sábado, 7 de março de 2015

sexta-feira, 6 de março de 2015


Dia Internacional da Mulher

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Dia Internacional da Mulher
Frauentag 1914 Heraus mit dem Frauenwahlrecht.jpg
Poster alemão de 1914 em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, conclama o direito ao voto feminino.
Outro(s) nome(s)Dia da Mulher
TipoInternacional
Seguido porÁfrica do Sul, Albânia Angola, Argélia, Argentina, Arménia, Azerbaijão, Bangladesh, Bélgica, Bielorrússia, Butão, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Bulgária, Burkina Faso, Camboja, Camarões, Chile, China, Colômbia, Croácia, Cuba, Chipre, Equador, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Dinamarca, Finlândia, Geórgia, Grécia, Holanda, Hungria, Ilha de Formosa, Índia, Itália, Islândia, Israel, Laos, Letónia, Lituânia, Cazaquistão, Kosovo, Quirguistão, Macedónia, Malta, México, Moldávia, Mongólia, Montenegro, Nepal, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, Sérvia, Suécia, Síria, Tadjiquistão, Turquia, Turquemenistão, Ucrânia, Uzbequistão, Vietname, Zâmbia
Data8 de Março
ObservaçõesRelembra as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. O Dia Internacional das Mulheres e a data de 8 de março são comumente associados a dois fatos históricos que teriam dado origem à comemoração. O primeiro deles seria uma manifestação das operárias do setor têxtil novaiorquino ocorrida em 8 de março de 1857 (segundo outras versões em 1908). O outro acontecimento é o incêndio de uma fábrica têxtil ocorrido na mesma data e na mesma cidade. Não existe consenso entre a historiografia para esses dois fatos, nem sequer sobre as datas, o que gerou mitos sobre esses acontecimentos.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920.
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender emvocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.[1]

Origem

Hipátia foi uma astrônoma romano-egípcia, coincidentemente assassinada no dia 8 de março de 415
A ideia da existência do dia Internacional da Mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América[2] , em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York[carece de fontes?].
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[3]
Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.[4]
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.[5]
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.[6]
Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes da Internationalen Demokratischen Frauen-Föderation (IDFF), na 41ª edição do Dia Internacional da Mulher.
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Protesto do grupo feminista FEMEN no Dia Internacional da Mulher.
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. A data mantém hoje relevância internacional, e a própria ONU continuava a dinamizá-la, como sucedeu em 2008, com o lançamento de uma campanha, “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a chamar a atenção para a igualdade de género no tratamento de notícias na comunicação social mundial. [7]

 

UMA OPINIÃO


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ONDE ESTÃO OS MILITARES ?
ONDE ESTÃO NOSSOS MAGISTRADOS? 
ONDE ESTÁ A PROCURADORIA ?
ONDE ESTÃO OS TRABALHADORES, COMERCIANTES, INDUSTRIAIS, ACADÊMICOS ? 
ONDE ESTÃO TODOS OS OUTROS QUE PRODUZEM E NÃO RECEBEM BOLSAS ?
    Estou com vergonha do BRASIL DOS BRASILEIROS DECENTES. VERGONHA DO GOVERNO, com esse impatriótico, antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder. 
    VERGONHA DO CONGRESSO rampeiro que temos, das CÂMARAS que dão com uma mão para nos ROUBAR com a outra, políticos eleitos pelos BRASILEIROS PARA DEFENDE-LOS,
    e se vendem a quem DER MAIS.  
    Eles estão provando que pensar no bem do PAIS E DO SEU POVO É SER TROUXA... 
    Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas e entidades estatais, Petrobrás, Eletrobrás, BNDES, etc, etc, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só: O PODER QUE ESCRAVIZA. 
    Vergonha de juízes vendidos. 
    Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros.  
    Vergonha de termos quase 40 Ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto os brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares, por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo.  
    Vergonha de ver a Presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos ( ONDE ESTÁ A GUERRILHEIRA ? É TUDO FANTASIA PARA ENGANAR...).  
    Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta, fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo. 
    Vergonha por pagarmos tantos IMPOSTOS e nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.  
    Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação. 
    Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país?  
    Onde está a Maçonaria? a OAB? a CNBB? o LYONS? o ROTARY? As entidades de classe?  
    Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor?
    Por que tantos estão calados? 
     
    ONDE ESTÃO OS MILITARES ?
    ONDE ESTÃO NOSSOS MAGISTRADOS? 
    ONDE ESTÁ A PROCURADORIA ?
    ONDE ESTÃO OS TRABALHADORES, COMERCIANTES, INDUSTRIAIS, ACADÊMICOS ? 
    ONDE ESTÃO TODOS OS OUTROS QUE PRODUZEM E NÃO RECEBEM BOLSAS ?
     
    Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza. 
    Até quando isso vai continuar?
    SERÁ QUE TODOS TEMOS QUE SER SUBMISSOS?! 
    Até quando veremos essas nulidades que aí estão, sendo eleitas e reeleitas? 
     
