O SONHO NÃO ENVELHECE
Valério Mesquita*
Os fatos da mídia
noticiosa brasileira mais divulgados na atualidade são: corrupção política,
homicídio, tráfico de drogas, estupros, assaltos e delações premiadas. O Brasil
vive o seu maior momento de azar. Até a falência do seu futebol é pública e
notória. A sociedade está pedindo uma marreta para acabar com tudo isso.
Lembrei-me da velha canção do inicio do rock: “Dá-me um martelo”. A Polícia
Federal e o Ministério Público estão cumprindo com êxito as suas incumbências.
Se as demais instituições públicas e privadas envolvidas não se regenerarem, só
Deus o fará como disse Paulo em II Crônicas, 7, 14: “E se o meu povo, que chama
pelo meu nome, se humilhar e orar e buscar a minha face e se converter dos seus
maus caminhos, então eu ouvirei dos céus e perdoarei os seus pecados e sararei
a sua terra”.
Quais lideranças
políticas aqui no Brasil devem ser vistas como justas, honestas e confiáveis?
Que partidos políticos merecem o voto do povo? O Brasil tornou-se um país de
metástases. Todos são farinha do mesmo saco. Falta dinheiro para pagar o
funcionalismo. A máquina estatal é pesada e fantasmagórica. Existem gestores
públicos nascidos e concebidos na mentira. Falseiam os dados, malversam os
números e mascaram os resultados. Os poderes constituídos mais parecem uma
família amplificada, sob a égide da operação: não me toques!”. A botija não
pode ser quebrada! Dentro desse prisma sofrem os bons, os puros e os corretos.
Lá em Provérbios 16.4 está escrito que “O Senhor faz todas as coisas para
atender aos seus próprios desígnios e até ao ímpio para o dia do mal”. O
vaidoso e o mentiroso um dia sairão do fausto e serão julgados pela iniquidade,
pela vaidade e a incúria administrativa. Como tem panacas e sabichões gerindo a
coisa pública neste país!!
Sobre a crise moral e
generalizada que abate o país muitos articulistas analisam, criticam e enxergam
de muitas maneiras. Ninguém, todavia, pode deixar de reconhecer que a
legislação brasileira é falha e caduca com relação a menoridade penal e ao precário
sistema penitenciário. Jamais o enxugamento das despesas com as duas casas do
congresso, as assembleias legislativas e as câmaras municipais irá acontecer honestamente.
A democracia pode ser mais eficiente com um custo menos dispendioso. O sistema
político que aparentemente caiu (PT), à pretexto de fortalecer movimentos
sindicais, trabalhistas, direitos humanos, MST, para, também, se autopromover
politicamente - institucionalizou a desordem nas ruas, nas rodovias e no campo.
A paralisação da economia, da mobilidade urbana e a depredação de prédios e
serviços públicos são práticas intoleráveis. A essa perturbação da “ordem e do
progresso” equivocadamente denominaram de “direitos humanos”. Nada a ver!
Daí acreditar que o
sonho não envelhece. E nem envilece. Se não punir adequadamente o delinquente e
o propinaduto que apodrece o instituto da licitação, o gestor público vai
comprar de novo o caráter dos fracos em véspera de eleição. Sem dúvidas,
continuaremos a sofrer o suplicio pior do que o zika, a microcefalia e a chikungunya.
Concluída a operação “lava
jato” se o Brasil não mudar, extirpando os “hábitos e costumes políticos”, as
leis viciadas dos nossos códigos, pouco valerão a investigação hercúlea e
inédita da força tarefa (PF e MP) e o apoio da mídia nacional (TV, rádio e
jornal), como verdadeira revolução branca, legal, democrática e moralizadora.
Nas eleições deste ano e de 2018, caberá ao povo fazer a sua parte: escolher
bem e livremente. Se assim não for, o eleitor vai junto com o candidato para o
boletim de ocorrência.
(*) Escritor
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