pedro (II Pedro 1:1).
No Evangelho de João (João 1:42), Cristo muda seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, "Rocha" segundo a interpretação católica, fragmento (de pedra), "pedrinha" segundo a interpretação protestante, a qual sustenta que a palavra grega que significa "rocha", "pedra" é πέτρα, petra e que, posteriormente, passou para o latim como Petrus. Ocorre que o aramaico de "fragmento de pedra" ou ''pedrinha" é a palavra évna e não Képha, a qual foi traduzida para o grego bíblico para Petros, que realmente significa "Rocha".

Na interpretação da Igreja Católica para a razão de Jesus ter mudado o nome do apóstolo, bem como seu significado na citação bíblica «Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.» (Mateus 16:18), a chamada Confissão de Pedro, Jesus estava comparando Simão a uma rocha. Desta forma, Cristo seria o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro e sendo-lhe concedido, por este motivo, o título de "Príncipe dos Apóstolos". Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro teria sido o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".
Já para os cristãos protestantes, protestantismo histórico ou ainda pentencostais e neopentecostais a "pedra" referida por Jesus é a confissão de fé de Pedro. O assunto que estava sendo abordado e tratado por Jesus não era sobre a pessoa do discípulo Pedro; mas sim "quem era Jesus", na opinião dos discípulos. Na pergunta de Jesus aos discípulos: «Quem diz o povo ser o filho do homem?» (Mateus 16:13), estes Lhe responderam: "Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos profetas." e Jesus novamente pergunta: "Mas vós, quem dizeis que sou eu?" e Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", isto é, que Cristo seria o Messias.[5] De acordo com estes textos da pergunta feita por Jesus aos seus discípulos, entende-se que a pedra seria o próprio Jesus. No grego, a palavra para pedra é petra, que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é petros, que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha".
No entanto, os eruditos católicos, entre os quais se destacam Leonel Franca, Scott Hann e muitos outros, acreditam que, em grego, inicialmente as palavras petros e petra seriam sinônimos no primeiro século. A língua vernácula nos tempos de Jesus e dos apóstolos era o grego koiné, devido à influência helênica na região desde mais de dois séculos antes de Cristo. Ademais, é sabido que os judeus do primeiro século falavam principalmente o aramaico, mesma língua em que teria sido escrito originalmente o Evangelho de Mateus. Em aramaico a palavra para fragmento de pedra ou pedrinha seria a palavra évna e não kepha. Logo. o mais provável é que o a palavra "Képha" ou "Céfas" traduzida para o grego Petros nos Evangelhos, Atos dos Apóstolos e escritos paulinos, todos escritos nesta mesma língua, realmente signifique Rocha. Jesus parece ter usado um trocadilho com o nome dado por Ele a Simão com base na Igreja de Jesus estar firmada na confissão de Pedro de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e não apenas um profeta.

Dados biográficos

Mais informações: Primeiros discípulos de Jesus
Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu.[6]
Possivelmente Pedro era casado e tinha pelo menos um filho.[7] Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma vila romana.[8] na cidade "romana" de Cafarnaum.[9]
Segundo o relato em Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "Pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem.
No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que era um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornaria "pescador de homens".
Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.
Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar em Atos dos apóstolos, na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.[10]
Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de ser milagrosamente solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém.[11] Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém. Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia.[12]
Depois de três anos, Paulo volta a Jerusalem para visitar Pedro e com ele fica quinze dias.[13] Quatorze anos depois, Paulo retorna a Jerusalém e lá se encontra com Tiago, Pedro e João.[14]
Tempos depois, por volta da metade do século I d.C, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo, conhecida como o Incidente em Antioquia.[15]
A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.[3] Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma.[3] Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.[4]
Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.

O primado de Pedro segundo a Igreja Católica

Cristo entrega as chaves do céu a Pedro
Ver artigo principal: Confissão de Pedro
Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da identidade de Jesus. Quando perguntado, Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro e é conhecido como Confissão de Pedro.
Encontramos o relato do evento em Mateus 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".
Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja[16] e as portas do Hades[17] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado[18] nos céus".
João 21:15-17 e Lucas 22:31 também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe:
Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes?" Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas?" - "Sim, Senhor", disse ele, "tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas?" Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara 'Tu Me amas?' e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas." (João 21:15-17).
«Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.» (Lucas 22:31-32)

O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67 d.C.) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho."[19] . Trata-se da Igreja de Roma[20] . Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se a Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura cristã[21] .

Testemunhos históricos de Pedro em Roma

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.
  • Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96 d.C.), em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:
Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança. .[22]
  • Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107 d.C.), em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:
"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".[23]
Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria). Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13.[24]
Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente.[25]
  • Gaio, presbítero romano, em 199 d.C.:
Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro.
São Pedro
Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja.[26]
Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo[27]
Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo.[28]
Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado.
Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.[29]
  • Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro.
Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.
Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.[30]
  • Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.
A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...[31]
Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro.[32]
Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou.[33]
A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.[34]
A Pedro sucedeu Lino.[35]
Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia.

Os textos escritos pelo apóstolo

O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro.

Indícios arqueológicos

Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro
Baldaquino da Basílica de São Pedro: O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura. Bernini, 1633
A partir da década de 1950, intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257 d.C.

Iconografia

A mais antiga imagem conhecida do apóstolo Pedro foi descoberta em 2010 em catacumbas sob a cidade de Roma, e data do século IV. No mesmo lugar, foram também descobertas imagens dos apóstolos Paulo, André e João. As obras fazem parte de um grupo de pinturas em torno de uma imagem de Jesus Cristo como o Bom Pastor no teto do que os estudiosos acreditam ter sido o túmulo de um nobre romano.[36]

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