    ESTOU COM MUITA VERGONHA DOS BRASILEIROS SERÁ QUE VAMOS CONTINUAR A SER ESCRAVOS DESTA VEZ DE BANDIDOS ???.
     RUTH MOREIRA
     
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    quinta-feira, 5 de março de 2015

    ACLA "PEDRO SIMÕES NETO" É UMA ACADEMIA QUE FUNCIONA

    Acla Pedro Simões Neto adicionou 3 fotos com você



        



    Damos conhecimento à população ceará-mirinense que a ACLA está tomando as providências legais, necessárias à preservação do patrimônio cultural do nosso Município. Nesse sentido, apresenta cópia do Ofício Circular que estará protocolando hoje, firmado pelo sr. Presidente Emmanuel Cristóvão de Oliveira Cavalcanti e rubricado por todos os membros da Academia, presentes à AGE realizada ontem (04/03/2...015).

    "A Academia Cearamirinense de Letras e Artes “Pedro Simões Neto”-ACLA, em obediência à finalidade preconizada pelo seu Estatuto Social, em respeito à sua posição de Instituição que se preocupa com o desenvolvimento cultural do município, e em atendimento a apelo da sociedade local, vem perante Vossas Excelências para expor e depois requerer o que se segue:
    DOS FATOS:
    – Que a Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas – conforme se tomou conhecimento através dos muitos depoimento de cidadãos locais, através de fotografias postadas nas redes sociais e ante a simples visão do prédio –, encontra-se atualmente em deplorável estado de conservação, e em total situação abandono, com deterioração do seu acervo, face a precariedade das instalações.
    – Que está, atualmente, fechada ao público, sem serventia e sem condições de uso pela população, mormente pelos estudantes locais, que carecem de informações culturais.
    – Que o referido estabelecimento, tem vital importância no contexto cultural e educacional do município, além do fato de que é nele que se preserva e difunde as obras que são repositórios da cultura escrita, literatura, história e ciências e como é importante ter um órgão público para essa missão, um espaço reservado para o estudo, a consulta e a pesquisa. É lá que se encontram obras raras para consulta, inclusive de escritores cearamirinenses.
    – Que, sem nenhum objetivo político partidário, esta Academia decidiu, por unanimidade de votos dos seus integrantes, tomar a posição de defesa do patrimônio cultural de todos os Cearamirinenses, administrado pelo executivo municipal, sob a supervisão da Fundação Nilo Pereira.
    ASSIM SENDO,
    Propõe às autoridades competentes, a realização, de uma Audiência Pública, dentro de um prazo máximo de 30 dias, onde a Prefeitura Municipal de Ceará-Mirim e a Fundação Nilo Pereira (responsáveis diretos pela administração da referida biblioteca), se comprometam, diante da população local, ao cumprimento das seguintes obrigações:
    a) Elaboração de um projeto viável, para a recuperação do acervo, já bastante comprometido pelo mofo, pelo cupim e pelo total abandono das instalações físicas;
    b) Elaboração de um projeto de recuperação das instalações do prédio e do mobiliário;
    c) Refazimento ou substituição dos equipamentos de informática, submetidos à umidade e à chuvas, que os tornaram, via de consequência, praticamente inservíveis;
    d) Projeto real para reabertura da Biblioteca ao público, o mais urgente possível, com alocação de retorno do pessoal capacitado, que garanta um atendimento de excelência.
    A Academia Cearamirinense de Letras e Artes “Pedro Simões Neto”-ACLA, na condição de guardiã da cultura do Ceará-Mirim, conforme finalidade estatutária, está cobrando, através deste documento, das autoridades competentes, principalmente do Chefe do Executivo Municipal e do presidente da Fundação Nilo Pereira, a lídima responsabilidade pelo bom funcionamento da Biblioteca, cuja importância para a sociedade, é de indiscutível valor.
    Neste sentido, ao mesmo tempo em que solicita as providências necessárias ao objeto pretendido, ao senhor chefe do Executivo Municipal, ao Presidente da Fundação Nilo Pereira, aos Secretários Municipais de Educação e de Cultura, comunica o fato, através deste Ofício Circular, ao Presidente da Câmara dos Vereadores e ao representante municipal do Ministério Público Estadual, no âmbito municipal; ao Secretário Estadual de Educação, ao Secretário Estadual de Cultura e ao Presidente da Fundação José Augusto e ao presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, no âmbito estadual; ao Ministro da Educação e ao Ministro da Cultura, no âmbito federal.
    Solicita ainda, uma audiência com o senhor Chefe do Executivo Municipal, em caráter emergencial, cobrando a total recuperação da Biblioteca, com metas definidas em audiência pública – repete-se – a ser realizada dentro do prazo máximo de 30 dias, na sede da Câmara Municipal.
    Aguardando as providências cabíveis a serem adotadas para resolver o grave caso de abandono a patrimônio público e depreciação de livros, subscrevemo-nos,

    Academia Cearamirinense de Letras e Artes “Pedro Simões Neto”-ACLA

    Emmanuel Cristóvão de Oliveira Cavalcanti
    Presidente.

    Este Ofício-Circular 001/2015 está sendo encaminhado a:
    - Prefeito Municipal de Ceará-Mirim
    - Secretário Municipal de Cultura
    - Secretário Municipal de Educação
    - Presidente da Câmara de Vereadores
    - Presidente da Fundação Nilo Pereira
    - Representante do Ministério Público em Ceará-Mirim
    - Secretário de Cultura do Estado do RN
    - Secretário de Educação do Estado do RN
    - Presidente da Fundação José Augusto
    - Instituto Histórico e Geográfico do RN
    - Ministério da Educação
    - Ministério da Cultura
     

    quarta-feira, 4 de março de 2015


     'O valioso tempo dos maduros’,
     Mário de Andrade

    “Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
    Tenho muito mais passado do que futuro.
    Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. 
    As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo
    que faltam poucas, rói o caroço.

    Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
    Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. 
    Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

    Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
    para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

    Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

    Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. 
    As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos?

    Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha  alma tem pressa.

    Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.




    O essencial faz a vida valer a pena. 
    E para mim, basta o essencial!"


    terça-feira, 3 de março de 2015

    UM PAÍS DE LARÁPIOS? Reflexão de Públio José


                            Já se disse muita coisa acerca do Brasil – tanto por aqui como por aí afora. País do futuro, nação em desenvolvimento, país emergente, futura potência mundial, etc, etc. Lamentavelmente, tudo isso está ficando para trás. Ultimamente, por aqui, o que se percebe em expansão é o pessimismo em galope solto tomando conta dos corações e mentes dos brasileiros – diante de uma repetitiva e dolorosa rotina. É lamentável, não resta dúvida, o que vem ocorrendo no e com o Brasil. Tendo o escândalo da Petrobrás como carro chefe, outros exemplos de mau caratismo se avolumam, atingindo todos os poderes. O Executivo, há muito tempo, deixou de ser levado à sério; pelo Judiciário ninguém mais põe a mão no fogo; e o Legislativo se transformou em casa mal assombrada pelos sucessivos exemplos de práticas condenáveis. Agora, da Petrobrás, emerge um nauseante mar de lama.  
                            À medida que o tempo passa mais se cristaliza nas pessoas a inclinação de que não há vantagem nenhuma em permanecer por estas latitudes numa posição de honestidade. E muito menos no cultivo de um caráter reto, firme, voltado para a defesa de valores e princípios que norteiem o bom proceder. A realidade que se vê, por onde se anda, é a presunção, assumida de forma acintosa, na grande maioria das pessoas, de que o negócio é levar vantagem – não importam os meios, os instrumentos, as condições. Haverá exceções? É a grande esperança que nos resta. De que um remanescente, mesmo que uma diminuta semente brasileira, segure, mantenha, preserve a bandeira da dignidade, da moralidade, da honestidade, da nobreza de caráter, enfim. E de onde virá tal contingente? De qual extrato social surgirão esses defensores da implantação de novos hábitos, de novas práticas, de novos costumes?
                            Olhando-se hoje para os Olimpos nacionais, onde vicejam e transitam o que se convencionou denominar de lideranças, a coisa está feia. Pois é das tais lideranças – quer sejam políticas, governamentais, empresariais, judiciais, policiais e mais outros ais que não me lembro agora – de onde surgem e prosperam os piores exemplos de corrução, indignidade, desfaçatez, desonestidade, hipocrisia, roubo e outros “predicados” semelhantes. Aí está, portanto, o grande dilema nacional: para quem olhar, a quem recorrer. Pois em qualquer ajuntamento civilizado, nos momentos das piores crises, sempre há que se buscar exemplos em pessoas que exalem confiança, que transmitam dignidade, que impregnem o ambiente nacional com o halo de sua sabedoria, com a firmeza de seu caráter. Agora me responda sinceramente: no Brasil atual em quem nos mirar? Há quem seguir? Há quem ouvir? Em quem confiar?
                            Na qualidade de brasileiro, me vejo assim em situação bastante desvantajosa em relação a habitantes de outros países. Não que, com isso, eu queira dizer que tudo lá fora é bom e que por aqui nada presta. Não é isso. Mas vejo, por exemplo, o caso de um Primeiro Ministro inglês renunciar ao cargo em função de medidas, por ele adotadas, em desacordo com o povo, relacionadas à guerra do Iraque. Já por aqui... Por aqui o Presidente do Senado Federal, flagrado em convivência escandalosa com a tesouraria de uma empreiteira, permanece ancorado na sua cadeira por conta de uma vergonhosa operação de blindagem executada pela maioria de seus pares. Será que terei de concluir, então, que brasileiro é brasileiro e que inglês é inglês, espécimes, portanto, de origens e escopos diferentes? Recuso-me a aceitar isso. Prefiro sonhar com um horizonte diferente. Será que me darão, pelo menos, direito a isso?